45 anos depois releio a extraordinária obra de KAREN HORNEY
“NEUROSE E DESENVOLVIMENTO HUMANO”, que li em 1977, e me detenho no capítulo que
trata do Ódio e desprezo por si mesmo, págs.
121 a 168
Ela fala do orgulho neurótico, do voo em busca da
glória, da batalha interior.
“A melhor maneira de descrever a situação é falar em
termos de duas pessoas: existe a criatura única, ideal, e existe o estranho
onipresente (o “eu” verdadeiro), que está sempre se intrometendo, embaraçando e
perturbando, o conflito entre ele o estranho”.
Ela cita o poeta alemão Christian Morgenstern que
definiu de maneira concisa, a natureza do ódio a si próprio no seu poema (Dores
do Crescimento).
O poeta conseguiu descrever o processo todo em poucas
linhas, continua Karen Horney diz que podemos nos odiar com um ódio enervante e
tormentoso; um ódio tão destruidor que nada podemos contra ele e que é capaz de
nos destruir psiquicamente. E diz mais: afirma que não nos odiamos porque somos
indignos, mas porque somos compelidos a ultrapassar os nossos próprios limites.
O ódio, diz ele, resulta da discrepância que existe o que poderia ser e o que
sou realmente. Não se trata, pois, penas de uma brecha, como falamos, mas de
uma guerra cruel e assassina.
Thelma Bastos, Feira de Santana: Incrível
ResponderExcluirTherezinha Freire: .O assunto que você trata aqui Muito bem é por demais interessante! Devo ter uns 15 livros diferentes dessa área. É uma das áreas do Li. Tive vontade de fazer doutorado com ele, mas a idade e a distância me dificultaram! É frequente eu estar a rever alguma parte do que já li. Sempre vale à pena.
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