Por THEODIANO BASTOS
“As
três rodadas anteriores dessa auditoria integrada revelaram algumas coisas.
Primeiro: que as urnas eletrônicas são auditáveis. Segundo: as urnas
eletrônicas são confiáveis. Terceiro: as urnas eletrônicas são transparentes. O
que nós estamos fazendo nas etapas de desdobramento é saber se a transmissão
dos dados conta com todas as etapas de segurança e se a posteriori nós podemos
fazer um cotejo entre aquilo que foi votado pelo eleitor e está traduzido no
boletim de urna é exatamente aquilo que foi divulgado pelo TSE. O Tribunal de
Contas da União jamais questionou a segurança das urnas”, afirma Bruno Dantas.
Nestas eleições, o Brasil deve receber uma centena de
observadores estrangeiros, um número recorde. O papel deles é certificar a
comunidade internacional da lisura de todo o processo eleitoral, e alguns já
estão por aqui.
Relatórios de organizações
estrangeiras atestam a transparência do processo eleitoral e elogiam a
agilidade na divulgação dos resultados
Além de contar com a participação de diversas instituições do
país, as eleições brasileiras também são acompanhadas por representantes de
diversas organizações estrangeiras, que, ao final do processo, produzem
relatórios com todas as informações colhidas durante os pleitos.
Cem observadores internacionais são esperados para acompanhar as
eleições. Também virão missões do parlamento do Mercosul, da rede eleitoral da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, das Organizações Norte-americanas
Carter Center e da Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais, além da
União Interamericana dos Organismos Eleitorais e da rede mundial de Justiça
Eleitoral.
Também estão no país cinco observadores das organizações não
governamentais (ONGs) Transparencia Electoral e Conferencia Americana de
Organismos Electorales Subnacionales por la Transparencia Electoral (Caoeste).
O grupo, formado por integrantes de El Salvador, México, Estados Unidos e
Brasil. Cada missão vai entregar ao TSE um relatório com as conclusões
sobre o processo eleitoral. Uma forma de reforçar a segurança e a transparência
das eleições. Também estará presente aqui no Brasil uma rede de observação de
80 pessoas, entre autoridades eleitorais, especialistas e ex-presidentes.
O Tribunal de Contas da União também
fará ações para atestar a integridade das urnas. Ao todo, 54 auditores irão
visitar 540 seções eleitorais pelo Brasil e vão encaminhar os boletins de urna
emitidos por cada uma dessas seções para a equipe de plantão do TCU em
Brasília. Os números divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral serão
comparados com os dados coletados.
Os boletins de urna são emitidos após a conclusão da votação,
trazem informações como o número de votos por partido e por candidato e ficam
disponíveis nas seções e na internet, para qualquer cidadão consultar.
No dia seguinte às eleições, o TCU vai sortear 4 mil seções
eleitorais para também comparar com os números do TSE.
O
presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, se reuniu com o presidente
em exercício do TCU, ministro Bruno Dantas, para acertar detalhes sobre a
auditoria. Bruno Dantas reforçou que o trabalho que teve início há meses e já
atestou a segurança e a transparência das urnas.
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