Por THEODIANO BASTOS
Com mais de 2 milhões de habitantes, a Faixa
de Gaza é um enclave dentro do território de Israel e está a 32km da Palestina.
Fala é afinada com ideias da ultradireita de Israel;
EUA retomam envio de bombas a Tel Aviv
Os grupos palestinos Jihad Islâmica e
Hamas condenaram a proposta do presidente dos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Donald
Trump, apresentou no sábado (25/01) uma iniciativa para "limpar"
a Faixa de Gaza e disse querer que Egito e Jordânia
recebam os palestinos como forma de alcançar a paz no Oriente Médio.
"Estamos falando de 1,5 milhão de
pessoas, e simplesmente limparemos tudo isso", disse Trump à imprensa,
referindo-se a Gaza como um "local de demolição". Ele disse que a
medida poderia ser "temporária ou de longo prazo".
O republicano afirmou que havia
conversado com o rei Abdullah II da Jordânia e esperava falar com o presidente
egípcio Abdel Fatah al Sissi neste domingo (26/01).
"Gostaria que o Egito levasse as
pessoas e gostaria que a Jordânia levasse as pessoas", disse Trump a bordo
do Air Force One, o avião presidencial estadunidense.
Apoio israelense
A proposta do presidente
estadunidense foi aplaudida pelo ministro das Finanças de Israel, Bezalel
Smotrich.
"A ideia de ajudá-los a encontrar
outros lugares para começar uma vida melhor é uma excelente ideia. Após anos de
glorificação do terrorismo, (os palestinos) poderão estabelecer vidas novas e
boas em outros lugares", disse Smotrich em comunicado.
"Durante anos, os políticos
propuseram soluções inviáveis, como a divisão da terra e a criação de um Estado
palestino, o que colocou em risco a existência e a segurança do único Estado
judeu do mundo", acrescentou o ministro, cujo partido é uma parte
essencial do governo de coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia disse que o reino era "firme e inabalável" em sua rejeição ao deslocamento de palestinos. Segundo o jornal israelense Haaretz, o governo egípcio também se opôs ao plano.
Um cessar-fogo está em curso em Gaza após um acordo entre Israel e o Hamas para interromper a guerra que começou após Hamas atacar Israel em 7 de outubro de 2023. Cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 levadas para Gaza como reféns.
Mais de 47.200 palestinos, a maioria civis, foram mortos na ofensiva de Israel, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas.
A maioria dos dois milhões de moradores de Gaza foi deslocada nos últimos 15 meses de guerra, que destruiu grande parte da infraestrutura de Gaza.
As Nações Unidas estimaram que 60% das estruturas em Gaza foram danificadas ou destruídas, e que a reconstrução pode levar décadas.
SAIBA MAIS EM: https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/mundo/trump-quer-retirar-palestinos-de-gaza-e-limpar-a-coisa-toda/ - https://www.brasildefato.com.br/2025/01/26/trump-anuncia-iniciativa-para-limpar-gaza-e-levar-palestinos-para-egito-e-jordania E https://www.bbc.com/portuguese/articles/c8r5yn34x4yo
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