domingo, 22 de setembro de 2024

O BRASIL VIROU UM CASSINO, BETS E JOGO DO TINGUINHO AGORA SÃO O CRCK E A COCAÍNA




 Por THEODIANO BASTOS

Bets já movimentam R$ 100 bilhões no País, tiram dinheiro do consumo e causam preocupação ao varejo

Seja no campo de futebol, na camisa dos jogadores, nas propagandas de rádio e TV ou nas redes sociais, as plataformas de apostas online, conhecidas como bets, se tornaram onipresentes. Desde que foram legalizadas no País em 2018, no governo de Michel Temer, elas avançaram sob o orçamento dos brasileiros e viraram preocupação para governo e empresas. A hipótese é de que o gasto com as apostas esteja drenando parte dos recursos que iriam para compra de bens e serviços, além de representar um risco de aumento de inadimplência no futuro.

No ano passado, mais de 300 empresas de bets movimentaram entre R$ 60 bilhões e R$100 bilhões em apostas no Brasil, quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeções da Strategy& Brasil, consultoria estratégica da PwC. O setor das bets, portanto, gira mais capital por ano do que grandes empresas, como Santander (R$ 74 bilhões), Assaí (R$ 72,8 bilhões), Gerdau (R$ 68,9 bilhões) e Magazine Luiza (R$ 63,1 bilhões).

A reportagem procurou empresas do setor, como Bet7K, Bet Nacional e Betano, mas não teve retorno. Segundo o presidente do Instituto Jogo Legal, que representa o setor, Magnho José, presidente do Instituto Jogo Legal, que representa o setor, o mercado de apostas brasileiro chegou ao estágio atual devido à falta de regulamentação no prazo inicialmente previsto. Na proposta do governo de Michel Temer, o setor deveria ter sido regulado dentro de dois anos, com prazo prorrogável por mais dois. Mas isso só ocorreu agora.

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 Apostas na internet

Esses dias em Vitória, no Masterplace da Reta Penha,   o espaço de três lojas foram ocupados por mesas com computadores para jogar na internet.

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Felipe* ainda não decidiu se vai contar ou não para a esposa sobre seu problema com as bets, as plataformas de aposta esportiva.

Ou melhor, ex-esposa: embora ainda conversem e Felipe acredite que possam reatar, ela o deixou há 6 meses, depois de um relacionamento de 12 anos, junto com o filho de 10 anos do casal.

O problema, segundo Felipe contou à BBC News Brasil, não foram apenas os cerca de 40 mil reais gastos em apostas, que ele perdeu sem dar explicações à companheira. Mas também seu comportamento ausente dentro de casa:

"A mente de um jogador fica obscura. Eu não conseguia mais desempenhar meu papel em casa, meu papel como pai. Não brincava mais com meu filho e parei de conversar direito com ela.”

Desconfiando que as dívidas do marido estariam ligadas a um relacionamento com outra mulher, sua esposa decidiu se separar.

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cy4l4p8dy3lo - https://www.agazeta.com.br/es/cotidiano/a-historia-do-capixaba-que-foi-parar-nas-ruas-apos-perder-tudo-em-site-de-apostas-0924 E https://www.estadao.com.br/economia/bets-sao-o-novo-crack-diz-membro-do-grupo-jogadores-anonimos-que-reune-viciados-em-apostas/

Um comentário:

  1. SÍLVIO MORAES, Vitória/ES: É triste ver o caminho que estamos trilhando com relação a jogatina. Já tivemos Casino, proibido em 46 pelo Dutra e funcionou clandestinamente posteriormente, tivemos o Jogo de Bicho, sempre proibido, mas funcionando normalmente, com muita propina mas que financia boa parte do Carnaval, temos as loterias da caixa, regulamentada que e emprega boa parte do lucro para financiar causas sociais pelo menos, e mais muitos outros jogos clandestinos.
    Proibir qualquer tipo de jogo para mim é impossível pois demandaria um esforço muito grande com a fiscalização. Penso que todos deveriam ser regulamentados com forte cobrança de imposto e o arrecadado destinado para fins sociais

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