A FARSA DO NÃO SABIA É DERROTADA NO
STF
Na apresentação dos votos pela condenação de
Dirceu foram citadas provas “torrenciais” — termo usado pelo procurador-geral,
Roberto Gurgel — da atuação do então ministro chefe da Casa Civil naquele
período, como maestro do mensalão.
Também estará nos
destaques do julgamento histórico o voto da ministra Cármen Lúcia, proferido contra
Dirceu, em que ela pulveriza, com justificada indignação, a tentativa da defesa
de minimizar o crime tachando-o de “simples” caixa dois de campanha. “Acho
estranho e muito grave que alguém diga, com toda a tranquilidade, que houve
caixa dois. Caixa dois é crime. Dizer isso na tribuna do Supremo, ou perante
qualquer juiz, me parece grave (...)”
O álibi foi alimentado
dentro do PT, assumido pelos mais proeminentes e caros advogados do partido e pelos
acusados dos partidos-satélites e pelo presidente Lula, mas foi desmontado no STF.
Diz o ministro Carlos
Ayres Britto, presidente do STF (e ex-filiado do PT), em seu voto condenatório
do mensalão e de José Dirceu, Delúbio Soares e José Genuíno:
“Um
projeto de poder foi arquitetado, que vai muito além de quadriênio
quadruplicado. É continuísmo governamental.
Golpe, portanto, nesse conteúdo da democracia, que é o republicanismo, que
postula renovação dos quadros de dirigentes”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário