sábado, 3 de setembro de 2022

DEPOIS DAS URNAS


Por José Casado

O articulista capixaba José Casado, de VEJA, é o mais genial analista político que conheci e olhem que estou neste mundo há 85 anos.                                                  Este texto está nos blogs: theodianobastos.blogspot.com.br e no FACEBOOK

Diz: “Viciado em si mesmo, Lula se recusa a assumir compromissos, como disse no debate. Atravessa a campanha evocando um bordão de tevê do Brasil de três décadas atrás, quando virou candidato profissional à presidência da República... para o futuro promete o passado.”    

“Lula e Jair Bolsonaro concentram 70% das intenções de voto. No entanto, eles são rejeitados por mais de 80% dos eleitores. Esse é o retrato do Brasil a um mês da eleição presidencial, informam as últimas pesquisas do Ipec e Datafolha.”

“o ressentimento esparramado na campanha não vai acabar nas urnas memória de ressentido é digestão que não termina, já explicou Friedrich Nietzsche”

“O novo governo, qualquer que seja, estará condicionado pelo legado desse divisionismo sedimenta nas sondagens eleitorais dos últimos doze meses”

“O horizonte está turvo, e não se fala sobre ele. Há uma crise global agravada pelas sequelas da uma pandemia, de uma guerra e de eventos climáticos sem precedentes, mas não se escuta palavra a respeito... Aqui, porém, se vende um país blindado, como se o crescimento econômico, por exemplo, dependesse de uma só canetada presidencial”

“Aos 92 anos, Sarney está preocupado com o futuro. “Esse problema da divisão do país será uma herança, e o futuro presidente terá uma das tarefas principais conjurar o possível gérmen da desintegração”

“A eleição pela rejeição penhora o futuro. Agrava-se no vazio de ideias e propostas num ambiente de divisão inflamada pela retórica... condena um à perdição e outros à salvação... Não há uma voz mais experiente na praça: ele está completando 69 anos na política. Já viveu sob quatro constituições (as de 1946, 1967, 1969; atravessou catorze governos – seis na ditadura e, ainda, integrou treze legislaturas”    

LEIS MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/depois-das-urnas/

3 comentários:

  1. HEITOR CARVALHO, BH/MG: Caro Theodiano, o texto do Casado tem um grande mérito que é colocar em perspectiva a atual campanha eleitoral. É mais atípica no sentido de esgotar completamente a paciência dos cidadãosdo que qualquer outra coisa. Dos candidatos apenas o Ciro Gomes apresenta uma proposta “clássica” de governo. Discordo parcialmente do Casado quando afirma que oitenta por cento dos eleitores rejeitam os dois candidatos. É que há quem rejeite os dois contendores e portanto não se pode adicionar o percentual de um ao do outro, as pesquisas não tem detalhado bem os números.

    Mas, daqui a um mês, talvez estaremos no após urnas que se completará com mais um mês de segundos turnos. Mas em plena Copa do Mundo de Futebol, seguida das Festas de Dezembro e Ano Novo. Governo mesmo só lá para Fevereiro quando estiverem definidos os presidentes do Senado, da Câmara e das diversas comissões.

    Daqui a cinquenta anos tal eleição tenderá ser uma pequena nota de pé de página nos livros de História.

    Mas é necessário muita reflexão e planejamento para o quadro maior que está se desenrolando.

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    1. A 30 dias da eleição, o Datafolha traz informações interessantes.
      Na atual campanha, o índice de rejeição a Lula vem subindo: era de 33% em maio, foi para 35% em junho, 36% em julho, 37% em agosto e 39% em setembro, sempre segundo o Datafolha.
      Mesmo assim, a sua rejeição é bem inferior à do presidente Jair Bolsonaro (PL), que é de 52%. Mas é bem maior que a de Ciro Gomes, do PDT (24%), e Simone Tebet, do MDB (14%).

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  2. Maria do Carmo Freire Bastos: Verdade, esse é o retrato do nosso País...

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