domingo, 13 de abril de 2014

ONU: BRASIL TEM ÍNDICE DE GUERRA EM MORTES VIOLENTAS



ONU: O Brasil possui um índice de 25,2 homicídios por 100 mil habitantes
A América Latina se manteve como a região que concentra os países com o maior índice de mortes violentas por homicídio e armas de fogo do mundo, segundo relatório da Organização das Nações Unidas divulgado nesta quinta-feira.
Embora não esteja no topo da lista, que compara o índice de homicídios em relação ao conjunto da população, o Brasil concentra isoladamente o maior número de casos. Em 2012, 50.108 pessoas foram vítimas de homicídio no país, ou uma taxa de 25,2 mortos para cada 100 mil habitantes.
O estudo, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e baseado em dados oficiais disponíveis até 2012, aponta que 157 mil homicídios ocorreram nas Américas, ou 36% do total mundial, com países latino-americanos na liderança da lista.
No mundo, a taxa média de homicídios é de 6,2 para cada 100 mil pessoas, mas o sul da África e a América Central têm taxas quatro vezes maiores.
Honduras foi o país com a maior taxa de homicídios do mundo, com um índice de 90,4 mortes para cada 100 mil habitantes. O país centro-americano é seguido pela Venezuela, com taxa de homicídios de 53,7.
No outro lado da lista, os principados de Mônaco e Liechtenstein tiveram taxa zero de homicídio. Já Cingapura teve uma taxa de 0,2 morto por 100 mil habitantes e o Japão, 0,3.
Homicídios na América Latina*
1. Honduras 90,4
2. Venezuela 53,7
3. El Salvador 41,2
4. Guatemala 39,9
5. Colômbia 30,8
6. Porto Rico 26,5
7. Brasil 25,2
9. México 21,5
15. Paraguai 9,7
18. Uruguai 7,9
19. Argentina (2010) 5,5
21. Chile 3,1
* Taxa de mortes por 100 mil habitantes
No caso brasileiro, o estudo apontou que, embora a taxa de homicídios brasileira tenha mudado pouco nos últimos 30 anos, houve menos mortes no Rio de Janeiro e em São Paulo. A situação piorou, no entanto, nas regiões norte e nordeste.
Na América Latina, o Chile foi o país com o menor número de homicídios, com um total de 550 mortes, equivalente a uma taxa de 3,1 para cada 100 mil pessoas. No entanto, este número não coloca o país entre a lista de nações com menor ocorrência de homicídios do mundo, já que fica atrás de quase todos os países da Oceania e muitos da Europa e da Ásia.
Em novembro do ano passado, a Organização Mundial de Saúde, também da ONU, mostrou que a taxa de homicídios na América Latina cresceu 11% entre 2000 e 2010. Diferente de outros continentes onde os níveis estão em baixa, a taxa de homicídios cresce na América Latina.
Segundo o estudo da ONU, os dados reunidos em 2012 apontam que na África 135 mil pessoas morreram nesse ano no continente. Na Ásia foram, 122 mil; na Europa, 22 mil; e na Oceania, 1.100 homicídios, chegando a um total de 437 mil.
Jovens são maioria
Segundo o relatório, a maior parte das vítimas de homicídios são menores de 30 anos. A maioria dos casos ocorrem em áreas urbanas.
O levantamento chama atenção para fatores de risco como o uso de drogas e álcool e a disponibilidade de armas.
Apesar de homens serem as maiores vítimas de homicídios, em contextos familiares as mulheres são as que mais morrem. O estudo ressalta a necessidade de politicas públicas de prevenção, assim como pede um maior esforço para investigar crimes, processar e punir os culpados.
O relatório define homicídio como a ação de matar alguém intencionalmente. As estatísticas não incluem mortes causadas por guerras, suicídios, homicídios não-intencionais nem mortes “justificáveis”, como aquelas previstas na polêmica lei americana de autodefesa.

Média de homicídios no Brasil é superior à de guerras, diz estudo

Paula Adamo Idoeta,  BBC Brasil em São Paulo,
Número médio anual de mortes violentas no Brasil supera o de conflitos internacionais
Com 1,09 milhão de homicídios entre 1980 e 2010, o Brasil tem uma média anual de mortes violentas superior à de diversos conflitos armados internacionais, apontam cálculos do "Mapa da Violência 2012", produzido pelo Instituto Sangari e divulgado nesta quarta-feira.
O estudo também conclui que, apesar da redução das mortes violentas em diversas capitais do país, o Brasil mantém um índice epidêmico de homicídios - 26,2 por 100 mil habitantes -, que têm crescido sobretudo no interior do país e em locais antes considerados "seguros".

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Calculando a média anual de homicídios do país em 30 anos, Julio Jacobo Waisefisz, pesquisador do Sangari, chegou ao número de 36,3 mil mortos no ano - o que, em números absolutos, é superior à média anual de conflitos como o da Chechênia (25 mil), entre 1994 e 1996, e da guerra civil de Angola (1975-2002), com 20,3 mil mortos ao ano.
A média também é superior às 13 mil mortes por ano registradas na Guerra do Iraque desde 2003 (a partir de números dos sites iCasualties.org e Iraq Body Count, que calculam as mortes civis e militares do conflito).
"O número de homicídios no Brasil é tão grande que fica fácil banalizá-lo", disse Waisefisz à BBC Brasil.
"Segundo essas mesmas estatísticas (feitas a partir de dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde), ocorreram, em 2010, quase 50 mil assassinatos no país, com um ritmo de 137 homicídios diários, número bem superior ao de um massacre do Carandiru por dia", diz o estudo, em referência à morte de 111 presos no centro de detenção do Carandiru (SP), em 1992.

Violência nos Estados

Por um lado, o "Mapa da Violência" vê motivos para otimismo: o Brasil estabilizou suas taxas de homicídio e conseguiu conter a espiral de violência em Estados como São Paulo, Pernambuco e Rio de Janeiro (onde, entre 2000 e 2010, o número de homicídios caiu respectivamente 63,2%, 20,2% e 42,9%).
Por outro lado, o estudo aponta que "nossas taxas ainda são muito elevadas e preocupantes, considerando a nossa própria realidade e a do mundo que nos rodeia, e não estamos conseguindo fazê-las cair".
"Estados que durante anos foram relativamente tranquilos, alheios à fúria homicida, entram numa acelerada onda de violência", diz a pesquisa.
Cidades menores como Marabá (PA) passaram a liderar taxa de homicídios por 100 mil habitantes
É o caso, por exemplo, de Alagoas, que, com 66,8 homicídios por 100 mil habitantes em 2010, se tornou o Estado com o maior número de mortes violentas (era o 11º em 2000).
O Pará, que era o 21º Estado com mais mortes violentas em 2000, subiu para a terceira posição em 2010, com uma taxa de 45,9 homicídios por 100 mil habitantes.
Vários fatores podem explicar essa migração, diz o estudo: o investimento em segurança nas grandes capitais e suas regiões metropolitanas, fazendo com que parte do crime organizado migrasse para áreas de menor risco; melhoras no sistema de captação de dados de mortalidade, fazendo com que mortes antes ignoradas no interior pudessem ser contabilizadas; e o fato de algumas partes do país terem se tornado polos atrativos de investimento sem que tivessem recebido, ao mesmo tempo, investimentos em segurança pública.
Além disso, muitas regiões mais afastadas dos grandes centros também são locais de conflitos agrários ou ambientais, zonas de fronteira ou rotas do tráfico - fatores que tendem a estimular a violência.

Interior mais violento

É nesse cenário que a violência brasileira tem se descentralizado e se tornado um fenômeno crescente no interior, aponta Waisefisz.
No estudo, ele detectou "a reversão do processo de concentração da violência homicida, que vinha acontecendo no país desde 1980".

Homicídios no Brasil

Em 2010, o país registrou 49,9 mil mortes violentas. No total de 30 anos (1980-2010), esse número chegou a 1,09 milhão
Taxa de homicídios:
  • Em 2010: 26,2 por 100 mil habitantes, número considerado epidêmico por padrões internacionais
  • Em 2009: 27 por 100 mil habitantes
Estados com mais homicídios por 100 mil habitantes:
  • Alagoas, Espírito Santo, Pará, Pernambuco e Amapá
Estados onde cresceram os homicídios entre 2000 e 2010:
  • Pará (332%), Bahia (332,4%), Maranhão (329%), entre outros
Estados onde caiu a incidência de homicídios entre 2000 e 2010:
  • São Paulo (-63,2%), Rio de Janeiro (-42,9%), Pernambuco (-20,2%), entre outros
Cidades com maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes em 2010:
  • Simões Filho (BA) - 146,4
  • Campina Grande do Sul (PR) - 130
  • Marabá (PA) - 120,5
Fonte: Mapa da Violência 2012
"A disseminação e a interiorização tiveram como consequência o deslocamento dos polos dinâmicos da violência: de um reduzido número de cidades de grande porte para um grande número de municípios de tamanho médio ou pequeno. Se as atuais condições forem mantidas, em menos de uma década as taxas do interior deverão ultrapassar as das capitais e regiões metropolitanas país."
Assim, cidades pequenas como Simões Filho (BA), com 116 mil habitantes, Campina Grande do Sul (PR), com 37,7 mil habitantes, e Marabá (PA), com 216 mil, passaram a liderar, nesta ordem, o ranking de municípios com as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes.

Taxas gerais

Em geral, o Brasil viu suas taxas de homicídio crescerem quase constantemente entre 1980 e 2003, quando chegou
a 28,9 mortes por 100 mil habitantes. A partir desse ano, os índices se reduziram e, com algumas oscilações, se estabilizaram.
Nesses 30 anos, a população também cresceu, embora de forma menos intensa, aponta o "Mapa da Violência". "Passou de 119 milhões para 190,7 milhões de habitantes, crescimento de 60,3%. Considerando a população, passamos de 11,7 homicídios em 100 mil habitantes em 1980 para 26,2 em 2010. Um aumento real de 124% no período."
Também preocupa o fato de a violência ainda incidir de forma muito mais intensa entre a população negra. Segundo o estudo, em 2010 morreram, proporcionalmente, 139% mais negros do que brancos no país.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/

segunda-feira, 7 de abril de 2014

BRASIL, PAÍS-CHAVE DA AMÉRICA LATINA





Este texto está no blog: theodianobastos.blogspot.com

BRASIL, PAÍS-CHAVE DA AMÉRICA LATINA ELEIÇÃO DE OUTUBRO TEM IMPORTÂNCIA CONTINENTAL

O mundo está de olho no Brasil e por isso a eleição presidencial de outubro será de suma importância para a América Latina, porquanto há fortes indícios da derrota do governo ideológico da República Sindical e em conseqüência o fim da política externa subalterna aos interesses de Cuba, Venezuela e Argentina.

A incompetência
08 de abril de 2014
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo,
“Nunca vi o Brasil tão esculhambado como hoje. Perdoem a palavra grosseira, mas não há outra para nos descrever. Já vi muito caos no País, desde o suicídio de Getúlio até o porre do Jânio Quadros largando o poder, vi a morte de Tancredo na hora de tomar posse, vi o País entregue ao Sarney, amante dos militares. Vi o fracasso do Plano Cruzado, vi o escândalo do governo Collor, como uma maquete suja de nossos erros tradicionais, já vi a inflação a 80% num só mês, vi coisas que sempre nos deram a sensação fatalista de que a vaca iria docemente para o brejo, de que o Brasil "sempre" seria um país do futuro. Eu já senti aquele vento mórbido do atraso, o miasma que nos acompanha desde a Colônia, mas nunca vi o país assim. Parece uma calamidade pública sem bombeiros, parece um terremoto ignorado. Por que será? É óbvio que não é apenas o maluco governo do PT, mas também as marolas que ele espalha, os nós frouxos de uma política inédita no País que nem atam nem desatam.
Agora, tudo vai muito além da tradicional incompetência que sempre tivemos: linear, a boa e velha incompetência pública de sempre. Dá até saudades. A incompetência de agora é ramificada, "risômica", em teia, destrutiva, uma constelação de erros óbvios que eu nunca tinha visto.”...

...Os esquerdistas se sentem parte de uma dinastia desde Stalin - as palavras e conceitos ainda são usados. E, como no tempo do Grande Irmão, há o desejo de apagamento do sujeito, ou seja, nem a morte tem importância para sujeitos que viram objetos. Vide Coreia. Até o assassinato pode ser absolvido como uma necessidade histórica.
Um dia, um companheiro (que morreu há pouco...) me disse: "Não tema a morte. Marx disse que somos seres sociais. O indivíduo é uma ilusão. Para o comunista, a morte não existe". E eu sonhei com a vida eterna.
Essas são algumas das doenças mentais que estão levando o Brasil para um pântano institucional. Temos que nos salvar desse determinismo suicida.
Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdade feia de ver. O mal que essa gente faz ao país talvez demore muitos anos para se reverter.
Se houver a vitória de Dilma ou a volta de Lula estaremos, como diria Hegel, fo&#dos - numa 'contradição negativa' que vai durar décadas para ser "superada".”                Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-incompetencia

Paulo Guedes, O Globo, Blog do Noblat, 08/04/14
“A pesquisa eleitoral do Datafolha registrou uma queda de 44% para 38% nas intenções de voto na presidente Dilma. A derrapagem da economia contribuiu para essa perda de popularidade.
Para 65% da população a inflação vai aumentar, e para 45% o desemprego vai piorar. É visível a deterioração das expectativas quanto à situação econômica ao longo dos últimos 12 meses.
O pessimismo em relação ao futuro próximo aumentou em 14% quanto ao desemprego, em 17% quanto ao poder de compra do salário e em 20% quanto à inflação.”
CONEXÃO BRASIL/CUBA
É do conhecimento de todos que o sonho dos atuais detentores do poder é transformar o Brasil numa Cuba Continental, haja vista os objetivos do Fórum de São Paulo. Vejam a subserviência da política externa do lulopetismo nos exemplos que seguem:

NÓDOAS NA POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL

Em 2010, em visita a Cuba, Lula praticou a mais vergonhosa atitude ao tripudiar a memória do pedreiro Orlando Zapata Tamoyo, que acabara de morrer após uma greve de fome de 85 dias em luta pela liberdade e em frase mais ignominiosa de um presidente brasileiro, disse Lula: “Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedisse liberdade”.

Em 2007, por ocasião do Panamericano no Rio os pugilistas cubanos Erislandy Lara, de 25 anos, e Guillermo Rigondeaux, de 26 anos, queriam ficar no Brasil como asilado político, como tantos outros atletas cubanos fizeram antes deles no México, Itália, Alemanha, Estados Unidos, França, Espanha,  Argentina, e no Canadá.

Os dois pugilistas se desligaram de sua delegação na esperança de conseguirem asilo político, mas prenderam os rapazes e os entregaram a polícia cubana que os embarcaram em avião venezuelano e retornaram para Cuba.

Durante a ditadura Vargas, entregaram Olga Benário, grávida, esposa de Carlos Prestes, a um navio nazista ancorado no Rio. Na prisão, Olga deu a luz a Leocádia Prestes e logo em seguida Olga foi executada.




ESTÁDIOS DA COPA TÊM O DOBRO DO CUSTO POR ASSENTO



Custo médio de lugar nos estádios da Copa supera em quase o dobro os gastos na África do Sul e na Alemanha


Mané Garrincha possui o assento mais caro da Copa do Mundo: R$ 17.429,79
Por cada assento, nada menos que R$ 11.172,40. Esse é o custo médio de cada lugar nos 12 estádios construídos ou reformados para a realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O tamanho do investimento só ganha corpo quando comparado com o que foi investido nas duas edições anteriores do Mundial. Na África do Sul, em 2010, e na Alemanha, em 2006, os respectivos comitês organizadores gastaram quase a metade do que foi gasto por aqui.
Baseado nos dados fornecidos pelo site Portal da Transparência, do governo federal, é possível se ter uma ideia de como se torrou dinheiro com estádios no Brasil. O novo Mané Garrincha é um dos palcos da Copa que foram bancados 100% com verba pública, e também o mais caro. Cada assento do total de 68.009 lugares disponíveis custou R$ 17.429,79. Na África do Sul, para se ter uma ideia, o gasto médio com cada assento nos estádios ficou em R$ 6.941,14.
- Um dos fatores que explica o alto gasto é a megalomania de alguns estados. No Maracanã, que custou mais de um R$ 1 bilhão, você ainda tem a justificativa de que será o palco da cerimônia de abertura e encerramento. Já no caso do estádio de Brasília, não tem desculpa, é o maior absurdo que já existiu em um grande evento esportivo - criticou o consultor de gestão esportiva Amir Somoggi.
O investimento vultuoso promete agradar aos olhos durante a disputa do Mundial, com estádios modernos e um conforto que o torcedor brasileiro não está acostumado a ver. Mas o que aguarda algumas das 12 sedes do Mundial no Brasil é nebuloso. Algumas das obras com custo de assentos mais caro são justamente os localizados onde o futebol é menos desenvolvido. São os casos da Arena Amazônia (R$ 15.799,78), da Arena Pantanal (R$ 13.268,01), e o próprio Mané Garrincha. Todos eles uma fortuna se comparado com o que foi gasto na Alemanha: R$ 6.619,41.
- Uma questão tão ou mais importante é saber o que será feito dessas instalações depois, qual será o uso. Mesmo se fossem construídos por um preço menor, ainda assim tem de saber se valerá o investimento, porque depois da Copa, provavelmente ficarão ociosos - frisou Maurício Canedo, economista da FGV.