quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA DENTRO DA ABIN

 Por THEODIANO BASTOS 

O ex-presidente Collor acabou com o SNI – Serviço Nacional de Inteligência do Regime Militar e FHC em 1999 criou a ABIN Agência Brasileira de Inteligência órgão responsável por fornecer ao presidente e a seus ministros informações estratégicas,

E governo do ex-presidente Bolsonaro usou programa secreto sem protocolo oficial, para operar um sistema secreto de monitoramento e localização de cidadãos em todo território nacional  

A agência, que é conhecida como o serviço de inteligência civil brasileira, é o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e tem como principal função investigar ameaças ao estado democrático de direito e à soberania nacional. A estrutura é vinculada à Presidência da República e sucedeu o Serviço Nacional de Informações (SNI).

A fiscalização da Abin deve ser feita pelo Congresso Nacional, por meio da Comissão Mista de Controle da Atividade de Inteligência (CCAI). A estrutura mista e permanente deveria ser composta por seis senadores e seis deputados. Atualmente, a comissão tem apenas dois membros: o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que ocupa a vice-presidência, e o ex-ministro do governo Bolsonaro Ciro. As demais cadeiras estão vagas.

PROGRAMA SECRETO DE BOLSONARO

Durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) operou um sistema secreto de monitoramento da localização de cidadãos em todo o território nacional, segundo documentos obtidos pelo GLOBO e relatos de servidores. A ferramenta permitia, sem qualquer protocolo oficial, monitorar os passos de até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses. Para isso, bastava digitar o número de um contato telefônico no programa e acompanhar num mapa a última localização conhecida do dono do aparelho.

Durante o mandato de Jair Bolsonaro, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) esteve à frente da instituição. No início do mês, Lula (PT) indicou o ex-diretor-geral da Polícia Federal Luiz Fernando Correa para ser o novo diretor-geral da Agência e transferiu a agência para o guarda-chuva da Casa Civil da Presidência da República que, anteriormente, integrava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A prática suscitou questionamentos entre os próprios integrantes do órgão, pois a agência não possui autorização legal para acessar dados privados. O caso motivou a abertura de investigação interna e, para especialistas, a vigilância pode ainda violar o direito à privacidade. Procurada, a Abin disse que o sigilo contratual a impede de comentar.                                     

Ele permite rastrear os dados de GPS de qualquer pessoa pelos dados transferidos de seu celular para torres de telecomunicação. Sem qualquer protocolo oficial, o sistema monitoraria até 10 mil proprietários de celulares a cada 12 meses.

Polícia Federal aponta organização criminosa atuando em três núcleos na Abin

Segundo a PF, o grupo formado por policiais federais e outros servidores produzia informações para uso político e midiático

A Polícia Federal (PF) apontou a atuação de 4 núcleos de espionagem ilegal na Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Segundo a PF os investigados criaram uma estrutura paralela dentro da agência. De acordo com a investigação, o grupo utilizou ferramentas e serviços da agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal. Foram identificados 3 núcleos de atuação:

SAIBA MAIS EM: https://noticias.r7.com/brasilia/policia-federal-aponta-organizacao-criminosa-atuando-em-tres-nucleos-na-abin-25012024 E https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2023/03/conheca-a-historia-da-abin-agencia-usada-por-bolsonaro-para-monitorar-localizacao-de-pessoas-via-celular.ghtml

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