domingo, 1 de setembro de 2013

MÉDICOS CUBANOS: GOVERNO PRECISA EXPLICAR






“Os médicos cubanos ganham 7% do salário contratado no exterior, têm passaporte retido, celular monitorado e não podem fazer amigos locais”, informa Cláudio Humberto em sua coluna de 10/09/13).

A ditadura cubana esfrega as mãos de ansiedade pelos R$ 510,9 milhões que espera faturar no Brasil explorando a mão-de-obra barata dos 4 mil médicos que atuarão em municípios brasileiros. Cuba promete continuar pagando-lhes o de sempre, ou sejam, 573 pesos (25 dólares ou 58 reais) por mês. Não há negócio tão lucrativo nem no capitalismo selvagem: cada um renderá R$ 10 mil aos irmãos Castro.
Além dos salários que jamais chegarão aos médicos cubanos, o Brasil vai gastar R$ 12,2 milhões para custear suas passagens aéreas.”

Os médicos são escolhidos por serem quadros politizados em Cuba, a quem deve obediência e, ao contrário dos colegas de outros países, o médico cubano não poderá trazer seus parentes, que ficam como refém, nem escolher onde vão trabalhar e o passaporte só é válido para o Brasil

“Nenhum deles chega sem preparação ideológica e política” Se um deles decidir abandonar o projeto para se casar e morar no Brasil, “será devolvido a Cuba”, informa o ministro da Saúde.

O presidente da Ordem dos Médicos de Portugal, José Manuel Silva, declarou enfaticamente à imprensa brasileira:
“É uma espécie de escravidão. O médico está preso no local para onde foi alocado, não pode sair de lá, e não tem seu título reconhecido. É como alguém que vai para um país e lhe retiram o passaporte e ele não pode sair de lá. Não há interesse dos médicos portugueses em participar do programa brasileiro.” Assim também foi com os espanhóis e outros europeus.
Pode-se afirmar que a forma de contratação dos médicos cubanos é análoga ao trabalho escravo. O governo brasileiro vai pagar ao governo cubano, por intermédio da Organização Panamericana de Saúde (Opas), R$10.000 para cada médico. Por sua vez, o governo cubano vai repassar aos seus médicos uma pequena fração desta quantia. Por incrível que pareça, o governo brasileiro não sabe quanto os médicos cubanos vão receber de salário.

A venda de mão obra para países amigos é a maior fonte de entrada de dinheiro em Cuba, informa VEJA de 04/09/13: são 7,8 bilhões de dólares. US 6,3 bilhões de exportação de produtos em geral e US 2,5 bilhões com o turismo.
 
Algumas questões devem ser respondidas pelo governo do Brasil:  
1. A quem os médicos cubanos vão prestar contas? Ao governo cubano que lhes paga ou ao governo brasileiro que paga ao governo de Cuba?
2. As famílias destes médicos também virão ao Brasil ou ficarão retidas em Cuba como garantia do retorno destes profissionais?
3. Os médicos solteiros poderão se relacionar com moças brasileiras? Este direito lhes é proibido na Venezuela.
4. Quanto efetivamente vai receber cada médico? Este dinheiro lhe será pago mensalmente ou ficará retido em Cuba para ser pago quando retornarem a seu país? Os médicos importados trabalharão apenas por casa e comida? Temos o direito de saber, pois na realidade somos todos nós que estamos pagando.
5. E quanto aos erros médicos quem vai ser responsabilizado: o governo cubano ou o médico?
6. É justo um fazendeiro brasileiro ser acusado de promover trabalho escravo quando procede desta mesma forma do governo brasileiro?
7. Apesar da urgência em oferecer atendimento médico de boa qualidade aos cidadãos brasileiros, medidas atabalhoadas, sem discussão adequada, com finalidade nitidamente eleitoreira, redundarão num grande fracasso.

Não existe nenhuma nação que permita médicos estrangeiros trabalharem em seu país sem uma avaliação criteriosa da sua capacidade profissional. Este projeto temerário e equivocado poderá ter desastrosas implicações sociais, médicas, diplomáticas e penais.

A respeito da polêmica, diz a jornalista Eliane Cantanhêde, na Folha de São Paulo (01/09/13):
“É o típico caso de alvo errado. Os cubanos são vítimas, e não culpados de coisa nenhuma. Eles são inocentes úteis para o regime dos irmãos Castro e certamente serão de grande ajuda no Brasil, que fecha os olhos para a injustiça moral --se não erro legal-- de prestarem serviço por remuneração diversa de seus equivalentes de outros países.
A medicina cubana, como a chinesa, segue princípios de massificação, com atendimento à família, visita de casa em casa e prevenção a doenças transmissíveis. Logo, é muito compatível com as necessidades de centenas de cidades brasileiras.”


3 comentários:

  1. Diz Getúlio Bastos, médico, Feira de Santana/BA, por e-mail

    “As injustiças - sejam elas oriundas do capitalismo ou do comunismo - são sempre condenáveis. Lí seu artigo a respeito disso. É um verdadeiro absurdo pagar a um trabalhador R$-58,00 mensais, mesmo que sua família seja custeada pelo Estado. E ainda por cima em se tratando de um profissional de nível superior, é de estarrecer. Li também seu artigo - muito bom - que relata fatos importantíssimos sob a fuga do senador boliviano, (RESGATE EM LA PAZ) que eu desconhecia. Agradeço-lhe por essas informações.”

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  2. Nato Ximenes, diz por e-mail: Quanta abobrinha.... sério que você acredita mesmo nisso? Refém, etc.... Triste ver que ainda existe XENOFOBIA no Brasil.. lamentável...
    Deveria fazer um artigo das milhares de pessoas que morrem por nunca terem tido um médico na vida, no interior do Brasil e agora estão tendo essa oportunidade.

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  3. Diz Aurélio Bolsanello, ex-professor titular da medicina e da área editorial. Curitiba,por e-mail.
    Estou novamente de fígado inchado. Esse tal PT com Lula, Dilma, Dirceu e camaradas querem nos fazer mais uma vez, de cretinos pois subestimam o nosso potencial de bom senso.
    Primeiro tempo: Começaram por transferir a miséria dos necessitados para uma pobreza sustentada por bolsas-família e um dinheirinho extra. De fato, muitos barracos têm hoje fogão a gás, geladeira e até TV moderna e coisinhas mais. Porém, ao lado da moradia corre o esgoto a céu aberto ou a palafita tem por baixo um charco fétido. Quando seus moradores precisam de um médico competente para tratar o filho, a filha precisa de uma escola de qualidade para estudar ou necessitam de água para beber e salvar a criação e o roçado, isso não tem. Milhares de cidadãos deixaram o nordeste e vão inchar São Paulo. Mas, é bom não esquecer que lazer também tem: estádios monumentais construídos a preço de ouro, a custos estratosféricos para dar circo ao povo.
    Segundo tempo: Outra farsa. Importaram médicos do exterior para "sanar" a saúde dos menos estabelecidos. Ora, o INSTITUTO TRATA BRASIL, entidade que investiga e analisa as carências nacionais de SANEAMENTO organizou um ranking da situação das 100 maiores cidades do país. O panorama é tão arrasador que Edson Carlos, o seu presidente exclamou:-"O brasileiro se acostumou a viver no esgoto!". Vejamos: na capital do estado do Amapá, Macapá, com 450 mil habitantes, só 3% da área da cidade é servida por coleta de esgoto e cerca de 60% das casas não têm água encanada . Em Belém do Pará, só 1.5% do esgoto gerado é tratado. Em Santa Catarina somente 21%. Os melhores índices são do Distrito Federal, 65%; Paraná, 61% e São Paulo, 48%.(jornal o Estado de São Paulo, 1º/09/13-A26)
    De que adianta importar 4 mil médicos cubanos para sanar a saúde das periferias e logradouros necessitados se o esgoto permanece a céu aberto e as palafitas sobrenadam em um charco pestilento? Que se envie para Macapá 10, 20, 50 médicos cubanos. O que é que vão fazer lá? Receitar para uma população com diarreias, coceiras e uma vasta gama de doenças advindas dos esgotos e das águas contaminadas, numa permanente insistência de procedimentos repetitivos e ineficazes . Sanar o quê? Curar o quê? Melhora o quê? Será que os sanitaristas nos confundem quando afirmam que o esgoto e as águas pútridas são focos permanentes de contaminação e infecções gravíssimas?
    Dias atrás estivemos hospedados no Radsson Hotel, tido com o melhor da orla de Maceió, Alagoas. Ao chegar à praia, na frente do mesmo, nos deparamos com um bolsão nauseabundo, emanando um odor pestilento, repleto do esgoto advindo daquela área. E os bolsões foram se repetindo à medida que fomos caminhando por aquela orla paradisíaca. É preciso dizer mais alguma coisa?
    Concluindo: nos quase 12 anos que o PT, Lula, Dilma e companheiros têm ocupado o poder, se tivessem empenhado metade do dinheiro gasto na edificação de estádios e na importação e remuneração para Cuba por cada um deles, a asserção do renomado médico Miguel Pereira -"o Brasil é um imenso hospital!" não teria razão de ser. Bem disse Pep Guardiola, ex-treinador do Barcelona:-"Há cousas mais importantes que o futebol!" (jornal o Estado de São Paulo, 29/04/12). Então a medicina brasileira haveria de dar conta de sobra da manutenção saudável da população brasileira.
    A conquista do poder a qualquer preço, por meios que justificam os fins, valeram e valem a situação abominável da saúde do povo brasileiro. Com médicos cubanos ou sem eles, o Brasil vai continuar a ser um "imenso hospital!

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