Por THEODIANO BASTOS
Bem, estamos a 34 dias das eleições e a Sabatina do
Jornal Nacional com os quatro principais candidatos terminou ontem com Simone
Tebet.
Rubens Pontes, Capim Branco/MG, aos 99 anos comenta: “Assisti
o programa com o presidente, isto é, vi um tribunal com dois promotores
agressivivos e um réu acuado. Informações de interesse do eleitor, com
perguntas bem formalizadas e resposta esclarecedoras... nada. Um horror.”
Bonner pegou mesmo pesado com Bolsonaro e fez tudo para
que ele se irritasse, inclusive com um sorriso maroto. Mas o presidente foi bem
treinado, como também os outros candidatos, e não perdeu as estribeiras.
“Serão respeitados os resultados das urnas”, diz Bolsonaro ao
Jornal Nacional O
presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta segunda-feira (22), que
respeitará o resultado da eleição. A declaração foi dada em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo. “Vou
respeitar o resultado das urnas. Vamos botar um ponto final nisso”, afirmou o
presidente, candidato à reeleição em outubro. “Seja qual for [o resultado],
eleições limpas serão, devem e têm que ser respeitadas. […] Serão respeitados
os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas e transparentes”
Mas foi bastante ameno com Lula. "O SENHOR NÃO DEVE NADA A
JUSTIÇA" diz William Bonner logo no início da sabatina... Diz Merval Pereira: Lula foi bem no 'JN', mas nem tudo o que disse é verdadeiro.
Lula usou seus velhos
truques de diversionismo e ilusionismo, disse Felipe
Moura Brasil ao comenta a participação do ex-presidente Lula na Sabatina do
Jornal Nacional.
Temas como
corrupção, agronegócio e polarização se destacaram. Não precisar gostar do Lula para
admitir que ele tem o dom da oratória e sabe falar com o povo. Ainda faz
analogias fáceis das pessoas entenderem. A entrevista com Bonner e Renata foi
ótima e sem tensão alguma no ar, algo que muitos achavam impossível. Pareceu um
bate-papo. #JN pic.twitter.com/KyJOCn11WM
Enquano Lula tem uma coligação de 10 partidos, Ciro Gomes
não conseguiu nenhum outro partido para se coligar e teve de apresentar a Vice
do PDT. Mesmo assim espanjou humor e apresentou um programa de governo
mirabolante. sem contar com base parlamentar e diz que nos impasses convocaria
um plebiscito, mas teria de contar com aprovação do Congresso.
A senadora Simone Tebet (MDB) afirmou,
nesta sexta-feira (26), que caciques emedebistas tentaram “puxar o tapete” da
sua candidatura em prol do apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em entrevista à Rede Globo, Tebet também defendeu uma reforma tributária que
diminua tributos sobre o consumo e uma Lei de Responsabilidade Social para
erradicar a pobreza no país.
A senadora
criticou a tentativa de judicializar sua candidatura, liderada pela ala do
partido que defende a candidatura de Lula à Presidência. “Tentaram, em uma
fotografia recente, levar o partido para o ex-presidente Lula.
“O MDB É um
partido ético, que tem sim uma meia dúzia que esteve envolvida no passado no
escândalo do “petrolão” do PT e não estão conosco. Aliás, se você me permitir,
tentaram puxar o meu tapete até pouco tempo atrás”, pontuou a candidata.
Tebet admitiu ter
dificuldade de, frente à polarização, garantir os palanques estaduais do MDB. “Nós estamos diante de uma polarização que está
levando o brasil para um abismo, então a
polarização faz com que os partidos, alguns companheiros, sejam cooptados”.
“MDB é muito maior do que meia dúzia de seus políticos e seus caciques”,
pontuou.
A candidata
também prometeu que, se eleita, realizará uma reforma tributária, que, segundo
ela, tribute menos os pobres e mais os ricos através de uma menor taxação do
consumo. “Nós temos três reformas tributárias importantes no Brasil, mas a mais
importante hoje é a do consumo. Quem mais paga imposto no Brasil hoje é o
pobre, é o que mais consome”, disse a senadora, que tem defendido que a reforma
tributária seja realizada ainda nos seis primeiros meses de governo.
De acordo com
ela, a reforma também seria importante para possibilitar o financiamento da Lei
de Responsabilidade Social, proposta pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Segundo ela, a
intenção do projeto é erradicar a pobreza em quatro anos. “Esse projeto, que
está organizado, depende de duas coisas: reforma tributária e o Brasil voltar a
crescer”. O projeto estaria aprovado por economistas liberais que aconselham a
sua candidatura, segundo Tebet.
Durante a
sabatina, a senadora ainda afirmou que, para fazer a manutenção de um programa
de transferência de renda de, no mínimo, R$ 600 será necessário furar o teto de
gastos o que, segundo ela, já está precificado pelo mercado financeiro.
“Em relação à
transferência de renda permanente, isso já está aí, está precificado, o mercado
já sabe que no ano que vem teremos que extrapolar o teto [de gastos] nesse
valor de algo em torno de R$ 60 bi para cobrir a transferência de renda”,
disse. “Não é admissível nós não garantirmos pelo menos R$ 600 para quem tem
fome. R$ 600 ele come, mas não paga aluguel.
O teto de gastos
foi aprovado durante o governo de Michel Temer (MDB), que integra o mesmo
partido da candidata.