GOVERNO BOLSONARO, PEÇAS PARA MONTAR
Por Heitor Carvalho, professor doutor do
IFES de BH
Tentar
montar as peças do quebra cabeças dos próximos quatro anos de governo não está
sendo fácil. Há uma
enorme cortina de fumaça sobre os bastidores nacionais e internacionais. No
lado nacional há a origem
do presidente, suas duas décadas na Câmara dos Deputados, alguns núcleos de
pressão interna e, obviamente,
o enfrentamento de problemas de corrupção na política e governos. Isto se
espraiou por todos
os níveis da administração pública e, consequentemente, inúmeros problemas que
foram “cultivados”
como meio de criar oportunidades sem fim de desvios de recursos. Sem entrar nas
questões externas,
alguma pistas de três núcleos internos ajudam a, pelo menos, acompanhar os
zigzagues deste primeiro
semestre. Um é o núcleo familiar que tem tido uma grande influência em
questiúnculas
absolutamente
desnecessárias e prejudiciais. Outro núcleo é o ideológico com duas vertentes.
Uma é a evangélico
-messiânica e a outra é a neoliberalista. O terceiro
e, Talvez, mais relevante é o grupo militar que tem projeto, disciplina e
recursos humanos e materiais. Estes três núcleos não são estanques e sua influência
no curso dos acontecimentos flutua.
A
questão do núcleo familiar também interage com a trajetória profissional
militar e politica e certos modos
de agir em atos de governo e em marqueting político.
Na
carreira militar há estágios com datas definidas como os anos de Academia
Militar de Agulhas Negras,
o período como paraquedista do exército, a carreira polítca desde a vereança no
Rio de Janeiro e
os
vinte anos como deputado no Congresso nacional.
Três relacionamentos
matrimoniais
contemporâneos
de tais estágios e de situação politica nacional são fatores importantes em
inúmeras questiúnculas
desnecessárias nestes primeiros meses de governo.
Outro
núcleo é o ideológico com duas vertentes. Uma é a evangélico -messiânica e a
outra é a neoliberalista. O terceiro e, talvez, mais relevante é o grupo
militar que tem projeto, disciplina e recursos humanos e materiais. Estes três
núcleos não são estanques e sua influência no curso dos acontecimentos flutua.
A
questão do núcleo familiar também interage com a trajetória profissional
militar e politica e certos modos de agir em atos de governo e em marqueting
político.
Na
carreira militar há estágios com datas definidas como os anos de Academia
Militar de Agulhas Negras, o período como paraquedista do exército, a carreira
política desde a vereança no Rio de Janeiro e os vinte anos como deputado no
Congresso nacional. Três relacionamentos matrimoniais contemporâneos de tais
estágios e de situação politica nacional são fatores importantes em inúmeras
questiúnculas desnecessárias nestes primeiros meses de governo.
A primeira esposa.
Uma
questão interessante é a “blindagem” a respeito dela. Tenta - se pesquisa no
“Google” e não aprece nada. Não há nada sobre ela como vereadora, não parece
formação profissional, quase nada além da “defesa” ao ex - marido durante a
campanha. Afirma - se que o filho Flávio foi lançado contra a reeleição dela a
vereadora pelo próprio pai Mas os filhos estão com mandatos legislativos e
influenciando decisões de governo
A
primeira esposa e respectivos filhos
Foi
casado com Rogéria Nantes ‘Nunes Braga, a quem ajudou a eleger vereadora da
capital fluminense em 1992 e 1996 e com que teve três filhos: Flávio (deputado
estadual fluminense), Carlos (assim como o pai e mãe, vereador da cidade do Rio
de Janeiro, o mais jovem do país) e Eduardo.”
“É a
primeira vez na história do Brasil que uma família assume o poder de forma tão
coesa quanto os
Bolsonaro.
Haverá representantes do clã em três instâncias legislativas. No Senado, estará
o filho mais velho,
Flávio, 37 anos, eleito senador pelo Rio de Janeiro com 31% dos votos. Na
Câmara Federal,
ocupará
assento Eduardo, 34 anos, o deputado federal mais votado do País, com 1,8
milhão de votos. Na Câmara
do Rio de Janeiro, continuará atuando o filho do meio, Carlos, 35 anos. Em
2016, ele foi eleito vereador
com número recorde de votos. Os três são filhos do primeiro casamento do
presidente eleito,
com Rogéria Nantes Nunes Braga,
e, cada um a sua maneira, influenciam nas decisões do pai. Não sem doses
de ciúmes, rompimentos e brigas.
{....}
Nesse ano, desobedecendo Bolsonaro, fez campanha para o governador eleito no
Rio, Wilson Witzel,
pelo PSC.
Formado
em Ciências Aeronáuticas, Carlos, o 02, é vereador desde
Formado
em Ciências Aeronáuticas, Carlos, o 02, é vereador desde 2000, quando assumiu o
cargo ainda com
17 anos. Seu desempenho na Câmara municipal carioca é pouco expressivo, mas
dentro da
campanha
do pai teve papel decisivo. Ele foi o articulador da estratégia digital
responsável, em boa parte, pela
vitória de Bolsonaro. Mas o tom mais agressivo que adotou foi muitas vezes
criticado pelos irmãos.
No
entanto, no período eleitoral, ficou bem próximo de Bolsonaro, tornando-se
conselheiro frequente do futuro
presidente. (...)
É
difícil saber como se dará a atuação de cada um deles no governo do pai e
quanto barulho causarão.
Mas
o fato é que os três exercerão impacto nas decisões de Bolsonaro
Fonte:
https://istoe.com.br/politica-em-familia/
==========================
De
seu segundo casamento, com Ana Cristina Valle, teve Renan.’Ana Cristina Siqueira
Valle estava na Quadra
103, na Asa Norte, em Brasília, quando viu o deputado Jair Messias Bolsonaro
pela primeira vez.
Ele
discursava com um microfone na mão, equilibrado sobre um caminhão de som,
durante um movimento
de mulheres de militares que pediam aumento nos salários da caserna. Era o fim
dos anos 90.
Estudante
do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, Ana trabalhava como
assessora no gabinete do
então deputado federal Jonival Lucas, do Partido Progressista Brasileiro (PPB)
da Bahia, o mesmo partido
ao qual Bolsonaro era filiado à época. (...) Redação Pragmatismo Editor(a) Eleições
2018 COMENTÁRIOS
Ex-mulher
prometeu contar coisas "picantes" de Jair Bolsonaro Ana Cristina, a
ex de Bolsonaro, prometeu contar “coisas picantes”
se ele não a ajudasse financeiramente na campanha eleitoral
Ana Cristina Siqueira Valle (reprodução) Ana Cristina Siqueira Valle estava na
Quadra 103, na Asa Norte, em Brasília, quando viu o deputado Jair Messias
Bolsonaro pela primeira vez. Ele discursava com um microfone na mão,
equilibrado
sobre um caminhão de som, durante um movimento de mulheres de militares que pediam
aumento nos salários da caserna. Era o fim dos anos 90.
Estudante
do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, Ana trabalhava como
assessora no gabinete
do
então deputado federal Jonival Lucas, do Partido Progressista Brasileiro (PPB)
da Bahia, o mesmo
partido
ao qual Bolsonaro era filiado à época.
Convidada
pelo capitão da reserva para integrar sua equipe, migrou de gabinete. Ambos
ainda eram
casados
— ela com um coronel da reserva do Exército, ele com a mãe de seus três filhos
mais velhos,
Rogéria
Nantes Nunes Braga — quando se apaixonaram. “Foi um pouquinho antes de ele se
separar e eu me
separar de meu marido”, contou Ana. (...)
Aos
51 anos, advogada, avó de um neto e mãe de dois filhos — um deles com o
candidato do PSL à Presidência
—, ela tem uma longa trajetória por órgãos públicos. (...)
Ana
nunca foi casada com Bolsonaro. Do namoro ao término de uma união estável, contudo,
foram 16 anos
juntos. Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo trouxe à tona uma rusga do
passado do casal.
Em
2009, já separada de Bolsonaro, a advogada mudou-se para a Noruega, levando a
tiracolo o filho Jair Renan,
então com 10 anos, sem a autorização do pai. Bolsonaro pediu ajuda ao Itamaraty
para localizar o
menino.
(...)
“O Jair não faz nada sem visar à
política”, disse
a advogada. “Diria que é um viciado em trabalho. Deixa um
pouco a desejar para a gente que é mulher, ele se comprometer mais com a
família, porque a cabeça dele
é focada em ler jornal, ver matéria, dar entrevista. Isso em minha época,
imagina como está agora.”
Em
2008, veio a separação. Ana preferiu não se alongar no tema. “É uma coisa doída
para mim”, disse.
“Por
mim, estaria casada com ele até hoje. Dos meus três casamentos, ele foi algo
que mexeu realmente comigo.”
Com o fim do relacionamento, Ana quis levar o filho para a Noruega, onde passou
cinco anos
como
dagamama, como chamam no país quem trabalha cuidando de bebês. “O Jair não
permitiu”, disse
ela.
Fonte https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/09/ex-mulher-prometeu-picantes-bolsonaro.html
=================
Michelle, 36, acompanha o presidenciável em
eventos evangélicos e é
descrita
por ele como sua âncora.
Com
as mãos unidas em formato de coração, ela deu um leve sorriso ao chegar ao
centro do palco e parar ao lado de Jair Bolsonaro. Ao lado e um passo atrás. “Em
grande parte, é ela a minha âncora”, disse o pré-candidato a presidente, virando
para a mulher, Michelle de Paula Firmo Reinaldo
Bolsonaro.
Ela devolveu com
um olhar profundo. (...)
A
mulher que divide com Bolsonaro o teto de uma casa em um condomínio na orla
da praia tem 36 anos e está com ele, de 63, desde 2007.
É
tida na vizinhança e nos locais que frequenta como reservada, simpática e religiosa.
E uma parceira que não se mete na carreira do marido. Michelle
é fiel da Igreja Batista Atitude, cuja sede fica a cerca de 25 minutos de carro
de sua casa.
Às
vezes, Bolsonaro, que se declara católico, acompanha a mulher nas idas ao templo,
onde o salão principal comporta 4.500 pessoas sentadas. “Orai sem cessar”,
recomenda um aviso na entrada do local, reproduzindo trecho bíblico. (,,)
A
discrição é o traço mais notório da aspirante a primeira-dama, segundo relatos ouvidos
pela Folha na Barra da Tijuca, região do Rio onde Michelle vive com o político,
a filha dos dois, de sete anos, e outra adolescente, de um relacionamento anterior
dela.
A
mulher que divide com Bolsonaro o teto de uma casa em um condomínio na orla
da praia tem 36 anos e está com ele, de 63, desde 2007.
(,,)o
papel dela na campanha será o de coadjuvante. “Ele não pretende usá-la”, diz
o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF). “Mas ela deve acompanhá-lo em alguns
compromissos. Acredito que ele queira preservá-la”, afirma. (...)
Michelle é fiel da Igreja Batista Atitude, cuja sede fica a cerca de 25 minutos
de
carro de sua casa.
Às
vezes, Bolsonaro, que se declara católico, acompanha a mulher nas idas ao templo,
onde o salão principal comporta 4.500 pessoas sentadas. “Orai sem cessar”,
recomenda um aviso na entrada do local, reproduzindo trecho bíblico.
(...)
Nesse dia ela usava óculos escuros e os cabelos presos num coque. Seu estilo de
se vestir é básico, inclui blusinha, calça jeans e sapatilha.
No
início de abril, depois que o UOL — empresa do Grupo Folha, que edita a
Folha— publicou uma longa reportagem sobre ela, apagou seu perfil no Facebook.
Há poucos rastros seus na rede.
Nascida
em Ceilândia, no Distrito Federal, a noiva era secretária parlamentar na Câmara
quando conheeu o futuro marido. Meses depois, foi trabalhar no gabinete dele,
durante um ano. (,,,)
O
deputado tem aludido ao DNA da esposa para se defender da acusação de ser racista.
Tenta dissipar a polêmica repetindo que seu sogro, por causa da cor da pele,
é conhecido em Ceilândia como Paulo Negão. (,,,)
Michelle
de Paula Firmo Reinaldo Bolsonaro — Atual mulher, tem uma menina de 7
anos com ele e uma filha de um relacionamento anterior. Estão juntos desde
2007.
Fonte: https://www.acre.com.br/conheca-quem-e-a-esposa-de-jair-bolsonaro/ ...
Embora
discreta a atual esposa do presidente tem enorme influência e está ligada ao núcleo
ideológico –
evangélico
que é um fator com influência no governo. Indicações em cargos do primeiro e
segundo escalão
como, por exemplo, a primeira ministra da Educação certamente tiveram sua
influência.
Conclusão
provisória:
As
influências do núcleo familiar no governo tem sido notórias nestes primeiros
meses e muitas vezes tendendo
mais a atrapalhar do que ajudar. Há cortina de fumaça que impede maior acesso
aos conflitos
entre
os membros do clã e e relação aos grupos que gravitam em torno destes
personagens. Os que tem maior
exposição pública por exercerem mandato tem sido alvos frequentes da imprensa
como no caso do
ex-
assessor Queiroz vinculando -o com o Senador. Há autênticos cabos-de-guerra
entre eles mas não há transparência
e exposição de fatos e posições.
Com
o passar do tempo talvez se venha a revelar mais sobre estas guerras de
bastidores e seus efeitos concretos
nas decisões e ações neste Governo federal.
ResponderExcluirRubens Silva Pontes
O lado camuflado da vida de-repente se abre como uma cortina que ensombrava o sol...
Ha sempre alguém portando registros numa espécie de livro de cabeceira que não
se esconde para sempre debaixo do travesseiro.
E então dá no que dá...
Coincidência (certamente não) hoje estamos comemorando a Independência do Brasil.
Será apenas lembrança histórica?
Ateliê Kleber Galvêas
ResponderExcluirTheodiano. Parabéns pela análise da conjuntura que cerca a presidência nesta hora. Abraço, Kleber
Segue um texto que espalhei hoje.