sexta-feira, 31 de julho de 2020

NÃO DEIXE A CRISE ABALAR O RELACIONAMENTO

https://saude.abril.com.br/bem-estar/nao-deixe-a-crise-abalar-o-relacionamento/

https://www.hypeness.com.br/2020/04/como-a-quarentena-mexe-com-os-relacionamentos-e-possivel-o-amor-resistir-ao-coronavirus-do-amor-131/

“A quarentena vai salvar vidas, mas também meu casamento”, tem gente dizendo. “Porra, o distanciamento social vai matar o começo de paixão que tava rolando!”, há quem reclame também. 

Quem tá junto queria tá distante e quem tá longe deseja todos os dias estar grudadinho com o crush, com a paquerinha. Ah, o amor nos tempos da Covid-19 provocando divórcios e atrasando início de namoros incríveis, pessoas presas em casa com suas taras on hold, a angústia do não avanço, o dolorido da verdade na nossa cara: não vai dar certo.

Tem muita gente batendo cabeça na parede, ansiosa, temerária, pragmática, todo mundo achando que o isolamento, a distância obrigatória, está causando a destruição de coisas belas. Mas será que tá sendo assim? Claro, estamos em uma situação inédita em nossas vidas (vamos colocar porcamente que a última grande pandemia aconteceu há cem anos com a Gripe Espanhola, que, pasmem os bananinhas, não teve origem no país da península ibérica), então tudo o que estamos fazendo neste exato instante é incomum. Mas, ao mesmo tempo, como diria o cancioneiro, “para e repara”, olha o que exatamente você está fazendo durante os dias de distanciamento social do Coronavírus: tomando banho, sentando para trabalhar, agora de casa, fazendo almoço, indo ao banheiro a cada vinte minutos, discutindo política com os amigos, refletindo sobre a própria alimentação, se exercitando como pode. Tudo como sempre foi, mas agora com o verniz apocalíptico que, sim, amplifica bem todas as sensações, a maneira com que lidamos com nossas emoções. 

Mas as emoções em si são as mesmas de quatro meses! Então, agora entrando de fato em nosso assunto, acalmem-se e vejam se, de fato, a quarentena possa estar afetando de alguma forma suas relações amorosas:

1. Como saber se um sentimento que aflora (para o bem ou para o mal) é fruto do isolamento?

 

Estamos todos à flor da pele, então é interessante que saibamos cada dia mais como nos conhecer. Isso para que entendamos melhor quando surge um sentimento e como normalmente lidamos com ele. Acontece que, mesmo fora da pandemia, sempre tivemos e continuaremos a ter de lidar com esses sentimentos, então, mais do que pensar se eles são provocados ou amplificados na quarentena, olharmos mais para nós mesmos, para nossos comportamentos diante das sentimentalidades tão alvoroçadas. 

O que sentimos? Fisicamente e emocional. Como tudo isso influi em nossos comportamentos, em nossas decisões. Quais são nossas reações? Falas ríspidas e tomadas de decisões por impulso, o autocentramento (achar que tudo é sobre você), uma tonelada de camadas que arrebentam nossas relações, a autossabotagem, o fatalismo (claro que vai dar errado). Tudo isso surge quando estamos confusos e menos atentos, prato cheio nesses tempos de incertezas. Então, mais do que olhar para fora, quais causas estão te perturbando, olhe para si e como se comporta, como reage diante desses sentimentos que batem na mente. Dentro ou fora da pandemia, isso é fundamental pra gente lidar com nossas relações.

2. É possível se apaixonar à distância, manter o amor à distância, não melar tudo por conta da distância?

 

Ah, a importância do contato físico. Nada mais delicioso que sentir alguém te comendo com os olhos, a pressão dos dedos no braço, o ácido do hálito subindo pescoços, alcançando orelhas. Sim, eu sei disso. Mas nem só de toques e fricções vive uma relação. E a distância pode, sim, multiplicar vontades, mas não necessariamente, derrubar aproximações. O interesse genuíno independe de tudo isso, né? Não creio que um processo de aproximação pause por conta do não se ver ao vivo. O que não falta é gente que se conheceu pela Internet e passaram-se meses de interesses até um encontro presencial. 

Sim, a situação de pandemia pode potencializar ou confundir, mas não muda o interesse. E mais do que pensar em se apaixonar ou não, em desapaixonar ou não, vale mesmo é ficar de olho no tempo que temos! “O que eu posso fazer com essa coisa boa que eu tô sentindo?”. Serão conversas, ideias trocadas, áudios gostosos, conversas e brincadeiras em vídeo, o avanço de algo gostoso para intimidades e imoralidades deliciosas. E aproveitar.

Se vai aumentar, multiplicar, diminuir, esvair-se entre os dedos no teclado de um dia para o outro, o escambau, a gente se adapta conforme as mudanças foram acontecendo (elas vão acontecer, como qualquer relação em qualquer momento da vida). E, se não temos o controle do que está por vir, nem tentem prever essas mudanças para imaginar possíveis rotas, que é pedir para dar com os burros n’água. Nada vai te frustrar mais que se agarrar à narrativa.

O que nos leva ao próximo ponto: 

3. Não se agarre em narrativas!

 

O que mais temos na mão, neste momento, é o improvável. Tudo pode ser completamente diferente amanhã do que é hoje, e todos os nossos planos estarão defasados em vinte e quatro horas. Logo, afunilar as possibilidades em uma só narrativa (“tem que acontecer desse jeito, se não não era para dar certo) é pedir de pés juntinhos para dar ruim e, como cantaria o poeta, vai chorar e vai sofrer e você não merece. Mas isso acontece. 

O vício em narrativa fode a gente. Então, veja sua relação como uma construção constante. Aproveite cada etapa dessa concepção. Deixe brilhar os olhos com cada tijolinho. Não é um conselho para não ter desejos e aspirações, mas um conselho para não se agarrar a elas porque nossa história é mutável demais para acreditar que um caminho é o bom ou possível, ainda mais para acreditar em finais positivistas. Dia desses me perguntaram se relacionamentos que sobrevivem à quarentena e ao distanciamento sobrevivem a qualquer coisa. E respondi que não, que isso era exatamente o nosso vício em narrativa procurando finais felizes, mais ainda, conclusões. E isso não existe quando falamos em relações. Elas sempre vão seguir, mas não da mesma forma. Complementei dizendo que depois de um grande percalço não há o louro da vitória, mas a manhã seguinte, com outros problemas e outros tédios e outras ansiedades. Então, não veja o amor como narrativa, mas como construção.

4. Não é só sobre você!

 

Comentei rápido lá em cima e achei por bem esmiuçar um pouco mais aqui.

Vi muita gente falando sobre os problemas da convivência em casa na quarentena. Casais ou grupos de pessoas (lembremos que não há apenas relações monogâmicas ou a dois) que estão tendo complicações em estar no mesmo espaço, confinados. Cheguei a ver, na tevê, casais reclamando essa convivência. E me chamou muito a atenção perceber como todos os problemas giram em torno delas próprias, do olhar autocentrado que elas têm. O cara que reclamava do horário que a companheira acordava, ela que reivindicava que ele comesse melhor. Não percebi em momento algum um tentando enxergar o outro, o mundo do outro, o momento do outro, como a ansiedade faz o outro descontar frustrações na comida, como a melancolia e o indeciso faz alguém querer não agir, ficar de forma mais passiva na cama. Se não houver abertura, espaço, respeito para que um perceba como o outro está enfrentando esse momento, então pode ser que estejamos todos confundindo ajudas e conselhos com imposições e pressão. E nada mais deliciosamente perigoso para uma relação que impor coisas e pressionar. 

Pandemia do coronavírus pode ampliar tensões e desentendimentos, mas período também tem potencial para fortalecer laços afetivos

quarta-feira, 22 de julho de 2020

INTERFACES ENTRE CÉREBRO E COMPUTADOR APLICADOS À TECNOLOGIA ASSISTIVA

Livro apresenta interfaces entre cérebro e computador aplicados à tecnologia assistiva

Explicar o funcionamento das interfaces entre o cérebro humano e o computador é o principal objetivo do novo livro do professor Teodiano Bastos Filho, do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico (CT) da Ufes. Intitulado Introduction to Non-Invasive EEG-Based Brain-Computer Interfaces for Assistive Technologies (Introdução às interfaces cérebro-computador não invasivas baseadas em EEG para tecnologias assistivas), a obra será lançada nesta quinta-feira, 23, pela editora americana CRC Press.

“A publicação fornece uma revisão dos sinais do cérebro humano e do eletroencefalograma (EEG), descrevendo o cérebro anatômica e fisiologicamente. O objetivo é mostrar alguns dos padrões dos sinais de EEG utilizados para controlar as interfaces cérebro-computador”, explica o autor.

O eletroencefalograma (EEG) é um exame que avalia a atividade elétrica do cérebro. Ele amplifica os impulsos elétricos cerebrais e os registra de forma gráfica. Esses impulsos são os responsáveis pelas atividades realizadas pelo corpo humano, transmitidos como comandos cerebrais por meio de neurônios. O exame registra as atividades elétricas cerebrais durante as atividades mentais, motoras e sensórias dos indivíduos.

Já as interfaces entre cérebro e computador (BCIs, do inglês Brain-Computer Interfaces) consistem na comunicação direta entre o cérebro humano e um dispositivo externo. Geralmente, as BCIs auxiliam em assistir, aumentar ou reparar funções motoras ou cognitivas dos seres humanos. Essas tecnologias, que aproveitam os sinais cerebrais das pessoas, possibilitam, por exemplo, que indivíduos que sofreram algum tipo de acidente possam recuperar alguns de seus movimentos. São recursos tecnológicos que contribuem para a reabilitação e a melhoria na qualidade de vida de pessoas com algum tipo de deficiência ou com algum tipo de doença neuromuscular.

“Este livro tem como objetivo trazer ao leitor uma visão geral das diferentes aplicações das interfaces cérebro-computador, com base em mais de 20 anos de experiência trabalhando nessas interfaces. Uma publicação destinada a pesquisadores, profissionais e estudantes que trabalham com tecnologia assistiva”, enfatiza Bastos Filho.

Recursos de reabilitação

Na publicação, são apresentadas diferentes interfaces entre o cérebro humano e o computador, como o comando de uma cadeira de rodas robótica (e também de um sistema de bordo de comunicação alternativa com pessoas ao redor) por meio de sinais cerebrais de indivíduos com deficiências motoras severas; de um robô de telepresença; do carro autônomo da Ufes; de um monociclo robótico e de um exoesqueleto robótico. São recursos de reabilitação desenvolvidos que auxiliam na locomoção e na comunicação humana de indivíduos com deficiências motoras severas.

O livro apresenta também os primeiros passos para construir um sistema de neurorreabilitação baseado na imaginação do movimento e no uso de um ambiente virtual imersivo.

A obra será lançada on-line e poderá ser adquirida no site da Amazon ou diretamente no site da Editora. Mais informações sobre o livro estão disponíveis aqui

Tecnologia assistiva

O livro Introduction to Non-Invasive EEG-Based Brain-Computer Interfaces for Assistive Technologies é a segunda publicação do professor Bastos Filho lançada pela editora americana. A primeira, intitulada Devices for Mobility and Manipulation for People with Reduced Abilities (Dispositivos para mobilidade e manipulação para pessoas com habilidades reduzidas)foi editada em 2014.

Nesse primeiro livro (disponível aqui), o professor apresenta o desenvolvimento e a aplicação de tecnologia assistiva, com o objetivo de ajudar pessoas com habilidades reduzidas a melhorar sua qualidade de vida e reduzir sua dependência de outras pessoas. Destaca também várias tecnologias de mobilidade e apresenta um material técnico, mas também acessível para pessoas com habilidades reduzidas e para seus cuidadores.

O professor Teodiano Bastos Filho atua também nos programas de pós-graduação em Engenharia Elétrica (PPGEE) e em Biotecnologia (PPGBiotec), ambos da Ufes. Desenvolve pesquisas nas áreas de Engenharia Biomédica, robótica industrial, automação, uso de robôs para interagir com crianças autistas, tecnologia assistiva, bioinformática e processamento de sinais biológicos.

domingo, 19 de julho de 2020

MATEUS, SUPERDOTADO, POETA AOS 7 ANOS

MATEUS, SUPERDOTADO, POETA AOS 7 ANOS                                           por Theodiano Bastos

Os espíritas olham esse exemplo como prova da reencarnação, Mas vejo o MATEUS NUNES MARINHO como um superdotado.

 

 

Superdotados também tiram notas baixas[T1] 

 

 

O que a maioria das pessoas imagina, quando se fala em crianças superdotadas, são aqueles geniozinhos típicos de filmes norte-americanos da sessão da tarde, que tiram notas fantásticas e constroem computadores para as feiras de ciências. A realidade, porém, pode ser bem diferente: os superdotados são pessoas comuns, que também tiram notas baixas e muitas vezes nem conhecem seu potencial.

Pesquisa realizada pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de Brasília (UnB) com pré-adolescentes e adolescentes de baixa renda no Distrito Federal revela que o rendimento escolar de superdotados é similar ao dos outros alunos. O trabalho mostrou, inclusive, que esse desempenho pode ser ruim, pois 42% dos superdotados que participaram dos estudos já reprovaram ou estão defasados em relação ao ano letivo. No caso dos outros alunos, esse número chega a 50%.

A psicóloga Jane Farias Chagas, autora da pesquisa, atribui esse dado a fatores como dificuldades socioeconômicas, tédio do estudante, má organização do currículo escolar e preparação dos professores. "O superdotado de baixa renda encontra dificuldades muito maiores e têm realidades diferentes daquelas vividas pelos mais abastados, o que reflete diretamente em seu rendimento escolar", afirma Jane. Muitos têm de trabalhar e estudar, dependem de várias conduções diariamente e não encontram na escola pública um ambiente rico em recursos sócio-culturais que respondam às suas expectativas. "Eles acabam não tendo condições de explorar seu potencial e ficam frustrados", reforça a pesquisadora.

Justamente por causa do desempenho acadêmico insatisfatório, muitos superdotados passam despercebidos. "É necessário um olhar mais apurado para perceber o potencial dessas crianças e dar um acompanhamento correto", explica Jane. Dos 67 alunos matriculados na turma especial para superdotados em que Jane foi professora, apenas 14 eram menos favorecidos. "Mais retraídos e com baixa auto-estima, esses talentos podem ser perdidos se pais e professores despreparados não entenderem que notas baixas não significam falta de capacidade", alerta a psicóloga. Já existe um programa do IP voltado a dar orientações a pais de crianças superdotadas (leia abaixo). Porém, falta informação, tanto a pais quanto a educadores, para detectar os meninos talentosos.

Mateus Marinho, o menino poeta obidense                           Por João Canto. 

Mateus Nunes Marinho, menino de 8 anos de idade, morador da Comunidade Boa Nova, Paraná de baixo, no Município de Óbidos,  ficou famoso durante este mês de maio, quando sua tia divulgou nas redes sociais suas poesias e um vídeo, o qual fala sobre a vontade de ser poeta, mudar a sua vida e de seus familiares.

Nesta matéria, transcrevemos algumas poesias de Mateus Marinho, as quais estamos publicando, iniciando com a poesia em que Mateus se apresenta como poeta. Veja:

MEU PERFIL

Ao rimar este poema
O alfabeto vou usar
Pra contar minha história
Do povo deste lugar.

Mateus é o meu nome
Escrito com a letra “m”
Com sete anos de idade
Já tenho a capacidade
De escrever o meu poema.

Sou filho do interior
Com muito orgulho de ser
Não tenho pai registrado
Com uma mãe do meu lado
Uma vó que me irradia
Não tenho a capacidade
De enxergar a luz do dia.

É normal que todo mundo
Tenha uma vocação
Vou me tornar um poeta
Pra alegrar seu coração.

Todo dia eu peço a Deus
Saúde pra estudar
Pra ser alguém na vida
E minha família ajudar.

Na vida: Ninguém
É feliz sozinho
Preciso do seu carinho
Não quero mal a ninguém
Só quero deixar saudade
No coração de Alguém.

MEU PERFIL

Ao rimar este poema
O alfabeto vou usar
Pra contar minha história
Do povo deste lugar.

Mateus é o meu nome
Escrito com a letra “m”
Com sete anos de idade
Já tenho a capacidade
De escrever o meu poema.

Sou filho do interior
Com muito orgulho de ser
Não tenho pai registrado
Com uma mãe do meu lado
Uma vó que me irradia
Não tenho a capacidade
De enxergar a luz do dia.

É normal que todo mundo
Tenha uma vocação
Vou me tornar um poeta
Pra alegrar seu coração.

Todo dia eu peço a Deus
Saúde pra estudar
Pra ser alguém na vida
E minha família ajudar.

Na vida: Ninguém
É feliz sozinho
Preciso do seu carinho
Não quero mal a ninguém
Só quero deixar saudade
No coração de Alguém. 

A poesia sobre os profissionais da saúde ficou famosa rapidamente, assim como Mateus. Daí em diante, vários sites, TVs e principalmente através das redes sociais, as notícias se espalharam, mostrando a vocação de Mateus e sua motivação em querer ser poeta. http://www.obidos.net.br/index.php/cultura/poesia/3398-mateus-marinho-o-menino-poeta-obidense

'Tenho como inspiração o poeta Bráulio Bessa', diz menino de 7 anos que escreve e declama poemas, no interior do Pará

O menino mora com a mãe e avó na comunidade de Boa Nova, no município de Óbidos.

Por Kamila Andrade, G1 Santarém — PA 21/05/2020

De pior aluno da escola e com muito problemas familiares, Mateus Nunes Marinho, de 7 anos, viu seus dias mudarem por meio de poemas. Ele começou o interesse pela poesia, após assistir uma novela em que o personagem era poeta. A partir daí, inspirado pelo poema "Recomece" de Bráulio Bessa, o pequeno começou a versar com autoria própria na comunidade Boa Nova, no município de Óbidos, no oeste do Pará.

Sem pai, com a mãe com problemas mentais e avó cega, Mateus estava se tornando uma criança agressiva na escola e até mesmo dentro de casa. No colégio, os responsáveis sempre eram chamados para serem advertidos pelas atitudes do menino com os colegas e até mesmo com a professora https://g1.globo.com/pa/santarem-regiao/noticia/2020/05/21/tenho-como-inspiracao-o-poeta-braulio-bessa-diz-menino-de-7-anos-que-escreve-e-declama-poemas-no-interior-do-para.ghtml


 [T1]


CORRUPÇÃO NA PANDEMIA


A Controladoria-Geral da União calculou em R$ 1,9 bilhão o sobrepreço das contratações realizadas por estados e municípios durante a pandemia de Covid-19. Somados, os 19,8 mil contratos analisados pela CGU chegam a R$ 13 bilhões.

TCU diz que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial sem ter direito

Prejuízo pode ser de R$ 1 bilhão

Se não forem interrompidos, esses pagamentos vão gerar 1 prejuízo de mais de R$ 1 bilhão às contas públicas. Leiam o que segue: 2020

PODER360, o2/07/20
Relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) indica que 620 mil pessoas receberam auxílio emergencial do governo federal mesmo sem ter direito. Segundo o Tribunal, se não forem interrompidos, esses pagamentos irregulares vão causar 1 prejuízo de mais de R$ 1 bilhão às contas públicas.

De acordo com o documento, já foram gastos R$ 35,8 bilhões para 50.228.253 milhões de beneficiários.

As informações foram divulgadas pelo Fantástico, da TV Globo, que teve acesso ao relatório, na noite desse domingo (28.jun.2020).

O auxílio emergencial foi criado para auxiliar quem enfrenta dificuldades financeiras durante a pandemia de covid-19 –doença causada pelo novo coronavírus. Os beneficiários só podem ser aqueles que tenham renda individual de até R$ 522,50 ou familiar de até R$ 3.135.

No entanto, os dados do TCU indicam que pessoas com renda superior a estipulada, mortos, presos e empresários que não são microempreendedores tiveram acesso ao dinheiro. O cadastro exige apenas que se forneçam dados pessoais como profissão, renda mensal e a conta em que o valor será depositado.

De acordo com o TCU, 235.572 empresários que não são microempreendedores individuais e 15.850 beneficiários que receberam o dinheiro mesmo tendo uma renda superior ao exigido não deveriam ter tido o pedido do auxílio aprovado. Além deles, o valor chegou a 17.984 mortos e há indícios de que 7.046 beneficiários estejam presos e, por isso, não deveriam receber o auxílio.

Familiares de políticos também estão na lista dos beneficiários. A mulher de 1 vereador de Santa Maria do Herval, no Rio Grande do Sul, é 1 dos exemplos. Neiva Lechner recebeu R$ 600 e, segundo o Fantástico, mora em uma casa com piscina e a família é dona de uma financeira. O marido, Diego Lechner, se pronunciou em uma sessão da Câmara de Vereadores: “Pelo que eu sei, a lei diz que esse dinheiro está disponível para quem tem direito. E não pra quem precisa”. Neiva Lechner não quis se manifestar.

Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Fabrício Queiroz, também conseguiu sacar os R$ 600. Foragida da Justiça, ela é suspeita de participar em 1 suposto esquema de rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro. Queiroz foi preso no dia 18 de junho em 1 imóvel do advogado Frederick Wassef.

Segundo a procuradora da República Zélia Luiza Pierdona, há casos de pessoas que receberam o benefício sem ter solicitado. “A irregularidade certamente será resolvida com o chamamento para devolução, e tem aquelas irregularidades que constituem fraudes”, disse.

O Ministério da Cidadania detalhou que 47,7 mil pessoas que não se enquadravam nos critérios definidos mas receberam o valor já o devolveram. Além disso, 600 mil beneficiários tiveram o pagamento suspenso depois da primeira parcela depois de terem sido constatadas irregularidades.

O custo do conluio e da má-fé durante a pandemia

A Controladoria-Geral da União calculou em R$ 1,9 bilhão o sobrepreço das contratações realizadas por estados e municípios durante a pandemia de Covid-19.

Somados, os 19,8 mil contratos analisados pela CGU chegam a R$ 13 bilhões.

O aumento da demanda mundial nesse período pode explicar parte da alta de preços. “Mas há também indícios de conluio e má-fé entre empresas e agentes públicos”, publica O Globo.

 


domingo, 12 de julho de 2020

CELEBRANDO A VIDA 3


11/07/20, como quase sempre fazemos, caminho com a esposa pela bela praia do balneário de Manguinhos, e a todos que encontro repito a saudação: Bons dias! Ainda estamos vivos, hein?  E todos riem, alguns postam as mãos e diz: Graças a Deus e vamos sobreviver.

São muitos casais de jovens com os filhinhos, a maioria com idade entre dois e três anos. A um deles perguntei se moravam no balneário de Manguinhos e respondeu que moravam em Vitória, mas preferiu essa praia pela beleza e tranquilidade, que estavam isolados dentro de um apto. e a angústia estava insuportável. E a mãe disse que ficou abalada com a contaminação de seus pais, que mesmo isolados desde março, pegaram a Covid-19, certamente ao pegarem compras sem higienizar.

Vindo em sentido contrário, vimos um jovem que andava na Maré dançando e rodopiando e ao nos aproximarmos vimos que estava com um fone de ouvido e dançava no ritmo da música que ouvia, outro saudaram: Abre os braços e diz: graças ao Bom Deus; Sim, ainda estou vivo sou um coroavivo, uma mulher com quase 4 metros de distância, de máscara, põe a mão aberta: guarde distância...

Desde o princípio da pendemia me recusei a ficar encolhidinho em casa esperando a morte chegar..

Tem muitos idosos que não saem de casa desde março..

LETALIDADE DO CORONAVÍRUS DESPENCA NO BRASIL, em 11/07/2020

Dados do Ministério da Saúde revelam que a letalidade do coronavírus diminuiu em 30 dias no Brasil, e o total de pessoas curadas disparou. De acordo com a média móvel de sete dias, entre 9 de junho e 9 de julho, os casos diários aumentaram 39%, enquanto a média móvel dos óbitos no mesmo período aumentou apenas 0,5%. Isso é resultado do aumento da testagem e também mostra que o país atingiu o “platô”. Agora a expectativa é de queda no número que realmente importa: o de mortes.

EM NÚMEROS

Entre junho e julho, a média de casos diários confirmados no Brasil foi de 26,5 mil para 36,8 mil e os óbitos passaram de 1.032 para 1.038.

O LADO BOM

O total de casos confirmados no Brasil passou de 1,8 milhão, mas 1,2 milhão já estão curados e 98% dos ainda enfermos não correm riscos.

TENDÊNCIA MUNDIAL

No período, a média de casos diários no mundo foi de 122,7 mil a 200,7 mil, alta de 63,5%. Os óbitos foram de 4,4 mil para 4,7 mil, alta de 7,1%.

https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto

 


sexta-feira, 3 de julho de 2020

PANDEMIA AFETA O PSIQUISMO

Quais os principais efeitos da pandemia na saúde mental?

O isolamento social é a principal recomendação das autoridades de saúde mundial, a fim de evitar a propagação do coronavírus, causador da covid-19. A medida, no entanto, impôs as pessoas uma mudança radical no estilo de vida. Somando-se ao medo de ser contaminado, à impossibilidade do contato físico, entre outros fatores, a situação acaba trazendo transtornos também à saúde mental da população.

Para falar mais sobre esse assunto, convidamos Jair de Jesus Mari, médico psiquiatra, professor titular e chefe do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp) - Campus São Paulo:

Quais são os principais sintomas psicológicos que podem aparecer em momentos como esse de pandemia e quarentena que estamos vivendo?

Os sintomas psicológicos estarão relacionados com as fases da epidemia. A primeira fase é caracterizada por uma mudança radical de estilo de vida. A primeira reação é a do medo de ser contaminado pelo vírus invisível que se aproxima. As dificuldades começam a surgir com a necessidade da redução e distanciamento do contato físico. Para nós latinos não é nada fácil deixar de se abraçar e de se tocar. É difícil mudar comportamentos, mas precisamos nos policiar para evitar os abraços e beijinhos. A primeira reação é de estresse agudo relacionado com a pandemia que ocasiona uma circunstância súbita e inesperada. O foco de apreensão é o medo de ser contaminado, o que não difere muito de situações traumáticas como um desabamento ou terremoto. A epidemia é, portanto, um forte fator de estresse que, por sua vez, é fator causal de desequilíbrios neurofisiológicos. Os profissionais de saúde são os mais vulneráveis pelo maior risco de contaminação. A persistência e o prolongamento destes desequilíbrios hormonais, inflamatórios e neuroquímicos podem desencadear um transtorno mental mais grave. A segunda fase da epidemia está relacionada com o confinamento compulsório, que exige uma forçada mudança de rotina. Nesta fase, são comuns as manifestações de desamparo, tédio e raiva pela perda da liberdade. É uma reação de ajustamento situacional caracterizado por ansiedade, irritabilidade, e desconforto em relação à nova realidade. Estas reações são esperadas e preocupam do ponto de vista da saúde mental quando passam a afetar a funcionalidade do indivíduo. A terceira fase está relacionada com as possíveis perdas econômicas e afetivas decorrentes da epidemia. As pessoas confinadas terão perdas econômicas importantes. As pessoas que forem internadas vão passar por uma experiência traumática principalmente aqueles que exigem intubação e tratamento intensivo. Elas têm uma experiência próxima da morte, sendo as sequelas mais importantes a depressão e risco de suicídio e o desenvolvimento posterior do estresse pós-traumático.

Como combater o isolamento psicológico?

Para se combater o isolamento psicológico, é muito importante nos mantermos distantes, mas conectados, não perder a conexão com amigos e familiares, hoje facilitada pelos celulares e internet. Para tornar o isolamento tolerável é muito importante construir uma nova rotina, não ficar de pijamas, e buscar atividades lúdicas e criativas, como pintar, organizar fotografias, leitura, ouvir música, e manter atividade física. São muitas as pessoas que estão em completa atividade remota, o que vai revolucionar as atividades possíveis de serem realizadas através da internet, como substituição de aulas presenciais, atendimentos médicos e psicológicos, e reuniões de trabalho.

O que fazer em caso de sintomas de ansiedade e depressão?

As reações emocionais ao estresse da pandemia são normais, quando ela for embora, não teremos este estresse e o organismo volta ao seu equilíbrio natural. A ansiedade preocupa quando o foco de apreensão expande os limites relacionados com a pandemia, ela invade outras faces da vida como a familiar, conjugal e profissional. Na depressão, o indivíduo deixa de ter interesse pelas atividades que gostava, é invadido por intensa tristeza, sente uma irritabilidade incontrolável, sensação de fadiga, desgaste emocional, insônia, pensamentos negativos e até ideias de que não vale a pena viver. É muito comum a coexistência de sintomas depressivos e de ansiedade. Quando a ansiedade e a depressão começam a afetar a funcionalidade, é sinal que se deve buscar ajuda profissional qualificada.

Momentos de crise como esse geram mais casos de pânico? Como evitar uma crise de pânico nessa situação?

O estresse é fator de risco para vários transtornos mentais. O pânico pode ser disparado nos casos de maior ansiedade. É provável que nesta segunda fase da doença, a do confinamento, possa haver uma incidência maior de pânico. Os fatores que podem minimizar o pânico é a busca de informações precisas sobre a doença, estimular o lado altruísta do indivíduo ao reconhecer que o isolamento faz parte de um comportamento grupal em prol de um benefício social. Se todos aderirem vamos ter uma redução de casos novos e da mortalidade associada a epidemia. Não é salutar passar o dia inteiro buscando notícias sobre a pandemia. O que reduz o estresse é se manter ativo nas redes sociais, obter informação de qualidade, buscar um ócio criativo, manter o humor, e atividade física regular. Praticar yoga e meditação podem reduzir substancialmente o estresse. O gerenciamento das preocupações, medos e conceitos falsos no nível comunitário é tão importante quanto o cuidado de pacientes individuais.

Idosos estão no grupo de risco da covid-19. A saúde mental deles tende a ficar mais comprometida?

É um grupo que precisamos mostrar solidariedade, vão tender a ficar mais isolados e isso afeta a saúde mental, principalmente a depressão. Temos que mantê-los ligados através da comunicação contínua que hoje pode ser feita de forma virtual, skypes, face timing com os netos, por exemplo, demonstrar empatia e afeto, ajudá-los quando preciso nas compras de supermercado e outras eventuais necessidades que a idade restringe.

Como a família pode ajudar o idoso neste momento?

É só não esquecer deles, mantê-los conectados a distância, demonstrar afeto, colocá-los em contato com os jovens, conversar amenidades, entretê-los de forma empática e criativa, combater a solidão e o desamparo.

Como lidar com crianças especiais neste momento?

As crianças vão exigir mais do que exigem em tempos normais. Elas têm mais dificuldade em mudanças de rotina. Buscar uma nova rotina é essencial para elas se sentirem mais seguras.

Tenho um amigo que está em depressão. Qual é a melhor forma de eu ajudar? Como devo construir o diálogo com ele?

A melhor forma é abrir o jogo, conversar sobre o que está acontecendo, não deixar que a depressão se aprofunde. O maior obstáculo é o preconceito e a falta de informação. Muito importante alertar que a pessoa não está bem e que precisa de humildade para buscar ajuda profissional qualificada. Vamos ter vários casos decorrentes das perdas econômicas, profissionais e afetivas, ligar este alerta público é fundamental para superarmos este momento. É um período que vamos perder na economia, mas podemos ganhar muito em humanidade. É um momento sem precedentes para se combater o egoísmo e o imediatismo. É a primeira vez que teremos de agir como nação, e renunciar às recompensas imediatas para lucrarmos no futuro. O país não vai ser o mesmo depois desta crise.

https://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/item/4395-quais-os-principais-efeitos-da-pandemia-na-saude-mental

 


quinta-feira, 2 de julho de 2020

REMDESIVIR: R$ 33,00 DE CUSTO E R$ 17 MIL PARA VENDA

Por Theodiano Bastos

América em primeiro lugar foi o lema de campanha de Donald Trump

...de acordo com a secretaria americana, o custo de um ciclo do tratamento completo custará US$ 3.200 - o equivalente a R$ 17 mil. O preço de fabricação do medicamento, segundo a rede britânica BBC, não passa de US$ 6 (cerca de R$ 33) por um ciclo completo de tratamento.

É o capitalismo de rapina em ação praticada pelo laboratório americano GILEAD

EUA compra quase todo o estoque mundial de remdesivir

Administração Trump fechou contrato com o laboratório Gilead para compra do equivalente a 500 mil ciclos de tratamento com o medicamento

Os Estados Unidos compraram quase todo o estoque mundial de remdesivir, remédio apontado por pesquisas recentes como eficaz no tratamento do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS, na sigla em inglês) na última segunda-feira, 29.

De acordo com o HHS, a administração de Donald Trump fechou um "acordo incrível" com o laboratório Gilead, por 500 mil ciclos do medicamento nos próximos 3 meses. A compra dos EUA é equivalente a 100% da produção projetada pelo laboratório para julho e 90% do total a ser produzido em agosto e setembro.

"O presidente Trump fechou um incrível acordo para assegurar aos americanos o acesso à primeira droga autorizada contra a covid-19", afirmou o secretário da pasta, Alex Azar. E completou: "Na medida do possível, queremos garantir que qualquer paciente americano que precise de remdesivir possa obtê-lo. O governo Trump está fazendo todo o possível para aprender mais sobre tratamentos que salvam vidas contra a covid-19 e garantir o acesso a essas opções ao povo americano".

O remdesivir é a primeira droga aprovada por autoridades americanas para ser usada no tratamento contra a covid-19, sem ser em caráter experimental, o que levantou uma esperança quanto ao uso do medicamento. No entanto, ainda não está claro em qual fase da doença o medicamento deve ser utilizado.

Ainda de acordo com a secretaria americana, o custo de um ciclo do tratamento completo custará US$ 3.200 - o equivalente a R$ 17 mil. O preço de fabricação do medicamento, segundo a rede britânica BBC, não passa de US$ 6 (cerca de R$ 33) por um ciclo completo de tratamento. https://www.terra.com.br/noticias/mundo/eua-compra-quase-todo-o-estoque-mundial-de-remdesivir,9fbcc1f108c354014b81135489e4a7f9f9w7nrmy.html