Troca de ofensas entre Barroso e Gilmar faz Cármen Lúcia encerrar sessão no STF
Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes protagonizaram nesta quarta-feira um dos bate-bocas mais ríspidos já registrados na história recente do STF. O episódio obrigou a ministra Cármen Lúcia a suspender a sessão
“Claro que continua a haver graves problemas. É
preciso que a gente denuncie isso! Que a gente anteveja esse tipo de manobra!
Porque não se pode fazer isso com o Supremo Tribunal Federal. ‘Ah, agora, eu
vou dar uma de esperto e vou conseguir a decisão do aborto, de preferência na
turma com três ministros, e aí a gente faz um dois a um’”, declarou Gilmar
Mendes, conhecido por suas brigas em plenário com outros membros da Corte.
Barroso rebateu: “Me deixa de fora desse seu mau sentimento,
você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de
psicopatia. Isso não em nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo
vossa excelência vir aqui fazer um comício cheio de ofensas, grosserias. Vossa
excelência não consegue articular um argumento, fica procurando, já ofendeu a
presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. A vida para vossa
excelência é ofender as pessoas, não tem nenhuma ideia, nenhuma, nenhuma, só
ofende as pessoas.”
Diz o Josias de Sousa, com ironia, diz:
“Como se vê, respirou-se no Supremo uma atmosfera muito parecida com a de um botequim de periferia. Com três diferenças: 1) Os contendores da birosca não são remunerados com dinheiro público. 2) Na mesa de bar, as brigas acabam na delegacia, no hospital ou no cemitério; 2) No boteco, o tratamento é menos hipócrita.
A cada novo quebra-pau exibido pelas câmeras da TV Justiça a plateia fica mais convencida de que certas palavras perderam completamente o sentido. Na boca dos ministros do Supremo, “Vossa Excelência” nem sempre é uma “excelência”. Não, não. Absolutamente. Muito ao contrário. No Supremo, “Vossa Excelência” pode significar um biltre. Ou um psicopata. Em nenhuma das hipóteses ''Vossa Excelência'' merece receber remuneração do contribuinte.”
Diz o Josias de Sousa, com ironia, diz:
“Como se vê, respirou-se no Supremo uma atmosfera muito parecida com a de um botequim de periferia. Com três diferenças: 1) Os contendores da birosca não são remunerados com dinheiro público. 2) Na mesa de bar, as brigas acabam na delegacia, no hospital ou no cemitério; 2) No boteco, o tratamento é menos hipócrita.
A cada novo quebra-pau exibido pelas câmeras da TV Justiça a plateia fica mais convencida de que certas palavras perderam completamente o sentido. Na boca dos ministros do Supremo, “Vossa Excelência” nem sempre é uma “excelência”. Não, não. Absolutamente. Muito ao contrário. No Supremo, “Vossa Excelência” pode significar um biltre. Ou um psicopata. Em nenhuma das hipóteses ''Vossa Excelência'' merece receber remuneração do contribuinte.”
Com o clima acalorado no plenário, Cármen Lúcia anunciou
que suspenderia a sessão. Inconformado e querendo responder o colega, Gilmar
deu continuidade ao mal-estar:
“Presidente, eu estou com a palavra e continuo,
presidente. Continuo com a palavra, presidente, eu continuo com a palavra.
Presidente, eu vou recomendar ao ministro Barroso que feche seu escritório,
feche seu escritório de advocacia”.
No momento da discussão, os ministros do tribunal
analisavam a ADI 5.394, ajuizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) contra dispositivo da Lei das Eleições (9.504/1997) que permite
“doações ocultas” a candidatos. Fonte:
https://www.pragmatismopolitico.com.br/
Já O Diário do Poder informa:
Lula nomeou Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski
para o STF. Mas conta com os votos de Gilmar Mendes e Marco Aurélio.
No governo petista de Dilma Rousseff foram nomeados Luiz Fux,
Rosa Weber, Luís Barroso e Edson Fachin como ministros do STF.
Diz Rubens Silva Pontes por e-mail:
ResponderExcluirNão à toa, caro Thede, refugiei-me nas alturas de Capim Branco para ficar cada vez mais distante dessa inacreditável e catastrófica postura
que marca o comportamento de todas as instâncias dos chamados Poderes da República.
STF - quem diria ? - vê-la transformada em rinha onde galos de briga trocam esporadas sem ganhar nada além da vergonha imposta ao impotente povo brasileiro..
Abraço melancólico do