domingo, 24 de fevereiro de 2019

PETRÓLEO: BRASIL É PROBLEMA PARA A OPEP


PETRÓLEO:

A entrada em operação dos novos navios-plataforma da Petrobras P-67 e P-76, que aumentarão a produção brasileira em 300 mil barris/dia, criou um problema para o cartel denominado Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que por muito tempo ditou as regras do mercado. É que o Brasil se tornou um dos maiores produtores do mundo, maior que Kuwait, por exemplo, mas não se submete a Opep.
Além de ultrapassar o Kuwait, com 3,4 milhões de barris/dia em 2018, o Brasil se aproxima do Irã, um dos maiores produtores do planeta.
A operação da P-67 atrasou meses, em 2018, e a Opep contava com isso. Mas, desde a eleição, o cronograma é seguido à risca.
Com o início da operação das novas instalações até 2023, o Brasil será o 4º maior produtor, atrás apenas de EUA, Arábia Saudita e Rússia. https://diariodopoder.com.br/ 24/02/19

BRASIL: ATÉ 2023 SERÁ O 4º PRODUTOR                                             DE PETRÓLEO DO MUNDO

Atualmente os 10 principais países produtores de petróleo são:
1.   Estados Unidos. Produção: 15.599.000 bpd. ...
2.   Arábia Saudita. Produção: 12.090.000 bpd. ...
3.   Rússia. Produção: 11.200.000 bpd. ...
4.   Canadá Produção: 4.984.000 bpd. ...
5.   China. Produção: 4.779.000 bpd. ...
6.   Irã Produção: 4.669.000 bpd. ...
7.   Iraque. Produção: 4.462.000 bpd. ...
8.   Emirados Árabes Unidos. Produção: 3.721.000 bpd.                           9. Brasil Produção: 3.363.000 bpd

Dados da CIA apontam a Rússia como o país que detém a maior reserva do combustível no mundo, com 47,5 trilhões de metros cúbicos
1.     Rússia.
2.     Irã
3.     Qatar.
4.     Turcomenistão.
5.     Arábia Saudita.
6.     Estados Unidos.
7.     Emirados Árabes.
8.     Emirados Árabes
9.     Nigéria
10.  Venezuela
11.   Argélia

Brasil está entre os países com as maiores reservas de petróleo ultra profundo

O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os dez melhores países, com as maiores reservas de petróleo ultra-profundas recuperáveis ​​restantes, com 20.462 milhões de barris esperados para serem economicamente recuperados no país. Os EUA, Angola e Nigéria seguem com 8,426 milhões de barris, 1.797 milhões de barris e 1.602 milhões de barris, respectivamente. A GlobalData estima que os dez melhores países detém 35,182 milhões de barris de reservas recuperáveis ​​de águas ultra profundas economicamente remanescentes.
A GlobalData informa que mais de 96% das reservas recuperáveis ​​remanescentes detidos pelos dez maiores países estão representadas pelo petróleo convencional em 33,818 milhões de barris. As reservas pesadas de petróleo nos dez países representam 1,3% (627 milhões de barris), o petróleo associado a campos de gás convencionais representa 2,5% (880 milhões de barris).
Cerca de 35 mil milhões de barris serão produzidos a partir de dez países de desenvolvimentos de águas ultra profundas. A Nigéria tem o maior preço de petróleo ainda em queda de US $ 69 por barril para reservas de águas ultra profundas, seguido do México, com o segundo maior preço do petróleo até US $ 62 por barril. Os EUA têm o preço do petróleo mais baixo restante entre os dez melhores países, com US $ 27 por barril seguido pela Costa do Marfim com US $ 29 por barril.
https://www.opetroleo.com.br



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

FELIPE RIGONI, ES, PRIMEIRO DEPUTADO CEGO



Deputado do ES cala plenário e arranca aplausos durante discurso
O deputado federal Felipe Rigoni se apresentou aos colegas de plenário e contou a história de vida. Ele pediu que as decisões sejam justas e que a população seja priorizada

Felipe Rigoni, deputado federal eleito pelo Espírito Santo, durante visita ao Congresso

Durante discurso no Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília, nesta quarta-feira (20), o deputado federal eleito no Espírito Santo pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), Felipe Rigoni, contou aos deputados sobre como ficou cego. Em seguida, falou sobre superação, escolhas, as conquistas que ele teve até ser eleito e também fez um apelo por um país mais ético, justo e desenvolvido para a próxima geração. Durante o discurso e no final, Felipe arrancou aplausos dos deputados com a fala motivacional.

Pessoal, boa tarde. Boa tarde presidente. Primeiro, eu gostaria de agradecer a presença e a receptividade de todos. Eu sou Felipe Rigoni, sou deputado federal pelo Espírito Santo, pelo partido PSB e eu venho de Linhares, uma cidade ao Norte do Espírito Santo e, como todos já devem ter percebido, eu sou cego, e eu não nasci cego, mas fiquei cego depois de nove anos de muita luta contra vários problemas que me aconteceram. No ano de 2006, eu comecei a perceber que a cada dia que passava eu enxergava menos. A cada dia que passava todas as técnicas que eu usava para enxergar melhor já não funcionava mais. Até que um dia eu estava numa aula de português, e eu estava escrevendo um exercício. Um amigo meu virou pra mim e falou bem assim: "Felipe, você acabou de escrever três vezes na mesma linha". Eu olhei para o meu caderno e não enxergava, e foi nesse momento que eu tive que virar pra mim e dizer: "Felipe, vamos parar de se enganar (sic) por que você está cego. Não tem mais jeito". Eu reconheci a cegueira naquele momento, mas eu não aceitei. Na verdade, eu fiquei muito revoltado. E um certo dia, o meu pai me viu chorando na sala de casa, sentou do meu lado e disse assim: "Felipe, lembra que você tem uma escolha", e eu não entendi o que ele falou para mim, mas depois de um tempo, eu comecei a perceber que, de fato, eu não tinha escolha sobre o que tava acontecendo comigo, mas sim eu tinha escolha sobre a atitude que eu teria diante daquilo que me acontecia. Anos depois, eu fui ler na filosofia mais fina o significado das palavras do meu pai. O livro "Em Busca de Sentido", do Viktor Frankl, um autor austríaco, ele diz que o ser humano pode se desfazer de qualquer coisa, menos da liberdade de escolher que atitude tomar diante das circunstâncias. E foi com essa percepção, que eu tinha liberdade de escolha, que eu me formei como melhor aluno do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Ouro Preto, tendo liderado mais de 10 mil jovens no Movimento Empresa Junior. 
 
Foi com essa mesma escolha que eu acabei de fazer um mestrado em Políticas Públicas, na Universidade de Oxford, na Inglaterra, e foi com essa mesma escolha que eu me tornei líder do Movimento Acredito, do Renova BR, e que conquistei o voto de 84.405 capixabas nas últimas eleições. Mas porque que eu estou contanto essa história? Além, claro, de me apresentar, é também para dizer, pessoal, que o nosso País não vive um momento fácil, e para muitos de nós as escolhas não são muitas. Só que milhões de brasileiros ainda acreditam que temos uma escolha. E as eleições do ano passado mostraram que os brasileiros e brasileiras esperam dessa casa uma nova atitude diante dos desafios do nosso País. Enquanto a gente fica aqui obstruindo o andamento de projetos que concordamos só pra marcar uma posição política, tem 60 milhões de brasileiros que estão endividados e quase 13 milhões que estão desempregados. Enquanto a gente defende projetos de interesse pessoal, que sequer sabemos se faz sentido ou não, 100 milhões de brasileiros sequer tem esgoto coletado, quiçá tratado. Enquanto a gente fica fazendo ou situação pela situação, ou oposição pela oposição, tem cerca de 1,5 milhões de jovens fora da escola. Acredito que não foi por esse tipo de atitude que os brasileiros depositaram esperança em nós no ano passado. Independente do nosso campo político, pessoal, direita, esquerda ou centro, precisamos entender que a gente precisa criar e, de fato, produzir uma gestão pública eficiente e inovadora, não importa se a gente é minoria ou maioria, o que importa é que a gente precisa promover igualdade e oportunidade especialmente através de uma educação de qualidade para o nosso país. E pouco vale se a gente é governo ou oposição quando o desenvolvimento socioeconômico do nosso país está em jogo. Nós precisamos sim, pessoal, é nos debruçar sobre as evidências científicas que existem sobre cada coisa, respeitando a vontade popular e, claro, entendendo as consequências de cada política nos diferentes contextos do nosso país. Só assim, construindo pontes e diálogo, é que a gente vai construir um país mais ético, mais justo, mais desenvolvido e mais inclusivo para as próximas gerações. Muito obrigado, presidente.