A COVID AFETA A SAÚDE MENTAL Por THEODIANO BAST
Além de ter matado 600.693 no Brasil, (até
8/10/21), a pandemia aumenta em 28% a incidência de casos de depressão no mundo.
Apenas para comparação lembremos que o Brasil
enviou 25 mil soldados para a Itália na segunda guerra e apenas 462 soldados e oficiais
brasileiros morreram e foram enterrados perto de Pistoia...
A análise com
dados de 204 países também mostra um crescimento de 26% nos casos de ansiedade
no primeiro ano da pandemia da covid-19. Brasil, Reino Unido e Estados Unidos
são as nações em que o fenômeno é mais crítico
O peso da pandemia
para os jovens OS jovens
“A pesquisa divulgada na Lancet corrobora os
resultados de diversas análises que apontam que a pandemia impacta de forma
significativa a saúde mental de crianças e adolescentes.
Segundo um estudo do Conselho Nacional da
Juventude (Conjuve), seis a cada 10 jovens relataram ter sentido ansiedade e
feito uso exagerado de redes sociais durante a pandemia. Além disso, 51%
afirmaram ter sentido exaustão ou cansaço e 40% tiveram insônia ou distúrbios
de peso.
Uma outra pesquisa, da Universidade de Calgary,
no Canadá, apontou que a depressão e a ansiedade entre os jovens dobraram em
comparação aos níveis pré-pandêmicos. A análise revisou 29 estudos com um total
de mais de 80 mil participantes em todo o mundo, com idades entre 4 e 17 anos e
idade média de 13 anos.
De acordo com os especialistas, o aumento da
incidência dos distúrbios em jovens e crianças está associado
principalmente ao isolamento social, adotado de forma preventiva à transmissão
da Covid-19, a perda de objetivos e metas, devido às incertezas impostas pela
pandemia, o afastamento escolar, com o fechamento das instituições, e
dificuldades financeiras vivenciadas pelas famílias neste período.
“O jovem ainda está maturando seu sistema
emocional. De forma diferente do adulto e do idoso que já têm mais capacidade
emocional para lidar com as coisas. Além de estar em uma época em que esse
contato social é fundamental para o desenvolvimento, e ser privado disso, o
jovem também tem menos ferramentas para lidar com os fatores de estresse”,
afirma Karen.
Para o psiquiatra e psicanalista Edson Guimarães
Saggese, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o nível do
impacto para a saúde mental de crianças e adolescentes com o
fechamento das escolas ainda permanece incerto.
“Houve uma perda do contato com os colegas. A escola não é um lugar onde só se
desenvolvem atividades didáticas e de aprendizagem, é um lugar de contatos
afetivos. Para jovens e adolescentes esses contatos são especialmente
importantes por que é uma idade em que as pessoas precisam ampliar o seu mundo,
é o momento em que jovens e adolescentes constroem um novo mundo extra
familiar”, afirmou. O
papel da escola
A professora da USP, Leila Tardivo, afirma que o
retorno às atividades
escolares também tem
sido um momento difícil para alunos, educadores e gestores do ensino. “Os
alunos perderam aula, perderam conteúdo e não têm interesse. Perder
perspectivas e projetos de vida é algo muito preocupante. Esse efeito aconteceu
de forma intensa entre os jovens”, disse.
Para os especialistas, as escolas são ambientes
favoráveis para a abertura ao
diálogo sobre as
experiências vividas ao longo da pandemia e para a elaboração de sentimentos
como o luto, a perda e as frustrações.
“É importante fazer grupos de conversa e deixar os
alunos falarem. Vamos ouvi-los sobre o que aconteceu e como eles estão se
sentindo diante de tudo isso. O sentido da vida cada um tem que ter o seu, mas
é possível ajudar dando amparo, apoio, escuta e acolhida para que eles
redescubram esse sentido”, afirma Leila.” Vejam mais: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/pandemia-de-covid-19-provoca-aumento-global-em-disturbios-de-ansiedade-e-depressao/ e https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2021/10/4954410-pandemia-aumenta-em-28-a-incidencia-de-casos-de-depressao-no-mundo.html
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