quinta-feira, 24 de julho de 2014

BRASIL: A POBREZA AUMENTA



BRASIL TEM 6 MILHÕES DE PESSOAS VIVENDO NA SITUAÇÃO DE POBREZA

Número equivale a 3,1% da população. Além da renda, ONU considera acesso a condições de vida decentes, como educação e saúde

por Martha Beck / Gabriela Valente
 (O GLOBO, 24/07/2014)
BRASÍLIA - O Brasil tem 6,083 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza, segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2014. Esse número - que equivale a 3,1% da população do país - abrange indivíduos que, além de não terem renda, vivem sem acesso a educação ou saúde ou condições de vida consideradas decentes (com água, luz e saneamento, por exemplo). Para as Nações Unidas, a pobreza deve ser medida não apenas de acordo com a renda, mas com as privações que os indivíduos enfrentam para ter qualidade de vida.
Por isso, o relatório traz desde 2010 o chamado Índice de Pobreza Multidimensional (IPM). Por ele, é classificado como pobre qualquer indivíduo privado de pelo menos três de um total de 10 indicadores considerados importantes para se ter qualidade de vida: nutrição, baixa mortalidade infantil, anos de escolaridade, crianças matriculadas em escolas, energia para cozinhar, saneamento, água, eletricidade, moradia digna e renda. E quanto maior o número de indicadores, mais grave é a situação.

IDH: Brasil sobe um degrau em ranking de qualidade de vida para 79ª posição

Aumento da renda e da expectativa de vida sustentou avanço

por
A renda per capita do país subiu de US$ 14.081 em 2012 para US$ 14.275 em 2013 - Carlos Ivan / Agência O Globo

BRASÍLIA. O Brasil subiu um degrau no novo ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O país ocupa agora a 79ª posição (junto com Geórgia e Granada) numa lista que inclui 187 nações. O IDH está em 0,744, o que mantém o Brasil na categoria de alto desenvolvimento humano, onde também estão outros emergentes como Rússia, China, Turquia e Uruguai. Pelos critérios da ONU, quanto mais próximo o indicador estiver de 1, maior é o desenvolvimento humano.
De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2014, o Brasil avançou graças, principalmente, ao aumento da renda e da expectativa de vida da população. O documento aponta que a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita do país subiu de US$ 14.081 em 2012 para US$ 14.275 em 2013, enquanto a expectativa de vida aumentou de 73,7 anos para 73,9 anos no mesmo período. O ranking do IDH divulgado em 2014 é relativo ao ano de 2013.
Já os indicadores de educação, que provocaram polêmica com o governo no ano passado, ficaram estáveis. A expectativa de anos de estudo (que significa quanto tempo se espera que uma criança ficará na escola) se manteve em 15,2 anos e a média de anos de estudo, em 7,2 anos. No entanto, o Pnud fez questão de destacar que isso não significa que o Brasil não fez avanços nesse campo.
— O Brasil avançou nas três áreas que compõe o IDH (saúde, educação e renda), mas isso não apareceu na educação porque as bases de dados ainda não captaram essas mudanças — explicou a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andréa Bolzon.

Segundo o cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), apesar de o Brasil conseguir avançar nas três dimensões medidas, ainda encontra dificuldade de dar saltos qualitativos.
— Estamos numa armadilha da renda média. Temos uma renda relativamente alta em relação a países africanos, nossa mortalidade infantil melhorou, as crianças estão na escola, mas o problema é como passar a ter educação de qualidade, como dar o salto — avalia.
No ano passado, o governo brasileiro fez duras críticas ao relatório e à colocação do Brasil no ranking do IDH, porque os dados de educação que haviam sido usados para calcular o índice eram de 2005. A reação do Palácio do Planalto chegou a fazer com que, pela primeira vez, o Pnud recalculasse o IDH do Brasil informalmente para acalmar os ânimos. Este ano, os dados de educação vieram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012.
Em 2013, o IDH do Brasil deixava o país em 85º lugar no ranking de desenvolvimento humano. Recalculado pelo Pnud, o indicador passou o Brasil para a 69º posição, mas como a conta era informal, não alterou o relatório.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

COPA, CUSTOS DAS MAIORES OBRAS



As maiores obras da Copa, quanto                      custaram e quem são os responsáveis
Sílvio Guedes Crespo (16/07/2014) 
As obras da Copa do Mundo de 2014 no Brasil custaram, até agora, R$ 23,45 bilhões. Esse número corresponde aos recursos efetivamente contratados até o momento, não à previsão. O valor pode aumentar porque diversas obras ainda estão em andamento.
O dinheiro para essas ações veio em parte de orçamento direto de governos federal, estaduais e municipais, de empréstimos de bancos federais e de empresas concessionárias.
Veja abaixo quanto custaram as principais obras da Copa, qual foi o órgão responsável e de onde veio o dinheiro.
Como principais obras, escolhi todos os estádios e as maiores ações em outras áreas.
Estádios
Quem está pagando pela construção dos estádios são os governos estaduais, na maior parte dos casos, e também empresas concessionárias e os clubes, quando as arenas são privadas. Em Curitiba e São Paulo, a prefeitura também contribuiu – no primeiro caso, com recursos do orçamento, e no segundo, com incentivos fiscais, conforme mostra a tabela abaixo.
O governo federal contribuiu indiretamente para a construção dos estádios. Por meio de bancos públicos, financiou 11 das 12 arenas, cobrando taxas de juros menores que a do mercado. Uma forma de medir a contribuição federal, nesses casos, é calculando a diferença entre quanto os bancos públicos receberão de juros e quanto eles poderiam receber se cobrassem uma taxa de mercado.
Cidade-sede
Custo (R$ mi)
Empréstimo
Quem paga
Belo Horizonte
678
400
Concess./Gov. de MG
Brasília
1.438
0
Gov do DF
Cuiabá
596
338
Gov do MT
Curitiba
234
131
Atlético-PR/Gov do PR/Pref.
Fortaleza
519
352
Gov do CE
Manaus
651
400
Gov do AM
Natal
400
397
Concess./Gov do RN
Porto Alegre
330
275
Clube Inter., Andrade Gutierrez
Recife
385
930
Concess./ Gov do PE
Rio de Janeiro
1.077
400
Gov do RJ
Salvador
689
574
Concess./Gov da BA
São Paulo
820
400
Corinthians/Pref. S. Paulo
TOTAL
7.817
4.596

Fonte: Controladoria-Geral da União

Ainda, o governo federal tem concedido benefícios fiscais em determinadas obras da Copa. Com esse tipo de medida, deixou de arrecadar R$ 1 bilhão segundo levantamento feito pelo jornal “Valor Econômico''.
Aeroportos
Das 12 cidades-sede, a única que não teve seu aeroporto reformado para a Copa foi Recife. Nas demais, as obras somaram 8,2 bilhões e foram pagas, em sua maioria, pela Infraero. Em São Paulo (Guarulhos e Viracopos) e Brasília, a concessionária ficou responsável pela maior parte.
A reforma do Aeroporto Internacional de Guarulhos foi a obra mais cara da Copa. Até a última atualização dos dados, os recursos contratados somaram R$ 2,3 bilhões e a ação estava 93% concluída. A responsável pela maior parte das ações foi a empresa concessionária, que contribuiu com R$ 2,1 bilhões. Os outros R$ 170 milhões saíram da estatal Infraero.
Ainda no Estado de São Paulo, a concessionária do Aeroporto de Viracopos desembolsou R$ 2,1 bilhões para ampliação e manutenção. A obra está 90% concluída.
O Aeroporto Internacional de Brasília recebeu a terceira maior intervenção, de R$ 1,13 bilhões. A concessionária desembolsou R$ 1,1 bilhão para ampliação das instalações, enquanto a Infraero gastou R$ 18,7 milhões e concluiu 84% da obra (não foi informado ainda o percentual de execução física da parte que cabe à empresa privada).
Em outras nove cidades-sede, as reformas de aeroportos somaram R$ 2,7 bilhões e ficaram sob responsabilidade da Infraero. Recife foi a única cujo aeroporto não foi reformado para a Copa.
Mobilidade
A cidade-sede que mais gastou com mobilidade urbana para a Copa foi o Rio de Janeiro. As obras do BRT (Bus Rapid Transit, espécie de ônibus expresso) que liga o Aeroporto do Galeão à Barra da Tijuca, passando pela Penha, custaram até agora R$ 1,bilhão, e estão 87% concluídas. Quem está pagando é a prefeitura do Rio, após receber empréstimo do BNDES.
Em segundo lugar aparece a cidade de Cuiabá. Para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que vai de Cuiabá a Várzea Grande, os recursos contratados somaram R$ 1,5 bilhão. Os responsável é o Governo do Estado do Mato Grosso, que obteve empréstimo da Caixa Econômica Federal. Apenas metade dessa obra foi concluída até o momento.
Em Belo Horizonte existem sete obras de mobilidade urbana para a Copa, todas sendo pagas pela prefeitura, com financiamento da Caixa. Juntas, elas somam R$ 1,2 bilhão em recursos já contratados. Dessa quantia, mais da metade (R$ 693 milhões) vai para a construção de BRTs: no corredor Antonio Carlos/Pedro I, na área central e na avenida Cristiano Machado. O percentual médio de execução física dessas obras é de 93%.
Das 12 cidade-sede da Copa, somente Manaus não teve projeto de mobilidade urbana. Nas demais, as obras custaram R$ 7,3 bilhões. São Paulo, maior cidade do país, foi apenas a sexta em quantidade de recursos para mobilidade, com R$ 549 milhões na Zona Leste, próximo do Itaquerão. Pouco mais de 55% da obra foi executada. O responsável é o Governo do Estado de São Paulo.
Portos
Em Fortaleza, Manaus, Natal, Recife, Salvador e Santos (SP), houve reformas ou construções de portos para a Copa. As obras mais caras ocorreram no litoral paulista (R$ 274 milhões) e na capital cearense (R$ 176 milhões). Juntas, as intervenções nos portos das seis cidades citadas foram de R$ 586 milhões. O percentual médio de execução física dessas obras é de 73%. A responsabilidade é do governo federal, por meio da Secretaria dos Portos.
Fonte: http://achadoseconomicos.blogosfera.uol.com.br

GOVERNO "PADRÃO FELIPÃO", LEGADOS DA COPA




LEGADOS DA COPA 

Dilma Rousseff antes do desastre:
meu governo é “padrão Felipão”

“Como  resultado da pressão neurótica aplicada ao futebol pelos meios de comunicação e pelo noticiário esportivo, autoridades públicas, políticos em geral, departamentos de marketing de grandes empresas, agências de publicidade e interesses econômicos que envolvem bilhões de dólares, constrói-se sistematicamente no Brasil um ambiente artificial de histeria que contamina a sociedade quase inteira, quando se trata de futebol e da Copa do Mundo.” Diz J.R. Guzzo em seu artigo “Com muito orgulho”                     Fonte: VEJA (16/07/14), pág. 114  
A entrevistada do Roda Viva desta segunda-feira foi Regina Brandão, psicóloga que prestou assistência à Seleção Brasileira durante a Copa. Ela contou como foi a preparação psicológica da equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, falou sobre as diferentes pressões que interferiram no desempenho dos atletas e comentou as incontáveis crises de choro. 
O presidente da FIFA, em 2007, sugeriu que a Copa fosse disputada no Brasil em 7 estádios e lembrou que nas copas anteriores foram no máximo 8 estádios mas Lula queria 17 e acabou ficando 12 estádios.  E não teve coragem, com medo das vaias que tomaria, de ir assistir nenhum jogo, nem mesmo no Itaquerão, o estádio do Corínthians, clube de seu coração...

“Para se defender, Lula ataca. Jamais se explica, sempre acusa. Acostumado a atirar pedras, Lula é incapaz da autocrítica. Quando deveria, de forma rigorosa, abominar a prática da corrupção, ele tenta distrair a opinião pública jogando culpa nos outros.”
Ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
E Arnaldo Jabor completa: 
"Eu sou o povo. Sou um fenômeno de Fé. Quanto mais me denunciam, mais cresço. Eu desmoralizei escândalos, vulgarizei alianças, subverti tudo, inclusive a subversão. Eu tenho o designe perfeito para isso "Lula" é um nome doce, carinhoso, familiar fácil de entender... Comi várias professoras da universidade; eu era um messias para elas, nunca tinham visto um operário a não ser encanador de seus banheiros... E os banqueiros e os empresários que tinham medo de mim, mas se ajoelhavam por grana do BNDES, enchendo o partido com dinheiro para campanhas?... Mantive o legado de FHC e chamei-o de herança maldita... Me aproveitei do Plano Real e depois disse que eu é que fizera a queda da inflação. E agora a porra está voltando... Eles (o povão) pensavam:se ele chegou lá, nós também podemos... Ele é "nóis"... Tudo tão simples; basta falar como eles, falar de futebol, fingir de vítima, injustiçado por ter origem humilde, dividir o mundo em ricos (elite branca) e pobres, mentir estatísticas numa boa, falar do futuro..."
O mito do Operário Salvador

segunda-feira, 14 de julho de 2014

DILMA É VAIADA E XINGADA CINCO VEZES NO MARACANÃ



Jamil Chade e Silvio Barsetti, Estadão
A presidente Dilma Rousseff foi vaiada e ofendida com intensidade quando sua imagem surgiu nos telões do Maracanã, durante a entrega das premiações aos melhores da Copa do Mundo. Durante e após a decisão da Copa do Mundo, ela foi hostilizada cinco vezes ao todo por parte do público que compareceu ao estádio.
A manifestação se repetiu quando ela apareceu cumprimentando o técnico da Argentina, Alejandro Sabella e foi mais forte no momento em que Dilma entregou o troféu de campeão para o capitão do time alemão, Philipp Lahm. Nesse instante, as vaias se transformaram num cântico ofensivo à presidente.

O vexame foi tão grande que a entrega da bola para Putin, presidente da Rússia, não foi mostrado ao público pela FIFA 

Dilma volta a receber vaias e xingamentos na final da Copa do Mundo

Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
13/07/2014
Um dos momentos mais polêmicos da cerimônia de abertura da Copa do Mundo voltou a ocorrer no encerramento: vaias da arquibancada para a presidente Dilma Roussef, convidada para a entrega da taça ao campeão, neste domingo, no Maracanã, na final Alemanha x Argentina.

Ela havia recebido algumas vaias ainda durante o jogo vencido por 1 a 0 para os alemães, mas um lance da partida acabou desviando a atenção dos torcedores. Depois que acabou a partida, logo que sua imagem apareceu no telão, sofreu muitas vaias do público.  E ouviu um grito de "Dilma, vai tomar no c..." durante os segundos em que ficou com a taça nas mãos, antes de entregá-la ao capitão alemão, Lahm.

Dilma já havia sido vaiada e xingada em coro por parte da torcida que compareceu ao Itaquerão, no dia 12 de junho, para o Brasil x Croácia. E esse não foi a primeira vez. Na abertura da Copa das Confederações de 2013, em Brasília, já havia passado por isso.

Depois do jogo de abertura, Dilma não foi a nenhuma partida mais da Copa do Mundo. Após o jogo em São Paulo, afirmou que jamais deixaria se perturbar por agressões verbais e xingamentos "que não podem sequer ser escutados pelas crianças e pela família".

Dias antes de oficializar que participaria da entrega da taça no Maracanã, afirmou que um eventual "constrangimento" das vaias seria "ossos do ofício".

O Maracanã já havia sido palco de inúmeras vaias ao então presidente Lula na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Ouvia xingamentos a cada vez que sua imagem aparecia no telão. Isso rendeu uma quebra de protocolo e ele optou por nem fazer o discurso de abertura.

Já na Copa das Confederações, Dilma foi defendida pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, que cobrou "fair play" da torcida. Dilma passou por cima das vaias e foi seca. "Declaro oficialmente aberta a Copa das Confederações 2013." Fonte: http://www.uol.com.br/


E Lula, apesar de ser fanático por futebol, não foi a nenhum estádio nos jogos da Copa, nem mesmo no Itaquerão, em São Paulo, do seu clube do coração, o Corínthians.
Assistiu a todos os jogos em casa, pois sabia que seria fragorosamente vaiado como Dilma.