GOVERNO DE COALIZÃO
Tão logo
o presidente da Câmara detonou o processo de impeachment, os parlamentares
passaram a fazer o que mais gostam: articulação política. Mas as rodas de
conchavo no Congresso, curiosamente, não fazem cálculos sobre as chances de
Dilma, mas sobre as chances de o vice Michel Temer assumir a presidência. Em
conversa reservada, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente do governista PP,
disse tudo: “Impeachment não é para tirar presidente, é para botar
presidente...”
O PMDB
está cada vez mais imbuído de uma “missão salvadora” do País, com Michel Temer
e sem Dilma Rousseff e Eduardo Cunha.
Políticos
da cúpula do PMDB estão certos de que um governo de coalizão nacional, com
Michel Temer à frente, tiraria o País do atoleiro.
O PMDB
irá “assumir suas responsabilidades”, diz um ex-ministro de Dilma próximo a
Michel Temer, defensor declarado do impeachment.
A
manutenção do mandato de Dilma depende novamente do PMDB. E percebe-se no
partido uma vontade louca de traí-la.
Menos de 24 horas após
abertura do processo de impeachment, oposição e Planalto já mapeiam a tendência
do voto de cada deputado. Enquanto a oposição dá como certos 206 votos
favoráveis ao impeachment, os governistas empacaram em 124 votos fiéis ao
Palácio do Planalto. Somente o bloco oposicionista composto por DEM, PSC, SD,
PHS e PSDB, fechados pelo impeachment, garantem 106 votos.
Fonte: http://diariodopoder.com.br/
04/12/15
O encontro foi solicitado pelos oposicionistas. Queriam expor a Temer um abaixo-assinado que corria no Senado. O texto dizia que o país não podia mais conviver com a instabilidade causada pela dúvida quanto ao processo de impeachment. Os subscritores defendiam que o presidente da Câmara deveria tomar uma decisão final, arquivando todos os pedidos ou deflagrando o processo contra Dilma. Os comensais de Temer não supunham que seriam atendidos pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no final da tarde”...
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