O assassinado de Marielle tem tido grande cobrança, mas os assassinatos no RJ têm 80%
das investigações inconclusas 2 anos após mortes
Quatro em cada cinco apurações relativas a
homicídios cometidos em 2015 seguem em aberto na Polícia Civil. Dados são do
Instituto de Segurança Pública (ISP).
Os números em aberto dizem
respeito à letalidade violenta: 78,56% das investigações não foram concluídas;
enquanto 20,8% foram. Em compensação, apenas 0,64% são consideradas encerradas
sem êxito. Por Gabriel Barreira, G1 Rio, 05/07/2017
A exploração do trinômio “preta, mulher, favelada”
O ANTAGONISTA:
Precisa ser relativizada a questão de a vereadora Marielle Franco representar o trinômio “preta, mulher, favelada”, tão usado em proselitismos.
É o que afirma O Globo em editorial.
“Importa
é que bandidos, com esse assassinato, buscam sinalizar que o poder é
deles. Fosse Marielle ‘branca e rica’, a execução precisaria provocar a
mesma reação do Estado e na sociedade. É o que afirma O Globo em editorial.
A morte de Marielle não pode ser apropriada por interesses partidários ou sectários. À esquerda e à direita. Será impedir que o crime possa mesmo ser um divisor de águas no confronto que Estado e sociedade travam contra o banditismo, a corrupção, contra todas as formas de delitos que solapam a cidadania e os direitos humanos em sentido amplo.
Cometido em período eleitoral, o crime tende a ser manipulado como instrumento de campanha, para atrair votos.”
O jornal considerou um “conforto” o vermelho não ter sido a cor predominante na aglomeração da Cinelândia, mas lamentou os gritos de “Fora Temer” como “demonstração de oportunismo político-partidário derivado da incompreensão do grave significado do assassinato da vereadora”.
“O momento é especial. Que seja aproveitado para se avançar nas ações integradas visando à extirpação do crime infiltrado no aparelho de segurança fluminense, bem como na coordenação entre os segmentos de toda a máquina pública que lutam contra a criminalidade.”
Josias
de Souza:
— A
desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, escreveu no
Facebook que Marielle Franco “estava engajada com bandidos”. O deputado federal Alberto Fraga anotou no Twitter que a
vereadora assassinada era ex-mulher de Marcinho VP, fumava maconha e foi eleita
pelo Comando Vermelho. O que achou dessas manifestações?
Deputado Chico
Alencar: Fico estarrecido com esses idiotas, imbecis. Na prática, tornam-se
cúmplices do assassinato. Cometem um segundo atentado contra a Marielle. Essa
senhora é uma desembargadora. Deveria se dar ao respeito. Ela cristaliza com a
manifestação dela a ideia de que favelado é cúmplice do tráfico. O outro é
deputado federal. E repete a mesma bobagem. Diz que a Marielle foi eleita pelo
Comando Vermelho. Além da má-fé, isso é de uma estupidez completa. Mal sabem
eles que a Marielle nasceu e cresceu numa área que não é controlada por essa
facção. Além disso, ela teve cerca de mil votos no Complexo da Maré. E outros
45 mil fora de lá. Ela virou um fenômeno na época da eleição, teve muitos votos
na Zona Sul. Ela era muito articulada, carismática, inteligente. Fonte: https://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/
CASO MARIELLE
Jornal O GLOBO, RIO —
Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Marília
Castro Neves afirmou hoje em uma rede social que Marielle Franco, vereadora pelo PSOL
executada aos 38 anos com dois tiros na cabeça, na última quarta-feira, "estava
engajada com bandidos" e "não era apenas uma lutadora".
Segundo a desembargadora, no
cargo desde 11 de dezembro de 2006, "a tal Marielle descumpriu
'compromissos' assumidos com seus apoiadores", que, segundo Marília,
seriam do Comando Vermelho.
Marielle, na avaliação da desembargadora, foi
assassinada "por seu comportamento, ditado por seu engajamento
político".
— Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda
tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro — escreveu.
A avaliação de Marília foi feita
no Facebook de Paulo Nader, magistrado aposentado da Justiça fluminense e
professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele publicou
um post em que comentava a comoção provocada pela morte de Marielle e a
justificava pelo fato de a vereadora ser "uma lutadora dos direitos
humanos e líder de uma população sofrida".
O comentário foi descoberto pela
colunista Monica Bergamo, da "Folha de S.Paulo". Procurada pela
coluna, a desembargadora afirmou que nunca tinha ouvido falar de Marielle
Franco até seu assassinato e que se baseou informações que leu "no texto
de uma amiga".
Marília afirmou ainda à coluna
que fez o comentário como cidadã, e não como magistrada:
— Eu só estava me opondo à
politização da morte dela.
Um delegado da
Polícia Civil de Pernambuco foi afastado depois de ter sido acusado de
publicar no Facebook comentários asquerosos sobre Marielle Franco.
O G1 reproduziu o post:
Mas em depoimento ao Fantástico de 18/03 o delegado Jorge Ferreira disse que não foi ele quem postou essa notícia e que até mandou instaurar inquérito para apurar isso.
PSOL vai ao CNJ contra
desembargadora que ligou Marielle ao CV
O ANTAGONISTA - 17.03.18
O PSOL anunciou em seu site que
vai entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a
desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
que acusou Marielle Franco de ser “engajada com bandidos”.
A representação deve ser protocolada
no início da semana, segundo o partido.
A desembargadora havia publicado
o seguinte comentário no Facebook:
Marilia Castro Neves excluiu o
post.
“Eu postei as informações que li
no texto de uma amiga”, disse ela à Folha. “A minha questão não é pessoal. Eu
só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na
Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava,
salvava vidas.”
Francamente.
PSOL vai ao CNJ contra
desembargadora que ligou Marielle ao CV
O ANTAGONISTA - 17.03.18
O PSOL anunciou em seu site que
vai entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a
desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
que acusou Marielle Franco de ser “engajada com bandidos”.
A representação deve ser protocolada
no início da semana, segundo o partido.
A desembargadora havia publicado
o seguinte comentário no Facebook:
Marilia Castro Neves excluiu o
post.
“Eu postei as informações que li
no texto de uma amiga”, disse ela à Folha. “A minha questão não é pessoal. Eu
só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na
Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava,
salvava vidas.”
Francamente.
PSOL vai ao CNJ contra
desembargadora que ligou Marielle ao CV - O ANTAGONISTA - 17.03.18
O PSOL anunciou em seu site que
vai entrar com representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra a
desembargadora Marilia Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro,
que acusou Marielle Franco de ser “engajada com bandidos”.
A representação deve ser protocolada
no início da semana, segundo o partido.
A desembargadora havia publicado
o seguinte comentário no Facebook
Marilia Castro Neves excluiu o
post.
“Eu postei as informações que li
no texto de uma amiga”, disse ela à Folha. “A minha questão não é pessoal. Eu
só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na
Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava,
salvava vidas.”
Francamente.
“Vá se fu, dona Marielle”
O G1 reproduziu o post:
Mas em depoimento ao Fantástico de 18/03 o delegado Jorge Ferreira disse que não foi ele quem postou essa notícia e que até mandou instaurar inquérito para apurar isso.
É para mim muito doloroso essa exploração política de extremos - de um lado e de outro - de um acontecimento como esse.
ResponderExcluirE que você possa sempre nos brindar com seus registros sobre fenômenos que passarão à História
marcando uma das fases mais trágicas da vida brasileira.
Diz Rubens Pontes, por e-mail