VIDA DEPOIS DA VIDA
Theodiano Bastos
“O que acontece quando uma pessoa morre”?
“Como não sabemos onde ela nos espera, é melhor esperá-la em todo
lugar”, diz Montaigne, pensador francês do século 16 em Ensaios, ensina que é
preciso não estranhar a morte, recomendando a se acostumar com ela.
Jorge Peixoto, de Nanuque/MG, amigo já falecido, contou-me certa
vez que sua avó estava morrendo e o médico foi chamado que informou aos
familiares que a hora tinha chegado para a enferma, já bastante idosa mas
deu-lhe um injeção e para surpresa geral a idosa recuperou a consciência e
disse que viu tudo, pois pairava acima do corpo e começou a dizer que sua filha
Maria havia lhe dado um chá antes da chegada do médico e que ao flutuar sentia
uma paz indescritível.
Em outro depoimento de EQM Experiência de Quase Morte, Lars Grael,
o iatista que teve a perna decepada por uma lancha na baía de Vitória,
esvaindo-se em sangue foi levada para o Iate Clube, onde teve parada cardíaca e
antes de ser ressuscitado, disse na TV Bandeirantes não ter mais domínio sobre
o corpo e passou a sentir uma paz imensa e começou a levitar e a ver seu corpo
de cima para baixo. A partir desse acidente passou a ver a vida de outra
maneira, a de procurar viver cada dia e cada momento da vida.
“Um
dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais
de cinqüenta anos. Isso me emocionou profundamente. Se for para me encontrar
com mamãe e papai, que quero morrer agora”, disse José Alencar, vice-presidente
da República em Veja de 09/09/09 pág. 79
Diz
Edna St. Vincent Millay, poetisa americana, já falecida, sobre a morte:
“Não
me resigno quando depositam corações amorosos na terra dura./É assim, assim
será para sempre:/entram na escuridão os sábios e os encantadores. Coroados/ de
lírios e louros, lá se vão: mas eu não me conformo./ Na treva da tumba lá se
vão, com seu olhar sincero, o riso, o amor; / vão docemente os belos, os
ternos, os bondosos; / os bravos./ Eu sei. Mas não aprovo. E não me conformo”.
E Sócrates na hora em que bebia a cicuta, condenado pelos
cidadãos de Atenas a se matar: “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; se
for um reencontro com pessoas que amei e se foram, será bom também. Então, não
se desesperem tanto”, disse a seus discípulos.
Dr. Raymond A. Moody Jr, em seu livro “VIDA depois da VIDA” da Editora
Nórdica, após mais de cinco anos de observações em prontos socorros e em mais
de uma centena de indivíduos que experimentaram a morte clínica e reviveram e
trás em seu livro relatos de suas
experiências espantosamente semelhantes em seus detalhes, fornecem uma prova incontestável
de sobrevivência do espírito humano depois da morte e procura provar que existe
vida depois da morte.
Dr. Raymond
A. Moody Jr, trás em seu livro dramáticas experiências reais de pessoas
declaradas clinicamente “mortas”! São relatos tão semelhantes e reais, tão esmagadoramente positivos, que
poderão mudar a visão da humanidade sobre a vida, a morte e a sobrevivência
eterna do espírito. O livro aborda pesquisa séria e impressionante do fenômeno
da sobrevivência à morte física.
Uma
mulher que foi ressuscitada depois de um ataque cardíaco observa: “Comecei a
experimentar as mais maravilhosas sensações. Não sentia coisa nenhuma, exceto
paz, conforto, tranqüilidade — só quietude. Sentia que todos os meus problemas
tinham desaparecidos e pensava comigo mesma; “Que paz e quietude, e não dói
nada”.
Um
outro lembra: “Eu só tinha um sentimento bom e intenso de solidão e de paz...
Foi lindo, e eu estava com tamanha paz na minha mente”.
Outro,
depois de um grave ferimento na cabeça: “No lugar do ferimento houve um flash
momentâneo.
“Um
homem está morrendo e, quando chega ao ponto de aflição física, ouve seu médico
declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou
toque de campainhas e, ao mesmo tempo, sente-se movendo muito rapidamente
através de um túnel longo e escuro. Depois disso, encontra-se repentinamente
fora de seu corpo físico... Logo outras coisas começam a ancontecer. Outros vêm
ao seu encontro e o ajudam. Vê de relance os espíritos de pacientes e amigos já
mortos, e aparece diante dele um espírito amigo de uma espécie que nunca
encontrou antes – um espírito de luz”.
pessoas
No Livro
dos Mortos do Tibet, escrito há 5.000 anos: “Não empobreci um pobre em seus
bens. Não fiz padecer fome. Não fraudei o preso da balança. Não coloquei nenhum
dique à água corrente. Não roubei. Não matei. Dei pão ao faminto, água ao
sedento, vestido ao que está nu e uma barca ao náufrago”.
Carl Guatavo Jung, Em seu extraordinário livro “MEMÓRIAS SONHOS REFEXÕES, editora Nova
Fronteira, e que só foi publicado após sua morte, depõe a respeito da
sobrevivência do espírito: No início de 1944 teve um infarto e em perigo de
morte administraram-lhe oxigênio e cânfora. “As imagens eram tão fortes que eu
próprio concluí que estava prestes a
morrer. “Disse-me minha enfermeira mais tarde: O senhor estava como que
envolvido por um halo luminoso. É um fenômeno que ela observara às vezes nos
agonizantes.
E o famoso médico e psiquiatra, o mais famoso discípulo de Freud
passou a descrever suas visões: “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico.
Muito longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma
maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes.
Justamente sob meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o
subcontinente indiano. Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua
forma esférica era nitidamente perceptível e seus contornos brilhavam como
prata através da maravilhosa luz azul. Em certas regiões a esfera terrestre
parecia colorida ou marchetada de um verde escuro como prata oxidada. Bem
longe, à esquerda, uma larga extensão — o deserto vermelho-alaranjado da Arábia.
Era como se ali a prata estivesse tomado uma tonalidade alaranjada. Adiante o
Mar Vermelho e mais além, como no ângulo superior esquerdo de um mapa, pude ainda perceber uma nesga do
Mediterrâneo. Meu olhar voltara-se sobretudo para essa direção, ficando o
restante impreciso. Evidentemente via também os cumes nevados do Himalaia, mas
cercados de brumas e nuvens. Não olha “à direita”. Sabia que estava prestes a
deixar a terra.
“Mais tarde informei-me de que a distância dever-se-ia estar da
Terra para abarcar tal amplidão: cerca de mil e quinhentos quilômetros! O
espetáculo da Terra visto dessa altura
foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida”, disse. E quando os
astronautas viram a Terra do Espaço confirmaram que ela era azul.
Mas quando estava nesse êxtase veio ao seu encontro seu médico
trazendo uma mensagem da Terra para trazer-me de volta, pois protestavam contra
a sua saída e que não tinha o direito de deixar a Terra e devia retornar.
Passaram-se três semanas antes que se decidisse a viver.
Quando estava no espaço não tinha peso e nada podia me atrair.
“E agora tudo terminada”, disse Dr. Jung.
Esse depoimento e todo o conteúdo do livro ficou lacrado num
cofre para só ser publicado depois de morte do Dr. Carl Guatavo Jung por Aniela
Jaffé.
"Eu vivi com uma perspectiva de uma morte próxima pelos últimos 49 anos. Em não tenho medo da morte, mas eu não tenho pressa em morrer. Eu tenho muita coisa para fazer antes", diz ao jornal britânico. "Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro", afirma o cientista.
Em 2010, Hawking lançou o livro The Grand Design, no qual afirma que não há necessidade de um criador para explicar a existência do Universo. As afirmações vão contra um de seus mais famosos livros, Uma Breve História do Tempo (hoje revisado e com o título Uma Nova História do Tempo), de 1988, em parceria com Leonard Mlodinow. Nos anos 80, Hawking dizia que uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava e que poderia explicar todas as forças e partículas do Universo, seria o que levaria o homem a "conhecer a mente de Deus".
Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas.
Na terça-feira, Hawking profere uma palestra em Londres onde afirmará que flutuações quânticas no início do universo tornaram possíveis as galáxias, estrelas e, por fim, a vida humana. Ele ainda falará sobre a teoria M, que une as teorias das cordas e é vista por muitos cientistas como a melhor candidata a teoria do tudo.
Dia Laerte de Souza Gomes, Nanuque/MG, por e-mail:
ResponderExcluirDileto amigo Bastos! ... NAMASTÊ! ...
Belos e importantes relatos, que fazem-nos acreditar SIM, na vida após a morte! ...
SHALOM! ... Tudo de Bom! ...
Diz Conceição de Man, Rio de Janeiro, por e-mail:
ResponderExcluirMuito obrigada por enviar seus textos! Este, em especial, me tocou muito, pois um grande amigo, de longas datas, teve um infarto fulminante no ultimo sábado e ainda estou elaborando esta perda, e curtindo minha tristeza. Faz parte da vida e temos que nos acostumar com ela.
Diz Rubens Silva Pontes
ResponderExcluirManguinhos, Serra/ES, por e-mail:
Muito bom o registro. O tema é instigante e até certo ponto perturbador.
Mais ou menos à propósito, leia texto (anexo) que redigi quando a mãe de Márcia, d. Elzira, se encontrava internada em hospital, com poucas esperanças de recuperação.
ELZIRA – PENETRANDO O MISTÉRIO
“Você já soube? ” – sussurrou d. Elzira – “eu morri e voltei”.
Da cama do hospital, onde se encontrava internada há vários dias,
Elzira se mostrava surpreendentemente lúcida e com uma tranquilidade
serena que se refletia no seu rosto quase sem rugas. Havia uma sensação
de paz na sua postura, como se o prolongado sofrimento tivesse afinal
cedido lugar a um momento de inesperada revelação.
Poucos dias depois, já em casa, mas ainda acamada, Elzira exalava
uma doce serenidade, contrastando com a sua própria experiência no
relacionamento com as pessoas, marcado quase sempre por
comportamento defensivo, às vezes até intransigente na sua relação com a
vida.
Uma outra mulher se revelava nela. Doce, humilde, soberbamente lúcida,
com uma desconhecida capacidade de analisar comportamentos e,
para quem a ouviu nesses dias, capaz de enunciar pensamentos jamais
suspeitados para quem a verdade era uma só, estreitada nas suas radicais
convicções religiosas.
“Nós rezamos o Pai Nosso com hipocrisia”, disse numa tarde em que
recebia visitas.
“Nós dizemos: perdoai a quem nos tem ofendido, mas, quem, entre nós,
cumpre esse preceito?”
Estava implícita, ai, sua nova visão de um comportamento que, para ela (e
certamente por cada um de nós) vem sendo repetido como uma tabuada
decorada, sem nenhuma convicção.
Na sua visão extra-dimensional, da certeza da morte e do retorno, Elzira
evidenciava haver recebido uma palavra iluminada que a fazia confrontar,
mas principalmente aceitar, uma nova e insuspeitada verdade. Uma
arrogância de “dona-da-verdade” cedia lugar a uma nova e confrontante
visão do mundo e das pessoas.
“Eu vi Djalce. Magrinha e feia. Limpando vasos sanitários. Pagava ali o
preço do seu orgulho, igual ao meu. Não olhava para mim”
“Voltei a vê-la depois. Bonitinha, com um vestido alegre, outra pessoa”.
Cumpria-se o ensinamento cristão, da penitencia e do perdão, e nele
também ela se envolvia.
A “visão” que Elzira traz do outro lado da cortina nem sempre é nítido. Não
reconheceu pessoas, vultos que passavam ou cruzavam seu caminho. Mas
os símbolos são notavelmente registrados:
“ O chão era coberto por um tapete vermelho e gasto. Levantado uma
ponta dele, debaixo estava o demônio”.
Pois não é o que fazemos, escondendo sob um tapete imaginário as nossas
próprias e as sujeiras do mundo?
Todavia, não era ainda a vez dela:
“Havia uma porta e por ela entravam muitas pessoas que já haviam
morrido.
Não me foi dado entrar.”
De outra feita, conversávamos na casa dela, d. Elzira recostada na cama,
queixando-se de dores no corpo. Voltei a lhe perguntar sobre a passagem,
através de espaço e tempo, na porta vislumbrada. Nesse exato momento,
quando ela se preparava para responder, ouviu-se um estalo, um ruído não
identificável, partindo de um ponto qualquer, às minhas costas.
Antes que eu pudesse falar, d. Elzira, que escutara também ela o ruído, foi
clara, objetiva e serena:
“Esse barulho eu ouvia quando a porta era aberta para os mortos
entrarem”.
Diz Arnóbio Paganotto, Vitória/ES, por e-mail:
ResponderExcluirAchei muito consistente o texto, uma boa coletânea de dados de depoimentos irrefutáveis, como o de Yung que consta no livre que tive a oportunidade de ler "Memórias, sonhos e reflexões". Bom trabalho!
Diz Lyvia Rodriguez, Feira de Santana/BA, por e-mail:
ResponderExcluirO pior é quem ninguém sabe até agora como é depois da morte ! Pelo menos da minha família ninguém voltou para dizer !!