sábado, 10 de fevereiro de 2024

A ELEIÇÃO MUNICIPAL DE 2024 SERÁ POLARIZADA ENTRE LULA E BOLSONARO

 


Por THEODIANO BASTOS

Em 6 de outubro deste ano serão realizadas o primeiro turno da eleição municipal e dia 27 eventual segundo turno para escolhas de prefeitos e vereadores.

Um número incalculável de candidatos estarão em campo junto aos leitores na disputa de 5.570 para prefeitos e vices e mais de 57 mil vagas de vereadores que estarão e disputa.

Lamentavelmente não serão discutidos os problemas dos municípios porque serão nacionalizadas com acusações entre os adeptos de Lula e Bolsonaro.   

Quatro anos atrás o PT se saiu muito mal. Não elegeu um único prefeito de capital e nas maiores cidades do Brasil. A maior cidade que venceu foi Araraquara em São Paulo.

 SAIB A MAIS EM: https://www.em.com.br/politica/2024/02/6800215-mourao-pede-acao-das-forcas-armadas-contra-conducao-arbitraria-de-processos.html E https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72g1q44me4o

REUNIÃO DE 5 DE JULHO DE 22 FOI UMA TENTATIVA FRACASSA DE GOLPE

 



Por THEODIANO BASTOS

Ao assistir a reunião tive a cessação de estar no teatro num teatro romano assistindo uma cena de  ópera bufa de um teatro burlesco, do que uma reunião para tramar um golpe de estado.

Já meu amigo Rubens da Silva Pontes, do alto de sua experiência como jornalista, já com 101 de idade, ao assistir a reunião disse:

“Além de tudo, incompetência. Reuniões preparatórias para um golpe, com toda equipe e gravada!

Nenhuma ação além da verborragia. Em 64, os militares não fizeram nada disso e quando o País acordou a ditadura de má lembrança estava instalada.

O que aconteceu

Moraes escreveu que, diante da divulgação de trechos editados do vídeo na imprensa, decidiu torná-lo público. A íntegra da gravação foi disponibilizada no site da Corte.

Gravação do dia 5 de julho de 2022 foi apreendida na casa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, e ajudou a embasar a operação da PF de ontem, que investiga a organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

Assista a íntegra: https://youtu.be/GH0U8k2hXIo?si=uZsm0USZpA002y7j

 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

BOLSONARO ENTREGA PASSAPORTE E GENERAIS SOFREM BUSCAS E APREENSÕES


 Por THEODIANO BASTOS

·         OperaçãoBolsonaro tem que entregar passaporte, não pode ter contato com outros alvos da PF e não pode sair do país

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto é preso em flagrante pela PF. Ele foi detido durante cumprimento de mandado de busca e apreensão expedido pelo STF

A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Bolsonaro pediu alteração de plano de golpe que envolvia prisão de Moraes, Gilmar e Pacheco, diz PF

Bernardo Mello Franco de O Globo: Golpe de Bolsonaro faria o que militares não ousaram fazer em 1964

Entre os alvos de busca e apreensão estão aliados muito próximos do ex-presidente, como Walter Braga NettoAugusto HelenoPaulo Sérgio NogueiraAnderson TorresValdemar Costa Neto, Almir Garnier e Tercio Arnaud.

Já entre os quatro alvos dos mandados de prisão estão:

·         Rafael Martins de Oliveira (major das Forças Especiais do Exército)

·         Filipe Martins (ex-assessor especial de Bolsonaro)

·         Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do exército)

·         Marcelo Camara (coronel do Exército)

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, anunciou pela rede social X (antigo Twitter) que o ex-presidente entregará o passaporte, e determinou que seu auxiliar direto, Tércio Arnaud, que estava com ele em Mambucaba, retorne para Brasília. A medida é para atender a ordem de Bolsonaro não manter contato com os demais investigados.

·         Lauro Jardim: Apreensão de celular de Tércio Arnaud foi feita na casa de praia de Bolsonaro

·         Vera Magalhães: Moraes vai levantar sigilo de decisão, de mais de 130 páginas

A delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, cita três pessoas que foram alvos PF nesta quinta-feira: além do próprio Bolsonaro, Braga Netto e Filipe Martins.

De acordo com a PF, no total estão sendo cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também é alvo da operação Tempus Veritatis, deflagrada na manhã desta quinta-feira (8/2) pela Polícia Federal. A operação apura possível organização criminosa que atuou em tentativa de golpe. De acordo com informações do O Globo, Bolsonaro foi intimado nesta manhã em sua casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, está proibido de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de advogados. Ele também tem que entregar o passaporte em até 24 horas. 

A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Segundo a Globonews, os mandados de prisão são contra dois ex-assessores de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Filipe Martins. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A operação ocorre nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

General alvo prometeu a Bolsonaro que botaria tropa na rua para sustentar golpe, diz PF

Diálogos obtidos no celular de Mauro Cid mostram que general teria consentido com adesão ao golpe de Estado, desde que Bolsonaro assinasse a medida

Por Malu Gaspar de O GLOBO;

O general Estevam Theophilo, um dos alvos de busca e apreensão na operação da Polícia Federal (PF) desencadeada nesta quinta-feira, batizada de Tempus Veritatis, teria garantido ao ex-presidente Jair Bolsonaro que colocaria sua tropa na rua para apoiar um golpe de Estado.

De acordo com fontes da PF, a informação foi fornecida pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em sua delação premiada, e teria sido corroborada por mensagens e registros da participação de Theophilo na reunião em que Cid relatou ter sido discutida a minuta de golpe, com a presença de Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas.

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/02/general-alvo-prometeu-a-bolsonaro-que-botaria-tropa-na-rua-sustentar-golpe-diz-pf.ghtml -https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/02/6799749-bolsonaro-tambem-e-alvo-de-operacao-da-pf-e-esta-proibido-de-sair-do-pais.html E https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/02/08/pf-mira-aliados-do-ex-presidente-jair-bolsonaro-em-operacao-que-tem-braga-netto-heleno-e-anderson-torres-como-alvos.ghtml

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

TOFFOLI ACUADO, PGR E CGU CONTESTAM DECISÕES A FAVOR DA J$F E ODEBRECHT

 



Por THEODIANO BASTOS  

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, informou a interlocutores que prepara um recurso contra a decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu o pagamento de R$ 14 bilhões em multas da antiga Odebrecht e atual Novonor. Segundo O GLOBO apurou, o recurso deve ser apresentado à Corte após o feriado de Carnaval.

A CGU -   Controladoria-Geral da União também entra com recurso contra decisão de Toffoli. 

A decisão de Toffoli suspendendo o pagamento de multas da Odebrecht foi dada em uma ação na qual a empreiteira pegou carona – e beneficiou o grupo J&F com a suspensão de uma penalidade de R$ 10,3 bilhões no acordo de leniência firmado por conta de corrupção na Petrobras.

O recurso que será apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) seguirá os moldes do que foi impetrado por Gonet nesta segunda-feira contra a suspensão da multa à J&F. Ao recorrer, o procurador-geral da República argumentou que não há provas de que houve o acordo de leniência foi fechado por meio de coação contra os donos da empresa, os irmãos Joesley e Wesley Batista.

Ao suspender o pagamento da multa pela Odebrecht, Toffoli apontou que houve conluio entre Moro e procuradores da força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba para “elaboração de cenário jurídico-processual-investigativo que conduzisse os investigados à adoção de medidas que melhor conviesse a tais órgãos, e não à defesa em si”.

O acordo de leniência da Odebrecht, que previa o pagamento de R$ 3,8 bilhões em multas, foi firmado com a Operação Lava-Jato e homologado pelo então juiz federal Sergio Moro, em maio de 2017. Com a correção monetária pela taxa Selic, o valor chegaria a R$ 8,5 bilhões ao final dos 23 anos previstos para o pagamento.

Toffoli estendeu à empreiteira o mesmo entendimento aplicado à J&F em dezembro do ano passado, quando suspendeu os pagamentos do acordo de R$ 10, 3 bilhões firmado pelo grupo dos irmãos Batista com o MPF.

Toffoli também mandou investigar atuação de ONG no acordo de leniência da J&F com o MPF

Na decisão desta segunda-feira (5), o ministro do Supremo afirmou que 'tal providência faz-se necessária, especialmente para investigar eventual apropriação indevida de recursos públicos por parte da Transparência Internacional'.

O ministro do STF - Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli mandou investigar a atuação da ONG Transparência Internacional no acordo de leniência da J&F com o Ministério Público Federal. A decisão tem como base uma notícia-crime apresentada pelo deputado Rui Falcão, do PT.

sábado, 3 de fevereiro de 2024

J&F ganha indulto de Natal de R$ 10 bilhões de Dias Toffoli

 

“Dias difíceis para o Papai Noel. Após décadas de monopólio, em que reinou sozinho na função de presentear as crianças, o bom velhinho foi surpreendido com um golpe desleal do ministro do STF Dias Toffoli. Tomado pelo espírito do Natal, Toffoli resolveu perdoar uma dívida de 10,3 bilhões de reais da J&F com os cofres públicos, dando um belíssimo presente de fim de ano para os irmãos Joesley e Wesley Batista.

A advogada Roberta Rangel, mulher do ministro Dias Toffoli, presta assessoria jurídica para a J&F no litígio contra a empresa estrangeira Paper Excellence no processo de compra da Eldorado Brasil Celulose.

Ministro do STF Dias Toffoli, em sessão de 13 de setembro, na qual começaram a ser julgados os primeiros réus por envolvimento no 8 de janeiro (arquivo)Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o pagamento da multa de R$ 10,3 bilhões do grupo J&F, fechada no acordo de leniência com o Ministério Público Federal (MPF).

O magistrado também deu acesso à companhia aos arquivos de mensagens vazadas entre autoridades e integrantes da Lava Jato, apreendidas na operação Spoofing. O episódio ficou conhecido como “Vaza Jato”.

A partir do acesso aos documentos, a empresa pretende avaliar se há eventuais irregularidades para promover a revisão ou repactuação do acordo.

A decisão do ministro é de terça-feira (19), e foi dada em resposta ao pedido da companhia feito dentro da ação em que o magistrado disse que a prisão de Lula foi “armação” e anulou provas usadas a partir do acordo de leniência da Odebrecht.

A empresa foi alvo de investigações e desdobramentos da Lava Jato, como as operações Greenfield, Sépsis, Cui Bono e Carne Fraca.

Fechou um acordo de leniência em 2017 com o MPF em que se comprometeu a pagar R$ 10,3 bilhões.

Para Toffoli, há “dúvida razoável” de que o acordo de leniência da J&F teria sido firmado de forma voluntária pela companhia.

O ministro citou informações obtidas pela operação Spoofing de que “teria havido conluio” entre juiz e procuradores.

“Deve-se oferecer condições à requerente [J&F] para que avalie, diante dos elementos disponíveis coletados na Operação Spoofing, se de fato foram praticadas ilegalidades envolvendo, por exemplo, a atuação de outros Procuradores que não os naturais nos casos relatados, bem como se houve ou não conflito de interesses na atuação dos referidos membros do Parquet [Ministério Público] para determinar a alienação seletiva de bens e empresas, bem como o valor da multa a ser suportada pela requerente”, disse Toffoli.

Conforme o ministro, a “declaração de vontade no acordo de leniência deve ser produto de uma escolha com liberdade”.

“Com efeito, é manifestamente ilegítima, por ausência de justificação constitucional, a adoção de medidas que tenham por finalidade obter a colaboração ou a confissão, a pretexto de sua necessidade para a investigação ou a instrução criminal”, declarou.

Toffoli não atendeu o pedido feito pela J&F para suspender “todos os negócios jurídicos de caráter patrimonial decorrentes da situação de inconstitucionalidade estrutural e abusiva em que se desenvolveram as Operações Lava Jato e suas decorrentes, Greenfield, Sépsis Cui Bono”.

Pedido

A J&F acionou o STF no começo de novembro. A companhia dos irmãos Wesley e Joesley Batista mantém sobre seu guarda-chuva empresas dos setores de agronegócio, geração de energia, mineração, financeiro, entre elas a JBS.

Segundo argumentou e empresa ao STF, há uma situação de “inconstitucionalidade estrutural e abusiva” em que se desenvolveram as investigações.

O argumento que embasa o pedido é de que tanto a J&F quanto a Odebrecht foram “reféns dos mesmos abusos, praticados pelos mesmos agentes, no mesmíssimo contexto (a operação Lava Jato)”.

Por isso, a companhia pede a extensão dos efeitos da decisão de Toffoli. “Tanto Odebrecht quanto J&F foram prejudicadas por um mesmo contexto de ocultação dolosa de informações, ocorridas num cenário de abusos que a ambas afetaram, razão pela qual a decisão dada a uma deve ser extensível à outra”, afirmou a J&F, no documento.

A empresa defende que não podem ser usadas contra ela as provas já consideradas ilícitas pelo STF. Também disse que fechou a leniência “num contexto de abusos idêntico àquele que também vitimou a Odebrecht”.

Conforme a J&F, foram impostos à empresa prejuízos “teratológicos”, como a perda “vultosa” de valor de mercado de seus ativos, prejuízos financeiros, necessidade de vender “ativos valiosos de forma açodada e com baixa precificação” e a assinatura do “abusivo” acordo de leniência.

A J&F ainda afirmou que não pretende pedir a “anulação imediata dos acordos”, mas permitir que os órgãos competentes, como a CGU, possam revisar as tratativas, apurando eventual uso de provas declaradas ilícitas e “demais abusos que exijam a devida correção”.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/toffoli-suspende-multa-de-mais-de-r-10-bilhoes-do-acordo-de-leniencia-da-jf/ - E https://piaui.folha.uol.com.br/herald/2023/12/20/jf-ganha-indulto-de-natal-de-r-10-bilhoes-de-dias-toffoli/

TOFFOLI ABRIU A PORTEIRA, R$ 25 BILHÕES DEIXARÃO DE SER PAGOS AO GOVERNO

 

Entendimento que livrou Odebrecht de pagar R$ 3,8 bilhões pode ensejar pedidos de revisão por outras dez companhias envolvidas em escândalos da Lava-Jato

O entendimento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STFDias Toffoli, que suspendeu o pagamento de uma multa bilionária da Odebrecht, atual Novonor, abre margem para que ao menos R$ 25 bilhões deixem de ser pagos à União. O valor equivale ao montante previsto em acordos de leniência firmados entre empresas investigadas pelo Ministério Público Federal, sobretudo durante a Operação Lava-Jato, e órgãos federais desde 2014. Por decisão do magistrado, proferida na última quinta-feira, a empreiteira ficou livre de desembolsar R$ 3,8 bilhões.

·         Entenda: Decisão de Toffoli que suspendeu multa da Odebrecht na Lava-Jato pode abrir a porteira para novas anulações

·         Desdobramento: Léo Pinheiro vai a Toffoli para suspender multa por acordo de delação na Lava-Jato

A revisão do pagamento de acordos de leniência — uma delação premiada de empresas, em que seus executivos reconhecem crimes mediante multa — avançou em dezembro passado, quando Toffoli autorizou que o grupo J&F deixasse de pagar multa de R$ 10,3 bilhões em compromisso firmado com o Ministério Público Federal (MPF). A Polícia Federal apontou que empresários do grupo participaram de esquema de fraudes em fundos de pensão.

Na esteira das decisões em favor da J&F e Odebrecht, outras dez empresas, entre empreiteiras, construtoras e agências de publicidades, podem pedir a suspensão do pagamento no STF. Os acordos firmados com a Controladoria-Geral da União (CGU) preveem o pagamento de cerca de R$ 14 bilhões, dos quais apenas R$ 5,4 bilhões foram pagos até o final de janeiro deste ano.

·         Míriam Leitão: Anulação de multa da Lava-Jato por Toffoli foi citada no ranking de percepção de corrupção

Uma dessas empresas, a OAS, investigada por corrupção envolvendo contratos com refinarias da Petrobras, já entrou com pedido na Suprema Corte horas após a decisão que beneficiou a Odebrecht. Em 2019, a construtora selou acordo para pagar R$ 1,92 bilhão em multas, em valores da época, mas apenas R$ 4 milhões foram quitados até o final de janeiro deste ano.

O somatório dos valores devido por danos ao erário, de R$ 25 bilhões, supera o orçamento previsto para o Ministério das Cidades neste ano, de R$ 22,3 bilhões. A pasta é uma das responsáveis pela realização de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal ação de infraestrutura do país hoje. A quantia também é superior ao total de recursos previstos para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, de R$ 21,9 bilhões.

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/02/03/decisoes-de-toffoli-sobre-multas-de-empresas-podem-fazer-com-que-mais-de-r-25-bilhoes-deixem-de-ser-pagos-ao-governo.ghtml

Veja outros acordos em investigações de corrupção — Foto: Editoria de ArteVeja outros acordos em investigações de corrupção — Foto: Editoria de Arte

O entendimento de Toffoli sobre os acordos da Odebrecht e da J&F teve como base arquivos de mensagens obtidos pela Operação Spoofing. O conteúdo apontou discussão de decisões entre procuradores da força-tarefa da Lava-Jato e o então juiz Sergio Moro, que comandava a 13ª Vara Federal de Curitiba, em que era responsável por avaliar os processos.

Na avaliação de Gustavo Sampaio, professor de Direito Constitucional da UFF, as decisões deixam a porta aberta para que outras empresas peçam a suspensão ao STF. No entanto, por não ser um entendimento com efeito direto em outras ações, o jurista avalia que nada impede que outras empresas com acordo de leniência com órgãos públicos não tenham o mesmo resultado na Corte.

— A decisão do Toffoli pode abrir a porta para que outras empresas formulem os seus entendimentos, mas não quer dizer que o STF venha a entender que será o mesmo procedimento envolvendo outras investigadas — avalia Sampaio. — No entanto, gera uma tendência de reação em cadeia em praticamente todos os acordos de leniência em relação às multas fixadas.

Sampaio salienta que, no plenário do Supremo, a suspensão dos pagamentos de multas deve levar a interpretações divergentes entre os ministros. Ainda assim, ele acredita que os episódios apontam um “retrocesso moral” da Lava-Jato, representando um “refluxo” mais forte que o

 

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

TOFFOLI TINHA 1.426 PROCESSOS NO STF, MAS APENAS O DA ODEBRECHT MERECEU ATENÇÃO ESPECIAL

 

Nem as férias impediram Toffoli de suspender os pagamentos da Odebrecht

Ao atender o pedido da Novonor, antiga Odebrecht, e suspender o pagamento da multa determinada no acordo de leniência firmado com os procuradores da Lava Jato, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu o último dia de recesso da Corte para aplicar a decisão.

Segundo O Globo, o gabinete do ministro tinha 1.426 processos no acervo, mas apenas esse ganhou atenção especial.

Diz o jornal: “Em dezembro, a assessoria do STF informou que Toffoli se mantinha em atividade ‘apenas para a adoção de medidas ou petições relacionadas a uma ação específica’, que era justamente a da Vaza-Jato. Ou seja, os outros mais de mil processos no gabinete do ministro não seriam priorizados até a retomada das atividades regulares da Corte.”

Na quinta-feira, 1°, Toffoli divulgou a decisão de 62 páginas, datada de 31 de janeiro, que beneficiou a empreiteira envolvida em casos de corrupção.

Procurado pelo jornal, o ministro do STF não explicou por que priorizou a ação da Novonor entre os 1.426 processos que tinha em seu gabinete durante o recesso do Judiciário.

“Amigo do amigo do meu pai”

O empresário Marcelo Odebrecht, que comandava a Odebrecht, atualmente Novonor, quando as práticas de corrupção vieram à tona com a Lava Jato, citou o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), no acordo que agora o próprio Toffoli esvazia.

Como revelou Crusoé, o magistrado era chamado por Marcelo, em e-mails internos, de “amigo do amigo do meu pai”, em referência à amizade do ministro com Lula, amigo de Emílio Odebrecht, o pai de Marcelo.

Em depoimento, Marcelo Odebrecht afirmou que a empreiteira pagou caro a um escritório de advocacia indicado pelo próprio Toffoli, que na época era advogado-geral da União, para “intermediar” a relação com ele.

O empreiteiro relatou que era comum o envio de presentes a Toffoli e que, em pelo menos duas ocasiões, se reuniu pessoalmente com ele para tratar de assuntos de interesse da companhia.

Com a anuência de Toffoli, a Odebrecht usou sua máquina de lobby no Congresso para ajudar na aprovação do nome do ministro para assumir a cadeira no Supremo, em 2009.

Leia também: Um cemitério de provas de crimes

"Graças às decisões do min. Toffoli, o Brasil se torna um cemitério de provas de crimes que geraram miséria, violência e sofrimento humano", diz Transparência Internacional

FONTE: https://oantagonista.com.br/brasil/um-cemiterio-de-provas-de-crimes/#google_vignette