quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

GAECO SUBSTITUIU A LAVA-JATO

Ao contrário do que muitos pensam, o combate ao crime organizado vai continuar, mas através dos  (GAECOs) - GRUPO DE ATUAÇÃO ESPECIAL DE COMBATE AO CRIME ORGANIZADO existentes em cada estado.

Apenas foi o fim de um modelo. A histórica força-tarefa de Curitiba, criada em 17/03/2014, sai de cena e dá lugar a uma nova forma de atuação do Ministério Público contra a corrupção.

https://veja.abril.com.br/brasil/em-novo-modelo-combate-a-corrupcao-segue-apos-fim-da-lava-jato/

É um órgão que se destina a investigação e combate ao crime organizado e controle externo da atividade policial, promovendo as ações penais pertinentes.

É composto por membros do Ministério Público, Polícia Civil e Polícia Militar, designados e integrados em Grupo.

Histórico

Foi criado em 1994, (
RESOLUÇÃO nº 97, de 20 de JANEIRO de1994) com o nome de Promotoria de Investigação Criminal (PIC), com atribuições de caráter geral na área criminal, tendo em 1997, sido delimitadas as funções com as características mantidas até hoje.

A adoção do nome GAECO, e a regionalização, com as áreas de atuação dos respectivos Grupos Regionais foram estabelecidos, inicialmente, por meio da 
RESOLUÇÃO nº 1801, de 19 de SETEMBRO de 2007, do PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA e posteriormente alterados com a edição da RESOLUÇÃO nº 1930, de 1º de SETEMBRO de 2009.

TRUMP E BOLSONARO SÃO RESPONSÁVEIS POR 40% DAS MORTES POR CONVID-19

Nos EUA, assim como no Brasil, poderiam ter evitado 40% das mortes por Covid se tivessem indicadores similares a outros países ricos, aponta relatório por não levar a pandemia a sério rapidamente, espalhando teorias da conspiração, desencorajando o uso de máscaras e minando as iniciativas de cientistas e outros que buscavam combater a propagação do vírus.

 

Comissão da revista 'Lancet' critica resposta 'inepta e ineficiente' de Trump à pandemia, mas aponta que falhas sociais que existem há décadas também são responsáveis pela situação problemática do sistema de saúde americano, que 'uma vacina não vai resolver'.

Por G1

Cerca de 40% das mortes por coronavírus nos EUA poderiam ter sido evitadas se a taxa média de mortalidade do país fosse igual à de outras nações industrializadas, aponta o relatório de uma comissão de acompanhamento de políticas de saúde pública no governo Donald Trump da prestigiada revista científica britânica “The Lancet”.

Embora a comissão critique a resposta "inepta e insuficiente" do ex-presidente Trump à Covid-19, o relatório afirma que as raízes dos problemas de saúde do país são muito anteriores.

Quase 470 mil americanos morreram de coronavírus até agora e cerca de 27 milhões de pessoas foram infectadas. Os números são, de longe, os mais altos do mundo.

Trump é amplamente criticado por não levar a pandemia a sério rapidamente, espalhando teorias da conspiração, desencorajando o uso de máscaras e minando as iniciativas de cientistas e outros que buscavam combater a propagação do vírus.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tira sua máscara protetora enquanto posa no topo da varanda Truman, na Casa Branca, após retornar de uma hospitalização no Centro Médico Walter Reed para tratamento da Covid-19, em Washington, nos EUA, em 5 de outubro — Foto: Erin Scott/Reuters/Arquivo

“Os EUA se saíram muito mal nesta pandemia, mas o estrago não pode ser atribuído apenas a Trump. Também tem a ver com falhas sociais . Isso não vai ser resolvido com uma vacina”, disse ao jornal britânico “The Guardian” Mary Bassett, integrante da comissão e diretora do Centro FXB para Saúde e Direitos Humanos da Universidade Harvard.

A comissão disse que Trump “trouxe infortúnio para os EUA e o planeta” durante seus anos no cargo, mas a crítica contundente culpou só Trump, vinculando suas ações às condições históricas que tornaram sua presidência possível.

“Ele foi uma espécie de ponto culminante de um determinado período, mas não é o único arquiteto”, disse Bassett, “Decidimos que é importante colocá-lo em contexto, não para minimizar o quão destrutiva foi sua agenda política e seu fomento pessoal à fogueira da supremacia branca, mas para colocá-lo em contexto".

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/02/11/eua-poderiam-ter-evitado-40percent-das-mortes-por-covid-se-tivessem-indicadores-similares-a-outros-paises-ricos-aponta-relatorio.ghtml

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

COVID: POR QUE UNS MORREM E OUTROS SE SALVAM?

Por Theodiano Bastos

Os cientistas de todo mundo estão à procura dessa resposta.

Estamos em guerra mundial contra um inimigo invisível, poderoso, traiçoeiro e imprevisível.

Aos 116 anos, segunda pessoa mais velha do mundo se cura de Covid-19

Irmã Andree completa 117 anos na quinta-feira (11) e teve apenas sintomas leves. 80 moradores da casa de repouso onde freira vive, em Toulon, na França, foram contaminados, e dez deles não sobreviveram.

https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/02/09/aos-116-anos-segunda-pessoa-mais-velha-do-mundo-se-cura-de-covid-19.ghtml  

LUZ NO FIM DO TÚNEL

Israel testa remédio barato que salvou dezenas de pacientes graves com covid-19

Medicamento para câncer de ovário foi utilizado experimentalmente para covid-19 em hospital israelense e demonstrou resultados promissores em pequeno grupo

Israel acredita que está próximo de encontrar um remédio eficiente contra a covid-19.

Até o momento, a doença não tem medicamento comprovadamente capaz de tratá-la. O Centro Médico Ichilov, em Tel Aviv, testou o composto chamado EXO-CD24 em 30 pacientes com casos graves de covid-19 e todos se recuperaram da doença.

Nos tratamentos em questão, 29 pessoas foram submetidas à substância por cinco dias, apresentaram recuperação significativa em apenas dois receberam alta quatro dias depois, segundo o hospital. 

https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2021/02/4905371-israel-testa-remedio-barato-que-salvou-dezenas-de-pacientes-graves-com-covid-19.html

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

BOLSONARO NOS MOSTRA O ESPELHO

 

            por Ricardo Rangel

Líder reflete um Brasil do século XVII, que precisa ser abandonado

Ricardo Rangel: Bolsonaro reflete um Brasil do século XVII, que precisa ser abandonado

Líder reflete um Brasil do século XVII, que precisa ser abandonado

Bolsonaro, amante de ditaduras, ameaçou fechar o Congresso e o Supremo. Em troca, o Congresso submeteu-se a ele espontaneamente e pode nomear uma bolsonarista radical, golpista, à frente da mais importante comissão da Câmara.

o isolamento, máscara e vacina. Por sua causa, não temos vacinas suficientes — e, se as tivéssemos, não teríamos seringas nem agulhas. Muitos dos quase 230 000 brasileiros mortos por Covid-19 morreram por sua causa. A economia vai muito mal, o desemprego bate recorde. Mas a popularidade de Bolsonaro, apesar de alguma queda, segue alta.

Bolsonaro se comporta como racista, misógino, homofóbico, persegue índios, tenta armar a população, defende licença para matar para a polícia, ofende padrões mínimos de civilidade. E é o favorito para 2022. headtopics.com

Enlouquecemos?“ Mas a alternativa, o PT, é pior!” Conversa. O PT saiu do poder há cinco anos e sua única chance de vencer é contra Bolsonaro — que, por isso mesmo, se esforça para mantê-lo vivo. Bolsonaro tem a mesma visão desenvolvimentista do PT e também loteou o governo para o Centrão. E esse desmonte de hoje o PT nunca fez: é incrível, mas Bolsonaro consegue ser pior.

“O presidente tem a mesma visão desenvolvimentista do PT e também loteou o governo para o Centrão”“Mas é honesto.” Lorota. Bolsonaro interferiu no Coaf, na Receita, na PGR, sabotou o projeto anticrime de Moro e expulsou-o do governo, enterrou a Lava-­Jato. Gastou bilhões de dinheiro público para eleger seus candidatos no Congresso. Muitos de seus atos são considerados criminosos. Sua conduta quando deputado sugere desvio de dinheiro público e a família está envolvida em transações financeiras espúrias. E ainda tem o Queiroz e as milícias.

“Mas tem a política ‘liberal’ do Guedes.” Ridículo. Bolsonaro sabotou a reforma da Previdência (que foi encaminhada por Temer e aprovada por Maia). A reforma tributária é inócua, a administrativa foi esvaziada pelo presidente, que é contra as privatizações e interfere na gestão de estatais. Em abertura comercial nem se fala. Com Bolsonaro de olho em 2022 e o Centrão no poder, só tolos acreditam em reformas expressivas.

Resta a alternativa desconfortável: o presidente é popular não apesar de ser quem é, mas porque é quem é Bolsonaro é o Brasil do século XVII: arcaico, tosco, patriarcal, patrimonialista, preconceituoso, espoliador. Essa herança está entranhada em todas as camadas do Brasil atual, até na camada mais alta e sofisticada, lida e viajada, que se fascina com a arquitetura de Paris, mas em geral não se incomoda que metade dos brasileiros não tenha esgoto. desde que fique longe da vista. Que mulher pode sair de casa desde que não progrida demais na profissão. Que pobre pode comer desde que “saiba seu lugar”. Que homossexual pode existir desde que viva sua sexualidade no gueto. Que índio pode viver desde que vire um “ser humano normal”. Bolsonaro é popular em grande medida porque autoriza tais eleitores a serem preconceituosos e torpes sem culpa (ainda que tantos ignorem ser esse o motivo).

Mas Bolsonaro também presta um serviço ao Brasil como um todo: ele nos mostra um espelho. A imagem é repugnante, mas é preciso contemplá-la. Reconhecê-la. Transformá-la. https://headtopics.com/br/bolsonaro-nos-mostra-o-espelho-ricardo-rangel-18489612

 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

REFORMAS IMPRESCIDÍVEIS



por Theodiano Bastos  

Com Arthur Lira na presidente da Câmara dos Deputados e Rodrigo Pacheco na presidência do Senado Federal, o presidente Bolsonaro, não tem desculpas para não votar as Reforma tributária, Reforma administrativa, privatizações, Pacto federativo e PEC emergencial.

A ascensão de aliados ao comando do Congresso dá ao governo uma nova (e talvez derradeira) chance de comprimir a agenda liberal da campanha. São reformas cruciais para a retomada da economia diz a revista Veja. https://veja.abril.com.br/economia/a-janela-de-oportunidade-para-as-privatizacoes-foi-aberta/

Fux diz que réu no comando da Câmara é ruim para o Brasil internacionalmente/STF

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, declarou que o fato do novo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ser réu na Justiça é algo que "até no plano internacional não é o melhor quadro". Uma decisão do STF de 2016 impede a ocupação da Presidência da República pelo chefe do Legislativo que seja réu.

"Eu falo em geral, abstrato. Pelo princípio da moralidade, eu entendo que os partícipes da vida pública brasileira devem ter ficha limpa. Sou muito exigente com relação aos requisitos que um homem público deve cumprir para a assunção de cargos de relevância, como a substituição do presidente. Eu acho que, realmente, uma pessoa denunciada assumir a Presidência da República, seja ela qual for, é algo que até no plano internacional não é o melhor quadro para o Brasil", disse o presidente do STF em entrevista publicada na edição deste domingo (7/2/21) do jornal Estado de São Paulo.

Por ser réu, o atual presidente da Casa, que assumiria a Presidência da República na indisponibilidade do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão, não pode assumir o Planalto. Na ausência de Bolsonaro e Mourão, quem assumirá o Poder Executivo será o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Depois dele, o próximo na linha sucessória presidencial é o presidente do STF, Luiz Fux. https://congressoemfoco.uol.com.br/judiciario/fux-lira-reu-bolsonaro-impeachment/

sábado, 6 de fevereiro de 2021

TEM ALGUM INOCENTE POSTO NA CADEIA PELA LAVA-JATO?

 

 A velha política leva tudo

Por Carlos Alberto Sardenberg

Não foi apenas o fim orquestrado da Lava-Jato. Há uma sequência de movimentos que revigoram a velha política (aqui incluídos Executivo, Legislativo e Judiciário), abafam o combate à corrupção e tornam o Estado brasileiro cada vez mais ineficiente.

Começando pela Lava-Jato. A força-tarefa não apanhou “apenas” alguns casos de corrupção. Mostrou que o sistema operacional do Estado estava dominado por diversos “quadrilhões” — associações de políticos, empresários, advogados e, sim, membros do Judiciário —, com o objetivo de roubar o setor público e distribuir o dinheiro entre eles, estivessem na esquerda, no centro ou na direita.

Dizem que a Lava-Jato exagerou, que a dupla Sergio Moro e Deltan Dallagnol não poderia ter mantido aquelas conversas hackeadas; que, em busca de mais eficiência, romperam os limites do devido processo legal.

É verdade que os dois não agiram pelas vias ditas ortodoxas em Brasília. Mas o que eram, e continuam a ser, agora reforçadas, as vias ortodoxas? São os caminhos tortuosos dos tribunais para anular processos, não pela prova da inocência dos réus, mas pelo tempo de prescrição e supostos equívocos formais.

O que é pior, o ativismo da Lava-Jato ou os conchavos brasilienses entre políticos, advogados e juízes? Encontram-se nas festas de casamento, são compadres entre si, almoçam e jantam nos bons restaurantes — à custa de dinheiro público — e promovem os filhos nas suas carreiras. Deputado filho de deputado, advogado filho de juiz, que facilita a prática dos “embargos auriculares”. Uma conversinha entre um uísque e outro.

Dia desses, um ministro de corte superior me disse que poderia perfeitamente frequentar essa corte brasiliense e julgar com a devida isenção os seus participantes.

Não pode, é claro. Assim como um filho de juiz simplesmente não pode advogar na corte do pai. Quer dizer, não poderia, mas advoga e ganha bem.

Como a Lava-Jato poderia ganhar disso? Utilizando os métodos modernos de combate à corrupção, usados em todo o mundo civilizado, que consistem em reunir polícia, Receita e Ministério Público, investigando e trocando informações, inclusive com os juízes do caso e — por que não? —partilhando com a imprensa, vale dizer, com o público.

Tem algum inocente posto na cadeia pela Lava-Jato? Mas tem culpado sendo libertado pelos métodos transversos da velha ortodoxia. O triplex e o sítio não existiram? Isso não importa. Importa desqualificar o processo e o juiz.

E, assim, parece normal que deputado processado em dois casos no STF se eleja presidente da Câmara. Numa das denúncias, correndo na Primeira Turma, já há maioria para aceitá-la. Mas tudo parou por um pedido de vista do ministro Dias Toffoli.

A nova direção do Congresso diz estar alinhada com Bolsonaro na agenda vacina, reformas e privatização. A agenda deveria ser essa mesmo. Mas não é. A verdadeira inclui: auxílio emergencial, mas sem tirar dinheiro de outros setores, especialmente da elite do funcionalismo e da política, fim da prisão em segunda instância, liquidação da ficha limpa e juiz de garantias, para atrasar ainda mais os processos.

Outro dia, o deputado Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro, disse que a prisão em segunda instância nunca existiu no Brasil e que foi um casuísmo para tirar Lula da disputa presidencial. Duplo erro: a prisão em segunda instância era regra. Eliminá-la foi a exceção de alguns anos. E Lula foi afastado por ser ficha-suja.

Será que o líder não sabe mesmo ou está aí para confundir o público?

Esse pessoal acha que enunciar a agenda é o suficiente. Muita gente nos meios econômicos acredita ou finge acreditar. Mas, sem a pressão da sociedade, da imprensa livre e independente, dos políticos e agentes públicos do bem, vamos continuar com vacina de menos e ineficiência de mais. https://blogs.oglobo.globo.com/opiniao/post/velha-politica-leva-tudo.html

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

LAVA JATO FOI ASSASSINADA

Lava Jato não teve morte natural, foi assassinada, diz JOSIAS DE SOUZA

TEM ALGUM INOCENTE POSTO NA CADEIA PELA LAVA-JATO?, pergunta Carlos Alberto Sardenberg de O Globo

Criada em 2014, após provocar uma reviravolta sem precedentes na política e na economia do Brasil, a outrora poderosa Operação Lava Jato viveu nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, um melancólico apagar de luzes com o anúncio de que já não existe mais —ao menos não da forma como ficou conhecida. A força-tarefa de Curitiba deixa de existir e torna-se um apêndice do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). 

Morreu a força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

O velório está sendo realizado no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, para onde foram enviadas as investigações remanescentes.

Não foi uma morte natural. A maior operação de combate à corrupção da história foi assassinada.

A emboscada vinha sendo planejada desde 2016, quando a voz do então senador Romero Jucá soou numa gravação falando de um pacto oligárquico para "estancar a sangria".

Um pacto "com o Supremo, com tudo", dizia Jucá. Todo mundo continua sendo a favor do combate à corrupção. Os fatos é que conspiram contra as boas intenções. A Lava Jato foi sacrificada contra um pano de fundo em que se misturam a imagem rachadinha da família presidencial, a falta de vocação do procurador-geral da República para procurar, o vozerio da Vazajato, a conversão de corruptos em heróis da resistência no Congresso Nacional... 

Tudo isso e mais o déficit de supremacia do Supremo Tribunal Federal.... Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/02/03/lava-jato-nao-teve-morte-natural-foi-assassinada.htm?cmpid=copiaecola