quarta-feira, 20 de setembro de 2017

QUADRILHÃO PT/PMDB, LULA E TEMER SÃO OS CHEFÕES



QUADRILHÃO DO PT/PMDB: LULA E TEMER SÃO OS CHEFÕES

LULA: Sete ações e três denúncias



Maioria do STF decide que 2ª denúncia contra Temer será enviada à Câmara.


Raquel defende envio de denúncia contra Temer para a Câmara

Em sua estreia em sessão no STF, Raquel Dodge entregou um memorial defendendo o envio da segunda denúncia contra Michel Temer para a Câmara dos Deputados.

A nova procuradora-geral da República alega que:

“A Constituição estabelece o rito procedimental: i) atribuição do Procurador-Geral da República para oferecimento de denúncia contra o Presidente da República; ii) competência da Câmara dos Deputados para autorizar a instauração do processo; iii) competência do Supremo Tribunal Federal para o recebimento da denúncia a processamento da causa.”
Ela acrescenta:
“Não há lugar, portanto, para impugnar a viabilidade da denúncia fora deste rito constitucional, antes da decisão da Câmara dos Deputados.”



Já se conhecia o quadrilhão do PT chefiado por Lula e agora o Rodrigo Janot apresenta segunda denúncia contra Temer

Presidente é acusado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. Quadrilhão do PMDB também é denunciado

Michel Temer já foi o primeiro presidente da República denunciado por um crime comum. A habilidade do presidente para lidar com o Congresso Nacional conseguiu que a Câmara dos Deputados rejeitasse em agosto aquela denúncia. Mas o procurador-geral da República não abriu mão de seu intento de demonstrar o suposto envolvimento de Temer em graves crimes de corrupção. Antes de acabar o mandato, que vence no próximo domingo, Rodrigo Janot apresentou nesta quinta-feira outra denúncia, em que classifica o presidente como “líder de uma organização criminosa”. Na peça acusatória entregue ao Supremo Tribunal Federal, o procurador pede que o presidente seja julgado pelos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça.
A acusação se baseia em uma investigação da Polícia Federal que concluiu que Michel Temer liderava um esquema de recebimento de propina do qual participavam vários ex-deputados peemedebistas. Os valores movimentados chegaram aos 587 milhões de reais. Os recursos teriam sido desviados de operações com a Petrobras, a Caixa Econômica Federal, Furnas, o Ministério da Integração Nacional e a Câmara dos Deputados.
O grupo funcionava desde o ano de 2006, durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Temer é acusado de liderá-lo desde maio de 2016, mas tinha influência em anos anteriores, conforme citado por delatores da Odebrecht. A acusação só é possível neste momento porque, conforme os delatores Joesley Batista (sócio da empresa de alimentos JBS) e Lúcio Funaro (doleiro e operador do PMDB), o presidente teria tentado obstruir a Justiça ao concordar com a “compra do silêncio” de alguns dos envolvidos. E esse crime teria ocorrido já enquanto Temer estava no atual mandato. Um presidente só pode responder a delitos cometidos durante a sua gestão. Os anteriores a ela, só seriam julgados depois que ele deixar a presidência.
O grupo denunciado juntamente com Temer ficou conhecido como o “quadrilhão do PMDB” e envolve figuras que estão presas, como os ex-deputados Eduardo Cunha, Henrique Eduardo Alves e Geddel Vieira Lima; ministros, como Moreira Franco e Eliseu Padilha; lobistas e ex-servidores comissionados, como Fábio Cleto, e Lúcio Funaro. Em nota, o PMDB lamentou a acusação de Janot e disse que ela foi um ato de irresponsabilidade. "Toda a sociedade tem acompanhado os atos nada republicanos das montagens dessas delações. A justiça e sociedade saberão identificar as reais motivações do procurador", diz o documento.
A acusação chega três dias antes do fim do mandato de Janot na Procuradoria-Geral da República. Desde meados de junho, já se esperava que o procurador apresentasse uma segunda denúncia contra Temer. A primeira, pelo crime de corrupção passiva, foi arquivada pela Câmara. Esta acusação de agora, apesar de ser mais robusta que a primeira, deverá ter o mesmo fim. Para que um presidente seja julgado por um crime comum pelo STF é necessário que 342 dos 513 deputados autorizem esse julgamento. Apesar de reduzida em relação ao início de seu mandato, em abril de 2016, a base de Temer é maior do que os 172 votos precisos para barrar uma investigação.
Em um evento em Xambioá, no Tocantins, Temer evitou os jornalistas, que o indagaram sobre a iminente denúncia que seria apresentada por Janot. No seu discurso, ele apenas criticou o abuso de autoridade, sem nominar quem poderia estar cometendo tal delito. "Quando alguém ultrapassa o limite da lei, daí é que há violação da autoridade, uma coisa que devemos evitar no Brasil", afirmou o presidente, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Mais tarde, em nota, ele afirmou que Janot tenta encobrir suas próprias falhas, ignora a fragilidade das delações da que embasam a denúncia e diz que ela é cheia de absurdos.
"Ao não cumprir com obrigações mínimas de cuidado e zelo em seu trabalho, por incompetência ou incúria, [Janot] coloca em risco o instituto da delação premiada. Ao aceitar depoimentos falsos e mentirosos, instituiu a delação fraudada. Nela, o crime compensa. Embustes, ardis e falcatruas passaram a ser a regra para que se roube a tranquilidade institucional do país", diz um trecho da nota do presidente.
Na peça acusatória, o procurador-geral afirma ainda que políticos do PT e do PP também faziam parte da quadrilha. Eles, no entanto, foram denunciados em outras ocasiões. "Não havia entre os integrantes do PMDB, do PP e do PT uma relação de subordinação e hierarquia, a relação mantida era de aderência de interesses comuns, marcada por uma certa autonomia. Porém, houve por parte dos integrantes do PT um papel mais relevante na organização no período de 2002 ao início de 2016, em razão da concentração de poderes no Chefe do Poder Executivo Federal", afirmou o procurador.
Entre os documentos apresentados por Janot estão uma série de planilhas e comprovantes de depósitos entregues por delatores da Odebrecht que tinham como destinatários, principalmente, os investigados Temer, Alves e Cunha. Os pagamentos ocorreram entre os anos de 2010 e 2012 e foram feitos para que a Petrobras mantivesse contratos com a empreiteira.
Na mesma denúncia de obstrução à Justiça, também foram acusados um dos sócios da JBS, Joesley Batista, e um ex-executivo da empresa, Ricardo Saud. Janot pediu que os casos dele sejam enviados à primeira instância judicial, já que nem um deles têm a prerrogativa de foro especial junto a tribunais superiores.
Como punição, Janot pede que os envolvidos percam seus cargos públicos ou mandatos eletivos, cumpram penas que variam de três a oito anos de prisão e devolvam aos cofres públicos o valor de 642 milhões de reais, sendo 55 milhões a título de multa e 587 como devolução do valor recebido como suposta propina. No caso de Temer, o procurador pede que sua pena seja aumentada em até dois terços, porque era considerado o líder do grupo criminoso.                            Fonte: https://brasil.elpais.com/ 14/09/17

Um comentário:

  1. Vivemos, Thede, aquela citação antiga, hoje tão atual:

    - entre o martelo e a bigorna...

    Fugir como?

    De um lado, um bando de cangaceiros liderados por um novo Lampeão, oriundo das caatingas do Nordeste.

    De outro lado, aboletados no Poder, Ali Babá e os 40 ladrões que nunca precisaram de emigrar.

    Entre um e outro, nós, os bobocas que ainda não aprendemos a votar.

    Se possível. Rubens Pontes, Serra/ES, por e-mail

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