OPERAÇÃO
LAVA - JATO: LULA É O PRÓXIMO
ALVO
Lula
diz a aliados que será próximo alvo do juiz Moro
Frase do dia
Frase do dia
O PT precisa urgentemente voltar a falar pra
juventude tomar conta do PT. O PT está velho. Eu, que sou a figura
proeminente do PT, já estou com 69 (anos), já estou cansado, já estou
falando as mesmas coisas que eu falava em 1980
CATIA SEABRA, BELA
MEGALE, VALDO CRUZ, ANDRÉIA SADI e
NATUZA NERY, Folha de São Paulo, de Brasília
NATUZA NERY, Folha de São Paulo, de Brasília
O ex-presidente
Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados que a prisão
dos presidentes da Odebrecht e da Andrade Guiterrez é uma demonstração de
que ele será o próximo alvo da operação Lava Jato. Lula também reclamou nesta
sexta-feira (19) do que chamou de inércia da presidente Dilma Rousseff para
contenção dos danos causados pela investigação.
Ainda segundo
seus interlocutores, Lula se queixa da atuação do ministro-chefe da Casa Civil,
Aloizio Mercadante, que teria convencido Dilma a minimizar o impacto político
da operação.
Nas conversas,
ele se mostra preocupado pelo fato de não ter foro privilegiado, podendo ser
chamado a depor a qualquer momento. Por isso, expressa insatisfação que o caso
ainda esteja sob condução do juiz Sérgio Moro.
Para petistas,
os desdobramentos podem afetar o caixa do partido e por em xeque a prestação de
contas da campanha da presidente. A detenção de Marcelo Odebrecht e Otávio
Azevedo colocou a cúpula do PT em "estado de alerta" e preocupa o
Palácio do Planalto pelos efeitos negativos na economia.
Para assessores
do ministro Joaquim Levy (Fazenda), o "ritmo da economia, que já está
fraco, ficará mais lento".
No entanto, a
estratégia adotada pelo partido e pelo governo foi a de afirmar que, dada
influência das duas empreiteiras, a investigação atingirá as demais siglas,
incluindo o PSDB.
Nessa linha, um
ministro citou o nome da operação "Erga Omnes" (expressão em latim
que significa "para todos") para afirmar que não só o PT será
afetado.
Durante a
campanha presidencial de 2014, segundo esses interlocutores do governo, ambos
executivos fizeram chegar reservadamente ao Planalto a sua intenção de votar na
oposição.
Nesta sexta,
Lula manteve sua agenda: um almoço com o ministro da Educação, Renato Janine, e
o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, além do secretário municipal de
Educação, Gabriel Chalita. Segundo participantes, ele exibia bom humor.
Apesar do
argumento de que outros partidos serão afetados, a tensão é maior entre
petistas. Desde o fim de 2014, a informação, que circulava no meio empresarial
e político, era de que Marcelo Odebrecht não "cairia sozinho" caso
fosse preso.
A empresa
sempre negou ameaças. Entre executivos e políticos, contudo, as supostas
ameaças eram vistas como um recado ao PT dada a proximidade entre a Odebrecht e
Lula –a empresa patrocinou viagens do ex-presidente ao exterior, para tentar
fomentar negócios na África e América Latina.
Um dos
presos é Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht que acompanhava Lula nessas
viagens patrocinadas pela empreiteira. Integrantes dizem que "querem pegar
Lula". Lula também se encontrou com executivos da Odebrecht no exterior.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/
(20/06/15)
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