Por THEODIANO BASTOS
O Brasil é o único país do mundo que realiza e dá o
resultado das eleições no mesmo dia, mesmo com um leitorado de 126 milhões e
isso é um orgulho nacional.
Relatório de militares não aponta fraude nas
eleições; TSE afirma que recebeu documento com “satisfação”.
Lembrem que antes das eleições Integrantes da área de cibersegurança das Forças Armadas visitam
TSE e a comitiva
de militares recebeu diversas informações sobre funcionamento da urna
eletrônica e do processo eleitoral. ME
O Ministério da Defesa enviou ao TSE nesta quarta-feira (9/11) o relatório
das Forças Armadas sobre as eleições e o
sistema eletrônico de votação. O documento afirma que não foram constatadas irregularidades no
processo eleitoral e que os boletins de urna impressos estão em conformidade
com os dados disponibilizados pelo TSE.
“Em face das
ferramentas e oportunidades de fiscalização definidas nas Resoluções do TSE e
estruturadas no Plano de Trabalho da EFASEV, a fiscalização constatou que o
Teste de Integridade, sem biometria, ocorreu em conformidade com o previsto.
Quanto à fiscalização da totalização, foi constatada, por amostragem, a
conformidade entre os BU impressos e os dados disponibilizados pelo TSE.”
Em nota, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes,
afirmou que o relatório foi recebido com “satisfação” e agradeceu pelas
sugestões. O ministro disse que a análise das Forças Armadas é mais um indício
da inexistência de fraude no processo eleitoral.
“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu com
satisfação o relatório final do Ministério da Defesa, que, assim como todas as
demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou
inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022. As
sugestões encaminhadas para aperfeiçoamento do sistema serão oportunamente
analisadas. O TSE reafirma que as urnas eletrônicas são motivo de orgulho
nacional, e que as Eleições de 2022 comprovam a eficácia, a lisura e a total
transparência da apuração e da totalização dos votos.”
Apesar de não apontar indícios de fraude, o
relatório das Forças Armadas alerta sobre a possibilidade de um eventual
“código malicioso” representar risco de segurança.
“Dos testes de funcionalidade, realizados por meio
do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível
afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um
eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, diz o
relatório.
Em ofício enviado ao TSE para atestar a entrega do
relatório, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, cita
trechos do documento e considera um possível risco haver acesso à rede enquanto
o código-fonte é compilado.
“Foi observado que a ocorrência de acesso à rede,
durante a compilação do código-fonte e consequente geração dos programas
(códigos binários), pode configurar relevante risco à segurança do processo”,
diz.
Nogueira faz sugestões à Corte, como a criação de
uma comissão específica, integrada por técnicos renomados da sociedade e por
técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.
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