TSE APARELHADO PELO PT?
por Theodiano Bastos
Com a popularidade em baixa (apenas 8% apoia o governo segundo o Datafolha) e isolada da base de apoio, a presidente Dilma Rousseff promoveu mais um encontro com autoridades no Palácio da Alvorada na noite desta terça-feira (11/08/15). O jantar desta vez foi oferecido para ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e de outros tribunais superiores, além do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Dos 11 Ministros do STF só 5 compareceram: Ricardo Lewandowski, presidente da Corte, Rosa Wber, Luiz Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso e Dias Toffoli – também presidente do TSE.
Não compareceram: Teori Zavascki, relator da Lava Jata, Luiz Fux, Gilmar Mendes, Cármem Lúcia, Celso de Melo e Marco Aurélio que disse : “um comparecimento ‘em peso’ dos ministros da corte ao jantar poderia ser mal vista pela sociedade, que poderia interpretar o encontro como uma “tentativa de cooptação”.
A aproximação com o STF é importante porque é possível que a Corte analise eventuais recursos, caso a chapa que elegeu a presidente seja cassada se for comprovado irregularidade nas contas de campanha eleitoral por recebimento ilícito de doações. Delatores da operação Lava Jato apontaram que parte dos recursos doados à presidente em sua candidatura eram provenientes de dinheiro desviado da Petrobras.
Também podem parar na Suprema Corte eventuais recursos de perdas judiciais causadas pela rejeição das contas públicas de Dilma pelas “pedaladas fiscais”.
DIÁRIO DO PODER DENUNCIA (http://www.diariodopoder.com.br/):
Os
relatórios sobre as contas da presidente Dilma que serão julgados pelos
ministros do Tribunal Superior Eleitoral – e que poderão definir o destino do
governo – têm a impressão digital de um velho companheiro do PT, de José Dirceu
e do próprio ministro Dias Toffoli, presidente da Corte. O chefe da Assessoria
de Exame de Contas Eleitorais do TSE, Eron Pessoa, foi assessor na Casa Civil
dos tempos de José Dirceu.
Eron
Pessoa ajudou o então advogado Antônio Dias Toffoli a defender o governo Lula e
petistas. Eleito presidente, Toffoli o levou para o TSE.
O cargo
de Eron Pessoa no TSE é estratégico para a manutenção da lisura da análise das
prestações de contas eleitoras.
A análise
das contas eleitorais no TSE requer isenção e distanciamento da vida
partidária, entre outros atributos.
Ministros
que irão apreciar esses relatórios, escritos sob o crivo e as peneiras de Eron
Pessoa, afirmam não saber do seu passado recente.
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