domingo, 11 de outubro de 2020

ESCÂNDALO NO STF: Escritório de ex-assessor de Marco Aurélio pediu habeas corpus de chefão do PCC

Escritório de ex-assessor de Marco Aurélio pediu habeas corpus de chefão do PCC

“O pedido que resultou na decisão de Marco Aurélio Mello de libertar o traficante André do Rap foi apresentado pelo escritório de um advogado que era assessor do gabinete do ministro do STF até o começo do ano, diz a Crusoé, em reportagem exclusiva.

O ex-assessor de Marco Aurélio, Eduardo Ubaldo Barbosa, não aparece assinando o pedido. Quem assina é a sócia dele, Ana Luísa Gonçalves Rocha. Os dois são sócios do escritório Ubaldo Barbosa Advogados, com sede em Brasília.

Em fevereiro, Eduardo postou em suas redes sociais uma mensagem de despedida e agradecimento pelos dois anos de experiência no gabinete de Marco Aurélio.” O Antagonista 11/10/20



Vetado por Moro e sancionado por Bolsonaro

Josias de Souza comentou em sua coluna no UOL a soltura do traficante André do Rap.

“Numa evidência de que há males que vêm para pior, a legislação que abriu a cela de André de Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos chefões do PCC, foi aprovada no Congresso como reação às prisões longevas da Lava Jato. O objetivo era livrar da tranca os políticos encrencados em casos de corrupção. Virou uma oportunidade que o crime organizado aproveita (…).

Ironicamente, a chave da cela foi inserida no pacote anticrime do então ministro da Justiça Sergio Moro. Trata-se daquela proposta do ex-juiz da Lava Jato que os congressistas converteram numa espécie de cavalo de madeira em cuja barriga transportaram para dentro da legislação penal um lote de presentes de grego. Moro e a Procuradoria pediram ao Planalto que vetasse. Jair Bolsonaro deu de ombros.”

Fux “adentrou o campo da hipocrisia”, diz Marco Aurélio

 

O ministro Marco Aurélio Mello disse neste domingo à Folha que a decisão de Luiz Fux suspendendo a soltura do traficante André do Rap é “um horror” e “péssima” para o STF.

“Sob minha ótica ele adentrou o campo da hipocrisia, jogando para turma, dando circo ao público, que quer vísceras. Pelo público nós nem julgaríamos, condenaríamos e estabeleceríamos pena de morte.”

O chefão do PCC deixou a prisão na manhã de ontem graças a uma decisão de Marco Aurélio. A liminar do ministro, porém, foi suspensa por Fux, que mandou o traficante de volta para a cadeia.

Marco Aurélio rebate Fux e diz que presidente da corte agiu como um censor

 

O ministro do STF Marco Aurélio: "Ele (Fux) assumiu a postura de censor. Isso é perigosíssimo"

Foto: Carlos Moura - 11.dez.2019 / SCO - STF

O ministro Marco Aurélio afirmou à CNN que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, agiu como um censor ao derrubar a decisão proferida por ele de soltar o traficante André Oliveira. Para Marco Aurélio, a lei é clara sobre a revisão do caso de André, que estava preso sem trânsito em julgado, e outra interpretação faria dele um justiceiro e não um ministro da suprema corte.

"Ele (Fux) assumiu a postura de censor. Isso é perigosíssimo. Eu não sou superior a ele, mas também não sou inferior", afirmou à coluna agora à noite.

Ao ser perguntado como ficará a situação caso se confirme a suspeita da Polícia Civil de São Paulo de que André do Rap fugiu, Marco Aurélio respondeu de maneira irônica. "Quem sabe seja o caso de suspender o meu contracheque?", disse.

Em seguida, o ministro ressaltou que acumula 41 anos como juiz e leu o artigo que utilizou como base para soltar o preso. "Tempos estranhos. É ler o 316 do CPP , o parágrafo único. O que fazer? Paciência. Alguns acham que o fim justifica o meio", disse.

De acordo com este artigo, que passou a fazer parte do ordenamento jurídico no fim do ano passado, cabe uma revisão da tutela de presos provisórios a cada 90 dias.

"Melhor não poderia haver em termos de compreensão. No Brasil, por que a população carcerária provisória atingiu mais de 50%? Vou continuar seguindo estritamente a minha ciência e consciência. Se eu começar a distinguir onde a lei não distingue, a babel estará instalada e eu passarei a ser um justiceiro. Eu não tenho esse poder. Eu não admito na minha vida de juiz uma autofagia.

Não sou censor dos meus colegas", afirmou com referências a ordem de Fux, que agiu em resposta a um pedido da Procuradoria Geral da República, apesar de não ser relator do caso. "Achei estranho. Tenho que ver a base. Não sei o que ocorreu", afirmou Marco Aurélio.

O ministro destaca que já decidiu pela liberdade de outros presos, em centenas de casos semelhantes, e que não houve a mesma repercussão. "Não posso adotar dois pesos e duas medidas. Parece que esse processo tem uma capa".

A CNN procurou o presidente do STF, Luiz Fux, e aguarda retorno. 

Polícia de São Paulo suspeita da fuga de traficante do PCC para o exterior

 

Há suspeitas de que André do Rap tenha ido ao Paraguai

Não está descartada a possibilidade de que André Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap e ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), tenha conseguido deixar o país. Agentes da Polícia de São Paulo acompanharam o preso após ele ser liberado da penitenciária de Presidente Prudente (SP), graças a uma decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

De acordo com integrantes da investigação, André pegou um jatinho particular com destino ao Paraná. A partir daí, a polícia investiga se o traficante seguiu para o Mato Grosso do Sul e usou cidades fronteiriças como Ponta Porã e Foz do Iguaçu para fugir do Brasil.

 

sábado, 10 de outubro de 2020

GUERREIRO DO BEM CHEGA AOS 84 ANOS

 

Hoje, 10 de outubro, com a graça de Deus, cheguei aos 84 anos, lúcido, lúcido, ainda forte e produtivo, escrevendo textos para os blogs, sem nenhuma enfermidade, de bem com a vida, administrando dois blogs: theodianobastos.blogspot.com, acessado por quase 200 mil em 134 país e o ongcepaes.blogspot.com, página no Face e mesmo na pandemia, saio para fazer compras e resolver os problemas.

Tenho de agradecer a Deus por ter encontrado Lila, essa companheira maravilhosa, já com caminhando para os 60 anos de casamento, quatro filhos (dois casais), sete netos (quatro netos e três netas) duas noras e dois genros. 

Theodiano Conceição da Silva Bastos, baiano, radicado no Espírito Santo desde 1995, autor dos livros: “A PROCURA DO DESTINO”,O TRIUNFO DAS IDEIAS”, BRASIL – O LULOPETISMO NO PODER”, “LIDERANÇA, CHEFIA E COMANDO”, “PEGADAS DA CAMINHADA” e “O ENIGMA DE JOTAPÊ” publicados como livro impresso e como e-book na AMAZON, Coordenador e introdutor das antologias publicadas pela UFES/CEPA: “Resgate da Família: alternativa para enfrentar sua dissolução, a violência e as drogas”, “Corrupção, Impunidade  e Violência: O que fazer?”, “Globalização é Neocolonialismo? Põe a Ciência e a Tecnologia a Serviço do Social e da Vida” e  “Um Novo Mundo é Possível? Para Aonde Vamos?”. Idealizador e executor, em parceria com a UFES/CEPA, realizou-se 7 (sete) edições do JOCICA – Jovem Cientista Capixaba em sete edições.

Como colaborador, escreveu artigos para A GAZETA e A TRIBUNA de Vitória. Foi diretor de semanário em Salvador, onde publicou artigos em A TARDE, como também em jornais de Feira de Santana e Nanuque-MG.

           Participa desde 1959, ininterruptamente, em movimentos associativos e tem curso de Liderança e Relações Trabalhistas pela USAID órgão do Departamento de Estado dos EUA. Atualmente é Presidente da CEPA Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, ONG que há cinco anos, em parceria com a UFES – Universidade Federal do Esp. Santo, através do NE@AD Núcleo de Educação Aberta e a Distância, com o Projeto Caça-Talentos que objetiva identificar, acompanhar e apoiar crianças e adolescentes com altas habilidades/superdotados no Estado do Espírito Santo. Promoveu, em parceria com a UFES, quatro concursos literários para estudantes do ensino médio e duas Jornadas Estaduais Culturais e Científicas para estudantes do ensino médio e universitários e o Concurso Jovem Cientista Capixaba. Membro do FÓRUM REAGE ESP. SANTO Contra a Impunidade e a Violência,  que congrega mais de 200  entidades da sociedade civil organizada, criada pela OAB-ES.

           Em 2002 recebeu da Câmara Municipal de Vitória o Título de Cidadão Vitoriense, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados ao Município. Em 1975 recebeu em Belo Horizonte, da Federação das Associações Comerciais de Minas Gerais, o título de Empresário de Destaque, em reconhecimento ao seu expressivo desempenho nas atividades empresariais, classistas e comunitária de Nanuque. Foi diretor do então Sindicato dos Bancários e Securitários do Estado da Bahia, em Salvador, do Centro das Indústrias de Feira de Santana, do Sindinformática, sindicato patronal do Sistema FINDES, em Vitória. Em Feira de Santana realizou a FEIRAM — Feira Regional de Amostra, por cujo êxito foi eleito entre os “Notáveis do Ano”, pela imprensa local e pelo Diário de Notícias de Salvador. Foi fundador e diretor do Centro das Indústrias de Feira de Santana.

             Presidente da ACIAPEN — Associação Industrial e Comercial de Nanuque-MG, quando promoveu três FEIRECs — Feira Regional de Ciências e Artes. Ainda em Nanuque presidiu a ASCOVAN — Associação. do Comércio Varejista e a PROMIDE — Promotora Intermunicipal de Desenvolvimento, Presidente da Comissão Executiva de dois Seminários Regionais para o Desenvolvimento  dos municípios do Nordeste de Minas, extremo Sul da Bahia e Norte do Espírito Santo.

Mas nunca disputou cargos eletivos, por não dispor de recursos próprios para custear uma campanha eleitoral e “não vender a alma ao diabo, aceitando patrocínios de oligarquias ou grupos econômicos”. Mas esteve em palanques na campanha de Tancredo Neves e até com Lula, em Nanuque/MG.

 

 

 

 

 

 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

KASSIO MARQUES PLAGEOU DISSSERTAÇÃO DE MESTRADO

 Kassio Marques plagiou advogado em dissertação de mestrado, diz revista Kássio Nunes, O desembargador Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao STF (Supremo Tribunal Federal), apresentou sua dissertação de mestrado à Universidade Autônoma de Lisboa com trechos inteiros que seriam copiados de artigos publicados na internet. As informações foram divulgadas hoje pela revista Crusoé. Marques teria copiado trechos de artigos escritos pelo advogado Saul Tourinho Leal, integrante da banca de advocacia de Carlos Ayres Britto, ex-m... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2020/10/07/kassio-marques-plagiou-dissertacao-de-mestrado-diz-revista.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral&fbclid=IwAR0IBzXWKkh0PACdtBaFHFT8JUBWNk4FUkVwt2qC0gzrsodgX-TluGXaqk0&cmpid=copiaecola


domingo, 4 de outubro de 2020

DEPENDÊNCIAS NA PANDEMIA

             Por THEODIANO BASTOS

A excelente reportagem de Marcelo Martins, (Veja30/09/20) O PREÇO DOS LIKES alerta para o vício nas redes e a dependência química se equivale, alerta o ativista digital TRISTAN HARRIS. Somos levados a depender das redes sociais, presidente da Center for Humane Tecnology, que trabalhou no Google.                

Ele recomenda: ‘SE VOCÊ PUDER SAIR DAS REDES, SAIA” 

As redes sociais tem seu lado bom quando são usadas de forma sensata, para disseminar causas humanitárias mas são um perigo quando se transformam em vício, quando viram plataformas de desinformações, disseminando do ódio, da luxúria (pornografia) e da  discriminação. 

“AO ACORDAR, qual é a primeira coisa que você faz? Se a resposta for “pegar o celular”, seja para olhar o WhatsApp, seja para zapear no Instagram e no Facebook, então O documentário O DILEMA DAS REDES é para você.

Se ao longo do dia, a cada minutinho que sua mente viaja, seu gesto inconsciente é checar as atualizações, curtir fotos e interagir com amigos virtuais, então esse filme á para você”

Não somos os clientes, somos o produto. Quando você vale? pergunta Raphael Montes no seu artigo ELAS LUCRAM COM A SITUAÇÃO, publicada em Veja.

 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

56 MILHÕES MORREM POR ANO DE CAUSAS DIVERSAS

COVID – 19 dados de 29/09/20

Total de casos

33.454.037

Recuperados

23.204.219

Mortes

1.003.571

Segundo levantamento do jornal EL PAÍS, a cada ano falecem 56 milhões de seres humanos. Muitas dessas mortes ocorrerão longe; outras ocorrerão entre nós. Este é um pequeno guia das principais causas pelas quais morremos

Segundo dados reunidos pelo Our World in Data, 56 milhões de pessoas morrem por ano no mundo. A principal causa de morte são as doenças cardiovasculares —por sua culpa, perdem-se quase 18 milhões de vidas, quase um terço do total. E, se forem agrupados em uma única categoria, os tipos de câncer são responsáveis por quase 10 milhões de mortes. Em conjunto, 73% falecem por causa de doenças não contagiosas.

Os óbitos devidos a enfermidades infecciosas representam hoje 19%. Nesse grupo entram, sobretudo, afecções dos aparelhos respiratório (2,56 milhões) e digestivo (2,38 milhões), incluídas as diarreias (1,6 milhão). Há um quarto de século, a percentagem de mortes decorrentes de doenças infecciosas era de 33% e, em geral, esse índice é mais alto nos países pobres.

A redução de 33% para 19% está vinculada ao progresso. Quanto mais pobre é um país, maior é a porcentagem de mortes devidas a doenças infecciosas. O contrário ocorre com as não infecciosas. A outra grande categoria de mortes corresponde às produzidas por golpes ou ferimentos, mas essas quase não variam com o tempo e representam 8% (25 anos antes, eram 9%).

Quase 4% das crianças morrem antes de completar cinco anos. Em outras palavras: quase seis milhões delas morrem a cada ano. A principal causa direta de mortalidade infantil são as infecções respiratórias (800.000). De fato, uma em cada três pessoas mortas por esse motivo tem menos de cinco anos. Cerca de 650.000 bebês com menos de um mês de vida falecem por patologias ou complicações neonatais. E as diarreias são também uma causa de morte infantil importante: embora seu número tenha caído muito, cerca de 500.000 meninos e meninas ainda morrem anualmente por essa razão.

Em conjunto, essas afecções são responsáveis por uma grande perda de anos de vida. Também é o caso dos acidentes de trânsito (1,2 milhão de mortes, muitas delas de adolescentes e jovens) e da Aids (que mata anualmente quase um milhão de pessoas, sendo 84% menores de 50 anos). Das 800.000 que tiram a própria vida a cada ano, 460.000 têm menos de 50 anos.

No extremo oposto estão as diferentes formas de demência, que são responsáveis por 2,5 milhões de mortes por ano. Essa cifra subiu muito e continuará subindo conforme aumente a esperança de vida, refletindo a diminuição, sobretudo, das mortes devidas a doenças infecciosas. Precisamente por essa razão, não provoca a perda de muitos anos de vida.

Há três causas de morte que não têm a relevância quantitativa das anteriores, mas que, entretanto, recebem uma grande atenção: são os homicídios, os atentados terroristas e as catástrofes naturais. Cerca de 400.000 pessoas morrem assassinadas por ano, e 26.000 são vítimas de atos terroristas. As catástrofes naturais provocam em média 9.600 mortes.

Fome, fumo e obesidade

Quando falamos de causas de morte citamos as próximas ou imediatas, as doenças que as provocam. Como é sabido, há fatores que aumentam ou diminuem a probabilidade de desenvolver certas doenças que podem ser fatais.

Segundo a FAO (órgão da ONU para alimentação), cerca de seis milhões de crianças menores de cinco anos morrem todos os anos como consequência da fome. O número total de vidas perdidas por essa causa se encontra certamente perto dos nove milhões, mas são os menores de cinco anos os mais vulneráveis a seus efeitos. Na verdade, uma mínima parte dessas mortes ocorre por inanição. A maioria é decorrente da carência recorrente de alimentos e nutrientes essenciais, que faz que as crianças estejam frágeis e aquém do peso ideal.

Por outro lado, a cada ano oito milhões de pessoas morrem devido ao tabaco, e a obesidade é responsável por quase cinco milhões de mortes; em ambos os casos, a metade é de menores de 70 anos. Por culpa do álcool falecem 2,8 milhões (dos que dois milhões são menores de 70). Há, por último, os fatores ambientais: a poluição atmosférica provoca a morte de 3,4 milhões, e a doméstica, 1,6 milhão.

Chega a covid-19

Em 2020, um novo termo foi introduzido nesta contabilidade mórbida: a pandemia da covid-19. Até 18 de maio, houve no mundo mais de 315.000 mortes confirmadas por essa causa, embora a cifra real seja certamente muito superior. A título de exemplo, na Espanha as mortes que constam nos registros civis foram, entre 17 de março e 5 de maio, 56% mais numerosas que na média do mesmo período de outros anos. Cabe supor que esse excesso se deva aos efeitos do coronavírus, por isso as mortes reais por essa causa representariam na ordem de 30% a mais do que os casos notificados oficialmente no período. Se no mundo o número real de mortes for subestimado nessa mesma medida, seriam 400.000 as pessoas falecidas por covid-19 até agora.

Ainda hoje não sabemos qual porcentagem de pessoas contagiadas perde a vida por culpa do coronavírus SARS-CoV-2. Se for 0,1% e todos os seres humanos puderem se contagiar, o número total de mortos poderia, hipoteticamente, alcançar a ordem de 7 milhões. Certamente serão muitos menos os contagiados, porque talvez nem todas as pessoas sejam suscetíveis, ou porque uma vacina efetiva seja desenvolvida antes, mas o percentual de mortes é, provavelmente, superior a 0,1%. A julgar pelos dados do relatório N-COVID sobre soroprevalência, publicado em 13 de maio, e de outros estudos, esse índice é certamente maior que 0,5%, por isso as mortes no mundo poderão facilmente superar os seis dígitos. Dessa forma, passaria a ser considerado um fator significativo de letalidade.

Nas cifras anteriores não estão incluídas todas as pessoas que morreram por causas indiretas, o que poderíamos chamar de efeitos colaterais do vírus. Felizmente, o comércio mundial de alimentos não foi abalado até o momento, mas, como advertiu Máximo Torero, economista-chefe da FAO, as medidas adotadas pela maioria dos países para frear os efeitos da covid-19 poderiam chegar também a ter consequências devastadoras, devidas a graves alterações no fornecimento mundial de alimentos.

Milhares de vidas serão perdidas por outras causas. Estimou-se que durante os próximos seis meses morrerão entre 253.500 e 1.157.000 crianças menores de cinco anos, e entre 12.200 e 56.700 mães em países em desenvolvimento por causa da deterioração dos sistemas de saúde e das possibilidades de obter alimentos. Milhares de vidas serão perdidas por causa da deterioração econômica decorrente das restrições à atividade e à mobilidade. E também é mais que provável que muita gente morra ao evitar ir ao hospital por medo, talvez, de contrair o vírus.

Muitas dessas mortes ocorrerão longe; outras ocorrerão entre nós. De muitas delas talvez nunca chegaremos a ter notícia.

Juan Ignacio Pérez Iglesias é catedrático de Fisiologia na Universidade do País Basco / Euskal Herriko Unibertsitatea. Este artigo foi publicado originalmente no site The Conversation.

Fonte: https://brasil.elpais.com/planeta_futuro/2020-05-19/do-que-se-morre-no-mundo.html

domingo, 6 de setembro de 2020

REELEIÇÃO “FOI UM ERRO”, DIZ FHC

Durante a palestra Brasil, Qual Será o Seu Futuro?,  o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou não ser pessimista em relação ao país. Segundo ele, o Brasil tem um "potencial enorme"

Em artigo publicado no Estadão, Fernando Henrique Cardoso reconheceu que a reeleição, dispositivo criado em 1997 para beneficiar o então presidente, foi “historicamente” um erro.

“Cabe aqui um ‘mea culpa’. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Verdade que, ainda no primeiro mandato, fiz um discurso no Itamaraty anunciando que ‘as trevas’ se aproximavam: pediríamos socorro ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Não é desculpa. Sabia, e continuo pensando assim, que um mandato de quatro anos é pouco para ‘fazer algo’. Tinha em mente o que acontece nos Estados Unidos. Visto de hoje, entretanto, imaginar que os presidentes não farão o impossível para ganhar a reeleição é ingenuidade (…).

Devo reconhecer que historicamente foi um erro: se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto de tipo ‘plebiscitário’, seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final.” https://www.oantagonista.com/brasil/reeleicao-foi-um-erro-diz-fhc/

 

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

RELAÇÃO DE AMOR E ÓDIO

 “Foram inimigos em outra vida”, dizem os espíritas, mas a psicologia tem outra explicação, vejam:

Amor e ódio não se excluem. Movem-se num mesmo campo e, apesar de possuírem aspectos aparentemente distintos, a relação entre estes dois sentimentos envolve uma ligação entre eles. Em geral, apaixonar-se é algo bom, seja por alguém ou por uma determinada causa.

"Eu te odeio", disse ela para um homem cujo crime único era o de não amá-la. "Eu te odeio", disse muito apressada. Mas não sabia sequer como se fazia. Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?

https://www.pensador.com/amor_e_odio/

  

O sentimento de amor e ódio dentro de um relacionamento pode ocorrer devido às expectativas que ambos nutrem em relação ao outro.

A relação entre o amor e o ódio pode ser explicada pela ambivalência emocional, uma situação muito comum em que o indivíduo tem sentimentos conflitantes em relação a outra pessoa. É o caso, por exemplo, do ciúmes: em geral, o ciumento ama tanto seu parceiro que passa a odiar o fato de o outro ser atraente ou se relacionar com outras pessoas. Trata-se de um caso em que há uma emoção negativa e uma emoção positiva em relação à mesma pessoa.

O ódio nunca nasce da indiferença, e esse sentimento pode ter origem no medo de perder o outro, receio de ser rejeitado ou até mesmo ser uma reação desencadeada por uma admiração profunda.

Como surge o amor e o ódio em uma relação

É comum que sentimentos de amor e ódio façam parte dos relacionamentos românticos, por mais contraditório que isso pareça. Isso ocorre por causa das expectativas que as pessoas nutrem em relação ao outro: quando esperança é frustrada, pode ser que o indivíduo acabe desenvolvendo rancor, raiva e até ódio. Neste tipo de situação, o ódio está ligado à desmistificação da pessoa amada e, no fundo, ele se instala pela percepção de que o parceiro não é perfeito.

É preciso ter em mente, porém, que algumas frustrações sempre fazer parte de um relacionamento. Para que as relações não fiquem prejudicadas, é preciso ter maturidade emocional para lidar com as decepções e evitar que um acontecimento isolado desencadeie lembranças e emoções associadas a um conteúdo emocional criado no passado.

O papel da Inteligência Emocional em uma relação

A falta de habilidade para entender e refletir sobre as próprias emoções é um fator que impede muitas pessoas de se relacionarem de maneira saudável. Por isso, é importante desenvolver a Inteligência Emocional de modo a compreender sua história de vida e começar a se relacionar da melhor maneira possível. Confira outras dicas que poderão te ajudar na tarefa de equilibrar amor e ódio dentro de um relacionamento:

Entenda seus gatilhos

Conhecer sua própria história de vida e suas limitações é o primeiro passo para se livrar dos sentimentos ambivalentes que contaminam as relações — não só as amorosas, mas também as familiares, sociais e profissionais.

Quando você se irrita com alguém a ponto de sentir ódio, é porque identificou nesta pessoa uma característica muito parecida com a sua (ou que você gostaria de ter).

Respeite as diferenças

É importante ter consciência de que cada indivíduo possui características positivas e negativas. Por isso, aprender a respeitar as diferenças entre as pessoas é fundamental para um convívio saudável, sem que sejam criadas expectativas e frustrações.

Encontre suas respostas

É importante refletir e identificar os motivos de nutrir sentimentos negativos em relação a uma determinada pessoa. Só assim é possível entender e associar esse desconforto a seus conflitos internos. Fonte: https://www.sbie.com.br/blog/como-psicologia-explica-relacao-de-amor-e-odio/