Oitenta anos depois, dona Rosalina ainda ri das
piadas do seu Oswaldo. Os dois têm 98 anos e se conheceram em 1935.
No Rio de
Janeiro, tem um casal que é vencedor. A primeira vez que os olhos azuis
brilharam apaixonados, ele não esquece. Foi em 1935. “Ela estava com uma
garrafa de vinho pro pai que foi comprar. Eu passei do lado e disse assim: você
vai beber isso tudo? E ela disse: não, é para o meu pai e fui acompanhando e
conversando até a porta de casa”, conta Oswaldo Blois, de 98 anos.
“Perguntou
o meu nome: ‘como você se chama?’. Eu disse ‘Rosa’. E aí ele disse assim: ‘só
falta o cheiro’”, conta Rosalina Blois, de 98 anos.
Jornal
Nacional: A
senhora gostou da cantada?
Rosalina: Gostei! Gostei que voltei. Fui lá dei o vinho pro papai e voltei.
Rosalina: Gostei! Gostei que voltei. Fui lá dei o vinho pro papai e voltei.
Eles não
sabiam, mas ela voltava para uma vida inteira.
Jornal
Nacional: E qual
foi a primeira vez que o senhor conseguiu botar a mão na mão dela, pra namorar?
Oswaldo: No dia seguinte.
Rosalina: Ele era muito saliente.
Oswaldo: No dia seguinte.
Rosalina: Ele era muito saliente.
Um ano
depois veio o pedido. “Com a cara mais lavada, ele chegou e disse pro meu pai:
‘eu quero me casar com a sua filha’”, lembra Rosalina.
No ano
seguinte veio o bebê. Hoje com 79 anos, o Orestes. Seu Orestes teve o Marcelo,
e o Marcelo, a Carolina - a bisneta.
Seu
Oswaldo e Dona Rosalina estão juntos há 80 natais. As fotos mais antigas já não
existem mais. Nas que sobraram, alguns dos muitos natais, quando ela preparava
as festas. Hoje isso mudou. “A minha nora sempre prepara tudo e nós chegamos e
só comemos”, afirma Oswaldo.
A
certidão confirma. O aniversário de casamento é em janeiro. Eles já fizeram
bodas de prata, de ouro, de diamante. E agora se preparam para bodas de
nogueira. Nogueira é uma madeira forte, mostra que a relação está firme.
Jornal
Nacional: Vocês
imaginaram que iriam completar 80 anos juntos?
Oswaldo: Nunca, nunca. Essa questão de imaginar é muito difícil, os anos vão passando e você não vai sentindo, quando chega os 80, você diz: ‘puxa! 80 anos!’.
Jornal Nacional: Quando olha pra ele, o que que a senhora pensa?
Oswaldo: Mas como esse cara está feio.
Oswaldo: Nunca, nunca. Essa questão de imaginar é muito difícil, os anos vão passando e você não vai sentindo, quando chega os 80, você diz: ‘puxa! 80 anos!’.
Jornal Nacional: Quando olha pra ele, o que que a senhora pensa?
Oswaldo: Mas como esse cara está feio.
Oitenta anos depois e ela ainda
ri das piadas dele. E canta quando ele pede. E juntos eles desejam: “Que muitos
outros casais sejam felizes, que procurem ser amigos um do outro. É o que nós
somos”, diz Oswaldo.
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/25/12/2015
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