JUÍZES APOIAM MORO E REPUDIAM CRÍTICAS À CONDENAÇÃO
DE LULA
Ninguém ganha de Moro
O juiz Sergio Moro é fenomenal.
Ele é atacado todos os dias por Lula e pela imprensa. Mas sua popularidade permanece inabalável.
64% dos brasileiros o apoiam. Um mês atrás, eram 63%.
Enquanto isso, Lula tem o apoio de 29% e é reprovado por 68%.
Não dá para o cheiro.
Ele é atacado todos os dias por Lula e pela imprensa. Mas sua popularidade permanece inabalável.
64% dos brasileiros o apoiam. Um mês atrás, eram 63%.
Enquanto isso, Lula tem o apoio de 29% e é reprovado por 68%.
Não dá para o cheiro.
Em nota, entidade representativa dos juízes
federais disse que Moro tem sofridos ataques à honra pessoal 'por estar
cumprindo seu dever'. Juiz condenou Lula a 9 anos e 6 meses de cadeia.
G1/O GLOBO,por Alessandra
Modzeleski, 24/07/2017
“A Associação dos Juízes Federais
do Brasil (Ajufe) divulgou nota nesta segunda-feira (24) em que manifesta apoio
ao juiz Sérgio Moro e repudia as críticas feitas à condenação do ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva a 9 anos e 6 meses de cadeia por corrupção passiva.
No texto, a Ajufe diz que Moro tem sofrido ataques a honra pessoal "por
estar cumprindo seu dever".
Responsável pela Lava Jato na
primeira instância, Moro considerou Lula culpado no processo que investiga
suspeita de ocultação da propriedade de uma cobertura triplex no Guarujá, no
litoral paulista. Segundo a sentença do juiz, o apartamento foi pagamento de
propina da empreiteira OAS em troca de favores na Petrobras.
A condenação de Lula gerou reação por parte dos aliados do ex-presidente. Um
deles, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, subiu na tribuna do Senado
e chamou os processos da Lava Jato de “safadeza”.
Outros parlamentares da sigla
afirmaram que o juiz condenou o ex-presidente sem provas. Para o senador Jorge
Viana (PT-AC), a condenação foi a “antecipação de uma cassação de uma
candidatura que nem foi formalizada”.
Na nota, a Ajufe criticou a
postura dos políticos que atacaram a sentença de Moro. Para a associação,
reclamações deveriam ser feitas pelas partes envolvidas no processo dentro do
trãmite judicial, e não por meio de "agressões verbais".
"Causa indignação a
utilização da imunidade parlamentar para desferir ofensas a quem está cumprindo
a sua função constitucional de aplicar a lei ao caso concreto. O inconformismo
contra o mérito das decisões judiciais deve se dar com os recursos judiciais
postos à disposição das partes e não por meio de agressões verbais, seja na
tribuna das Casas Legislativas ou por meio da imprensa", afirmou a
entidade.
O texto da Ajufe diz também que
tentativas de intimidação do poder Judiciário buscam garantir a impunidade para
crimes que afligem o país.
"A apuração cabal de todos
os crimes de corrupção é anseio da sociedade brasileira e o Judiciário é o
Poder encarregado pela Constituição para o julgamento dos casos, por isso as tentativas
de enfraquecê-lo e intimidá-lo visam à impunidade das infrações penais que
tanto afligem o Brasil", ressaltou a Ajufe.
Após a condenação, Moro decidiu pelo bloqueio de R$ 9.600 mil e de outros
bens do ex-presidente Lula, para garantir o pagamento de danos causados à
Petrobras.
A decisão levou o PT a criticar
novamente a atuação de Moro. Desta vez, a sigla afirmou que a decisão se
tratava de um “ato de vingança”.
Leia na íntegra a
nota da Ajufe:
A Ajufe - Associação dos Juízes
Federais do Brasil -, entidade de classe de âmbito nacional da magistratura
federal, tendo em vista os ataques sofridos nos últimos dias pelo juiz federal
Sérgio Moro em decorrência de ter prolatado sentença penal condenatória do
ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, vem manifestar seu veemente repúdio
contra as atitudes ofensivas à honra pessoal do magistrado por estar cumprindo
o seu dever, que é conduzir os processos judiciais e julgá-los.
Causa indignação a utilização da
imunidade parlamentar para desferir ofensas a quem está cumprindo a sua função
constitucional de aplicar a lei ao caso concreto. O inconformismo contra o
mérito das decisões judiciais deve se dar com os recursos judiciais postos à
disposição das partes e não por meio de agressões verbais, seja na tribuna das
Casas Legislativas ou por meio da imprensa.
A apuração cabal de todos os
crimes de corrupção é anseio da sociedade brasileira e o Judiciário é o Poder
encarregado pela Constituição para o julgamento dos casos, por isso as
tentativas de enfraquecê-lo e intimidá-lo visam à impunidade das infrações
penais que tanto afligem o Brasil.
A AJUFE continuará firme na
defesa da apuração dos fatos apontados como criminosos, com a consequente
punição de todos os que se locupletaram com a prática ilícita, não havendo
nenhuma possibilidade de cerceamento da independência judicial para o
julgamento dos processos.”
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