MAIS MÉDICOS
Cuba poderá ganhar anualmente R$ 713 milhões com Mais Médicos
Ao
todo, 5.378 cubanos estão no Brasil no programa
Profissionais
recebem US$ 1.000 por mês
André de Souza
Publicado:
BRASÍLIA -
A revelação da médica cubana Ramona Matos Rodríguez de que só recebia US$ 1 mil
para trabalhar no Mais Médicos indica que o governo de Cuba vai poder ficar com
a maior fatia dos recursos destinados ao programa. A vinda de profissionais
cubanos ao Brasil vai representar um reforço de pelo menos R$ 713 milhões de
reais por ano ao caixa do governo da ilha. Isso representa 77,01% do repasse
que o governo brasileiro faz para trazer os médicos de Cuba. O restante — cerca
de R$ 212,85 milhões por ano — fica com os profissionais. Fonte:
http://oglobo.globo.com/
Cubana deixa Mais Médicos e diz que vai pedir asilo
político ao Brasil
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
DE BRASÍLIA
Integrante do Mais
Médicos, a cubana Ramona Matos Rodriguez, 51, deixou o programa e anunciou na
noite desta terça-feira (4) que vai pedir asilo político ao Brasil. Ela disse
que vai permanecer refugiada na liderança do DEM na Câmara dos Deputados,
aguardando uma decisão do governo brasileiro, já que está sendo
"perseguida pela Polícia Federal".
Clínica-geral, ela
chegou ao país em outubro e atuava em Pacajá, no Pará. Ela diz que deixou a
cidade no sábado e seguiu para Brasília após descobrir que o valor de R$ 10 mil
pago pelo governo brasileiro a outros médicos estrangeiros era muito superior
ao que ela recebia pelos serviços prestados.
Sérgio
Lima/Folhapress
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A
médica cubana Ramona Rodriguez, 51, anunciou que vai pedir asilo político ao
Brasil
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A cubana alega
ainda ter sido enganada sobre a possibilidade de trazer seus familiares ao
país.
Ramona foi
apresentada nesta terça no plenário da Câmara por líderes do DEM. Em
entrevista, ela contou que recebia por mês US$ 400 para viver no Brasil e outros
US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba, que só poderiam ser
movimentados no retorno para a ilha.
A médica não
revelou como chegou à capital federal nem como foi feito o contato com os
deputados da oposição. Ela contou, porém, que decidiu procurar o deputado
Ronaldo Caiado (DEM-GO) depois de fazer uma ligação para uma amiga no interior
do Pará e ser informada que a Polícia Federal já tinha sido acionada para
buscar informações sobre seu paradeiro, sendo que agentes teriam procurado seus
conhecidos na cidade.
Ela não deu
detalhes de como chegou ao deputado e disse que se sente enganada por Cuba. A
médica mostrou um contrato com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de
Serviços Médicos Cubanos, indicando que não houve acerto entre o Ministério da
Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde)
"Eu penso que
fui enganada por Cuba. Não disseram que era o Brasil estaria pagando R$ 10 mil
reais pelo serviço dos médicos estrangeiros. Me informaram que seriam US$ 400
aqui e US$ 600 pagos lá depois que terminasse o contrato. Eu até achei o
salário bom, mas não sabia que o custo de vida aqui no Brasil seria tão
alto", afirmou a cubana.
Ela disse que tem
uma filha que também é médica em Cuba e que sente receio pela situação dela.
Romana afirmou que já trabalhou em uma missão de Cuba na Bolívia por 26 meses.
A médica disse
ainda que enfrentava problemas para se deslocar entre cidades brasileiras,
tendo sempre que avisar a um supervisor cubano, que ficava em Belém.
Ronaldo Caiado
afirmou que a liderança do DEM na Câmara será a embaixada da liberdade para os
médicos cubanos. Ele afirmou que sua assessoria prepara para amanhã o pedido de
asilo da médica ao governo brasileiro e que irá pessoalmente conversar sobre o
caso com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
"O DEM se
coloca à disposição com estrutura física e jurídica", disse.
Os oposicionistas
disseram que vão arrumar um colchão e as condições necessárias para que ela
permaneça no local.
O presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não vai interferir no caso
porque a liderança é um espaço de cada partido.
Vitrine eleitoral
da presidente Dilma Rousseff, o Mais Médicos tem o objetivo de aumentar a
presença desses profissionais no interior do país, em postos de atenção básica,
e para isso permite a atuação de médicos sem diploma revalidado em território
nacional. Atualmente, cerca de 7.400 médicos cubanos estão selecionados para
atuar no país. Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/
05/02/14
Ministério
Público diz que médica cubana tem razão e que salário deve ser pago na íntegra
Cada médico cubano recebe apenas
R$ 964,00
- Procurador concluirá em inquérito que todos os cubanos do Mais Médicos devem receber R$ 10 mil
Médica cubana
Ramona Matos Rodriguez deixa o gabinete da liderança do DEM após pedido de
refúgio na Brasil Givaldo Barbosa / Agência O Globo
BRASÍLIA - O
procurador Sebastião Caixeta, do Ministério Público do Trabalho (MPT), afirmou
ao GLOBO nesta quinta-feira que a médica cubana Ramona Rodríguez tem razão nas
suas reivindicações e que ela, e os mais de cinco mil cubanos do programa Mais
Médicos, deveriam receber integralmente os R$ 10 mil, e não parte disso.
Caixeta disse que, com a revelação do contrato de Ramona, fica claro que está
estabelecida uma relação de trabalho dos médicos do programa - de todas as
nacionalidades - com o governo brasileiro. O procurador afirmou ainda que o
contrato trouxe à tona que não se trata de uma bolsa para um curso de pós-graduação
e especialização, mas sim de um vínculo laboral, de trabalho mesmo.
Para Sebastião
Caixeta o documento apresentado por Ramona esclarece muitas informações que o
MPT não conseguiu, até agora, extrair do governo, que alegou cláusulas
confidenciais para não apresentar os contratos com a Organização Panamericana
da Saúde (Opas). O Ministério Público irá concluir um inquérito nos próximos
dias e apontará que, além da relação entre os médicos do programa e o governo
ser de trabalho - com todos os direitos que advêm desse tipo de relação - que
os cubanos têm que receber integralmente seu salário, inclusive os retroativos.
O procurador é quem cuida desse tema desde o ano passado.
- Estamos
concluindo que há, de fato, problemas no programa Mais Médicos. Há um
desvirtuamento na relação de trabalho dos profissionais. Todos foram recrutados
para o que seria um curso de pós-graduação e especialização nas modalidades
ensino, pesquisa e extensão. E não é isso que nós vimos. Há uma relação de
trabalho e o que eles recebem é salário e não uma bolsa - disse Caixeta.
Fonte: http://oglobo.globo.com/
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