quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

PGR DENUNCIA BOLSONARO QUE PODE PEGAR ATÉ 30 ANOS DE PRISÃO

 


Por THEODIANO BASTOS

Reunião na casa de Braga Netto discutiu ações para 'gerar caos social', afirmou Mauro Cid

Delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi uma das bases da acusação feita pela PGR

Em acordo de delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, relatou que a reunião na casa do general Braga Netto, ocorrida em 12 de novembro de 2022, serviu para discutir "ações que mobilizassem as massas populares e gerassem caos social". Segundo Cid, o objetivo das medidas era levar o então presidente a assinar o "estado de defesa, estado de sítio ou algo semelhante".

O relato consta na denúncia apresentada nesta terça-feira pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que acusou Bolsonaro, Braga Netto e outras 32 pessoas de tentar realizar um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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PGR denuncia 24 militares, incluindo generais e almirante; veja a listaEntre os denunciados estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin); o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Todos foram denunciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A denúncia foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja a lista de denunciados:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros:  major reformado do Exército.
  • Alexandre Ramagem: deputado federal pelo Partido Liberal (PL). Foi delegado da Polícia Federal (PF) e diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
  • Almir Garnier: almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro.
  • Anderson Torres: foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro. secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
  • Angelo Martins Denicoli: major da reserva do Exército.
  • Augusto Heleno: o general da reserva foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro.
  • Corrêa Netto: coronel preso na operação Tempus Veritatis, da PF
  • Carlos Rocha: engenheiro e dono do Instituto Voto Legal (IVL
  • Cleverson Ney: coronel da reserva e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres. Também foi alvo da operação Tempus Veritatis.
  • Estevam Theophilo: general e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres. Também cabia a ele o comando do Comando de Operações Especiais, conhecidos como “kids pretos”.
  • Fabrício Moreira de Bastos: bacharel em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras. É coronel e foi adido do Exército em Tel Aviv, capital de Israel.
  • Fernando de Sousa Oliveira: delegado da Polícia Federal;
  • Filipe Martins: ex-assessor internacional de Jair Bolsonaro.
  • Giancarlo Gomes Rodrigues: subtenente do Exército. Foi alvo da operação da PF que investigou o caso da “Abin paralela”.
  • Guilherme Marques de Almeida: o tenente-coronel comandou o 1º Batalhão de Operações Psicológicas em Goiânia (GO).
  • Hélio Ferreira Lima: tenente-coronel da ativa do Exército.
  • Jair Messias Bolsonaro: ex-presidente da República e militar da reserva do Exército, segundo inquérito da Polícia Federal, o ex-chefe do Executivo tinha “pleno conhecimento” do plano golpista de matar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
  • Marcelo Bormevet: alvo de um mandado de prisão em julho, o agente da Polícia Federal (PF) ocupou, durante a gestão de Alexandre Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o comando do Centro de Inteligência Nacional (CIN).
  • Marcelo Costa Câmara: coronel do Exército. Exerceu o cargo de assessor especial da Presidência da República, no gabinete pessoal de Jair Bolsonaro.
  • Márcio Nunes de Resende Júnior: coronel do Exército;
  • Marília Alencar: ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça na gestão de Anderson Torres;
  • Mário Fernandes: é general da reserva do Exército. Foi chefe substituto da Secretaria Geral da Presidência.
  • Mauro Cesar Barbosa Cid: é tenente-coronel do Exército. Foi ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
  • Nilton Diniz Rodrigues: é general do Exército.
  • Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho: é economista e blogueiro. Neto do ex-presidente João Figueiredo, foi comentarista de uma emissora de rádio.
  • Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira: é general da reserva. Comandou o Exército e foi ministro da Defesa na gestão de Jair Bolsonaro.
  • Rafael Martins de Oliveira: tenente-coronel da ativa do Exército
  • Ronald Ferreira de Araújo Junior: também tenente-coronel do Exército
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros: é tenente-coronel do Exército.
  • Silvinei Vasques: ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal;
  • Reginaldo Vieira de Abreu: coronel da reserva do Exército
  • ticipou do monitoramento ilegal da rotina de Alexandre de Moraes. “Os elementos de prova apresentados são convergentes para demonstrar a participação de Rodrigo Bezerra Azevedo na ação clandestina do dia 15/12/2022, que tinha o objetivo de prender/executar o ministro Alexandre de Moraes, integrando o núcleo operacional para cumprimento de medidas coercitivas”, concluiu a investigação.
  • Walter Souza Braga Netto: é general da reserva do Exército. Foi ministro da Defesa e chefe da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro, de quem foi candidato a vice-presidente nas últimas eleições.
  • Wladimir Matos Soares: é agente da Polícia Federal.

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Um comentário:

  1. Lourenço Barbosa, Serra/ES: Denúncia vazia, que não tem sustentação jurídica. É tudo para incobrir a incompetência desse desgoverno

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