sábado, 26 de maio de 2018

62% DAS CARGAS TRNSPORTADAS POR CAMINHÕES


62% DAS CARGAS TRANSPORTADAS PELAS RODOVIAS E BRASIL FICOU REFÉM DOS CAMINHONEIROS 
por Theodiano Bastos 
Ao assistir o Brasil Visto de Cima pelo MAIS Globosat, vi com tristeza, o abandono das ferrovias no Brasil; lindas estações ferroviárias nas capitais e grandes cidades que transformaram em museus do trem. 
É muito triste de se ver e aí está o resultado: O Brasil ficou refém dos caminhoneiros.  
O Brasil, antes dos militares tomarem o Poder, tinha 37 mil km de ferrovias e a maioria foi desativada ao se optarem pela indústria automobilista e o uso das rodovias no transporte de bens e passageiros, prevalecendo o uso de caminhões e ônibus. Somente 19% das cargas são transportadas por ferrovias.                       Isso não existe em nenhum outro país do mundo

Apenas a VALE mantém ligações ferroviária para passageiros e cargas entre Vitória e Belo Horizonte, mas com bitola estreita, a velocidade média é de apenas 50km/hora, enquanto as ferrovias pelo mundo rodam a mais de 200km/hora.

Já existiu ligação ferroviária ligando o Rio a Buenos Aires, passando por Porto Alegre e Montevidéu.  

No fundo, há o velho problema pelo rodoviarismo num país continental que não investiu em ferrovias e em navegação de cabotagem e este erro só poderá ser corrigido com investimentos pesados por muitos anos, e com parceria público privada com outros países, principalmente com a China, EUA, Japão, Europa, Rússia e Índia.

Lobby barra ferrovias

Enquanto no Brasil 66% das mercadorias são transportadas por caminhões, na China, o índice é de 32% e, na Rússia, 5%. Já as ferrovias transportam de 15% a 25% da carga brasileira, segundo mostra o Globo.

O consultor Claudio Frischtak aponta os grupos de interesse das fábricas de veículos e autopeças a postos de gasolina como uma das muralhas no meio do caminho dos trilhos desde os tempos do rodoviarismo do governo JK nos anos 1950. Fonte: http://br18.com.br/



EXTINÇÃO DOS BONDES, OUTRO ERRO

O Rio chegou a ter mais de 300km de trilhos e São Paulo, cerca de 400km de trilho e em quase todas as capitais e principais cidades do país tinham bondes e todos foram extintos e passaram cobriram de asfalto todos os trilhos, quando o certo teria sido modernizar os veículos, pois é um meio de transporte que não polui e isso aconteceu durante o governo dos militares. Em Salvador, por exemplo, tinha 36 linhas de bondes, mas as que passavam na Baixa dos Sapateiros eram veículos ultrapassados; os melhores circulavam pela Cidade Alta.
Hoje, algumas cidades começam a instalar os VLT a um custo altíssimo.   
 

PROJETOS DE FERROVIAS

Um grupo de trabalho composto por servidores da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e do Ministério do Trabalho, formado em 2013 para analisar a viabilidade da expansão do transporte de passageiros em trilhos, compilou estudos existentes para implementar o transporte de passageiros em 15 trechos pelo país. 



Há projetos, por exemplo, para conectar a capital paulista a Sorocaba (SP), Brasília (DF) a Goiânia (GO), e Salvador a Feira de Santana, na Bahia, mas sem previsão de serem efetivamente licitados e entrarem em funcionamento. 


O trem entre São Paulo e Sorocaba, por exemplo, havia sido anunciado pelo governo paulista em 2013, mas até hoje está no papel. Em setembro de 2016, o governo Michel Temer lançou um pacote de obras de infraestrutura por meio de parcerias com a iniciativa privada que incluem investimentos em três ferrovias, todas voltadas ao transporte de cargas: a Norte-Sul, que passaria por São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Tocantins; a Ferrogrão, que integraria o Mato Grosso e o Pará; e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia. Até maio de 2018, os editais dos projetos não haviam sido publicados. Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/31/Por-que-no-Brasil-h%C3%A1-menos-ferrovias-que-transportam-passageiros-do-que-na-Europa



3 comentários:

  1. Beatriz Almeida Carneiro, Pé de Serra/BA, diz pro e-mail:
    Excelente texto, olhando por esse lado percebemos que o país não evoluiu parou no tempo. Aqui na Bahia conheço apenas uma linha que percorre Cachoeira São Félix, Santo Amaro. Dai não sei o seu destino, Então percebo o poço caso que a população a começar por mim , dá para um transporte tão essencial quanto os que percorrem as ferrovias.

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  2. Rubens Pontes,por e-mail: Sua análise é absolutamente correta. E faz História.
    Vale lembrar o que apresentou como plano de governo o presidente Washington Luiz, em 1926:

    "Governar é abrir estradas"...
    Esse equívoco se tornou realidade, como você observa, com todas as graves consequências para nosso desenvolvimento.
    Estou enviando a amigos seu comentário.

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  3. mais do que esclarecedores os dados que você nos enviou sobre o confronto e contraste do transporte em um dos maiores países do mundo, o Brasil. infelizmente, muito pouco podemos esperar do governo que aí está para uma revolução positiva e ampla na área. Continuaremos a encher as nossas péssimas rodovias de caminhões aos milhares e a gastar milhões de litros de petróleo quando se poderia resolver o mesmo problema a um custo bem menor e com um conforto bem superior. Isso é Brasil. Já repassei ao colegas do grupo para que pensem como nós refletimos. Diz Aurélio Bolsenello, Curitiba/PR, por e-mail

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