sábado, 25 de novembro de 2023

ISRAEL-HAMAS, QUERRA CONTINUARÁ APÓS TRÉGUA?

 


Por THEODIANO BASTOS

Difícil de acreditar que a guerra de Israel com Hamas continuará após trégua de 4 dias, mas é o que afirma Benjamin Netanyahu.

A represália de Israel contra o Hamas foi brutal.             Gaza virou escombros e não se sabe quantos morreram, pois há muitos corpos embaixo dos escombros. Mais de 17 mil foram sepultados em valas comuns.  

Acordo entre Israel e Hamas prevê a liberação de até 100 reféns em troca de 300 prisioneiros palestinos. Trégua inicial é de quatro dias para liberação de 50 reféns

As Forças de Defesa de Israel disseram que a guerra contra o Hamas irá continuar após a trégua de quatro dias definida em acordo com o grupo. Em nota, enviada a agência France Press noite desta terça-feira (21/11), o exército israelense disse que o conflito não será encerrado até todos os reféns serem liberados e o Hamas eliminado.

"O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza", diz a nota.

Israel e Hamas fecharam um acordo na noite desta terça para a liberação de 50 reféns, mulheres e crianças israelenses, em troca de 150 mulheres e crianças palestinas presas em Israel. Além de uma trégua de quatro dias.

A liberação do primeiro refém está prevista para esta quinta-feira (23/11). A estimativa é que em torno de 240 pessoas foram raptadas pelo Hamas durantes os ataques de 7 de outubro.

De acordo com o Times of Israel, o governo israelense divulgou uma lista com 300 nomes, a maioria de adolescentes, palestinos que poderiam ser libertados no acordo. Isso só aconteceria caso 100 reféns vivos forem devolvidos por Gaza.

A previsão é que o acordo ocorra por fases. No primeiro momento, Israel libertará 150 prisioneiros palestinos assim que 50 reféns forem devolvidos a Israel. Sendo que os grupos de reféns seriam liberados a cada 10 pessoas.

Na segunda fase, outros 150 prisioneiros serão liberados, caso o Hamas entregue mais 50 reféns. Para cada libertação adicional de 10 reféns, haverá uma pausa adicional nos combates de 24 horas. 

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c4n0960zel5o - https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2023/11/entenda-os-detalhes-do-acordo-de-refens-entre-israel-e-o-hamas.shtml/   E https://www.correiobraziliense.com.br/mundo/2023/11/6659118-israel-hamas-guerra-continuara-apos-tregua-para-troca-de-refens.html#google_vignette

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

STF REAGE ÀS LIMITAÇÕES VOTADAS NO SENADO

 

Por THEODIANO BASTOS 
PEC contra o STF: ministros e Pacheco aumentam a tensão entre Corte e Senado

Ministros do Supremo criticam duramente proposta que limita atuação do tribunal. Pacheco diz que instituições não são intocáveis

Na tensão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Senado, os dois lados subiram o tom, nesta quinta-feira, um dia depois da aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os poderes dos ministros da Corte. Magistrados criticaram duramente o aval dos parlamentares ao texto, o que provocou a reação do presidente da Casa legislativa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Ele disse não permitir agressões gratuitas por parte de integrantes do tribunal.As críticas à PEC partiram do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e dos ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Eles classificaram a aprovação da proposta como "intimidação" e "retrocesso". Também destacaram que a atuação do tribunal é protegida pela própria Constituição.

Barroso abriu a sessão desta quinta-feira com o assunto. Ele afirmou que as mudanças "não são necessárias" e que as determinações individuais são prerrogativas do Judiciário. O ministro ressaltou a missão constitucional do STF, que não deve sofrer interferência de outros Poderes. "Trazer uma matéria para a Constituição significa, em alguma medida, tirá-la da política e trazê-la para o direito. Vale dizer: retirá-la do domínio das decisões discricionárias para o espaço da razão pública do Judiciário. Não é uma vontade do tribunal, é o arranjo institucional brasileiro", frisou.

O magistrado disse ser inevitável que o STF desagrade segmentos políticos, econômicos e sociais importantes "porque ao tribunal não é dado recusar-se a julgar questões difíceis e controvertidas". E ressaltou que os tribunais "não disputam torneios de simpatia".

"Num país que tem demandas importantes e urgentes, que vão do avanço do crime organizado à mudança climática que impactam a vida de milhões de pessoas, nada sugere que os problemas prioritários do Brasil estejam no Supremo Tribunal Federal", enfatizou.

O plenário do Senado Federal aprovou, na última quarta-feira (22/11), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita poderes do STF. A medida agora será analisada pela Câmara dos Deputados.

Entre os pontos do texto apresentado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) está o que proíbe as decisões monocráticas que suspenda a eficácia de uma lei.

Mas Lira vai segurar proposta que limita poderes de ministros do STF pelo menos até o fim do recesso da Câmara. Presidente da Câmara quer ganhar tempo na tentativa de esfriar a polêmica, mas será pressionado por bancadas do agro e da bala

 SAIBA MAIS EM: https://www.estadao.com.br/politica/lira-vai-segurar-proposta-que-limita-poderes-do-stf-pelo-menos-ate-fim-do-recesso/ E https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/11/6660100-pec-contra-o-stf-ministros-e-pacheco-aumentam-a-tensao-entre-corte-e-senado.html#google_vignette


quarta-feira, 22 de novembro de 2023

JAVIER MILEI NÃO CUMPRIRÁ AS PROMESSA DE CAMPANHA

 


Por THEODIANO BASTOS

Sem maioria na Câmara e no Senado, os desafios do ultraliberal Javier Milei, eleito presidente da Argentina no domingo (19), são muitos após o final do pleito. Além de ter de lidar com uma crise econômica, ele terá que garantir alianças políticas no Congresso para conseguir governar.

 

Isso porque o seu partido, o Liberdade Avança, é minoria tanto na Câmara, como no Senado. O grupo conta com 39 dos 257 deputados, e 7 dos 72 senadores, na nova composição do Congresso.

Além disso, os ultraliberais não têm nenhum governador nas 23 províncias argentinas – atualmente, metade delas é governada por peronistas.

 

Os deputados de esquerda somam 121. Outros 6 representantes são independentes e não possuem orientação política definida.  Já no Senado, o partido de Massa saiu de 32 para 34 congressistas.

 

Javier Milei vence na Argentina e promete soluções 'drásticas' para crise do país

O economista libertário Javier Milei, de 53 anos, venceu o peronista Sergio Massa no segundo turno da eleição presidencial argentina e será o novo presidente do país vizinho pelos próximos quatro anos.

Com mais de 98% dos votos apurados, Milei tinha 55,75%, uma vantagem de 11,5 pontos percentuais sobre o rival neste domingo (19/11), uma diferença maior do que a projetada pela maioria das pesquisas de opinião.

"Hoje começa o fim da decadência da Argentina", discursou o presidente eleito, que prometeu também iniciar "a reconstrução" do país.

"Basta do modelo empobrecedor da casta e voltemos a abraçar o modelo da liberdade para voltar a ser uma potência mundial", disse Milei, que estimou em 35 anos o tempo necessário para a Argentina voltar a prosperar.

"A situação da Argentina é crítica e as soluções (necessárias), drásticas", seguiu no discurso, que encerrou repetindo várias vezes o bordão de sua campanha: "Viva la libertad (viva a liberdade, em português)!", seguido de um palavrão.

 

Em suas primeiras palavras como presidente eleito, Milei fez questão de agradecer ao ex-presidente Mauricio Macri, que declarou voto a ele no segundo turno, ao lado da terceira colocada na disputa, Patricia Bullrich.

O apoio de ambos, que integram a oposição tradicional ao peronismo, foi considerado um dos fatores importantes para sua vitória.

Como não conta com maioria no Congresso, Milei precisará do apoio da bancada macrista para aprovar projetos importantes.

O economista toma posse no cargo já no próximo dia 10 de dezembro e, além da situação frágil no Congresso, terá os sindicatos e movimentos sociais como fortes pilares de oposição a seu projeto.

Um pouco mais de 44% do país votou por Massa, que reconheceu a derrota mesmo antes dos resultados oficiais, tudo isso num contexto com inflação galopante, quase metade da população na pobreza.

Depois de uma campanha em que Brasil se tornou um tema frequente no vizinho, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, comentou os resultados na Argentina sem, no entanto, mencionar nominalmente Milei.

O eleito argentino já chamou Lula de "corrupto" e "comunista" e prometeu não ter relações próximas com o brasileiro.

"Desejo boa sorte e êxito ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece todo o nosso respeito. O Brasil sempre estará à disposição para trabalhar junto com nossos irmãos argentinos", escreveu Lula no X, antigo Twitter.

Lula acrescentou que "a democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada".

Massa era o candidato preferido pelo governo Lula, mas analistas e diplomatas já afirmam à BBC News Brasil que não se deve esperar uma ruptura profunda na relação entre os países com a chegada de Milei à Casa Rosada. Um dos motivos é a interdependência econômica entre Brasil e Argentina.

SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/11/21/javier-milei-como-e-o-congresso-com-o-qual-o-novo-presidente-da-argentina-tera-que-lidar.ghtml  - https://www.bbc.com/portuguese/articles/cgrp0n0zg5lo

 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

GOVERNO FEDERAL COUSTEOU VIAGEM DA “DAMA DO TRÁFICO”

 

O Ministério dos Direitos Humanos admitiu ter pago uma das viagens da “Dama do Tráfico Amazonense” a Brasília.

Luciane Barbosa Farias é casada com o líder do Comando Vermelho no Estado, Cremilson dos Santos Faria, apelidado Tio Patinhas e procurado pela polícia.                                                  Ela esteve em Brasília nos dias 6 e 7 de novembro para participar do Encontro de Comitês e Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura. Todos os participantes tiveram as passagens e diárias custeadas.                                                                            Em nota, o ministério dos Direitos Humanos alega que o comitê do Amazonas indicou Luciane como representante para participar do fórum e que os comitês estaduais possuem autonomia para fazer a indicação.                                                    Luciane foi investigada por envolvimento com CV e condenada há 10 anos lavagem de dinheiro para organização criminosa, mas recorre em liberdade. Hoje faz parte de uma ONG chamada Liberdade do Amazonas.

Em suas viagens a Brasília, Luciane conseguiu encontros com dois secretários do ministério da Justiça e uma coordenadora do ministério dos Direitos Humanos, além de tirar fotos e conversar com deputados.                                                                            Veja o que diz o ministério:                                                “A afirmação de que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) pagou passagens e diárias para Luciane Barbosa Faria participar do Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), realizado nos dias 6 e 7 de novembro, em Brasília, contém sérios equívocos que precisam ser esclarecidos. O pagamento de passagens e diárias foi feito a todos os participantes de um evento nacional, com orçamento próprio reservado ao CNPCT e cujos integrantes foram indicação EXCLUSIVA dos comitês estaduais.

Vale ressaltar que o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania é composto por 11 colegiados que, assim como o CNPCT, tem autonomia administrativa e orçamentária.

O Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (SNPCT) foi instituído pela Lei n° 12.847 de 2 de agosto de 2013. O sistema é composto, dentre outros órgãos, pelo Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT) e por comitês estaduais de prevenção e combate à tortura.

Esses órgãos são colegiados e compostos por representantes do Estado e da sociedade civil. Possuem rubrica orçamentária própria e autonomia administrativa.

Nos dias 6 e 7 de novembro de 2023, foi realizado o Encontro de Comitês e Mecanismos de Prevenção e Combate à Tortura, em Brasília.

A organização do Encontro, por meio do Ofício n° 233/2023, solicitou aos Comitês Estaduais de Prevenção e Combate dos à Tortura dos Estados que indicassem representantes para participação na atividade.

O Comitê Estadual do Amazonas, por sua vez, entre as três pessoas indicadas fez constar o nome de Luciane Barbosa Farias como sua representante, mediante o ofício 40/2023-CEPCT/AM.

Nem o Ministro, nem a secretária nem qualquer pessoa do Gabinete do Ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiram na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes.”

CNN entrou em contato com o instituto e aguarda retorno.

Mulher de líder do Comando Vermelho participou de reuniões com integrantes do Ministério da Justiça                                       A mulher de um dos líderes do Comando Vermelho no Amazonas fez duas visitas ao Ministério da Justiça neste ano. Luciane Barbosa Farias é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, preso em dezembro de 2022.

Luciane Barbosa e o marido foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Ele cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Ela foi sentenciada a dez anos e recorre em liberdade.

As reuniões de Luciane no Ministério da Justiça foram com os secretários de Políticas Penais, Rafael Velasco; de Assuntos Legislativos, Elias Vaz; e com a coordenadora do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), Tamires Sampaio.

SAIBA MAIS EM:  https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/mulher-de-lider-do-comando-vermelho-participou-de-reunioes-com-integrantes-do-ministerio-da-justica/   E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/ministerio-dos-direitos-humanos-admite-ter-pago-viagem-da-dama-do-trafico-a-brasilia/

 

O ÓDIO ESTÁ ENTRE NÓS

"É preciso grandeza, tolerância e ponderação para que conflitos como o que incendeia o Oriente Médio sejam resolvidos “Nada une tão fortemente como o ódio — nem o amor, nem a amizade, nem a admiração.” A frase, dita pelo escritor russo Anton Tchekhov (1860-1904), tem marcado a política mundial nos últimos anos. Impulsionadas pelas redes sociais e pelo imediatismo do universo digital, qualidades como o diálogo, a reflexão, o respeito ao diferente têm sido trocadas por reações como raiva, impulsividade e impropérios destinados aos seus inimigos. Não raro, esse comportamento belicoso busca o aplauso rápido de uma claque — mas traz, claro, a consequente resposta adversa da turma do outro lado.

O sucesso efêmero, o fato de chamar atenção com curtidas e joinhas, faz com que mais e mais pessoas se juntem a essa horrenda dinâmica. Indivíduos que eram razoáveis no trato pessoal, doces muitas  vezes, se transformam em selvagens digitais protegidos pelo distanciamento do seu celular.

Infelizmente, esse desvario não fica restrito à realidade virtual. Ele transborda para o mundo de verdade e traz consigo consequências nefastas. A força do ódio tem sido utilizada por líderes políticos em todo o planeta.

Levado ao paroxismo, esse ódio resulta naquilo que vemos hoje no conflito entre o grupo terrorista Hamas e o governo de Israel pela Faixa de Gaza. A repulsa entre os dois povos, palestinos e judeus, é histórica.

No princípio, era a religião. Há muitos séculos, trata-se apenas da vaidade de poderosos, da expansão territorial e da manipulação orquestrada por líderes sanguinários.

A falta de humanidade por parte de quem deveria buscar uma convergência mínima vem multiplicando o número de mortes, exacerbando a dor de todos que perdem um ente querido, e garantindo ainda mais munição e “combatentes” para essa eterna jihad (guerra santa). O cenário fica ainda mais abominável ao se perceber que políticos do mundo inteiro (assim como influencers ou apenas os imbecis, como tão bem classificou o escritor Umberto Eco) se alinham aqui e ali, alimentando um novo antissemitismo ou reforçando a islamofobia para se “posicionar” frente ao seu público. Lamentável. Triste. Ignóbil. Não é com fanatismos ou condutas que lembram selvagerias futebolísticas que conflitos dessa natureza podem ser resolvidos. É preciso grandeza, tolerância e ponderação. Tudo o que os grandes líderes mundiais não têm demonstrado nos últimos tempos.”                                                                                                                       Publicado em VEJA de 10 de novembro de 2023, edição nº 2867                                                                                                          SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/mundo/carta-ao-leitor-o-odio-esta-entre-nos

terça-feira, 14 de novembro de 2023

LULA EQUIPARA ISRAEL AO HAMAS AO RECEBER BRASILEIROS VINDOS DE GAZA

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar Israel pelos ataques contra moradores da Faixa de Gaza e disse que tanto o Hamas como as forças israelenses cometeram atos terroristas.

Lula diz que Israel quer ocupar Faixa de Gaza e expulsar palestinos: “Isso não é correto”                

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (14), que tem a percepção de que Israel quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos do território. A declaração foi feita durante o programa “Conversa com o Presidente” – live semanal para tratar de medidas do governo federal.

“Essa guerra, do jeito que vai, não tem fim. Eu tô percebendo que Israel quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá. Isso não é correto, não é justo. Nós temos que garantir a criação do Estado Palestino para que eles possam viver em paz com o povo judeu”, disse Lula.

Ao comentar o conflito no Oriente Médio, o presidente voltou a criticar a reação do governo israelense aos ataques do grupo radical islâmico Hamas, em 7 de outubro.

“É por isso que eu disse ontem que a atitude de Israel com relação às crianças e com relação às mulheres é uma atitude igual terrorismo. Não tem como dizer outra coisa. Se eu sei que tá cheio de criança naquele lugar, pode ter um monstro lá dentro, eu não posso matar as crianças porque eu quero matar o monstro. Eu tenho que matar o monstro sem matar as crianças”, enfatizou Lula.                                                              “O Hamas cometeu um ato terrorista e fez o que fez. Israel também está cometendo vários atos de terrorismo ao não levar em conta que as crianças não estão em guerra, que as mulheres não estão em guerra. Eles não estão matando soldados, estão matando crianças”, disse o presidente.                                              A fala ocorreu na noite desta segunda-feira durante a recepção de 32 brasileiros e seus familiares que chegaram na Base Aérea de Brasília.                                                                                                    Mais cedo, durante evento no Palácio do Planalto, o presidente fez uma fala semelhante e disse que não havia critérios para o ataque dos soldados israelenses.                                                                                                             “Estão matando inocentes sem critério nenhum. [Israel] joga bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto que um terrorista está lá. Não tem explicação”  

CNN procurou a Embaixada de Israel para comentar as declarações do presidente Lula e aguarda retorno.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/israel-tambem-cometeu-varios-atos-de-terrorismo-diz-lula-ao-receber-repatriados/

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

LULA,: AÇÕES DE ISRAEL SÃO TÃO GRAVES QUANTO DO HAMAS

 


Por THEODIANO BASTOS

Lula sobe o tom e diz que ações de Israel são tão graves quanto do Hamas

"Jogar bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que o terrorista está lá, não tem explicação", disse o petista

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom nesta segunda-feira, 13, e afirmou que as ações perpetradas pelo governo de Israel são tão graves quanto os atos do grupo militante palestino Hamas, porque forças israelenses “estão matando inocentes sem nenhum critério” e usando bombas “onde tem criança, onde tem hospital”.

“A quantidade de mulheres e crianças que já morreram, de crianças desaparecidas, a gente não tem conhecimento em outra guerra. Depois do ato de terrorismo do Hamas, a solução do Estado de Israel é tão grave quanto foi o ato do Hamas, porque eles estão matando inocentes sem nenhum critério”, disse.

O petista afirmou ainda: “Jogar bomba onde tem criança, onde tem hospital, a pretexto de que o terrorista está lá, não tem explicação. Primeiro vamos salvar crianças, mulheres, aí depois faz a briga com quem quiser fazer”. 

Recentemente, Lula já havia dito que 0 “ato terrorista” do Hamas contra Israel não justifica os bombardeios israelenses que matam “milhões de inocentes”.

“Não é porque o Hamas cometeu um ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milhões de inocentes. Não é possível que as pessoas não tenham sensibilidade”, disse ele em seu programa semanal “Conversa com o Presidente”.

“Se as Nações Unidas tivessem força, poderiam ter uma interferência maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interferência maior. Mas as pessoas não querem, as pessoas querem guerra”, completou. A crítica velada aos americanos ocorre depois de eles terem usado seu poder de veto contra uma proposta de resolução brasileira apresentada ao Conselho de Segurança da ONU, presidida em outubro pelo Brasil.

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/mundo/lula-sobe-tom-e-diz-que-acoes-de-israel-sao-tao-graves-quanto-do-hamas