Por THEODIANO BASTOS
Com Guterres ainda em Kiev, para humilhar ainda mais o secretário-geral da ONU, cinco mísseis atingiram o centro da cidade.
Depois de 80 anos de paz na Europa, a Rússia violou ideais e tratados que atribuíam à diplomacia e a arbitragem o papel de resolver conflitos de forma pacífica. Para ele a força faz o direito e por isso invadiu a Ucrânia. Está sozinho no mundo e
será derrotado pelas armas convencionais, muitas de última geração fornecidas pela
OTAN e Estados Unidos.
Putin, o pequeno, como se constata na foto, para
humilhar os interlocutores e mostrar seu poder, ele fica sentado numa mesa gigante
afastado seis metros do Secretário-Geral da ONU. Arrogante, inconsequente, ambicioso, imperial, tenta
pela força ressuscitar a União Soviética que acabou em 1981
O
presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse, em encontro
com secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António
Guterres, nesta terça-feira (26) que ainda tem esperança de negociar com
a Ucrânia.
Em
reunião, que teve trechos transmitidos pela televisão russa, Putin disse ter
intenções de encerrar o conflito por vias diplomáticas e
negou acusações contra seu exército por supostos massacres.
"Apesar
de que a operação militar [como a Rússia chama a guerra na Ucrânia] esteja se desenvolvendo,
continuamos com esperanças na capacidade de alcançar acordos pela via
diplomática", disse Putin.
Durante a reunião,
Putin disse que a situação em Mariupol, cidade no sul da Ucrânia que a Rússia alega ter conquistado,
é "difícil, talvez trágica".
O impasse na cidade
portuária, a mais atacada desde o início da guerra, era um dos principais temas
na agenda do encontro.
As tropas russas
seguem cercando o complexo de Azovstal, uma das maiores siderúrgicas da Europa
onde milhares de soldados e civis ainda resistem à ocupação.
Negociações seguem
Putin teria falado a Guterres que as negociações de paz entre os
dois países seguem acontecendo de forma online, segundo reportagem da agência
Reuters.
O líder russo também
havia dito que os corredores humanitários estariam funcionando normalmente para
civis que quisessem deixar as cidades rumo à Rússia e
também rumo à Ucrânia.
Mais cedo, Guterres
se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, a quem pediu
um cessar-fogo imediato e uma investigação independente sobre possíveis crimes
de guerra cometidos por tropas russas.
Esta
é a primeira vez que o secretário-geral da ONU vai à Rússia desde
o início da guerra da Ucrânia,
que já dura mais de dois meses. A visita acontece em meio à escalada de tensões após o
ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, ter afirmado na
segunda-feira (25) ver um risco real de uma Terceira Guerra Mundial.
A agenda de Guterres
em Moscou começou justamente com uma reunião com Lavrov, a quem pediu um
cessar-fogo o quanto antes. Após o encontro, Guterres disse que propôs um
corredor humanitário e se mostrou preocupado com indícios de crimes de guerra
cometidos por tropas russas na Ucrânia. O secretário-geral afirmou
que sua prioridade é "salvar vidas e minimizar o sofrimento humano".
"O quanto antes pudermos fazer isso, melhor, para a Ucrânia, para a Rússia e para o mundo. Até
agora, isso não pode ser possível", declarou o secretário-geral após o
encontro. "Estamos extremamente interessados em encontrar caminhos para
criar condições para o diálogo efetivo, para um cessar-fogo o quanto antes,
para uma solução pacífica".
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