DILMA VENCE EM 15 ESTADOS PI, MA, CE, BA,
RN, PB, SE, AM, PA, AP, TO, AL, MG, RS e RJ: com 43.267.668 votos, (41,59%)
AÉCIO NEVES VENCE EM 11 estados com: SC, PR, RO, MT, SP, RR, GO, MS, DF e ES 34.897.211 (33,55%)
E
MARINA SILVA VENCE EM 2 estados com, PE E AC
com 22.176.619, (21,32%)
O PT perdeu votos. Em 2010 teve 47.651.434 (47,6%) dos votos. Já em 2014 só teve 43.267.668 (41,5%) dos votos...
Já o PSDB teve em 2010 33.132.283 votos (32,6%). Em 2014 subiu para 34.897.211 (33,5%)!
com 22.176.619, (21,32%)
O PT perdeu votos. Em 2010 teve 47.651.434 (47,6%) dos votos. Já em 2014 só teve 43.267.668 (41,5%) dos votos...
Já o PSDB teve em 2010 33.132.283 votos (32,6%). Em 2014 subiu para 34.897.211 (33,5%)!
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PT VENCE ONDE PROSPERA O MEDO
Reinaldo Azevedo
Votos de pessoas beneficiadas e não beneficiadas por políticas
assistencialistas valem igualmente. Ainda bem! Assim deve ser numa democracia.
Votos de pessoas mais sujeitas e menos sujeitas às chantagens oficiais valem
igualmente. Ainda bem! Assim deve ser numa democracia. Votos de pessoas suscetíveis
a pregações terroristas e não suscetíveis valem igualmente. Ainda bem! A
democracia não tem de criar restrições para o livre exercício da escolha. Mas
isso não nos impede de fazer um diagnóstico.
O PT já é o maior partido de grotões do Brasil democrático em
qualquer tempo. Querem ver? Dilma venceu em 15 Estados: oito estão no Nordeste,
quatro no Norte, dois no Sudeste e um no Sul. Essas três exceções parecem negar
a tese, mas só a confirmam. Explico por quê. Em Minas, a petista teve 43,48%,
não tão distante de Aécio Neves, com 39,75%; Marina obteve 14%. No Rio, a
candidata do PT alcançou 35,62%, quase o mesmo tanto da peessebista, com
31,07%; o tucano chegou a 26,84%. Os gaúchos deram à presidente-candidata
43,21%, quase o mesmo tanto que ao senador mineiro: 41,42%. Vale dizer: a
vantagem do petismo não é acachapante.
Onde é que Dilma, de fato, fez a diferença e arrancou a primeira
colocação: em oito estados nordestinos — a exceção é Pernambuco — e nos quatro
nortistas. Nesse grupo, pasmem, a sua menor marca foi Alagoas, com 49,95%, e a
maior foi no Piauí, o segundo estado com os piores indicadores sociais do país:
70,6%. A segunda maior foi no Maranhão, com 69,56% — sim, é a unidade da
federação socialmente mais perversa. Assim, os dois Estados que oferecem a pior
qualidade de vida à sua população são os mais “dilmistas”. Atentem para o
desempenho da petista nos demais, em ordem decrescente: Ceará: 68,3%; Bahia,
61,4%; Rio Grande do Norte, 60,06%; Paraíba, 55,61%; Sergipe, 54,93%; Amazonas,
54,53%; Pará, 53,18%, Amapá, 51,1% e Tocantins: 50,24%.
Aécio obteve a sua melhor marca em Santa Catarina, com 52,89% dos
votos, seguido por Paraná, com 49,79%. O Mato Grosso vem em seguida, com
44,47%, e eis que surge São Paulo, com 44,22%. O Estado deu a Aécio 10.152.688
dos seus 34.897.196 votos — isso corresponde a 29% do total; quase um terço.
Minas, até agora, está em falta com Aécio. São Paulo não! Azulou de vez. Vejam
o mapa.
O Distrito Federal, que conhece bem o PT porque governado pelo
partido e porque muito próximo de Dilma, deu à presidente o seu menor
percentual: só 23,02%; o segundo menor foi justamente o colhido em terras
paulistas: 25,82%.
E é a “Minas Nordestina” — ou baiana —
que vota majoritariamente com Dilma.
Muito bem! Aonde quero chegar? É evidente que os petistas colhem
hoje os seus melhores resultados nas regiões do país que são mais dependentes
do Bolsa Família. Isso não quer dizer, é evidente, que o programa tenha de
acabar. Quer dizer apenas que ele precisa existir não como instrumento de um
partido, mas como uma política de estado. Não é segredo para ninguém que, pela
terceira eleição consecutiva, o terrorismo correu solto nas áreas mais pobres
do país: “Se a oposição ganhar, o Bolsa Família vai acabar”. Ora, não era
exatamente esse o sentido da campanha eleitoral do PT quando se referia à
independência do Banco Central por exemplo? Se vier, assegura-se por lá, haverá
fome. É um disparate.
Eis aí mais uma impressionante ironia da história, não é? O PT,
que nasceu para ser o partido das massas urbanas trabalhadoras, é hoje uma
legenda que se enraíza nos grotões e que arranca a sua força do
subdesenvolvimento minorado pela caridade de Estado transformada em moeda
política. Há uma grande diferença entre ter o voto dos pobres e chantagear os
pobres com o discurso do medo.”
Fonte:
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/(06/10/14)
ResponderExcluirCorreta leitura da nossa conjuntura.
As verbas que deveriam ser aplicadas em obras como
rodovias, postos de saúde, saneamento básico,
foram desviadas para programas como bolsa família
que atende uma parcela geograficamente localizada
da população..
Nada contra programas sociais, desde que honestamente
instituídos e realizados. Sem prejuízo de uma Nação
empobrecida e carente.
Diz Rubens Silva Pontes, por e-mail