sexta-feira, 1 de maio de 2020

CHINA, 20 BILHÕES DE CÂMARAS


Na China, há câmeras na porta da casa das pessoas - às vezes, do lado de dentro

Nectar Gan, da CNN, 29/04/20

Mais de 20 bilhões de câmeras foram instaladas em toda a China desde 2017, segundo a emissora estatal CCTV
Foto: Aly Song - 28.fev.2020/Reuters
Na manhã seguinte que Ian Lahiffe voltou de Pequim, ele encontrou uma câmera de vigilância instalada na parede do lado de fora de seu apartamento. As lentes estavam apontadas diretamente para ele. 
Após uma viagem para o sul da China, o expatriado irlandês e sua família iniciaram duas semanas de isolamento em casa, medida obrigatória determinada pelo governo chinês para frear a disseminação do novo coronavírus.
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“Uma inacreditável erosão de privacidade”, disse Lahiffe. “Parece uma grande captura de dados. Não sei o quanto disso é legal.”
Apesar de não haver um anúncio oficial dizendo que as câmeras precisam ser instaladas em frente às casas das pessoas que estão em quarentena, isso vem acontecendo em algumas cidades da China desde fevereiro, de acordo com relatos de cidadãos e publicações nas redes sociais.
Atualmente, a China não tem uma lei nacional específica para regular o uso dos dispositivos, mas eles já fazem parte da rotina das pessoas. Estão lá, observando elas atravessarem a rua, entrarem em um shopping, jantarem em um restaurante, entrarem em um ônibus ou mesmo se sentarem em uma sala de aula.
Mais de 20 milhões de câmeras foram instaladas em toda a China desde 2017, segundo a emissora estatal CCTV. Mas outras fontes sugerem que o número é muito maior. De acordo com um relatório da IHS Markit Technology, o país conta com 349 milhões de câmeras desde 2018, quase cinco vezes mais do que os Estados Unidos, por exemplo.
Mas agora a pandemia de COVID-19 levou esses dispositivos para mais perto da vida particular das pessoas: dos espaços públicos das cidades para as frentes das casas - e em alguns casos, para dentro das residências.
CNN solicitou comentários sobre a situação à Comissão Nacional de Saúde da China, mas o Ministério de Segurança Pública não aceitou a solicitação.
Câmeras internas
Um escritório do governo em Nanquim, leste da Província de Jiangsu, afirmou em fevereiro que instalou câmeras em frente à casa das pessoas em quarentena para monitorá-las 24 horas por dia, medida que “ajudou a economizar gastos com funcionários e aumentou a eficiência no trabalho”. Contudo, alguns cidadãos dizem que tiveram câmeras instaladas dentro de suas casas.
Em fevereiro, o servidor público William Zhou (pseudônimo, pois ele não quis se identificar) voltou à cidade de Changzhou, no leste de Jiangsu, após uma viagem à Província de Anhui. No dia seguinte ao retorno, ele disse que um funcionário e um policial foram ao apartamento dele e instalaram uma câmera que apontava diretamente para a porta da frente - em uma parede no lado de dentro da casa.
Zhou contou que não gostou da ideia. Ele questionou o funcionário sobre o que o dispositivo iria gravar e este mostrou a ele a gravação no celular. “Eu estava parado na minha sala e a câmera me gravou claramente”, disse Zhou, que ficou furioso. 
Ele perguntou por que a câmera não seria instalada do lado de fora, e o policial respondeu que ela poderia ser vandalizada. No fim, o dispositivo foi instalado, mesmo sob protesto.
Naquela mesma tarde, Zhou disse que ligou para a prefeitura e para o centro local de controle de epidemias para reclamar da situação. Dois dias depois, dois funcionários do governo local apareceram em sua casa, pedindo que ele entendesse e cooperasse com os esforços para controlar a pandemia. Eles também disseram que a câmera iria apenas tirar fotos quando a porta se abrisse, e não gravaria qualquer vídeo ou som.
Mas Zhou não se convenceu. “[A câmera] me impactou muito psicologicamente”, disse ele. “Tentei não usar o telefone por medo de que a câmera gravasse minhas conversas. Não conseguia deixar de me preocupar mesmo quando ia dormir.”
Zhou afirmou que não se incomodaria em ter uma câmera instalada em sua porta do lado de fora, porque ele não sairia. “Instalá-la dentro da minha casa é uma grande invasão da minha privacidade.”
O servidor público disse que outros dois vizinhos também em isolamento contaram que tiveram câmeras instaladas dentro de suas casas.
O centro de controle de epidemias do distrito onde Zhou mora confirmou à CNN que os dispositivos servem para reforçar a quarentena, mas não deram mais informações a respeito.
Não há um número oficial de câmeras instaladas para esse fim no país. Mas o distrito de Chaoyang, na Província de Jilin, cidade com quatro milhões de pessoas, disse em um comunicado que instalou 500 delas desde o dia 8 de fevereiro.
O que diz a legislação
A China não tem uma lei nacional específica para regular o uso de câmeras de segurança em espaços públicos. O Ministério da Segurança Pública lançou um projeto de regulamento sobre o assunto em 2016, mas o decreto ainda aguarda aprovação do Legislativo. Nos últimos anos, alguns governos locais emitiram suas próprias regulamentações sobre a questão.
Tong Zongjin, advogado com base em Pequim, disse que a instalação dos dispositivos em frente à casa das pessoas sempre foi um assunto obscuro.
“A área externa da frente da casa de uma pessoa não é parte da residência privada e é considerada um espaço comum. Mas a câmera pode monitorar algo pessoal, como quando o indivíduo sai ou chega ao local”, explicou.
Para Zongjin, o fato de as câmeras estarem sendo instaladas pelas autoridades durante uma emergência de saúde pública ressalta a importância de equilibrar a privacidade individual e o interesse público.
Segundo Jason Lau, especialista em privacidade e professor da Universidade Batista de Hong Kong, “é claro que o governo tentará coletar o máximo de dados para ajudar a impedir a propagação do vírus". Mas ele precisa considerar se a coleta de dados é apropriada, necessária e proporcional, e avaliar se há outros métodos menos invasivos de fazê-lo, declarou Lau. https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/2020/04/29/na-china-ha-cameras-na-porta-da-casa-das-pessoas-as-vezes-do-lado-de-dentro


terça-feira, 28 de abril de 2020

O BRASIL ESTÁ SEM SORTE



NUMA CONJUNTURA em que o Brasil precisaria de um estadista para unir o povo brasileiro para enfrentando uma pandemia assustadora, uma situação econômica - financeira e social muito delicadas, ele provoca uma crise institucional de consequências imprevisíveis.

Ao invés de um estadista, infelizmente, temos um presidente lutando desesperadamente para salvar seus três filhos e agora também está enroladíssimo querendo se salvar e continuar como presidente. 

Aonde iremos parar?  

CELSO DE MELLO AUTORIZA INQUÉRITO CONTRA BOLSONAROta ‘imunidade temporária’ sobre Bolsonaro


Celso de Mello afasta ‘imunidade temporária’ ao abrir inquérito sobre Bolsonaro

Celso de Mello acaba de autorizar a abertura do inquérito pedido por Augusto Aras para investigar se Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal.
“Defiro, em termos, o pedido formulado pelo eminente Senhor Procurador-Geral da República e determino, em consequência – considerada a situação pessoal do Senhor Presidente da República e do Senhor Sérgio Fernando Moro, então Ministro da Justiça e Segurança Pública –, a instauração de inquérito destinado à investigação penal”, escreveu Celso de Mello ao autorizar a investigação por suposta interferência política na Polícia Federal.
No despacho, ele deu 60 dias para a PF ouvir Sergio Moro, primeira providência solicitada pela PGR.
O ministro passou todo o fim de semana estudando o pedido da PGR, baseado nas declarações de Sergio Moro na última sexta — o ex-ministro revelou a pressão de Bolsonaro para trocar o comando da PF a fim de obter informações de investigações sigilosas.
No pedido, a PGR diz que as acusações do ex-ministro, se confirmadas, podem enquadrar o presidente nos crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça e corrupção passiva.
Se a investigação concluir que Moro mentiu, ele poderá ser acusado de denunciação caluniosa e crime contra a honra.
Celso de Mello envia à PGR pedido de Randolfe para apreender celular de Zambelli
Na decisão que autorizou a investigação sobre Jair Bolsonaro, Celso de Mello remeteu a Augusto Aras um pedido feito hoje por Randolfe Rodrigues, da Rede, para apreensão do celular da deputada Carla Zambelli, do PSL.
O objetivo é coletar toda a conversa que ela manteve com Sergio Moro sobre a troca de comando na Polícia Federal.
Celso de Mello afasta ‘imunidade temporária’ ao abrir inquérito sobre Bolsonaro
Na abertura do inquérito sobre Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de interferência política na Polícia Federal, Celso de Mello considerou que não se aplica, no caso, a regra da Constituição que proíbe a responsabilização do presidente “por atos estranhos ao exercício de suas funções”.
Para o ministro, o pedido de Augusto Aras, baseado nas declarações de Sergio Moro, revela “práticas alegadamente delituosas que teriam sido cometidas pelo Senhor Presidente da República em contexto que as vincularia ao exercício do mandato presidencial”.
“Os crimes supostamente praticados pelo Senhor Presidente da República, conforme noticiado pelo então Ministro da Justiça e Segurança Pública, parecem guardar, considerado o contexto fático narrado na peça de fls. 02/13, íntima conexão com o exercício do mandato presidencial,
além de manterem – em função do período em que teriam sido alegadamente praticados – relação de contemporaneidade com o desempenho atual das funções político-jurídicas inerentes à Chefia do Poder Executivo da União titularizada pelo Senhor Jair Messias Bolsonaro”, escreveu o ministro.
A imunidade temporária estaria afastada, portanto, porque os fatos relatados teriam ocorrido durante o mandato e guardariam relação com o cargo de presidente.
Celso de Mello acrescentou que somente a eventual abertura de processo penal contra Bolsonaro no Supremo, caso a PGR o acuse formalmente, dependerá de prévia autorização da Câmara, com voto favorável de ao menos 2/3 dos deputados.
A necessidade dessa autorização para abertura de uma ação penal, porém, não impede a abertura de uma investigação, passo anterior, registrou o ministro:
“Esse requisito de procedibilidade, de extração constitucional, não se aplica à abertura de inquéritos policiais ou de procedimentos de investigação criminal instaurados por iniciativa do Ministério Público […] Eventual investigação penal contra o Chefe de Estado terá livre curso perante o Supremo Tribunal Federal, sem necessidade de prévia autorização da Câmara.” https://www.oantagonista.com/ 28/04/20



segunda-feira, 27 de abril de 2020

A TEMPESTADE NÃO PASSOU, COMO CONTÊ-LO?

Por Theodiano Bastos

“Hoje a questão que assola o Brasil é: que fazer dessa pessoa? Como conter esse desmiolado, destrambelhado e desembestado ser que foi parar na Presidência da República?”, pergunta Roberto Pompeu de Toledo em seu artigo COMO CONTÊ-LO?, publicado em VEJA, edição 2.684 – ano 53 – nº 18.

“Ah, ele é incontrolável”, disse o general Villas Boas   
TARDE DEMAIS? “Com o governo esfarelando”, diz Eliane Cantanhêde, “um militar de alta patente define o clima: ‘muita tristeza’.

Junto com o governo, esfarelam-se os sonhos de por ordem na bagunça, combater com Moro a corrupção e o crime organizado, recuperar com Guedes a economia, os empregos e a esperança. Seria impossível com um tenente rechaçado, depois um parlamentar inútil. Mas só agora eles admitem. Talvez, tarde demais para descolar as Forças Armadas do desastre”.

Os motivos para a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal passam, todos eles, pela presença de seus três filhos, “presença constante e incômoda na cúpula do poder brasileiro”, pois a PF identifica Carlos Bolsonaro como coordenador de fake news contra Congresso e STF e Moro e indicou claramente que Bolsonaro teme o inquérito no Supremo. 
Planalto teme que STF determine prisões de aliados do presidente                                                               É perceptível o desconforto dos generais.

Bolsonaro acena para Guedes e diz que ele é quem decide a economia no Brasil


sábado, 25 de abril de 2020

PAULO GUEDES PIROU?



Por Theodiano Bastos
No desastrado pronunciamento do presidente Bolsonaro aconteceu de tudo.
Guedes vai de meias ao pronunciamento de Bolsonaro e agita redes.         
23 autoridades de governo, ao todo, acompanharam o pronunciamento de Jair Bolsonaro (menos Regina Duarte) sobre a demissão de Moro, e apenas Paulo Guedes usava máscara de proteção e, aparentemente, não calçava sapatos.
Um fato curioso chamou a atenção durante o pronunciamento de Jair Bolsonaro sobre a saída de Sérgio Moro do governo nesta sexta-feira (24): imagens mostram que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aparentemente não usava sapatos. ("Usava uma sapatilha brasileira")
Além de supostamente estar somente de meias, Guedes era o único ministro, entre as 23 autoridades presentes, que usava máscara de proteção.
Nas redes sociais, internautas aventam a possibilidade de Guedes estar com sintomas de Covid-19 e estaria usando máscaras e teria dispensado o sapado para evitar o contágio do vírus. https://revistaforum.com.br/ 25/04/20

Realmente, Paulo Guedes foi o único a usar máscara, não usar paletó nem gravata e sem sapatos... E muitos acham que só usava meias...
O homem pirou de vez?  

Nem mesmo o ministro da saúde usava máscara e um estava ao lado do outro. Se um deles estiver infectado pela Covid-19 contaminará o presidente, o vice e ministérios e se Deus não tiver Misericórdia todos poderão parar nas UTIs.
Que exemplo para o mundo? Quem vai querer investir num país desse?     
Só loucos...

BOLSONARO PRECISA SER CONTIDO



Está comprovado que o general Braga Netto e os demais generais do Palácio do Planalto não estão conseguindo segurar o presidente que só ouve os filhos, principalmente o tresloucado Carlos. 


Generais manifestam preocupação com futuro do governo

Apesar da tentativa de demonstração de apoio a Jair Bolsonaro, com a presença no pronunciamento feito após a demissão de Sergio Moro, os ministros-generais manifestaram preocupação a colegas de farda, relata O Globo.
Eles falaram de um sentimento de “perda” e de “forte preocupação” com o futuro do governo de agora em diante. A mensagem foi vocalizada especialmente por Augusto Heleno, o ministro-chefe do GSI.
Antes da demissão de Moro nesta sexta (24), o chefe do GSI já havia feito movimentos para que o ex-juiz não deixasse o governo, com a interpretação de que a gestão Bolsonaro acabaria se isso ocorresse.
Heleno, Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) ouviram de generais que estão no governo ou na ativa que a continuidade de apoio a Bolsonaro dependerá da permanência do trio.

Moro: “Faça a coisa certa pelos motivos certos” 

No Twitter, o agora ex-ministro Sergio Moro publicou neste sábado o vídeo de uma campanha interna do Ministério da Justiça para reforçar práticas éticas entre os servidores da pasta:                                                                                                          “‘Faça a coisa certa, pelos motivos certos e do jeito certo’ foi o lema de campanha de integridade que fizemos logo no início no MJSP.”

“É muita loucura junta”

Um alto executivo de um grande banco disse ao Estadão que a saída de Sergio Moro do governo acendeu o alerta sobre a possibilidade de o ministro Paulo Guedes seguir pelo mesmo caminho.
“A fervura começa a subir para o governo Bolsonaro. Gera uma incógnita quanto ao futuro de Guedes e do próprio Bolsonaro. É muita loucura junta”, afirmou na condição de anonimato.
Outro executivo de banco disse: “A chance de Guedes sair já está em 50% depois do tal ‘Plano Marshall’. A confiança despenca (após a saída de Moro)… muito questionamento sobre a capacidade de gestão.” https://www.oantagonista.com/ 25/04/20




sexta-feira, 24 de abril de 2020

BOLSONARO X MORO



Finalmente aparece a cara de quem vai enfrentar Bolsonaro em 2022
Moro desmente Bolsonaro e diz que não usou nomeação para o STF como ‘moeda de troca’
Assim que terminou o pronunciamento de Jair Bolsonaro, o ex-ministro Sergio Moro foi ao Twitter desmentir o presidente.
“A permanência do Diretor Geral da PF, Maurício Valeixo, nunca foi utilizada como moeda de troca para minha nomeação para o STF. Aliás, se fosse esse o meu objetivo, teria concordado ontem com a substituição do Diretor Geral da PF.”
Moro: Valeixo estava ‘cansado de ser assediado’ pelo presidente
No Twitter, Sergio Moro também rebateu a declaração de Jair Bolsonaro –repetida pela tropa bolsonarista– de que Maurício Valeixo estava “cansado” e pedira para sair da chefia da PF.
“De fato, (…) Maurício Valeixo estava cansado de ser assediado desde agosto do ano passado pelo Presidente para ser substituído. Mas, ontem, não houve qualquer pedido de demissão, nem o decreto de exoneração passou por mim ou me foi informado”, escreveu o ex-ministro da Justiça.

Guedes não bate palmas como demais ministros
Usando máscara, mas sem paletó e sapato, Paulo Guedes não bateu palmas ao final do discurso de Jair Bolsonaro, como os demais ministros. Bateu as mãos apenas duas vezes no sentido de ‘vamos lá’.

 A estraégia de Bolsonaro é pintar Moro como oportunista e incompetente
Com o seu pronunciamento, Jair Bolsonaro deixou clara a sua estratégia para enfrentar a saída de Sergio Moro.
A estratégia é pintar Moro como um oportunista que só pensa no seu projeto de ser candidato à Presidência da República ou de ocupar um cargo no Supremo Tribunal Federal. E afirmou até mesmo que o ex-ministro teria feito uma proposta de escambo: tirar Maurício Valeixo da direção geral da PF apenas em novembro, em troca da indicação para o STF.
Além disso, Bolsonaro sugeriu que Moro foi um ministro incompetente, cuja PF não tinha nem sequer um serviço de inteligência eficiente. E deixou nas entrelinhas que Moro, além de incompetente, também demonstrou má vontade para investigar o atentado sofrido pelo então candidato à Presidência, em 2018.
Por último, o presidente quis passar a impressão de que o ex-ministro é pusilânime, por não o ter procurado para pedir a demissão irrevogável — deixando de lado que ele, Bolsonaro, exonerou Maurício Valeixo sem avisar o então ministro, e como se o então diretor-geral da PF quisesse mesmo sair do cargo e o seu desejo estivesse sendo apenas atendido.
O problema dessa estratégia é que todo mundo conhece a biografia de Moro — e todo mundo conhece a biografia de Bolsonaro. Não vai colar.
ENFRENTAMENTO TERÁ DESDOBRAMENTO
pedido de investigação de Aras sobre Bolsonaro
Leia a íntegra do pedido de Augusto Aras ao STF para investigar as revelações de Sergio Moro sobre possível interferência de Jair Bolsonaro nas investigações da Polícia Federal.

Parlamentares da Rede protocolam pedido de impeachment de Bolsonaro
Parte inferior do formulário
Parlamentares da Rede protocolaram há pouco um pedido de impeachment de Jair Bolsonaro.
Segundo o pedido, Bolsonaro cometeu os crimes de responsabilidade, obstrução de justiça e concussão ao tentar interferir na Polícia Federal.
“A interferência serviria justamente para tentar garantir verdadeira blindagem a priori a investigados do círculo do Presidente, ou seja, teriam verdadeiros ‘superpoderes’ de cometerem eventuais crimes, mas nunca serem por eles responsabilizados.”
No documento, assinado por Randolfe Rodrigues e outros cinco integrantes da Rede, os parlamentares citam as declarações de Sergio Moro e declarações recentes de Bolsonaro, como o “eu sou, realmente, a Constituição”, para acusar o presidente de autoritarismo.
“Não bastasse isso, sobressai como mais grave, o fato de que o Presidente pretende, de todas as formas e maneiras, alterar os rumos de investigações criminais. Tais declarações representam derradeiro estopim para o devido processamento do Presidente da República por crimes de responsabilidade e por outros crimes comuns. Esses fatos nada mais são do que uma conduta absolutamente criminosa, irracional, indesculpável e absolutamente irresponsável.”
Por fim, o pedido destaca que não é necessário apresentar provas sobre as acusações, uma vez que a coleta das provas “só pode se dar no curso do próprio processamento da presente denúncia”, por meio de depoimentos ao Senado. https://www.oantagonista.com/ 24/04/20