quarta-feira, 26 de abril de 2023

A CASA CAIU

 Por J.R. Guzzo

Foi o próprio governo Lula que armou a baderna do 8 de janeiro

Marco Gonçalves Dias, chefe do GSI, foi promovido a general durante o governo Lula e cuidou da segurança do presidente desde 2003.

A verdade começou, finalmente, a aparecer. Depois de três meses de esforços desesperados, por parte do presidente Lula, do seu sistema de apoio e do Supremo Tribunal Federal, para esconder essa verdade da população, a casa caiu e os fatos vieram à luz do dia. Não demorou, quando se pensa com alguma frieza sobre o assunto; eles queriam ocultar essa verdade para sempre, e não conseguiram aguentar muito mais que 90 dias. Também foram incompetentes, pois seu grande plano não deu certo. Não há dúvida nenhuma, enfim, sobre o que houve.

As imagens gravadas, e publicadas no maior furo jornalístico da CNN desde que iniciou as suas atividades no Brasil, mostram o general Gonçalves Dias, homem da confiança pessoal de Lula, em atitude de colaboração com os invasores que vandalizaram o Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. A “tentativa de golpe” e os “atos terroristas” contra os edifícios dos Três Poderes em Brasília foram feitos com a participação, ou com o incentivo, ou com a cumplicidade, de agentes do próprio governo. É por isso que Lula e o PT passaram os últimos meses lutando com tanta ferocidade para impedir a CPMI que a oposição quer abrir – e agora vai abrir – sobre o que realmente aconteceu naquele dia.

Não estamos diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia.

Desde o começo essa história toda pareceu esquisitíssima. Tentativa de “golpe militar”? Não poderia ser: as Forças Armadas estavam a favor de Lula e contra os manifestantes – a prova é que mentiram para eles e se juntaram à polícia para enfiar na cadeia quem estava na frente dos quartéis em Brasília. É o exato contrário: as imagens gravadas mostram um general do Exército, e chefe supremo dos serviços de segurança do governo, circulando passivamente no meio dos invasores, enquanto seus subordinados ofereciam a eles cortesias e garrafas de água. Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima e jogar a mídia numa frenética tempestade de denúncias contra a “direita” – e a favor da repressão cada vez mais ilegal que o STF, transformado em delegacia de polícia, faz contra os acusados em seus inquéritos.

Com a revelação da verdade, até agora escondida como um segredo de Estado, as coisas se explicam: foi o próprio governo, com a participação direta de militares que estão ao seu serviço e juram todos os dias que defendem a “legalidade”, quem armou a baderna do 8 de janeiro. Está provado no mínimo que foi omisso, não fez nada para evitar as invasões (embora soubesse com antecedência que elas iriam acontecer) e tinha um efetivo ridículo para cumprir o seu dever de defender os edifícios atacados. Dá na mesma, em termos práticos.

Os crimes cometidos no dia 8 de janeiro não interessavam à oposição, nem “ao Bolsonaro”. Serviam apenas para Lula se fazer de vítima.

Tudo fica ainda mais claro quando se verifica que o general foi demitido do cargo no dia em que a CNN publicou os vídeos. Se não fez nada de errado, por que raios foi demitido? E se era culpado, o que estava fazendo dentro do Palácio do Planalto durante esse tempo todo? Não há saída para isso; é xeque-mate. O governo, o PT e os seus militantes na mídia, como fazem em 100% de histórias como essa, desde o primeiro flagrante em que Lula foi pego, estão tentando dar a desculpa sempre absurda de que ele “não sabia” de nada. Se não sabia, por que passou quase todo o seu governo lutando de modo tão furioso para impedir a CPMI? Vendeu cargos, fez ameaças, usou o presidente do Senado como um serviçal para violar prazos e deveres legais, na tentativa de enterrar a comissão. Agora, depois dos vídeos, quer fugir. Não convence uma criança de dez anos de idade.

Tão mal quanto Lula, seu governo e os militares fica o STF. O ministro Alexandre Moraes, no momento mais destrutivo que a Justiça brasileira já viveu em sua história, prendeu 1.400 pessoas pelas invasões em Brasília, mantém até hoje 200 delas encarceradas e começou um espantoso julgamento dos acusados por “lotes” de 100 ou 200 pessoas de cada vez – coisa que simplesmente não existe em nenhuma lei conhecida no mundo. Os advogados, para efeitos práticos, estão impedidos de defender os seus clientes. Pessoas que nem estavam no local dos crimes foram presas, são obrigadas a usar tornozeleiras e já cumpriram – antes mesmo de serem julgadas – mais da metade da pena máxima prevista para o delito de que são acusadas.

Muitos fizeram exatamente o que o general Gonçalves Dias foi flagrado fazendo – deram um passeio pelo Palácio do Planalto, com bandeira do Brasil nas costas, no dia 8 de janeiro. Na injustiça mais escandalosa de todas, o ex-secretário de Segurança de Brasília, que estava nos Estados Unidos no dia dos crimes, está preso há três meses – e o general de Lula, que estava dentro do palácio, está solto, ou esteve solto durante esse tempo todo.

Como sustentar, por três minutos, que alguma coisa dessas seja legal? Como sustentar, sequer, que sejam lógicas? O ministro Alexandre, como Lula, também vai dizer que “não sabia” dos vídeos, nem das omissões, nem de nada? Não estamos, como diz a maioria da mídia, diante de mais um “equívoco”, uma “avaliação errada”, ou um “acidente”. O que está se vendo, com provas, é um ataque direto à democracia. FONTE: https://twitter.com/jrguzzofatos/status/1650822426245185537?t=qtVuz8TKwaYY1HjlSBWjOw&s=08

J.R.Guzzo é jornalista. Começou sua carreira como repórter em 1961, na Última Hora de São Paulo, passou cinco anos depois para o Jornal da Tarde e foi um dos integrantes da equipe fundadora da revista Veja, em 1968.

terça-feira, 25 de abril de 2023

O GOLPE NO BANCO DOS RÉUS

Por THEODIANO BASTOS

A reportagem de capa da revista VEJA edição 2838 de 20/4/23, relata com detalhes todo episódio do dia 8 de janeiro na praça dos três poderes em Brasília, da qual extraímos os informes que seguem: “ Cem dias após a invasão e a depredação dos prédios dos três Poderes em Brasília. Os primeiros envolvidos começam a ser julgados. Mas é preciso chegar aos líderes. As várias perguntas sem respostas sobre esse lamentável episódio promoveram a queda de um ministro de Lula: o general Gonçalves Dias, do GSI.

Dos 1.390 envolvidos, 100 pessoas já foram denunciadas, 200 novas denúncias estão em julgamento, 251 continuam presos no presídio da Papuda e Colmeia Em Brasília e R$ 150 milhões a AGU cobra dos financiadores e dos autores das depredações das sedes das sedes dos três poderes em Brasília. “Foram a Brasília movidos por uma equivocada ideia de fazer história como “patriotas”, a maioria dos presos terá pouco do que se orgulhar em suas memórias do cárcere”. Não têm direito a visita íntima, presos em celas com oito camas para vinte detentos – alguns dormem no chão ou se revezam com os colegas no uso das camas e meio a goteiras.

Com duas horas de sol por dia, a comida é ruim, não tem medicamentos e só toma banho frio.

Pedido pela PGR o ex-presidente Jair Bolsonaro será ouvido na PF no dia 26/4. “é medida indispensável ao completo esclarecimentos dos fatos investigados.

Antes disso, em 22 de janeiro o corregedor do TSE Benedito Gonçalves, pediu esclarecimentos a Bolsonaro e ao ex-ministro Walter Braga Netto, seu vice na eleição, sobre a participação nos atos golpistas – isso integra a análise de dezessete ações que podem deixar Bolsonaro inelegível”         

O julgamento está sendo feito de forma virtual, e é o maior em número de denunciados em mais de duzentos anos do STF. 172 homens e 79 mulheres estão no complexo penitenciário da Papuda em Brasília.

1.100 investigados estão com tornozeleiras eletrônica.

FONTE: VEJA de 26/05/23

domingo, 23 de abril de 2023

QUAL BRASIL VOLTOU?


              Por THEODIANO BASTOS

Lula diz e repete que o Brasil Voltou! de fato: voltou o Brasil do toma lá dá cá, das invasões de terra, do atraso econômico e da megalomania internacional, diz o Estadão em editorial: 

O presidente Lula da Silva tem bradado que, com ele, “o Brasil voltou”. Pois bem. Imodéstia à parte, é o caso de perguntar: afinal, de que Brasil se está falando? Que país é esse que estaria de volta?

É seguro afirmar que não é o Brasil pelo qual ansiavam milhões de eleitores moderados que, mesmo conhecendo bem o passado de malfeitos dos governos petistas, entenderam que a eventual reeleição de Jair Bolsonaro, um dos mais desqualificados, indecorosos e patrimonialistas presidentes em toda a história republicana, representava uma tragédia a ser evitada a qualquer custo.

Esses brasileiros fundamentais para a apertada vitória do petista em 2022 foram descartados por Lula cedo demais – e sem o menor constrangimento, haja vista o discurso arrogante e as atitudes do presidente. Não que as expectativas fossem altas. A rigor, são pessoas que não esperavam muito mais do atual governo, além do resgate da decência no exercício da Presidência da República e alguns sinais de moderação e responsabilidade na condução do País.

Lula, porém, tem conduzido o Brasil por um caminho perigoso. O governo tem tomado um rumo que, se não chega a configurar estelionato eleitoral – pois só o mais lhano dos cidadãos haveria de acreditar que Lula, de volta ao poder, faria algo muito diferente do que está fazendo –, tampouco sinaliza que, se não os esqueceu, ao menos Lula teria aprendido alguma coisa com os erros cometidos em um passado não muito distante.

Esse Brasil que Lula diz que “voltou” parece ser um país que só existe na cabeça do presidente; um país forjado por seus dogmas, sua recalcitrância, seu voluntarismo na implementação de políticas públicas e quiçá por uma gama de sentimentos que possam ter moldado suas visões de mundo após o período de 580 dias na cadeia.

O Brasil dos fatos, da realidade implacável que está diante dos olhos de qualquer observador que não se deixa enviesar pela vaidade ou pelo fervor ideológico, é o Brasil do retrocesso em mais áreas do que Lula, alguns de seus ministros e apoiadores teriam coragem de admitir em público.

Por óbvio, é indisputável a verdade de que houve guinadas republicanas em áreas fundamentais para o País, como saúde, educação e meio ambiente, três dos setores que foram obliterados pela sanha destruidora de Bolsonaro. A derrota de Bolsonaro, por si só, já foi suficiente para melhorar a qualidade do ar que os brasileiros respiram. Literalmente, pois são perceptíveis os esforços da nova administração federal para reconstruir o aparato de proteção ambiental que conferiu ao Brasil um soft power nessa seara que, há décadas, alçou o País à condição de interlocutor indesviável em fóruns internacionais sobre as mudanças climáticas.

No governo de Lula, vacinas, ora vejam, também voltaram a ser tidas como indispensáveis para evitar mortes, e a cultura deixou de estar sob ataque permanente para voltar a ser tratada como traço de distinção e união de um povo, ou seja, um bem a ser preservado.

Mas, como já dissemos nesta página, não é vantagem alguma Lula posar como um presidente melhor do que seu antecessor porque é virtualmente impossível que haja um governo pior do que o de Bolsonaro. De Lula, esperava-se muito mais do que isso, não só por suas promessas, mas, sobretudo, pelo arco de apoios que o petista construiu – para além da esquerda e centro-esquerda – a fim de pôr fim à barbárie bolsonarista.

O que se viu até agora, no entanto, é igualmente uma política de destruição de marcos republicanos, tais como a lei das estatais, o marco legal do saneamento, a reforma do ensino médio, entre outros. É o voluntarismo megalomaníaco e o improviso de Lula pautando as relações internacionais do País. É o fisiologismo desbragado na relação entre Executivo e Legislativo. É a tolerância à invasão de terras pelos companheiros do MST.

O Brasil que tantos anseiam por ver de volta é o país que, unido, soube superar a ditadura militar, consolidar a democracia e derrotar a inflação e a instabilidade econômica. Com Lula, ao que parece, esse Brasil não voltará tão cedo.

Já o portal Poder 360 diz: O Brasil voltou, mas qual Brasil? Embora liderado por um presidente em 3º mandato, governo Lula age por solavancos, o governo Lula comemora 100 dias nesta 2ª feira (10.abr.2023), com a campanha publicitária “O Brasil Voltou”, (que era também o lema do governo de Michel Temer) uma continuação do embate da campanha eleitoral contra Jair Bolsonaro. É evidente que o Brasil de Lula é diferente daquele de Bolsonaro, mas qual Brasil está de volta? Lula venceu a eleição mais disputada da história, herdou um país dividido com a economia
em frangalhos pelo vale-tudo eleitoral e uma imagem no exterior horripilante. 100 dias depois, o país segue partido ao meio, bons programas sociais foram retomados, as perspectivas econômicas pioraram, o risco fiscal começou a ser tratado e a reputação externa melhorou infinitamente. Surpreendente para a equipe liderada por um presidente em 3º mandato, no entanto, o governo ainda age por solavancos....

SAIBA MAIS EM: https://www.poder360.com.br/opiniao/o-brasil-voltou-mas-qual-brasil/ - https://www.estadao.com.br/opiniao/qual-brasil-voltou/


sábado, 22 de abril de 2023

JANJA ESTÁ DESLUMBRADA

 


Por THEODIANO BASTOS

Janja já incomoda a cúpula do PT pela sua crescente influência sobre Lula, com sala ao lado da do Presidente, ela influi na agenda e nas decisões de Lula. Também assusta pelo deslumbramento e sequisa pelo poder, faz tudo para aparecer, como num pronunciamento do presidente em que ficou ao lado virando as folhas... Como na Argentina, poderemos ter a nossa Cristina Kirchner

Faz questão de exibir a bolsa de R$21.400,00, sonho da ‘burguesia’

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou R$ 196.770 na compra de uma cama, dois sofás, duas poltronas e um colchão king size para o Palácio da Alvorada, residência de Lula e da primeira-dama Janja. Governo gasta R$ 65 mil com sofá e R$ 42 mil com cama para Lula e Janja no Alvorada

Tão logo chegou em Lisboa, Portugal, Janja foi às compras na Zagma, uma loja de luxo. Mas não se sabe o que comprou.

Em 100 dias no poder, a primeira-dama Janja já mostrou não haver resistido aos encantos do mercado de luxo, tanto quanto a “burguesia” que a esquerda ataca. Na visita oficial a Washington, Janja posou com o marido e o casal Biden exibindo uma bolsa da marca Celine, uma das mais ambicionadas por madames de todo o mundo. Vendida no site da grife de luxo por R$21.400, tem forro de camurça e acabamento em prata. A expectativa é de que ela não repita o acessório na visita à China.                                            FONTES: https://www.otempo.com.br/politica/governo/janja-vai-as-compras-em-loja-de-luxo-em-lisboa-portugal-1.2854835 E https://www.google.com/search?q=cama+e+moveis+comprados+por+janja+para+o+alvorada&oq=cama+e+moveis+comprados+por+janja+para+o+alvorada&aqs=chrome..69i57.28280j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

quinta-feira, 20 de abril de 2023

GAL GONÇALVES DIAS DEMITIDO, CRISE NO GOVERNO LULA

Por THEODIANO BASTOS

Extinção do GSI ganha força no governo Lula, dizem aliados

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias, pediu demissão após reportagem exclusiva da CNN exibir imagens dele no Palácio do Planalto durante a invasão em 8 de janeiro

Lula e o General Gonçalves Dias, Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).Ricardo Stuckert

governo Lula avalia acabar com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, segundo fontes próximas ao presidente ouvidas nesta quarta-feira (19) pela CNN.

Ainda de acordo com aliados de Lula (PT), houve quebra de confiança; o presidente não acredita no GSI atual, e as investigações o ajudarão a tomar a decisão.

Governo muda estratégia e decide apoiar CPI do 8 de Janeiro

Divulgação de vídeo de ex-chefe do GSI em atos golpistas selou mudança de postura da base governista no Congresso, que já avaliava como inevitável abertura do colegiado após oposição garantir apoio no Senado e na Câmara.                          Moraes manda PF ouvir Gonçalves Dias após imagens divulgadas pela CNN

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que as imagens não “gravíssimas” e mostram “ilícita e conivente omissão” de agentes do GSI

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na quarta-feira (19) que a Polícia Federal (PF) colha o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general da reserva Gonçalves Dias, em até 48 horas.

Dias pediu demissão na quarta-feira (19), após imagens reveladas pela CNN da presença dele no Palácio do Planalto durante os ataques aos Três Poderes em 8 de janeiro. O militar da reserva se tornou o primeiro ministro do governo de Lula a deixar o cargo.

Na decisão, Moraes também determinou que a PF identifique todos os militares que aparecem nas imagens reveladas pela CNN e informe se eles já foram ouvidos. “Caso não tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas”, disse o ministro.

“Na data de hoje, a imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, disse Moraes, em referência ao material divulgado pela CNN na quarta-feira.

Moraes ainda determinou que o substituto de Dias no GSI, Ricardo Cappelli, seja intimado para que identifique, em 24 horas, “todos os servidores civis e militares que aparecem nas citadas imagens e quais as providências tomadas”.

Ainda em 8 de janeiro, dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, Moraes havia determinado à PF que obtivesse “todas as imagens das câmeras do Distrito Federal que possam auxiliar no reconhecimento facial dos terroristas que praticaram os atos do dia 8 de janeiro”.

Em 27 de fevereiro, na decisão em que o magistrado fixou que cabe ao Supremo julgar militares envolvidos com os atos, o ministro determinou ao GSI e ao comandante do Batalhão da Guarda Presidencial que fornecesse ao inquérito a lista de militares em serviço no Palácio do Planalto.

Na ocasião, Moraes autorizou a PF a fazer a oitiva dos militares do Batalhão da Guarda Presidencial que estiveram presentes no Palácio em 8 de janeiro.

Agora, na decisão de quarta-feira (19), o magistrado determinou que a PF informe se cumpriu essas exigências anteriores.

A saída do general ocorre após a divulgação de vídeos exclusivos da CNN do circuito interno de câmeras do Palácio do Planalto. Eles exibem Dias dentro do Palácio durante o ataque aos Três Poderes que ocorreu em 8 de janeiro, mais precisamente às 16h29.

Inicialmente, ele caminha sozinho no terceiro andar do palácio, na antessala do gabinete do presidente da República, tenta abrir duas portas e depois entra no gabinete.

Após alguns minutos, o ministro aparece caminhando pelo mesmo corredor com alguns invasores. As imagens sugerem que ele indica a saída de emergência ao grupo de criminosos.

Em seguida, surgem nas imagens outros integrantes do GSI, que parecem indicar também o caminho de saída para os invasores que estavam no terceiro andar do Palácio do Planalto.

Também é possível ver um capitão do Exército, integrante do GSI, circulando entre alguns invasores. Em uma das câmeras, na antessala do gabinete presidencial, ele faz um gesto a uma invasora e abre uma porta.

O capitão do Exército aparece conversando com alguns invasores e, em seguida, os cumprimenta com um aperto de mão.

Outra câmera do terceiro andar, em outro momento, registra o mesmo capitão do Exército tentando conter um dos vândalos. No entanto, o responsável pela segurança não reage quando outro criminoso pega um extintor de incêndio.

Segundo apuração da reportagem, o capitão do Exército e responsável pela segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro, atualmente, não integra mais a equipe do GSI.                                                       SAIBA MAIS EM https://www.cnnbrasil.com.br/politica/moraes-manda-pf-ouvir-goncalves-dias-apos-imagens-divulgadas-pela-cnn/   


ATENTADO CONTRA BOLSONARO, PF REABRIU INQUÉRITO, PCC TERIA PAGO ADVOGADOS

PF fez buscas contra advogados de Adélio Bispo em investigação de possível ligação com PCC

Ação foi realizada em 14 de março, mas não houve divulgação porque foi embutida dentro de outra operação no mesmo dia

A Polícia Federal (PF) cumpriu seis mandados de busca e apreensão em escritórios e casas de ex-advogados de Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência, em 2018.

A ação foi em 14 de março, no entanto, não houve divulgação porque, segundo apurou a CNN, a operação foi embutida dentro de outra ação deflagrada no mesmo dia, a “Habeas Pater”.

Esse segundo inquérito investiga suposta venda de sentenças de um desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) para beneficiar traficantes juntamente ao filho advogado. O caso foi revelado pela “Folha de S. Paulo” e confirmado pela CNN.

Os mandados contra os advogados foram cumpridos por integrantes da Diretoria de Inteligência da PF em Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG), autorizados pelo juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Criminal de Juiz de Fora.

A decisão do magistrado foi publicada em 11 de novembro do ano passado, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), e desde então a PF preparava uma operação para cumprir os mandados, dentro desse inquérito presidido pelo delegado Martin Bottaro Purper.

A ação, inclusive, recebeu o nome de “Fênix” no ano passado. Mas a CNN apurou que, agora, com a nova gestão, a nova Direção da PF não quis dar publicidade ao caso. 

              Suposta ligação com o PCC

No ano passado, novos elementos foram incluídos na investigação, que corre sob sigilo. Entre eles, pagamentos fracionados de milhares de reais a um dos advogados de Adélio Bispo durante meses. No total, foram recebidos R$ 315 mil, segundo a PF, em uma empresa aberta pelo advogado Magalhães.

Durante a investigação e análise dos celulares dos advogados, os investigadores da polícia também encontraram um grupo de mensagens chamado “Adélio-PCC”, onde os defensores traçavam estratégias. Uma ligação do advogado com um suposto integrante da facção também faz parte da investigação.

“É razoável inferir que o pagamento fracionado de    R$ 315 mil tenha constituído auxílio prestado pela referida facção para o custeio dos honorários dos advogados do autor do atentado, lançando mão dos recursos movimentados pelo citado Setor das Ajudas do PCC”, escreveu o juiz do caso, Bruno Savino, na decisão que autorizou as buscas.

A CNN entrou em contato com os advogados Zanone Oliveira Junior, Fernando Magalhães e Fábio Costa Rodrigues.

“Não temos nenhum tipo de envolvimento”, disse o escritório de Zanone, reforçando que as buscas foram nas casas dos ex-advogados do escritório.

À reportagem, Magalhães explicou que tem uma empresa de prestação de serviço e que recebe os honorários advocatícios por meio dela.

“Não tenho ligação nenhuma com organizações criminosas. Tenho 23 anos de advocacia e não advoguei ou advogo para nenhum membro de facção. Sobre o caso Adélio, eu tive muito prejuízo financeiro e psicológico, recebi mais de 60 mil ameaças de morte e reforço que esses valores pagos dois anos depois do caso não têm relação com Adélio Bispo”, pontuou.                                        SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pf-fez-buscas-contra-advogados-de-adelio-bispo-em-investigacao-de-possivel-ligacao-com-pcc/

 

quarta-feira, 19 de abril de 2023

FERROVIA BAHIA MINAS PODE SER REATIVADA

 

Cinquenta e sete anos após ser desativada por inviabilidade econômica, e depois de ter sua história imortalizada na música "Ponta de Areia", de Milton Nascimento e Fernando Brant, a Ferrovia Bahia-Minas pode ser reativada por um projeto a ser lançado no próximo dia 30,, com investimento previsto de R$ 12 bilhões.

A Estrada de Ferro Bahia-Minas, com 578 km de extensão, foi construída por volta de 1882 e ligava Araçuaí em Minas a Ponta da Areia em Caravelas na Bahia, passando por Teófilo Otoni, Nanuque e outras cidades.  

Parlamentares da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e representantes da Multimodal Caravelas (MTC) se reuniram, nesta quarta-feira (12/4/23), para discutirem a reconstrução de cerca de 500 quilômetros da Ferrovia Bahia-Minas. O projeto, que vai recuperar o trecho do modal ferroviário, será lançado em 29 deste mês, após permanecer 57 anos desativado.

O trajeto fará a ligação entre Caravelas, no Sul da Bahia, e Araçuaí, no Vale do Jequitinhonha. Dos 500 km, 400 km estão situados em território mineiro. A estrada de ferro vai passar pelas mesmas cidades que a antiga ferrovia, criada em 1881. As adaptações serão feitas conforme os atuais traçados e planos diretores municipais, explica o diretor da empresa, Divino Passos. Segundo ele, os investimentos serão da ordem de R$ 12 bilhões e as obras terão início assim que concluídos os processos de licenciamento ambiental.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Tadeu Martins Leite (MDB), celebrou o anúncio e se comprometeu, juntamente aos demais parlamentares presentes, a mediar e cobrar as providências necessárias que cabem ao Executivo. Para ele, o empreendimento trará desenvolvimento econômico e social não só para a região como para todo o Estado.

“Esse projeto é histórico”, afirmou o deputado Bosco (Cidadania). Segundo ele, a linha férrea vai impulsionar o escoamento da produção nas regiões Norte e Jequitinhonha, economias que contam, hoje, com a extração de lítio, elemento utilizado na fabricação de baterias elétricas. Ele ressaltou ainda que a recuperação do modal vai minimizar o tráfego nas rodovias, que se encontram em condições precárias e com uma frota de veículos já envelhecida.

Comissão Pró-Ferrovias

Parlamentares lembraram que a reativação do modal ferroviário é, também, desdobramento do trabalho realizado pela Comissão Pró-Ferrovias da ALMG, vigente na última legislatura, e presidida pelo ex-deputado João Leite, que também participou da reunião.

João Leite afirmou que 80% do leito do trem está preservado e que, nesse sentido, apenas 20% do trajeto precisará passar pelo licenciamento ambiental: “Esse é apenas o começo da recuperação e expansão da malha ferroviária mineira”. Ele destacou ainda que o marco ferroviário, aprovado pela Assembleia de Minas, é exemplo para todo o País; e que o transporte de carga terá prioridade em um primeiro momento, mas que ainda será avaliada a implantação do transporte de passageiros.

SAIBA MAIS EM: https://www.almg.gov.br/comunicacao/noticias/arquivos/Trecho-da-ferrovia-Bahia-Minas-vai-ser-reativado/#:~:text=O%20projeto%2C%20que%20vai%20recuperar,est%C3%A3o%20situados%20em%20territ%C3%B3rio%20mineiro