domingo, 3 de novembro de 2013

ROSEMARY NORONHA BLINDADA POR LULA



ROSEMARY NORONHA              BLINDADA POR LULA



Acusada de tráfico de influência, corrupção e formação de quadrilha, a ex-chefe do escritório paulista da Presidência, Rosemary Noronha, amiga íntima de Lula, continua com processo sob segredo de Justiça. Diário do Poder, 28/08/17



Para a defesa de Rose foram contratados os seguintes escritórios: Vilardi Advogados, de Celso Sanchez Vilardi; Medina Osório Advogados, de Fábio Medina Osório; Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano & Renault Advogados Associados, de Sérgio Renault e Bueno de Aguiar, Wendel & Advogados Associados, de Luiz Bueno de Aguiar.

Entre os clientes desses escritórios estão: Credit Suisse, Febraban, Banco Santander, Vale, Companhia Brasileira de Alumínio, Santos Brasil, Abílio Diniz, Eike Batista, Camargo Correa...e agora Rosemary Noronha.

“Ela já foi indiciada por formação de quadrilha, tráfico de influência, corrupção passiva, e também acabou processada pelo próprio governo, após sindicância da Casa Civil rastrear indícios nas suas traficâncias”, informa a reportagem de VEJA de 11/09/13. Informa ainda a reportagem

Foi uma mãe o Processo Administrativo Disciplinar da Controladoria Geral da União (CGU) sobre malfeitorias atribuídas a Rosemary Nóvoa de Noronha (“Rose”), amiga íntima do ex-presidente Lula. Na oitiva, “secreta” porque a opinião pública nem tomou conhecimento, Rose não respondeu a nenhuma das 114 perguntas. E, para pegar leve com Rose, a CGU nem precisou ouvir 9 das testemunhas arroladas por ela.
A CGU chefiada pelo petista Jorge Hage pediu apenas a demissão de Rose, mas os crimes a ela atribuídos preveem prisão de até 25 anos.
Testemunhas de Rose que a CGU não incomodou: o ministro Gilberto Carvalho e ex-ministros Erenice Guerra, Carlos Gabas e José Viegas.
Entre as testemunhas de defesa de Rose estavam Beto Vasconcelos, da área jurídica da Casa Civil, e até Lúcio Reiner, tradutor de Lula.                           http://www.diariodopoder.com.br/coluna Cláudio Humberto (01/11/13)

Lula não abandonou Rose e participa pessoalmente da defesa jurídica da ex-segunda-primeira-dama

 “Novidades sobre o caso de Rosemary Noronha, a namorada de Lula, que comandava o escritório da Presidência da República em São Paulo e com ele visitou 32 países num período de apenas três anos (sempre na ausência da primeira-dama Marisa Léticia).
Apanhada em flagrante na Operação Porto Seguro, Rosemary foi incriminada pela Polícia Federal, mas a privacidade dela e de Lula foi respeitada, sem haver escuta telefônica, com a investigação limitando-se ao controle dos e-mails da assessora presidencial. Motivo: Lula não usa computador, só falava com ela por telefone. Sem escuta telefônica, ele quase não aparece na foto.

Quanto ao enriquecimento ilícito de Rosemary, não é de espantar diante dos milionários casos de corrupção que caracterizam a política brasileira. Nos 20 anos em que manteve o caso amoroso com Lula, ela só conseguiu ter um carro usado e dos dois apartamentos. E o marido tem uma pequena empresa de construção, que não é lá essas coisas.
LULA É FIEL À ROSE
O fato é que Lula não abandonou Rosemary e faz até questão de participar da defesa dela, a cargo de três escritórios de advocacia da pesada. Um deles é chefiado pelo respeitado criminalista Celso Vilardi; o segundo escritório tem como um dos principais sócios o advogado Sérgio Renault, ex-secretário da Reforma do Judiciário, que trabalhava no Ministério da Justiça com Marcio Thomaz Bastos; o terceiro escritório é comandado pelo jurista Fábio Medina Osório, um dos maiores especialistas em improbidade administrativa.
Essas bancas de advocacia estão em situação de alerta esta semana, porque o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União está prestes a divulgar o resultado da investigação sobre Rosemary, e o Planalto vai fazer novo carnaval na mídia.
LULA COM OS ADVOGADOS
Lula acompanha pessoalmente a defesa da segunda-primeira-dama e chega ao ponto de se reunir com advogados. Num desses encontros, chegou acompanhado por José Dirceu, que é muito amigo de Rosemary.
As despesas são elevadas, porque além de pagar os escritórios de advocacia, é preciso também sustentar a família de Rosemary, porque ela e a filha perderam os empregos públicos que garantiam um faturamento superior a R$ 20 mil mensais. E o marido de Rosemary está tendo muitos problemas para manter a pequena empresa de construção, chamada New Talent.
Quem paga as contas? Este é um dos segredos mais bem guardados do país. Dizem que até mesmo os espiões de Barack Obama ainda não conseguiram saber como o esquema funciona, porque Lula e Dirceu estão operando da mesma forma que o PT usou para pagar o marqueteiro Duda Mendonça – sem nota e sem imposto, por baixo do pano.
Por fim, se a presidente Dilma Rousseff pensa que Lula vai deixar barato essa ofensiva do Planalto contra Rosemary, está totalmente enganada. Lula se considera traído por Dilma, especialmente porque, quando surgiu o escândalo envolvendo em corrupção a então ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, que era muito “ligada” a Dilma Rousseff, digamos assim, ele ainda era presidente e apenas a demitiu, mas tentando poupá-la ao máximo na Comissão de Ética e na Controladoria-Geral da União.”
 





sábado, 26 de outubro de 2013

"O GRANDE IRMÃO" ESTÁ DE OLHO EM VOCÊ



1984 É AGORA
"O Grande Irmão" está de olho em você

O que intriga nesse estranho episódio envolvendo o Edward Snowden, é como ele conseguiu, em tão pouco tempo, tantas informações da Agência Nacional de Segurança dos EUA. Isso é muito estranho!

Pela gravidade da documentação altamente sensível que está vindo à público, “o governo americano está enviando oficiais para avisar países que poderiam ser afetados pelos arquivos. Operações contra Irã, Rússia e China são citadas

O ex-técnico de inteligência Edward Snowden possui documentos com informações sensíveis à segurança nacional de países aliados aos Estados Unidos. Segundo o jornal The Washington Post, o governo americano tem enviado funcionários a países que poderão ser afetados se Snowden divulgar os arquivos obtidos durante uma invasão à Agência de Inteligência Defensiva, usada por serviços de inteligência do Exército, Marinha, Aeronáutica e Marines (forças especiais). Fontes de dentro do governo americano disseram que os documentos possuem detalhes de operações conduzidas pelos EUA e seus aliados contra Irã, Rússia e China.
Os arquivos revelam programas de coleta de informações que são mantidos por países não alinhados publicamente com os Estados Unidos. O Washington Post atesta que um dos documentos contém informações sobre um país membro da Otan responsável por comandar um programa que fornece valiosas informações sobre a Rússia. “Se a Rússia souber disso, não seria difícil para eles tomarem decisões que interromperiam o programa”, disse a fonte. Os dados sigilosos dos russos seriam usados pela Aeronáutica e Marinha dos Estados Unidos.
Snowden possui aproximadamente 30.000 documentos que foram extraídos do Sistema da Junta de Comunicações Inteligentes Mundiais (JWICS, na sigla em inglês), utilizado para armazenar informações altamente secretas e sensíveis. O material em questão não se refere a práticas de espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, mas a estruturas de inteligência sobre as capacidades militares de outros países, incluindo sistemas de armas como mísseis, navios e caças.
A importância dos documentos fez com que os serviços de inteligência dos Estados Unidos fizessem o levantamento sobre quais documentos Snowden poderia ter obtido. Os oficiais consultados pelo The Washington Post, no entanto, disseram que o ex-técnico de inteligência estava recolhendo arquivos ao acaso. “Não parece que ele estava mirando em algo específico”, disse uma das fontes. Os alertas aos países alinhados têm sido feitos de capital em capital. Em alguns casos, funcionários destes governos podem ter conhecimento das operações em conjunto. Mas, em outros, membros de alto escalão dos governos, como chanceleres, não sabem da cooperação com os Estados Unidos.
Por enquanto, Snowden parece não ter vazado nenhum documento desse tipo para jornalistas. “Ele deixou claro que não iria comprometer operações de segurança nacional”, disse Thomas Drake, um ex-agente da NSA que visitou Snowden em Moscou. Em uma entrevista para o jornalThe New York Times, o ex-técnico de inteligência disse que não havia fornecido nenhuma informação para os governos de Rússia e China. “A chance de russos e chineses terem recebido qualquer documento é zero”, afirmou. De acordo com Drake, Snowden também não liberou nenhuma informação para o site de vazamentos WikiLeaks, do hacker Julian Assange.
Líderes mundiais - Documentos divulgados pelo jornal The Guardian comprovaram que os Estados Unidos espionaram os telefones de 35 líderes mundiais. Segundo os arquivos, a NSA incentivou funcionários da Casa Branca, Departamento de Estado e Pentágono a compartilhar contatos de políticos. A nova denúncia veio à tona após o governo alemão ter descoberto que a NSA grampeou o celular pessoal da chanceler Angela Merkel. As suspeitas levaram Merkel a ligar para Obama para pedir explicações.” http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/eua-alertam-que-snowden-possui-arquivos-extraidos-de-rede-militar

Mas o pior está por vir. É bem provável que já tenham descoberto uma tecnologia para que os satélites militares possam dirigir “Feixes” de onda magnética para apagar todos os arquivos dos computadores em áreas sensíveis de países inimigos, provocando o caos.

Como também já se tenha componentes portáteis para apagar as memórias de aeroportos, torres de retransmissões de telecomunicações etc.  

O livro 1984, de George Orwell denunciou as mazelas do totalitarismo e tornou-se um dos mais influentes romances do século 20. De modo profético, George Orwell abordou temas relevantes como a quebra da privacidade
Só a menção ao título desencadeia uma avalanche de associações mentais: comunismo, polícia política, nazifascimo, tortura... O livro ganhou fama por tratar de forma ficcional de uma das grandes mazelas contemporâneas, o totalitarismo.

Escrito pelo jornalista, ensaísta e romancista britânico George Orwell e publicado em 1949, o texto nasceu destinado à polêmica. Foi traduzido em 65 países, virou minissérie, filmes, inspirou quadrinhos, mangás e até uma ópera. Mas - ah!, estava demorando - ganhou renovados holofotes em 1999, quando a produtora holandesa Endemol batizou seu reality show (formato que chegou à TV nos anos 1970), de Big Brother, o mais sinistro personagem, ou melhor, entidade do livro. O pai da ideia, John de Mol, nega de pés juntos a inspiração, mas há outras associações possíveis além do nome do programa. A origem do título 1984 é controversa. Orwell supostamente queria "O Último Homem da Europa", mas seu editor Frederick Warburg insistiu que trocasse por algo mais comercial. O texto foi concluído em 1948 e o nome traz os dois dígitos finais invertidos. Era uma forma de dizer que a distopia descrita não era uma ameaça distante.

No enredo que tem Londres como cenário (na fictícia Oceânia) -, tudo gira em torno do Grande Irmão. "Quarenta e cinco anos, de bigodão preto e feições rudemente agradáveis", o Big Brother é o líder máximo. Assumiu o poder depois de uma guerra de escala global (análoga à Segunda Guerra, porém com mais explosões atômicas), que eliminou as nações e criou três grandes estados transcontinentais totalitários. A Oceânia reúne a ex-Inglaterra, as ex-Américas, ex-Austrália e Nova Zelândia e parte da África. É um mundo sombrio e opressivo. Cartazes espalhados pelas ruas mostram a figura bisonha da autoridade suprema e o slogan: "O Grande Irmão está de olho em você". E está mesmo, literalmente, graças às "teletelas". Espalhadas nos lugares públicos e nos recantos mais íntimos dos lares, elas são uma espécie de televisor capaz de monitorar, gravar e espionar a população, como um espelho duplo. A intimidade era tão devassada ali quanto na casa do Projac que sediou a última edição do Big Brother Brasil.
O protagonista é Winston Smith. Funcionário do Departamento de Documentação do Ministério da Verdade, um dos quatro ministérios que governam Oceânia, sua função é falsificar registros históricos, a fim de moldar o passado à luz dos interesses do presente tirânico (prática, aliás, comum na União Soviética). A opressão era física e mental. A Polícia das Ideias atuava como uma ferrenha patrulha do pensamento. Relações amorosas estavam entre as muitas proibições. Nesse cenário de submissão onde não há mais leis, mas sim inúmeras regras determinadas pelo Partido, ninguém nunca viu o Grande Irmão em pessoa. Uma sacada genial do autor: o tirano mais amedrontador é também aquele mais abstrato. Winston detesta o sistema, porém evita desafiá-lo além das páginas de seu diário. Isso muda quando se apaixona por Júlia, funcionária do Departamento de Ficção. O sentimento transgressor o faz acreditar que uma rebelião é possível. Mas combater o regime não é nada fácil. Enredada numa trama política, a "reeducação" dos amantes será brutal.

Raros escritores tiveram o privilégio de virar adjetivo. George Orwell (um pseudônimo) foi um deles. Seu nome de batismo, na Igreja Anglicana, é Eric Arthur Blair. Se Marcel Proust deu origem a "proustiano", por causa das ricas descrições memorialistas, o termo "orwelliano" virou sinônimo dos vívidos e sinistros porões do totalitarismo. Não que, como romancista, ele seja comparável a James Joyce, Franz Kafka ou Proust. Os críticos costumam ser mais positivos sobre seus ensaios. Ainda assim não são unânimes. O grande legado de Orwell é mesmo sua lucidez política.

Nascido na Índia, em 1903, filho de um funcionário colonial inglês, ele nunca levou vida fácil. Cursou uma escola da elite (Eton). Em vez de seguir o caminho seguro (matricular-se numa universidade chique como Oxford), entrou para a Polícia Imperial da Índia. Lá conheceu de perto a truculência do Império Britânico no esforço de controlar os nativos. Orwell tinha tudo para ser promovido, mas, escandalizado, largou a farda e foi levar uma vida boêmia em Paris e Londres. Nessa época, beirou a mendicância. Em 1936, viajou para a Espanha para lutar contra o franquismo, na Guerra Civil. Foi ferido no pescoço e dali em diante só conseguiria falar em tom baixo. Dizia ser um socialista democrático. Já um amigo, o escritor Malcolm Muggeridge, o definiu como "um sujeito que é fácil de a gente amar, mas difícil de ter por perto". Uma de suas marcas pessoais era um rígido senso de justiça e de busca da verdade. Alguns o admiravam por isso. Outros o viam como um grande chato. O certo é que essa característica o ajudou a se desencantar das utopias políticas, inclusive a soviética, impiedosamente atacada também em A Revolução dos Bichos (1945). "A aceitação de qualquer disciplina política parece ser incompatível com a integridade literária", afirmou, inconformado com a subserviência dos intelectuais aos regimes de direita ou de esquerda.

Poucos descreveram tão bem a tortura política. Nas páginas de 1984, O’Brien, um figurão do Partido, usa um método especialmente cruel: o flagelo com ratos. "Eles saltarão sobre seu rosto e começarão a devorá-lo. Às vezes atacam primeiro os olhos. Às vezes abrem caminho pelas bochechas e devoram a língua", diz a Winston.