quarta-feira, 10 de agosto de 2016

DILMA NÃO VOLTA



PT já não acredita na volta de Dilma à Presidência

Planalto quer até 62 votos pró-saída de Dilma, diz Padilha Afirmação foi feita pelo ministro da Casa Civil Eliseu Padilha (diz O Globo)

Afastada da Presidência em 12 de maio por 55 votos a 22, Dilma Rousseff teve três meses para reverter o placar que fez dela uma deposição esperando para acontecer. Além de não seduzir nenhum voto, Dilma conseguiu encolher sua infantaria. Restaram-lhe 21 aliados. O senador João Alberto (PMDB-MA), cujas posições são guiadas pela vontade de José Sarney, trocou de lado.

A tropa de Michel Temer, recebeu quatro novos alistamentos, subindo para 59. Além do soldado de Sarney, engrossaram o pelotão três senadores que faltaram à votação de maio: os peemedebistas Eduardo Braga (AM) e Jader Barbalho (PA), além de Pedro Chaves (PSC-MS), suplente do senador cassado Delcídio Amaral. Renan Calheiros (PMDB-AL), embora estivesse presente, não quis votar.
Assim, o parecer redigido por Antonio Anastasia (PSDB-MG), que transformou Dilma em ré, prevaleceu por um placar de 59 votos a 21 —prenúncio do que está por vir no julgamento final. Considerando-se que são necessários apenas 54 votos para que madame seja enviada mais cedo para casa, o impeachment de Dilma ganhou, definitivamente, a aparência de jogo jogado, diz Josias de Souza. http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/ 11/08/16


MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA.
Ele tem 75 anos, é de ascendência árabe, católico, e sua família saiu de Betabura, na região de El Koura, norte do Líbano, e pode substituir Dilma que é de origem búlgara.
Michel Temer iniciou a carreira política como secretário de Segurança Pública de São Paulo, em 1985. No ano seguinte, elegeu-se deputado constituinte pelo PMDB e, após a constituinte, foi reeleito deputado federal.
Eleito três vezes presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer assumiu a presidência da República interinamente por duas vezes: de 27 a 31 de janeiro de 1998 e em 15 de junho de 1999.
Presidente do PMDB, o maior partido do País, Michel Temer costurou a aliança que rende um valioso tempo na propraganda eleitoral no rádio e televisão para o PT. Temer comanda a legenda que conta com 17 senadores, nove governadores, 172 deputados estaduais, 1.201 prefeitos e seis ministros do atual governo.
Casado com Marcela Tedeschi Temer, que é 43 anos mais jovem e atraiu as atenções na cerimônia de posse da presidenta Dilma por sua beleza, Temer tem um filho do atual casamento e outros quatro de outros relacionamentos.
 

Recomendações a Michel Temer,                                  Por Mario Sabino
Agora que o impeachment de Dilma Rousseff é irreversível, temos de nos haver com Michel Temer na sua plenitude mesoclítica e mesozoica. Dessa condição de político antiquado, ele tem a chance de passar à história como o presidente que conseguiu recolocar o País na rota do crescimento econômico, depois de quase treze anos de lambanças descomunais – que o tiveram como cúmplice omisso, na melhor das hipóteses.

Ele já recolocaria o Brasil nos trilhos se errasse o menos possível. Errar o menos possível significa cortar gastos e levar a corrupção endêmica aos patamares pré-petistas. Michel Temer poderia almejar mais, aproveitando-se da sua impopularidade, e fazer reformas estruturais, como a trabalhista, a fiscal e a previdenciária. No entanto, o fato de ser mesozoico talvez o impeça de seguir adiante. Cogitar candidatar-se a presidente em 2018, por exemplo, é uma característica bastante mesozoica. Dinossauros relutam em aposentar-se e costumam sair de cena somente quando atingidos por um meteoro gigante.

Para que Michel Temer cumpra o seu ano e meio de mandato de forma tranquila, não apenas a questão econômica tem de ser apaziguada. As policiais e políticas também.

Acima de tudo, ele não pode ser enredado pela Lava Jato. Já veio à tona que o PMDB levou 10 milhões de reais em espécie da Odebrecht, em 2014, depois que Michel Temer pediu "apoio financeiro" ao incontornável Marcelo, em jantar no Palácio do Jaburu. O presidente confirmou o jantar e que pediu dinheiro, "dentro dos limites da legalidade". Parece conto da carochinha, mas talvez seja difícil obter provas concretas contra Michel Temer. A ver.

Graças à autonomia da Lava Jato, Michel Temer não terá como deter as investigações. Em outros aspectos, porém, é recomendável que ele aja.

José Yunes, o seu assessor especial, representa um enorme risco de embaraços. Há boataria a respeitos das relações perigosas entre ele e o presidente. Meu conselho a Michel Temer: afaste-o de Brasília. Outro personagem que deveria ser gentilmente convidado a sair do governo: Geddel Vieira Lima. Digamos que as suas latitudes são demasiadamente largas.

Por último, Henrique Meirelles. Não é possível que o Brasil tenha, neste momento de crise profunda, um ministro da Fazenda com pretensão de ocupar cargo eletivo. Tal pretensão o leva a fazer concessões na austeridade necessária – como, aliás, vem fazendo, até por inabilidade no trato com parlamentares. Na minha opinião, Henrique Meirelles não foi uma boa escolha. É um sujeito de muito gogó e, segundo quem entende do assunto, pouco conhecimento na área fiscal. O ideal seria contar com um ministro da Fazenda sem pretensões políticas, perseverante no caminho do ajuste (até para não deixar Michel Temer cair em tentações), com conhecimento profundo da máquina estatal e da Constituição, além de hábil em negociar com o Congresso e avesso a plantar notinhas na imprensa contra quem tenta auxiliá-lo.

Como tirar Henrique Meirelles seria traumático neste momento, Michel Temer precisa contê-lo. É o contrário do que ocorre.

Ajude-se, presidente, a ter boa sorte.

Fonte: O Antagonista <newsletter@oantagonista.com>  (10/08/16)



segunda-feira, 8 de agosto de 2016

‘LULA ENGANOU O MUNDO, diz artigo do The Wall Street Journal




Colunista para América Latina da publicação cita os desmandos da era petista que resultaram nas crises política e econômica

 “Quando o Rio venceu o disputa para sediar os Jogos Olímpicos, em 2009, não estava previsto que o Brasil estivesse hoje nessa situação”, afirma em artigo publicado neste domingo pela editora para Américas e colunista do jornal The Wall Street Journal Mary Anastasia O’Grady. Na sequência, ela cita as graves crises política e econômica que assolam o país. E resume o tom de seu texto no título: “Como Lula enganou o mundo”.

Mary Anastasia abre seu artigo citando o início “sem incidentes” da Olimpíada carioca – e ressalta que isso surpreende, dada a avalanche de notícias negativas que antecederam os Jogos. Mas lembra que ainda é cedo para saber se os turistas e cariocas passarão os próximos quinze dias livres de uma catástrofe. Na sequência, a colunista ressalta como a retórica lulista (mantida nos anos seguintes por sua sucessora, Dilma Rousseff) ocultou os problemas do país e o fato de que, mesmo nos anos de bonança, nada tenha sido feito para reduzir o fardo do governo sobre os empresários. “A Caixa Econômica Federal e o BNDES expandiram rapidamente o crédito, o que foi arriscado e provocou inflação, mas o Banco Central ignorou o problema”, afirma o texto. “O Rio é um microcosmo do Brasil de Lula”, prossegue.

A colunista trata também da corrupção na classe política. “Os políticos do Brasil aspiram à grandeza de Primeiro Mundo, mas preservam instituições de terceiro. Não porque não entendam a eficácia das instituições independentes. É justamente porque as entendem”, afirma. Ela lembra que Lula se tornou réu por obstrução de Justiça e é um dos alvos da Operação Lava Jato. E também das razões pelas quais Dilma  sofre hoje um processo de impeachment. “Se a fraude política para levar uma nação à ruína fosse crime, ambos já estariam condenados”, finaliza.

domingo, 7 de agosto de 2016

RIO - 2016 EMPOLGA O MUNDO



Pessoalmente achei maravilhosa e surpreendente a festa de abertura da Olimpíada no Maracanã, principalmente por causa do momento difícil que o Brasil atravessa. Vejam as notícias que seguem:
 


Festa de abertura da Rio-2016 empolga imprensa internacional
Ritmos brasileiros e a top Gisele Bundchen são destaques na cobertura internacional do evento no Maracanã
Por Daniela Macedo
Veja, 5 ago 2016 

Samba, funk, maracatu, bossa nova… e Gisele Bündchen. A festa musical brasileira no Maracanã e a presença da top empolgam a imprensa internacional. “Espetacular”, resumiu um dos jornalistas do americano New York Times.
O jornal Washington Post ressalta que o público acompanhou em coro o “cantor de samba muito amado” Zeca Pagodinho. “Os brasileiros conhecem as letras de centenas e centenas de músicas, portanto esses coros são muito comuns”, diz o Post.
A rede BBC destaca a reação positiva de seus leitores nas redes sociais e elogiou a cerimônia com um tuíte em sua conta no microblog: “Não sei quanto a vocês, mas nós estamos impressionados até agora pela #CerimoniadeAbertura da #Rio2016. Uau!”
O desfile da top brasileira Gisele Bündchen também é destaque na cobertura internacional. “Gisele acaba de entrar. Alguma outra coisa importa?”, pergunta o jornal Washington Post, enquanto Gisele atravessa o cenário da abertura ao som de Garota de Ipanema.
A modelo de 36 anos também impressionou os hermanos do jornal argentino La Nación, que chamou Gisele de “a garota de Ipanema mais sensual da cerimônia”.
O britânico The Guardian elogiou a apresentação de Daniel Jobim, neto do compositor Tom Jobim, da famosa Garota de Ipanema. O jornal ressalta que essa é a “segunda música mais tocada na história”, atrás apenas de Yesterday, dos Beatles, mas a cerimônia de abertura “nos lembrou que Garota de Ipanema é 20 MILHÕES DE VEZES MELHOR QUE YESTERDAY”, brinca o Guardian. E não poupa ainda elogios à bela Gisele, “que vem e que passa, num doce balanço a caminho do mar”.
Maracatu? Gambiarra?
Enquanto noticiam os eventos relacionados à cerimônia de abertura, as publicações estrangeiras explicam aos seus leitores termos típicos brasileiros, como maracatu e gambiarra.
O NYT tenta explicar a ‘gambiarra’, celebrada no evento e descrita pelos organizadores como o “talento brasileiro para transformar quase nada em algo grandioso”. “Acho que eles querem dizer que isso teve um baixo custo e pouca tecnologia, mas tem muita energia, orgulho e emoção”.
O Washington Post resumiu em poucas palavras o maracatu: “um amontoado de sons de bateria”. “É a real celebração da rica cultura musical do Brasil”, disse o jornal americano sobre a festa da abertura de cerimônia da Rio-2016.
Inventor do avião
A agência de notícias Associated Press lembrou a polêmica envolvendo a invenção do avião, creditada aos Irmãos Wright fora do país, no momento da homenagem a Santos Dumont na cerimônia de abertura. “No Brasil, eles dizem que Alberto Santos Dumont é o inventor – e que os Irmãos Wright inventaram, na verdade, uma máquina de saltar”, explicou a AP.
Fonte: http://veja.abril.com.br/mundo/ 07/08/16


sexta-feira, 5 de agosto de 2016

UM OUTRO PAÍS



UM OUTRO PAÍS,                                   por Luiz Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal e professor titular de direito constitucional da UFRJ 
“Em um Brasil que vive um momento venturoso de mudança de patamar civilizatório, algumas reflexões sobre o momento atual e sua superação,  seja qual for o governo.
TUDO PASSA, ensinam as principais tradições filosóficas e religiosas do mundo, de Heráclito ao Livro de Jó. Assim será, também, com a crise devastadora que nos aflige. Contrariando um pouco o senso comum, penso que o país vive um momento venturoso de mudança de patamar civilizatório. Há no ar um misto de indignação cívica, interesse de segmentos diversos de superação de práticas condenáveis e idealismo ara a construção de um país melhor. Indignação, interesses legítimos e idealismo são o combustível das grandes transformações.

O legado da democracia.  Fará bem aos espírito, neste momento de desencanto generalizado, lembrar que em trinta anos de democracia e de poder civil obtivemos inúmeras conquistas de valor inestimável. Entre elas estão a estabilidade institucional, a estabilidade monetária e a inclusão social. Em uma geração, derrotamos o espectro da ditadura, domesticamos a inflação e retiramos milhões de pessoas da linha da miséria extrema. A história aqui andou na direção certa, ainda quando não na velocidade desejada. A seguir, algumas reflexões sobre o momento atual e sua superação.

E aí, o ministro Luiz Roberto Barroso, do STF, continua em seu magistral artigo, tratando da CORRUPÇÃO RECOMPENSA OS PIORES, REFORMA POLÍTICA, ESTADO E SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, LIVRES E IGUAIS, ÉTICA PRIVADA E NO FINAL BRASIL, com sua visão otimista: ... 
Com atraso, mas não tarde demais, temos uma chance de chegar ao futuro, de nos reinventarmos como país, dentro da legalidade democrática, sem mortos nem perseguidos. E oferecer ao mundo um exemplo de civilização, com justiça material, liberdades públicas, diversidade racial, pluralismo cultural e alegria de viver”  
Fonte: Revista VEJA, edição impressa de 03/08/16 pags. 48 e 49