segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

O NOVO ENSINO MÉDIO PODE MUDAR O BRASIL

 

Por THEODIANO BASTOS (*)

"Revolução na educação, revolução pela educação"

Mudança da grade curricular que começa a vigorar a partir de fevereiro alinha o país aos modelos de educação das nações mais avançadas do mundo

Com a implantação do novo modelo de ensino médio às escolas nas próximas semanas, o Brasil tem a oportunidade de aproximar sua matriz educacional da dos países desenvolvidos. A partir de agora, as escolas públicas e privadas deixam de focar exclusivamente em uma grade de disciplinas generalistas focadas em um vasto conteúdo preparatório para o vestibular e investe-se em modelos de cursos mais flexíveis voltados às vocações, expectativas e habilidades dos estudantes. Leia mais em: https://veja.abril.com.br/educacao/como-o-novo-ensino-medio-pode-mudar-o-brasil/

Vejo com muito entusiasmo a implantação da Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI). Ela foi apresentada pelo governo de Michel Temer, com Mendonça Filho, como ministro da Educação, instituída pela lei federal 13 415 de 2017. estabelecendo disciplinas obrigatórias e disciplinas opcionais, dentre as quais o estudante deve escolher. A medida também prevê aumento da carga horária ao longo dos anos, acredita-se que a reforma deve ajudar a combater a evasão escolar] e estimular a ampliação do ensino em tempo integral

O texto aprovado divide o conteúdo do ensino médio em uma parte de 60% para disciplinas obrigatórias, a serem definidas futuramente pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e 40% para que o aluno escolha uma área genérica de interesse entre as seguintes opções: linguagensmatemáticaciências humanasciências da natureza e ensino profissional e pode muda-las ao longo do curso.

As escolas terão um prazo para aumentar a carga horária das 800 horas anuais para mil horas (ou de quatro horas diárias para cinco horas diárias), visando implantar gradualmente o ensino dito "de tempo integral". Futuramente, a carga anual deve chegar a 1,4 mil horas, mas não há prazo estipulado para esta meta.  

O que é o novo ensino médio? 

O novo ensino médio representa uma reforma na estrutura do atual sistema de ensino do país. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o objetivo é aproximar os alunos das transformações do mercado de trabalho, possibilitando uma formação mais atualizada. A principal proposta da reforma do ensino médio é estabelecer uma estrutura curricular comum a todas as escolas, que será definida através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e outra mais flexível, organizada pelo estudante. Ainda segundo o MEC, isso possibilitará maior autonomia para os alunos definirem os rumos da sua educação, de acordo com os seus interesses e afinidades pessoais. 

 

Como funciona o novo ensino médio?



A Base Nacional Comum Curricular deverá nortear o currículo do novo ensino médio. A BNCC define os elementos obrigatórios e comuns a todas as escolas, desde a educação infantil até o ensino médio. Em abril de 2018, o MEC entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a última versão da BNCC. O documento define que a carga horária do novo ensino médio terá o total de três mil horas. Dessas, 1.800 serão destinadas ao currículo comum e 1.200 aos itinerários formativos. Assim, essas serão as matérias do novo ensino médio:

  1. Linguagens e Suas Tecnologias
  2. Matemática e Suas Tecnologias
  3. Ciências a Natureza e Suas Tecnologias
  4. Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
  5. Formação Técnica e Profissional


Apenas as disciplinas de português, matemática e língua inglesa serão obrigatórias nos três anos de curso. Para estudantes indígenas, fica garantido o ensino nas línguas maternas. Caberá a cada estado e município organizar os seus currículos escolares, tendo a BNCC como base.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Outra mudança que deve ser observada na prática do novo ensino médio é a organização por módulos ou créditos, semelhante modelo adotado nas universidades. Dessa forma, caso necessite trocar de escola, o aluno pode eliminar o que já estudou e continuar a cursar os conteúdos faltantes. No entanto, isso ainda deve ser regulamentado. 

 

Novo ensino médio e o Enem

 

O que muda no Enem com o novo ensino médio? Esse é uma das diversas dúvidas que cercam o tema. Segundo especialistas, o exame deve sofrer modificações para abarcar as mudanças trazidas com a reforma do ensino médio. Estudiosos da área educacional acreditam que o Enem deverá ser restrito às 1.800 horas do currículo comum entre as escolas, visto que os itinerários formativos serão diferentes em cada instituição e dependerá da escolha de cada aluno. 

https://www.educamaisbrasil.com.br/educacao/noticias/novo-ensino-medio-o-que-e-importante-saber?gclid=cjwkcaiao4oqbhbbeiwa5kwu_7vgqlidrdee1_pw6k_x4xky3mgk4tl0lx27kszhvsz87bzjrydichocn4iqavd_bwe

THEODIANO BASTOS (*) é presidente do CEPA – Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, ONG que atua em parceria com a UFES na área de educação. Veja o blog: ongcepaes.blogspot.com.br


2 comentários:

  1. Rubens Pontes, 99 anos:

    Nas primeiras escaramuças o nome de Joaquim Barbosa fora cogitado. Sem ressonância, com pouca receptividade..

    E desde então não foram criadas condições necessárias para uma sua "ressurreição"

    O que se mostra necessário é superar vaidades individuais e criar convergência para um nome de consenso para disputar com Lula.

    Não está fácil.


    Eleição para o Senado, este ano, é mais disputada, apenas 1 senador por Estado.

    No Paraná, Álvaro Dias, cujo mandado se encerra este ano, parece pretender retornar. Imbatível.

    Além dele, disputarão a indicação para concorrer à única vaga no Senado Guto Silva, chefe da Casa Civil, o deputado estadual Cláudio Romanelli e o prefeito

    de Cascavel Leonaldo Paranhos.

    Não será fácil para Sérgio Moro disputar a indicação com políticos que continuam atuantes no Estado do Paraná.

    Deixou escapar, por ambição maior, no momento certo, aquele "cavalo arreado" citado por JK:, só passa uma vez... Passou.

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    1. Moro, se não emplacar como candidato a presidente é disputar para a Câmara, acho mais viável.

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