Por THEODIANO BASTOS
Operação que
deixou 121 mortos mostra como a cidade é o exemplo mais gritante de um problema
de décadas que atingiu hoje proporções alarmantes.
 A operação foi
concebida para retomar o território dominado pelos bandidos, que reagiram
abrindo fogo pesado. Empurrados para a região da mata atrás dos complexos,
acabaram derrotados em um embate digno de uma guerra, com uma quantidade
compatível de baixas. Até quinta-feira, 30/10, havia 121 mortos (incluindo
quatro policiais), o maior número em uma intervenção do tipo no país. “A
operação foi um sucesso. De vítimas, tivemos apenas os policiais”, afirmou o
governador Cláudio Castro (PL).  
100 ônibus foram usados para fechar o
trânsito nas principais avenidas da cidade e provocaram o caos
Um bando
camuflado na mata, armado de fuzis, que tentou reagir aos soldados do Bope. Até
que se prove o contrário (o trabalho de perícia dos corpos já foi prejudicado
pela remoção deles), não havia por lá nenhum inocente realmente digno de ser
chamado de inocente. 
Do ponto de vista policial, portanto, a operação foi
um sucesso, mas está longe de significar uma vitória definitiva contra o crime.
Ela provocou baixas consideráveis no CV, mas foi incapaz de retomar o controle
do território, não capturou o principal chefão da gangue e as discussões que se
seguiram entre as autoridades responsáveis pela segurança, no âmbito estadual e
federal, não inspiram muito o controle do território, não capturou o principal
chefão da gangue e as discussões que se seguiram entre as autoridades
responsáveis pela segurança, no âmbito estadual e federal, não inspiram muito
otimismo de que finalmente o país avançará em uma atuação mais coordenada e
eficaz contra as facções, ainda que várias promessas nesse sentido tenham sido
renovadas.  
SAIBA MAIS EM https://veja.abril.com.br/brasil/cenas-de-guerra-no-rio-escancaram-o-fracasso-da-seguranca-no-brasil/
 
 
 
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