domingo, 14 de maio de 2017

MARISA LETÍCIA É A CULPADA, DIZ LULA



MARISA LETÍCIA, PERFIL

Foi muito feio o Lula, no depoimento perante o juiz Sérgio Moro, responsabilizar a sua própria esposa, já falecida. Isso foi imperdoável.   Eurípedes: “Deus enlouquece primeiro aqueles a quem quer destruir”.

Após interrogatório, Lula disse a aliados estar convicto de que será condenado por Moro

NONATO VIEGAS, Revista ÉPOCA, 15/05/17                                                  Após interrogatório de cinco horas com o juiz Sergio Moro na quarta-feira, dia 10, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a aliados estar convicto de que será condenado pelo magistrado. Por outro lado, afirmou que o encontro forçado com o juiz lhe deu mais gás para se dedicar à política. “Não conhecem o Lula”, afirmou.                              Moro decidiu que o prazo para as alegações finais do processo envolvendo o tríplex em Guarujá, São Paulo, será no dia 20 de junho. Fonte: http://epoca.globo.com/ 15/05/17
 

“Quero tudo o que tenho direito”, dizia Marisa Letícia aos amigos mais íntimos. Exigiu escritório ao lado de Lula no Palácio do Planalto, onde entrava na hora que quisesse, mandou o jardineiro colocar, nos jardins do Palácio da Alvorada, uma estrela do PT

CRUCIFIXO ESTAVA NO COFRE DO BB

23 "caixas lacradas" estariam guardadas numa agência do BB na rua Libero Badaró, em São Paulo, inclusive o crucifixo barroco, obra esculpida por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e que estava sumido. O crucifixo era do patrimônio do Palácio do Planalto e foi levado.
O cofre está no nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia e do filho do casal, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo o relato de funcionários do banco aos policiais federais, as peças chegaram ao local em 23 de janeiro de 2011. Até uma espada cravejada de pedras preciosas dada em 1968, pela rainha Elizabeth, ao então presidente Gal Costa e Silva, também estava nesse cofre.                    Na mudança do casal ao deixar a presidência, foi utilizado 11 caminhões...
Casada há 43 anos, Marisa já foi descrita pelo marido como uma "grande mãe italiana". Ela esteve ao lado de Lula nas greves, nas lutas, na criação do PT, nas viagens das caravanas da cidadania, nas campanhas eleitorais. Mas preferiu ficar longe dos holofotes. "Fora de casa Lula é o centro das atenções. No campo doméstico, Marisa é soberana. Ela é a âncora da família", contou amiga dos tempos de sindicalismo Miriam Belchior, que foi ex-assessora especial da Presidência. Mulher de opiniões declaradas, sempre foi discreta, tímida e, segundo a amiga, optou por esse papel.
O temperamento forte sempre foi da porta para dentro, onde botava "os pingos nos is". Em público foi reservada. Gentil, simpática e afetuosa com os amigos, tratava com indiferença gente que julgava interesseira. Também nunca foi de lamentar, mas de resolver os problemas. Em sua primeira entrevista como primeira-dama, à revista Criativa em 2003, respondeu sobre o segredo de seu casamento: "quando somos jovens imaginamos que o mundo tem que ser cor-de-rosa, só que ele não é. Isso muitas vezes é um choque. O amadurecimento proporciona isso, compreensão das coisas, mais paciência. Nós (Lula e ela) aproveitamos o nosso tempo juntos para ficar bem, felizes."
Neta de italianos, dona Marisa nasceu num sitio em São Bernardo do Campo, SP, onde havia plantações de batata e milho e criações de galinhas e porcos. A casa de dois quartos onde viveu até o sete anos era de pau-a-pique e chão de terra batida. Não tinha luz elétrica. Nem água encanada, só poço. O colchão onde dormia era de palha. Marisa foi a penúltima filha dentre 12 irmãos. Sua mãe, Regina Rocco Casa, era famosa benzedeira: sabia tirar quebranto, curava menino com bucho virado. O pai hortelão, Antônio João Casa, adorava plantas. Marisa puxou isso dele.
A primeira-dama tinha "mão boa" para lidar com mudas. Quando levou uma jabuticabeira no vaso para dentro do apartamento em São Bernardo, Lula achou que a planta jamais ia vingar. "Eu fiquei, como muitos, todo santo dia resmungando e dizendo que era impossível", disse o marido num discurso em que fez parábola da planta de Marisa. Lula disse que o Brasil poderia crescer em pleno aperto econômico como a jabuticabeira que, contrariando todas as previsões, sua mulher fez vicejar. "Como ela acreditou mais, irrigou mais, cuidou mais do que eu, o pezinho de jabuticaba dá frutos quatro, cinco vezes por ano, coisa que esse conselho [Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social] pode imitar se quiser", disse Lula, quando criou órgão do governo em fevereiro de 2003.
Quando ainda era menina de nove anos, em vez de bonecas, Maria foi embalar três sobrinhas do pintor Cândido Portinari. De babá, virou operária aos 13 anos. Embalou, então, bombons Alpino na fábrica de chocolates Dulcora. Teve de parar de estudar na sétima série.
Moça bonita, loura de cachos até a cintura, aos 19 anos, Marisa saiu da casa dos pais para se casar com seu primeiro namorado, Marcos, um motorista de caminhão. Ele carregava areia para construções durante o dia e  de noite, saía com o táxi do pai, um Fusca, para ganhar um extra. Queria comprar a casa própria. Seis meses depois do casamento, Marcos foi morto por bandidos num assalto ao táxi. Viúva, a única herança de Marisa foi o filho de quatro meses na barriga. Ela morou no primeiro ano de viuvez com o sogro, depois foi para a casa de sua mãe e trabalhou como inspetora de alunos num colégio público. Dona Marília, a primeira sogra que sempre foi amiga do peito de Marisa, ajudou a nora criar o neto de sangue, Marcos Claudio, e os outros três que a primeira-dama teve com Lula.
Curiosidade dos destino: viúvo aos 39 anos quando perdeu no parto a esposa e o filho, casou-se com Maria Letícia, que foi babá aos nove anos e operária de uma fábrica de doces aos 13, também viúva de um motorista de táxi assassinado quando estava grávida de quatro meses
“O sogro do primeiro casamento de Marisa, seu Cândido, foi quem primeiro falou de Marisa para Lula. Em 1973, Luiz Inácio tinha o apelido de "Baiano". Novato no sindicato dos metalúrgicos, sofria o luto por sua primeira mulher, Maria de Lourdes, que perdeu, com o filho, na sala de parto havia dois anos. Vez ou outra, Lula fazia uma corrida no taxi Fusquinha de seu Cândido porque a bandeirada era mais barata do que a dos carros de quatro portas. Lula contou, em entrevista à escritora Denise Paraná no livro "O filho do Brasil", que seu Cândido, sempre que falava da morte do filho, dizia que a nora Marisa era muito bonita. "Foi muita coincidência. O tempo passou. Quando um belo dia estou no sindicato chega essa tal de dona Marisa", disse Lula.
No encontro entre os dois viúvos não houve suspiros de contos de fada. Marisa foi ao sindicato buscar um carimbo para retirar sua pensão. Lula deixou cair sua carteirinha de identidade de sindicalista para mostrar que também era viúvo. Ele inventou uma firula qualquer na documentação dela para ter desculpa para pedir o telefone de Marisa. Ela nem atendia as ligações. Mas o ex-operário, que venceu a primeira eleição para presidente na quarta tentativa, é insistente. Um dia estacionou o carrinho TL na porta da casa da viúva loura e botou o então namorado de Marisa para correr, dizendo que precisava falar um assunto sério com ela. Lula acabou conquistando a simpatia da mãe de Marisa, Dona Regina, a benzedeira, e depois o coração da ex-primeira-dama. Em sete meses se casaram.
Um ano depois do casamento, Lula já era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Naquele tempo, Marisa não entendia nada sobre sindicalismo, greves, ditadura, passeatas, piquetes… Carregava no colo o recém-nascido Fábio Luiz e tinha na barra da saia o primogênito Marcos Cláudio, que Lula adotou como seu. Um dia, cansada do sumiços de Lula – que saía de casa de madrugada para fazer piquete em porta de fábrica–, Marisa decidiu entrar no curso de política do religioso militante de esquerda Frei Betto. Aos poucos, ela passou a entender a luta dos sindicalistas e acabou por influenciar outras mulheres de metalúrgicos.
Certamente não foi fácil. Lula nunca pôde acompanhar a mulher na maternidade no nascimento dos filhos, por exemplo. Marisa foi mãe e pai dos meninos. Reunião de escola, festinha, finanças da casa, crediário… Tudo era ela quem cuidava. E sem empregada. Joana, considerada uma "irmã de criação" de Marisa, e a ex-sogra, dona Marília, a acudiam em situações especiais.
Em 1980, os militares tomaram o sindicato e a sala da casa de dona Marisa virou a nova sede dos metalúrgicos. E ela também assumiu posto de secretária. Nesse mesmo ano, Lula foi preso. Acusado de incitar uma greve ilegal, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, principal instrumento de repressão do regime militar. "Marisa organizou toda a passeata com as mulheres de metalúrgicos encarcerados. E levou as crianças no meio daquela multidão ", recorda amiga Miriam Belchior, que também participou da manifestação. "Tinha polícia para tudo quanto é lado", Marisa disse em entrevistas. Ela levava os filhos Marcos, Fábio e Sandro para visitar o pai na cadeia. O caçula, Luiz Cláudio, ainda não tinha nascido.
Sempre junto de Lula, dona Marisa fundou o partido dos trabalhadores também em sua sala. "Marisa entendia a missão do Lula. Ela só pegava no pé do marido aos domingos", disse Luiz Marinho, amigo do casal, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ministro da Previdência no governo Lula. Para ela, domingo era sagrado, era o dia da família. E pouco importava se o almoço familiar acontecesse no apartamento de São Bernardo ou nos salões projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A cena dominical do dia das Mães em que Lula se ajoelhou aos seus pés não teve nada de excepcional como alardeou a imprensa na época. Os pequeninos gestos de carinho de Lula à sua mulher eram rotineiros. Em uma entrevista, Marisa disse: "Em um casamento o amor é muito importante. Mas sonhar juntos é fundamental". Nos sonhos de dona Marisa, estávamos todos incluídos.”                                                                                                                         Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/ 14/05/17

sábado, 13 de maio de 2017

DILMA DESMASCARADA POR DELAÇÕES DE MARQUETEIROS



Delação abala a imagem da Dilma honesta

Colaboração de marqueteiros põe em xeque discurso de vítima da ex-presidente,
por Pedro Dias Leite, 12/05/2017  

RIO - "Um dos argumentos mais poderosos em defesa de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, no ano passado, era o de que se tratava do julgamento de uma pessoa honesta feito por políticos desonestos. Afinal, de um lado estava o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais articuladores do afastamento e alvo de um processo no Conselho de Ética por ter contas secretas na Suíça, que bancavam hotéis luxuosos, gastos de milhares de euros em lojas de grife, jantares em restaurantes com muitas estrelas Michelin. Hoje, cumpre pena em Curitiba. Do outro, Dilma, uma presidente contra quem não pesava, pessoalmente, uma acusação sequer de corrupção.
"Saibam todos que vocês estão julgando uma mulher honesta, uma servidora pública dedicada e uma lutadora de causas justas.Tenho orgulho de ser a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Nestes anos, exerci meu mandato de forma digna e honesta. Honrei os votos que recebi", dizia a defesa que Dilma enviou ao Senado, em 6 de julho, antes da confirmação de seu afastamento.
A delação do marqueteiro João Santana e de sua mulher, Mônica Moura, abala o argumento que sustentava essa narrativa. Por mais que Dilma ainda possa dizer que não colocou dinheiro público no próprio bolso, a questão da honestidade entrou numa zona cinzenta. Afinal, agora ficou claro, a partir da colaboração dos marqueteiros, que ela sabia do esquema ilegal de financiamento que irrigou suas duas campanhas presidenciais, em 2010 e 2014, e que atuou, enquanto estava no Palácio do Planalto, para evitar que fosse descoberto.
Mônica Moura narrou como Dilma lhe sugeriu que transferisse as contas na Suíça onde recebia o pagamento de caixa dois para Cingapura ("ela ouviu falar que era um lugar muito mais seguro, que a Suíça já estava muito visada"), contou como as duas criaram um e-mail em nome de "Iolanda" para que a presidente informasse a marqueteira sobre as investigações da Lava-Jato ("ela falou que era o nome da mulher do presidente Costa e Silva, alguma coisa assim; ela inventou nome, Iolanda, e a gente criou esse e-mail") e narrou como a então presidente ligou para avisar que o casal seria preso.
Dilma teve uma trajetória digna até chegar à Presidência da República: participou da luta armada contra a ditadura militar na juventude, foi vítima da barbárie da tortura, e depois seguiu em frente em uma respeitável carreira de burocrata, até ser pinçada por Luiz Inácio Lula da Silva para ser sua candidata.

Não há nenhum indício de que a ex-presidente tenha enriquecido pessoalmente com os esquemas de corrupção. Mas honestidade não é apenas isso, e a nova leva de delações joga uma sombra sobre sua biografia."

sexta-feira, 12 de maio de 2017

MUJICA AO LADO DE LULA, SUA POPULARIDADE CAI 20% NO URUGUAI



MUJICA AO LADO DE LULA, SUA POPULARIDADE CAI 20% NO URUGUAI

Sinceramente fiquei decepcionado e perplexo, pois não consigo entender como José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, com sua biografia inatacável, tenha se tornado um “devoto” de Lula, ao ponto comparecer ao lado dele na reunião do PT em 04 de maio. Foi neste evento do PT disse que Lula, num surto de onipotência: “se eles não me prenderem, quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”. Lula passou oito anos na cadeira de presidente da República e sabe que, mesmo voltando ao Planalto, jamais poderá mandar prender alguém. (A menos que sente praça no Exército venezuelano ou resolva fazer concurso para delegado, talvez para juiz.) prosseguiu quando ele disse que “não vou permitir que continuem mentindo como estão mentindo a meu respeito”, diz Élio Gaspari.
Confesso que admirava José “Pepe” Mujica, por seu exemplo de vida. Vive em uma humilde chácara nos arredores de Montevidéu, junto com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, e sua inseparável cadela de três patas, Manuela, quase sem segurança e onde ele mesmo cozinha carne com cebola, seu prato preferido — assim é José “Pepe” Mujica, o peculiar presidente do Uruguai. Não é de hoje que Mujica chama atenção por seu estilo de vida simples. Presidente mais pobre do mundo, dirige um fusca e doa 90% do salário. O presidente do Uruguai leva uma vida de pouco luxo, diferente do que se poderia esperar de um chefe de estado. Na chácara cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais.
O uruguaio José Mujica, presidente do Uruguai, é um ex-guerrilheiro tupamaro, que passou 14 anos preso, a maioria durante a ditadura uru­guaia (1973-1985). Quando não está realizando trabalhos oficiais, o chefe de Estado faz questão de dirigir o seu próprio carro, um fusca azul, de 1987, avaliado em pouco mais de US$ 1.000. Mujica dispensa empregados. Faz suas próprias compras no bairro onde vive e frequentemente é visto em restaurantes populares com seus colaboradores no entorno da sede do Governo, no centro da capital uruguaia.
Seu salário, de US$ 12,5 mil mensais, não fica todo com ele. O presidente uruguaio fica com US$ 1.250 e doa 90% para a construção de casas populares. Segundo sua última declaração de renda, de abril passado, seu patrimônio e o de sua esposa somam cerca de US$ 212 mil. Eles possuem três terrenos, três tratores e dois carros de 1987. “Se tenho poucas coisas, preciso de pouco para sustentá-las”, disse recentemente em uma entrevista à BBC. 
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BUENOS AIRES — Há dois anos fora da Presidência, o senador uruguaio José Mujica, que desfruta de grande prestígio no exterior, vê sua popularidade cair em níveis inéditos dentro do seu país. Pela primeira vez, as pesquisas apontam que a população antipática à sua atuação política supera os seus simpatizantes. Enquanto isso, o atual presidente, Tabaré Vázquez, volta atrás em decisões do governo anterior, liderado por Mujica.

Quando terminou seu mandato, em março de 2015, Mujica contava com a simpatia de 66% entre os uruguaios. Desde então, o número já caiu em mais de 20 pontos percentuais e agora registra 42%. A antipatia, por sua vez, cresceu de 15% para 44%. No entanto, Mujica ainda é o político uruguaio de maior aprovação pela população. Atrás dele no ranking, aparece o presidente Vázquez.

— Desde que finalizou seu mandato até agora, deixou pelo caminho cerca de 30 pontos de aprovação — diz o sociólogo Ignacio Zuanabar, diretor de opinião pública da consultora Equipos, responsável pela pesquisa. — Além disso, tem um saldo líquido negativo (-2 pontos), o que é inedito para o dirigente político.

Além das mudanças promovidas por Vázquez, que é do mesmo partido de Mujica, outro fator que pode influenciar na queda da popularidade do ex-presidente é o surgimento de um livro que repete uma história já relatada por outras publicações anteriores. Os relatos são de que o seu grupo político foi responsável por irregularidades na arrecadação de fundos para a campanha eleitoral. As acusações foram rechaçadas por Mujica e seus aliados, mas as denúncias estão sendo analisadas por autoridades.

Mujica já disse que não se candidatará às eleições presidenciais de 2019, ainda que muitos membros do seu partido afirmem que não será difícil convencê-lo do contrário. O ex-presidente já disse, inclusive, que a possibilidade de concorrer para vice-presidente não o desagrada.
Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/popularidade-do-ex-presidente-mujica-tem-queda-inedita-no-uruguai-21329888#ixzz4gsUf0Zs2
stest 12/05/17