quinta-feira, 20 de julho de 2023

BRASIL, MAPA DA VIOLÊNCIA EM 2022


Por THEODIANO BASTOS

Houve 47.508 mortes violentas em 2022, uma queda de 2,4% em relação a 2021. Taxa por 100 mil habitantes.

(PAÍSES MAIS VIOLENTOS DO MUNDO:                         

1

                                                                                               

Afeganistão

     3,554

2

Iêmen

3,394

3

Síria

3,356

4

Rússia

3,275

5

Sudão do Sul

3,184

6

Congo (dem. rep.)

3,166

7

Iraque

3,157

8

Somália

3,125

9

Centro-Africana

3,021

10

Sudão)

Estados do Norte e do Nordeste encabeçam a lista dos que têm mais assassinatos por habitante.

·         Pernambuco: 35,3 (mortes a cada 100 mil habitantes)

·         Bahia: 34,2.

·         Alagoas: 33,5.

·         Amazonas: 33,5.

·         Ceará: 32,2.

·         Rio Grande do Norte: 30,9.

·         Rondônia: 28,5.

·         Roraima: 28.

Veja lista com as 50 cidades mais violentas do Brasil com 100 mil

1

Jequié

BA

88,8

2

Santo Antônio de Jesus

BA

88,3

3

Simões Filho

BA

87,4

4

Camaçari

BA

82,1

5

Cabo de Santo Agostinho

PE

81,2

6

Sorriso

MT

70,5

7

Altamira

PA

70,5

8

Macapá

AP

70,0

9

Feira de Santana

BA

68,5

10

Juazeiro

BA

68,3

11

Teixeira de Freitas

BA

66,8

12

Salvador

BA

66,0

13

Mossoró

RN

63,5

14

Ilhéus

BA

62,1

15

Itaituba

PA

61,6

16

Itaguaí

RJ

61,6

17

Queimados

RJ

61,2

18

Luís Eduardo Magalhães

BA

56,5

19

Eunápolis

BA

56,3

20

Santa Rita

PB

56,0

21

Maracanaú

CE

55,9

22

Angra dos Reis

RJ

55,5

23

Manaus

AM

53,4

24

Rio Grande

RS

53,2

25

Alagoinhas

BA

53,0

26

Marabá

PA

51,8

27

Vitória de Santo Antão

PE

51,5

28

Itabaiana

SE

51,2

29

Caucaia

CE

51,2

30

São Lourenço da Mata

PE

50,3

31

Santana

AP

49,4

32

Paragominas

PA

49,3

33

Patos

PB

47,5

34

Paranaguá

PR

47,3

35

Parauapebas

PA

46,9

36

Macaé

RJ

46,7

37

Caxias

MA

46,5

38

Parnaíba

PI

46,3

39

Garanhuns

PE

44,9

40

São Gonçalo do Amarante

RN

44,9

41

Alvorada

RS

44,8

42

Jaboatão dos Guararapes

PE

44,6

43

Duque de Caxias

RJ

44,3

44

Almirante Tamandaré

PR

44,2

45

Castanhal

PA

44,2

46

Campo Largo

PR

43,3

47

Porto Velho

RO

42,1

48

Ji-Paraná

RO

41,8

49

Belford Roxo

RJ

41,8

50

Marituba

PA

41,6

 

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/07/20/anuario-veja-lista-com-as-50-cidades-mais-violentas-do-brasil.ghtml

 

BRASIL, ONDA DE FEMINICÍDIOS EM DEBATE

 


Por THEODIANO BASTOS

Mulheres e homens se completam: são antagônicos — distantes um do outro — mas aspiram à união e têm como objetivo comum a felicidade, como ensina o I Ching, o famoso oráculo chinês:

São “almas que se completam”, já dizia Platão. A vertigem da vida moderna e sua cultura dominada pelo hedonismo que faz do prazer a única razão de viver, tem seu preço na forma de angústia existencial. Talvez isso explique o que vem sendo observado por estudiosos: um agravamento da insatisfação feminina, principalmente.

O Brasil registrou, no ano passado, 1.410 casos de feminicídio. Em média, uma mulher foi assassinada a cada 6 horas no País por ser mulher. Os números são do Monitor da Violência, do portal G1 e do Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV-USP), divulgados nesta quarta-feira 8/7/23

Brasil registra pico de feminicídios em 2022, com uma vítima a cada 6 horas.

Segundo Monitor da Violência, mais de 1,4 mil mulheres foram vítimas do crime, o maior número desde a Lei do Feminicídio...

De acordo com o levantamento, houve um crescimento de 5% em comparação a 2021. É o maior registro de casos desde que a lei de feminicídio entrou em vigor, em 2015.

Pela legislação, o feminicídio passou a ser considerado homicídio qualificado e entrou na lista de crimes hediondos, com penas que vão de 12 a 30 anos de reclusão.

Um mistério ronda a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, 14 anos, vítima de um tiro. O caso ocorreu dentro da casa em que a jovem morava, em Guaratinga, em uma comunidade cigana, no extremo sul da Bahia. A família da garota acredita que o crime tenha sido cometido pelo marido de Hyara, da mesma idade, motivado por vingança.

BRASÍLIA FAZ SEMINÁRIO PARA DISCUTIR A ONDA DE FEMINICÍDIOS

Seminário reunirá profissionais de várias áreas para discutir, quinta-feira (20/7), agressões contra a mulher, seus desdobramentos e formas de enfrentar melhor a questão social. terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do jornal                                                                 

Correio Braziliense realiza, nesta quinta-feira (20/7), a segunda edição do seminário "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". A ideia é reunir autoridades e especialistas das áreas social e jurídica para debater soluções e caminhos para o enfrentamento à onda de crimes contra as mulheres que tem assolado o Distrito Federal. Os interessados em participar presencialmente podem se inscrever e acompanhar o evento, a partir das 14h, no auditório do jornal. O debate também será transmitido ao vivo pelas redes sociais do CorreioFacebook e YouTube.

        SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/07/5109767-onda-de-feminicidios-e-tema-de-debate-com-autoridades-e-especialistas.html E https://www.cartacapital.com.br/justica/brasil-registra-pico-de-feminicidios-em-2022-com-uma-vitima-a-cada-6-horas/#:~:text=O%20Brasil%20registrou%2C%20no%20ano,divulgados%20nesta%20quarta%2Dfeira%208.

 

 

 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

ONDA DE FEMINICÍDIOS EM DEBATE


Por THEODIANO BASTOS
Um mistério ronda a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, 14 anos, vítima de um tiro. O caso ocorreu dentro da casa em que a jovem morava, em Guaratinga, em uma comunidade cigana, no extremo sul da Bahia. A família da garota acredita que o crime tenha sido cometido pelo marido de Hyara, da mesma idade, motivado por vingança.

Seminário reunirá profissionais de várias áreas para discutir, quinta-feira (20/7), agressões contra a mulher, seus desdobramentos e formas de enfrentar melhor a questão social. terá transmissão ao vivo pelas redes sociais do jornal

O Correio Braziliense realiza, nesta quinta-feira (20/7), a segunda edição do seminário "Combate ao feminicídio: uma responsabilidade de todos". A ideia é reunir autoridades e especialistas das áreas social e jurídica para debater soluções e caminhos para o enfrentamento à onda de crimes contra as mulheres que tem assolado o Distrito Federal. Os interessados em participar presencialmente podem se inscrever e acompanhar o evento, a partir das 14h, no auditório do jornal. O debate também será transmitido ao vivo pelas redes sociais do Correio: Facebook e YouTube.

Um verdadeiro massacre contra as mulheres do DF

O evento será mediado pela jornalista e titular da coluna Eixo Capital, Ana Maria Campos, e pelo editor de Política e Brasil do Correio, Carlos Alexandre de Souza. "O feminicídio é uma urgência para a sociedade e um desafio para as autoridades públicas. É fundamental entender o fenômeno, prestar a melhor ajuda possível às vítimas, encontrar políticas públicas eficientes e engajar a comunidade. Considero o debate  uma iniciativa importante para Brasília enfrentar, de maneira firme, esse crime bárbaro, que traz consigo a marca do preconceito, do ódio e do atraso", destaca Carlos Alexandre.

Painéis

O seminário será dividido em dois painéis: o primeiro — "Punição mais severa é o caminho?" — abordará punições para feminicidas. No segundo painel — "Redes de apoio contra a violência: educar para transformar" — serão discutidas formas de acolhimento às vítimas e como educação e informação podem ajudar as mulheres a se libertarem do ciclo da violência. 

Participarão do evento a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP); o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar; a Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; a assistente da assessoria internacional do Ministério das Mulheres, Rita Lima; a integrante da Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e ativista pela Frente de Mulheres Negras no DF, Vera Lúcia Santana Araújo; a defensora pública e chefe do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Antônia Carneiro e a coordenadora do Observatório Pop Negra da Universidade de Brasília (UnB), Majorie Chaves.

Também confirmaram participação a perita criminal e diretora da Divisão de Perícias Externas do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do DF, Beatriz Figueiredo; a presidente da Comissão de Enfrentamento da Violência Doméstica da seccional DF da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF), Cristina Tubino; a assessora Sênior na área de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil, Wânia Pasinato; o promotor de Justiça do Distrito Federal, Daniel Bernoulli; a delegada-chefe da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), Letízia Lourenço e o representante do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres do Núcleo Bandeirante, Ben-Hur Viza.

Para a delegada Letízia Lourenço, eventos deste tipo são de extrema relevância para a conscientização das mulheres quanto à importância da denúncia. "A informação e a denúncia são as ferramentas mais importantes no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher", pontua a delegada-chefe da DEAM.

Estatísticas

Até o início de julho, um total de 20 feminicídios foram registrados no Distrito Federal, três ocorrências a mais do que as 17 registradas durante todo o ano de 2022. Além disso, nesta semana, a reviravolta na investigação da morte de uma mulher que faleceu em março deste ano pode acrescentar mais um caso aos feminicídios de 2023, totalizando 21 mortes de mulheres por questão de gênero. Agentes da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte) desencadearam uma operação e prenderam Marcus Renato de Sousa da Silveira, 44 anos. O técnico de informática é apontado como responsável pela morte da namorada, Elaine Vieira de Jesus Dias, 35.                         FONTE: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2023/07/5109767-onda-de-feminicidios-e-tema-de-debate-com-autoridades-e-especialistas.html

 

 

terça-feira, 18 de julho de 2023

QUE FAZER COM A CORRUPÇÃO CONFESSADA DA ODEBRECHT?

 

No Brasil, a corrupção escandaliza duas vezes: quando os escândalos são descobertos e quando as provas são enterradas vivas.

O cancelamento de provas recolhidas nos subterrâneos da Odebrecht e confessadas por seus executivos resultou na anulação de sentenças e no trancamento em série de processos judicias. Restaram várias indagações. O que fazer com a corrupção confessada, eis a principal interrogação.

Levantamento feito pela Folha revela a existência no Supremo Tribunal Federal de pelo menos 60 pedidos de extensão da anulação das sentenças impostas a Lula a outros condenados. Antes de pendurar a toga, em abril, Ricardo Lewandowski encheu o arquivo morto da Suprema Corte. Herdeiro dos processos da Lava Jato, o ministro Dias Toffoli completa o serviço.

O rol de beneficiários é vasto e suprapartidário. Inclui do vice-presidente Geraldo Alckmin ao ex-governador paranaense Beto Richa; do ex-operador tucano Paulo Preto ao ex-presidente da Fiesp Paulo Skaf; do ex-deputado Lúcio Vieira Lima, irmão de Geddel, ao ex-ministro petista Paulo Bernardo.

 

Em tese, os processos são anulados no pressuposto de que os encrencados serão submetidos a novos inquéritos e julgamentos. Na prática, os processos caem no sumidouro da prescrição, como sucedeu com Lula. O esfarelamento de sentenças e inquéritos escora-se no argumento de que a Lava Jato subverteu o princípio do devido processo legal. Beleza. Mas ficam boiando na atmosfera do Supremo algumas perguntas incômodas:

E a roubalheira? O que fazer com as malas de dinheiro? Como lidar com as contas bloqueadas na Suíça? E quanto ao roubo confessado e devolvido? A corrupção será devolvida aos corruptores? O Supremo produziu um fenômeno inusitado: a corrupção sem corruptos. FONTE: https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2023/07/17/que-fazer-com-a-corrupcao-confessada-da-odebrecht.htm