Simplesmente devastadoras são as revelações em áudios dos 77 executivos da Odebrecht, principalmente os de
Marcelo e de seu pai, Emílio Odebrecht, e não se sabe os desdobramentos e no
que isso vai dar.
O Congresso está paralisado
e não se sabe como as reformas essenciais podem ser aprovadas, principalmente
as da Previdência, Trabalhista e política.
Temer deveria contribuir para antecipar as eleições.
Vejam os comentários que seguem:
A cada denúncia sobre seu papel protagonista no maior
escândalo de corrupção da História, o ex-presidente Lula nega ser o ladrão que
as delações revelam, reclama de “perseguição” e “vazamentos seletivos”, chama
os delatores de “mentirosos” etc, mas nem sequer ameaça processá-los. Marcelo
Odebrecht, o mais devastador dos delatores, revelou vários pagamentos de
propina a Lula, o “Amigo” da Odebrecht.
A força-tarefa crê que Lula e Dilma não processam Marcelo
Odebrecht, por exemplo, porque o empresário guarda ainda de muitos segredos.
Se mentisse ao confessar pagamentos de propina a Lula,
Marcelo Odebrecht estaria sujeito a processo por crime de calúnia.
A cada depoimento, a Justiça conhece os detalhes mais
sórdidos da relação promíscua de Lula e Dilma com a Odebrecht.
Dilma se diz vítima daqueles que, para se livrar de prisão,
“inventam fatos” tentando envolvê-la no caso. Mas não processa os delatores.
Não há na Lista Fachin nenhuma grande surpresa, mas da
relação de investigados estão políticos que sempre fizeram pose de vestais,
comportando-se como freirinhas inocentes no meio de um “bordel chamado
Congresso”. Entre os “santos do pau coco” estão a ex-deputada Manuel D’Ávila
(PCdoB) e a não menos auto-canonizada deputada Maria do Rosário (PT-RS), ambas na
folha da Odebrecht.
Vanessa Grazziotin (AM) levou R$1,5 milhão. Seu codinome,
“Ela”, porque era a única mulher do PCdoB a negociar propina na Odebrecht.
Carlos Zarattini, líder do PT, é acusado de ajudar a
Odebrecht a vender um shopping por R$800 milhões ao fundo Previ (Banco do
Brasil).
A Odebrecht diz que Aloysio Nunes (PSDB-SP) pediu e levou
R$500 mil no caixa 2. Ele ameaçou processar a coluna, que avançou a notícia.
O ex-executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar confessou à
Justiça pagamentos de R$ 150 mil para a deputada petista Maria do Rosário.
Contou que ela se relaciona com a empreiteira desde 2008.
Tanto Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental,
quanto Alexandrino Alencar, ex-executivo do grupo, destacaram o “potencial” de
Vanessa Grazziotin e Maria do Rosário para justificar a propina.
Ao delatar o senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ex-executivo
da Odebrecht Cláudio Mello Filho revelou que havia “taxa de sucesso” da
corrupção. Entregado o que prometia, o político comprado levava mais.
Ao contrário do divulgado “analistas” e “especialistas”, o
Congresso não ficou às moscas em consequência da Lista Fachin. É que deputados
e senadores, como sempre, decidiram vazar para antecipar o “feriadão”.
O feriadão iminente e a ressaca da Lista Fachin esvaziaram
a reunião da Frente Parlamentar Mista das Micro e Pequenas Empresas no
Congresso. Dos 387 membros, apenas dez parlamentares apareceram.
Os arquivos digitalizados da Lista de Fachin contêm cópias
dos documentos que fundamentam as ações e também os vídeos dos depoimentos. São
190 Gigabytes de inquéritos e 120 Gb de petições.
Paulo Medina foi afastado do Superior Tribunal de Justiça,
acusado de corrupção, quando presidia a Associação dos Magistrados. Agora,
outra entidade, a dos Juízes Federais (Ajufe), tem um ex-presidente na Lista de
Fachin: Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão. Fonte: http://diariodopoder.com.br/ 13/04/17
"Seguir as leis"
O Globo, em editorial, tentou apontar o caminho de agora em diante:"O cenário é de uma grande implosão, com escombros por todos os lados, à espera do trabalho de rescaldo e remoção. Não será fácil, mas é essencial, para que se possa começar a reconstrução em outras bases — e sem que o país pare. Era esperada uma grande repercussão da lista de Edson Fachin, ministro do Supremo que herdou de Teori Zavascki a relatoria da Lava Jato na Corte. Mas, quando se constata o número de inquéritos instaurados pelo ministro, a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ainda as dezenas de nomes remetidos para a primeira instância, confirma-se que de fato o modelo político-eleitoral, a cultura do fisiologismo, os usos e costumes deletérios na forma de se fazer política, por todos os grandes partidos, chegaram ao limite no país. Esta, porém, é uma boa notícia, porque permite o reforma do sistema e o fortalecimento da democracia. Resta conter danos colaterais (...).
O terremoto causado pela Lista de Fachin continuará a reverberar com a divulgação da íntegra dos depoimentos e vídeos. O governo Temer e políticos com alguma consciência não têm alternativa a não ser aprovar a reforma da Previdência, essencial para garantir a estabilidade do país, e continuar a trabalhar para que os vitoriosos nas eleições de 2018 tenham condições mínimas de governabilidade.
Temer, político sem aspirações eleitorais para 2018, não está em questão. Em jogo encontra-se o país. A partir de agora, ficará exposto quem colocar o projeto pessoal acima de tudo, de maneira inconsequente. Quanto à Justiça, é essencial que tudo tramite da maneira mais rápida possível, até para que se tornem claras as nuances dos delitos de que cada um é acusado. Cedo ou tarde chegaria o momento desta purgação na política. Agora, trata-se de, como nunca, seguir leis e a Carta".
A implosão de LulaSó um golpe pode impedir a prisão de Lula. A Odebrecht mostrou exatamente quem ele é. Mas isso não é tudo. Na próxima semana, João Santana e sua mulher vão depor em Curitiba. E, em seguida, será a vez de Léo Pinheiro. Lula não vai mais poder sair às ruas. O ranking da propina
“Os crimes que serão investigados nos 76 inquéritos da lista do ministro Edson Fachin envolvem pagamentos a políticos que chegam a 451 milhões de reais”, diz o Estadão. Isso inclui 204,9 milhões de reais em propinas para o PT, 111,7 para o PMDB e 52,2 para o PSDB. Os 300 milhões de reais em propinas para Lula, Antonio Palocci e Guido Mantega não fazem parte dessa conta, porque seus casos serão julgados em Curitiba. Fonte: http://www.oantagonista.com/ 13/04/17
Lula pediu à Odebrecht 40
milhões de dólares em propina
Em contrapartida, o então presidente liberou 1
bilhão de dólares em financiamentos do BNDES que interessavam à empreiteira
Revista VEJA, por Rodrigo Rangel, Daniel Pereira 12/04/17
O ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva pediu 40 milhões de dólares à Odebrecht em troca da aprovação de um financiamento bilionário para obras de
interesse da companhia em Angola. A afirmação é de Marcelo
Odebrecht, o ex-presidente da empreiteira.
Em depoimento ao juiz
Sergio Moro, ele contou ter sido
procurado entre 2009 e 2010 por Paulo Bernardo, então ministro do Planejamento, que em nome de
Lula disse que o governo poderia aprovar o financiamento de 1 bilhão de dólares
desde que a empresa pagasse os 40 milhões. Àquela altura, Lula era
presidente da República.
“Nós tínhamos interesse, era
exportação de bens e serviços, nos tínhamos fechado vários contratos em Angola
e que só demandavam essa linha de crédito para fazer exportação de bens e
serviços. Quando veio essa negociação, de 1 bilhão, como sempre a gente fazia,
a gente tentou mostrar com embasamento técnico que ali era importante […] Nunca
tinha tido uma solicitação até porque era uma coisa legítima. Já no caso
específico dessa negociação, 2009 e 2010, até acho [que era] porque estava se
aproximando a eleição, veio o pedido solicitado pra mim por Paulo Bernardo na
época, que veio por indicação do presidente Lula, para que a gente desse uma
contribuição de 40 milhões de dólares e eles estariam fazendo a aprovação de
uma linha [de crédito] de 1 bilhão de dólares”, disse o ex-presidente da
Odebrecht.
Como o dinheiro teria origem em
negócios em Angola, Odebrecht conseguiu com a cúpula petista descontar 10% do
valor, referentes ao custo da operação para transferir a cifra para o Brasil.
Convertido ao câmbio da época, ao fim e ao cabo o repasse foi de 64 milhões de reais. O valor foi creditado
diretamente na conta paralela que o
PT mantinha junto à Odebrecht – e que era gerenciada pessoalmente por
Marcelo Odebrecht. Uma parte desses recursos, como revelou o próprio
empreiteiro, foi usada para pagar despesas de Lula.
É a primeira vez que vem a
público um testemunho em que Marcelo Odebrecht
afirma, com clareza, que o ex-presidente pediu dinheiro para abastecer a
chamada conta da propina do PT – da qual ele próprio foi beneficiário, segundo
o empreiteiro.
A conta registrou créditos de
mais de 200 milhões de reais. Dela eram debitados repasses que a Odebrecht
fazia ao partido e a seus dirigentes, de acordo com a necessidade. A Moro,
Marcelo Odebrecht deixou claro que os créditos, invariavelmente, vinham de
propinas negociadas com a cúpula petista.
Além do
valor pago em troca da liberação do financiamento de 1 bilhão que bancaria
contratos da empresa em Angola, Odebrecht conta que um outro aporte, de
50 milhões, veio de um pedido feito pessoalmente a ele pelo então ministro
Guido Mantega. O valor foi liberado em troca de uma medida provisória editada
pelo governo petista que beneficiou a Braskem, braço petroquímico do Grupo
Odebrecht.
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