Como a
Polícia Federal desmontou o plano do PCC em sequestrar e possivelmente matar o
senador Sérgio Moro, e estar investigando o possível envolvimento desta
organização criminosa no pagamento dos advogados do mais caro escritório de
criminalistas de Belo Horizonte, que pousou em Juiz de Fora quatro horas Adélio
do Rosário esfaquear Bolsonaro, ressurge a suposta ligação do PT com o PCC, mas
nada ficou provado. Vejam o que segue: Decisão
A negativa
em relação ao pedido de retirada do ar de posts feitos pelo presidente Jair
Bolsonaro (PL) em sua conta do Twitter é sustentada pelo entendimento de que o
vídeo compartilhado na rede social tem como substância a replicação de matéria
jornalística, cujo o conteúdo, à época (2019), fora massivamente pautado por
veículos de reconhecida credibilidade. Ressalta ainda que os conteúdos
continuam disponíveis para acesso na internet.
O trecho da
interceptação telefônica compartilhada por Bolsonaro é parte de um relatório de
2019 da PF, no âmbito da "Operação Cravada". A ação teve como
objetivo desarticular o núcleo financeiro de uma facção criminosa com atuação
nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Mato Grosso do Sul,
Acre e Roraima. Na interceptação, um dos integrantes do PCC diz que tinha
diálogos com membros do PT. Porém, a investigação não comprovou se tais
conversas teriam acontecido.
A ministra também é enfática ao
afirmar - destacando em negrito - que a decisão "não significa, insisto,
que estou a chancelar a veracidade ou não daquilo o quanto foi dito pela pessoa
interceptada".
E acrescenta:
"Significa, apenas, que a interceptação aconteceu e gerou inúmeras
matérias jornalísticas, todas ainda no ar, o que torna lícita, segundo entendo,
a criação de narrativas políticas que devem ser neutralizadas e rebatidas
dentro do diálogo político".
De acordo com a juíza, diferente seria, "se a
narrativa política estivesse sendo construída a partir de fato inverídico ou
gravemente descontextualizado". Neste caso, afirma ela, a Justiça
Eleitoral deveria intervir "de forma de evitar a indução do eleitor em
erro, a partir de críticas políticas fundadas na mentira".
Representação
cita "narrativa maliciosa" e "propaganda antecipada"
A
representação contra Bolsonaro feita pelo PT tem como pressuposto que o
presidente, por meio do seu perfil no Twitter, "compartilhou e promoveu a
desinformação" ao relacionar o partido e Lula ao PCC.
Para o PT,
trata-se de "narrativa maliciosa e desinformativa" e "propaganda
antecipada negativa", com o intuito de atacar, por consequência, a imagem
do candidato. A legenda pede à Justiça que determine a retirada do conteúdo do
ar, além do alerta ao representado sobre a possibilidade de multa, a ser
definida pela própria Corte, caso outras publicações de mesmo teor sejam
feitas.
O conteúdo
das publicações de Bolsonaro
1ª
publicação - Bolsonaro compartilha trecho de uma matéria veiculada pela TV Record em 2019, que cita trecho de uma
interceptação feita pela PF, e que consta no relatório da Operação Cravada.
Neste, um integrante da facção criminosa fala que "com o PT nois tinha diálogo.
O PT tinha com nois diálogo cabuloso". A afirmação foi feita em uma
declaração do criminoso em que ele contestava a rigidez das medidas do governo
federal contra o crime organizado, especialmente a transferência de lideranças
de facções para presídios federais. O conteúdo postado pelo presidente é
seguido da legenda: "Líder de facção criminosa (irraaa) reclama de Jair
Bolsonaro e revela que o Partido dos (iirrruuuuu) o diálogo com o crime
organizado era 'cabuloso'".
2ª
publicação - O perfil de Bolsonaro acrescenta um novo comentário ao conteúdo
anterior: "É o grupo praticante de atividades ilícitas coordenadas
denominado pela décima sexta e terceira letra do alfabeto com saudades do grupo
do animal invertebrado cefalópode pertencente ao filo dos moluscos".
3ª
publicação - Bolsonaro fez ainda outra postagem dizendo: "Em 2018, o
apontado de Lula venceu disparado nos presídios; Em 2019, um líder do PCC
reclamou de nossa postura para com o grupo e disse que com o PT o diálogo era
bem melhor. Não sou eu, mas o próprio crime organizado que demonstra tê-lo como
aliado e a mim como inimigo".
As
postagens do presidente, à época, foram registradas em diversos veículos
jornalísticos, com conteúdos quase sempre intitulados "Bolsonaro ignora
Moraes e associa PT ao PCC nas redes" ou alguma variação - Carta Capital, O Antagonista, GZH, Núcleo, O Estado de S. Paulo.
A
associação entre o PT, Lula e o PCC tem como uma das bases a delação premiada
do ex-tesoureiro do partido, o publicitário Marcos Valério. O depoimento de
Valério aconteceu em 2017, em Minas Gerais. O assunto voltou a ganhar
visibilidade em 1º de julho de 2022, após uma reportagem da Veja publicar trechos de depoimento em
que o publicitário afirma ter ouvido de um dirigente petista como funcionava
suposta relação entre o partido e a facção criminosa.
No trecho
divulgado pela revista, Valério afirma que o ex-secretário-geral do PT Sílvio
Pereira lhe disse que o empresário Ronan Maria Pinto ameaçava revelar que o PT
recebia dinheiro de empresas de ônibus, de operadores de transporte clandestino
e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC. O dinheiro estaria financiando
campanhas do PT.
O autor da
publicação
Gustavo
Gayer Machado de Araújo, conhecido nas redes sociais como Gustavo Gayer (PL), é
candidato a deputado federal pelo estado de Goiás e apoiador do presidente Jair
Bolsonaro (PL). De acordo com informações registradas no divulgacand2022,
é empresário e tem 41 anos. Em 2020, disputou a prefeitura de Goiânia, quando
obteve 45.928 votos.
Além do
canal no YouTube, criado em 2016, Gayer estende a atuação nas redes sociais ao
Instagram (343 mil seguidores), ao Facebook (271 mil seguidores) e ao Twitter,
onde atualmente está com a conta bloqueada por violar as regras da plataforma. FONTE:
https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/enganoso-tse-ligacao-pt-pcc/#:~:text=Conclus%C3%A3o%20do%20Comprova%3A%20%C3%89%20enganoso,Comando%20da%20Capital%20(PCC).