sábado, 16 de agosto de 2014

DILMA ESTÁ DE "AVISO PRÉVIO"



"O Brasil não aguenta mais quatro anos de Dilma"

DILMA DE "AVISO PRÉVIO",                      por Theodiano Bastos 


Dilma está cumprindo seus últimos meses no cargo.


(Segundo a última pesquisa do DATAFOLHA, Marina Derrotaia Dilma no segundo turno por 47% a 43%).



Como não vai vencer no primeiro turno (nem Lula conseguiu, E TALVEZ NEM CHEGUE AO SEGUNDO TURNO...), MAS SE CHEGAR, será derrotada no segundo turno por Marina Silva ou Aécio Neves. Ninguém tem mais dúvidas sobre isso.
Lembremos que Marina obteve, no primeiro turno da eleição presidencial em 2010, 19.636.359 votos (19,33%) 

E já cresce o número dos que acham que Dilma nem chegará ao segundo turno e que seus eleitores votarão em Marina Silva, elegendo-a presidente.

Ela está a "varrer para debaixo do tapete" as dificuldades da economia, alertava Eduardo Campos.

PETROBRAS, ELETROBRAS E PRO ÁLCOOL
Na edição de ontem, O GLOBO trouxe o estrago dessas políticas estampado na desvalorização patrimonial da Petrobras e Eletrobras: de 2010 para cá, a Petrobras ficou 43% menor em valor de mercado; a Eletrobras, do fim de 2010 ao terceiro trimestre do ano passado, encolheu bem mais (63%).
“Quando a doutora Dilma assumiu a Presidência, uma ação da Petrobras valia R$ 29. Hoje ela vale R$ 12,60. Somando-se a perda de valor de mercado da Petrobras à da Eletrobras, chega-se a cerca de US$ 100 bi. A gestão da doutora comeu um ervanário equivalente à fortuna do homem mais rico do mundo (Bill Gates, com US$ 76 bi), mais a do homem mais rico do Brasil (Jorge Paulo Lemann, com US$ 19,7 bi)”. Elio Gaspari, 19/03/14
 
Os dados são graves, porque refletem uma grande perda de capacidade de as estatais se capitalizarem no mercado acionário. Mesmo junto a bancos, a atratividade das estatais deixou de ser a mesma. Os efeitos são mais amplos.
Não consigo entender como um governo que se diz nacionalista adota uma política de sucateamento da Petrobras, maior empresa do país e orgulho nacional. Ao mesmo tempo, o setor alcooleiro é destruído por não conseguir concorrer com os preços defasados dos derivados de petróleo. Será que o governo tem consciência do mal que está fazendo ao país, ou são pessoas inescrupulosas que visam à manutenção do poder a qualquer custo? Vale lembrar que a produção de álcool não depende de importações.

Sem vender um único livro de álcool em um ano, o posto de Linhares/ES lacrou a bomba. Em outra cidade do Espírito Santo, outro posto não vende um único litro há oito meses.
60% das usinas de álcool está endividada e 56 estão em processo de recuperação judicial.

MARACUTÁIA NO PETROBRÁS

O “Estado de S.Paulo” (28/02/13) revelou ontem que o Ministério Público apresentou ao Tribunal de Contas da União representação contra a Petrobras. Os números são eloquentes: em 2005, a trading belga Astra/Transcor comprou a refinaria de petróleo Pasadena por US$ 42,5 milhões. Um ano depois, vendeu 50% da refinaria para Petrobras por US$ 360 milhões. Depois disso, as sócias se desentenderam e para encerrar a briga a estatal brasileira pagou mais US$ 820,5 milhões à empresa belga. E agora, no balanço do quarto trimestre, a Petrobras lançou a prejuízo R$ 464 milhões. Ou seja, esse valor é o prejuízo até o momento do impressionante negócio feito pela empresa.

“Ou os belgas são muito astutos, ou as decisões na Petrobras foram tomadas por pessoas sem qualquer noção de valor, ou são todos os envolvidos bem espertos... A Petrobras comprou uma refinaria por um preço muito acima do razoável e teve que lançar parte do dinheiro a prejuízo; o BNDES toma decisões inexplicáveis de alocação de recursos públicos e tem prejuízo; balanços dos bancos públicos saem com meias verdades. Quando tudo dá errado, o Tesouro usa o seu, o meu, o nosso dinheiro.”,  diz Miriam Leitão em sua coluna no jornal O Globo.

Alternância, sim. Continuísmo, não



POLÍTICA: LEGADOS DE EDUARDO CAMPOS




“Meu filho tão amado e querido por todos, tão bonito. Por que ele e não eu, que já cumpri minha tarefa?”
Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União e mãe de Eduardo Campos

O testamento de Campos
Merval Pereira, O Globo, 16/08/14
A oficialização da candidatura de Marina Silva à Presidência da República pelo PSB está sendo encaminhada sem grandes turbulências, embora aqui e ali surjam boatos que ainda tentam inviabilizar a escolha, que tem praticamente a unanimidade não apenas nos partidos aliados como também na família de Eduardo Campos, empenhada em reafirmar seu legado durante a campanha eleitoral.
Cotada até mesmo para a vice na chapa com Marina, o que dificilmente acontecerá, a viúva Renata Campos está disposta a fazer campanha com Marina, levando a mensagem de seu marido aos programas eleitorais, comícios e passeatas, especialmente em Pernambuco.
Marina, mais do que nunca, representaria um eleitorado que quer uma experiência extrema de não política tradicional no poder. Os que defendem seu nome dizem que as ruas não perdoarão o PSB se, mais uma vez, Marina for impedida de se candidatar à Presidência por uma manobra de bastidores comandada pelo Palácio do Planalto.
Marina seria a candidata das ruas, e tentarão fixar em Aécio Neves, do PSDB, a imagem de que é o candidato dos políticos. Essa definição pode afetar a receptividade de Aécio em parte do eleitorado que rejeita a política tradicional, mas o que ele tem de mais eficiente são as negociações de bastidores para montar sua base de apoio, o que faltará a Marina, mesmo que hoje ela tenha no PSB uma organização partidária maior do que a do Partido Verde em 2010.
Por outro lado, uma candidatura não comprometida com acordos políticos e estruturas partidárias pode ter dificuldades na campanha e afastar um eleitorado que não quer se meter em aventuras. A expectativa de poder que Marina exala, no entanto, faz com que, pelo menos neste primeiro momento, as divergências regionais sejam superadas por um espírito de conciliação.
Os representantes do agronegócio já começaram a emitir sinais de que não recusarão o apoio a Marina, e a palavra de ordem no momento é de apoio ao programa básico para o setor, apresentado por Eduardo Campos na reunião com a Confederação Nacional da Agricultura em Brasília. Se Marina, que estava presente à reunião, confirmar esses compromissos, não haverá maiores problemas nas coligações montadas por Eduardo Campos.
O deputado federal Alfredo Sirkis, do PSB, que é o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, ressalta que existem muitos pontos de convergência entre o grupo político de Marina e os representantes não apenas do agronegócio, como também da agricultura familiar, o que abrange da agricultura de baixo carbono à recuperação de pastagens e outros tópicos. Para ele, as divergências são superestimadas, quando existe um vasto campo de convergências que podem ser exploradas neste momento.
A questão agora parece estar nas mãos de Marina, que já autorizou que seu nome seja levado às diversas instâncias partidárias. O vice da chapa deve ser o candidato ao Senado no Rio Grande do Sul Beto Albuquerque, que já conversou ontem com Marina. Os setores da aliança mais diretamente ligados às eleições, ou “os que têm voto” na definição de um pessebista, já estão unificados em torno dessa chapa, e convencidos de que uma candidata como Marina, que tem no misticismo uma característica natural, poderá aproveitar este momento para potencializar a votação da aliança unindo a representatividade da “nova política” que ela e Eduardo Campos defendiam à comoção causada pela morte do líder, ajudando a levar suas bandeiras, como já defendeu seu filho mais velho.
As palavras finais de Eduardo Campos na entrevista ao “Jornal Nacional”, na véspera de morrer, já estão sendo tratadas como uma espécie de testamento que vai dar base à toda a campanha: “Agora, ao lado da Marina Silva, eu quero representar a sua indignação, o seu sonho, o seu desejo de ter um Brasil melhor. Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso ter a coragem de mudar, de fazer diferente, de reunir uma agenda. É essa agenda que nos reúne, a agenda da escola em tempo integral para todos os brasileiros, a agenda do passe livre, a agenda de mais recursos para a Saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência. O Brasil tem jeito. Vamos juntos. Eu peço teu voto”.

BRASIL, BOLSA-FAMÍLIA É O MAIOR COLÉGIO ELEITORAL



BOLSA-FAMÍLIA,                          o maior colégio eleitoral

“Em muitas cidades do Nordeste, o Bolsa Família é tão decisivo que a maior parte dos eleitores nem mesmo se preocupa em saber quem são os rivais da presidente Dilma Rousseff. Com 40 milhões de eleitores beneficiados, o programa supera, como colégio eleitoral, São Paulo, o mais populoso Estado brasileiro, com 32 milhões de pessoas aptas a ir às urnas. O site de VEJA analisou números, conversou com especialistas e ouviu eleitores em cidades da Bahia e do Maranhão para mostrar o peso que o programa federal poderá ter na corrida presidencial”.

AÉCIO QUER TORNAR PROGRAMA “DEFINITIVO”
Senador tucano propõe mudar lei do Bolsa Família para tentar evitar, na campanha, acusações de renda
 Por Débora Alves, do jornal O Estado de S. Paulo
O presidente nacional do PSDB, senador Àécio Neves (MG), apresentou ontem um projeto de lei para tomar o programa de distribuição de renda definitivo, qualquer que seja o presidente da República.
Trata-se de uma “vacina” eleitoral, a fim de que não seja acusado, durante a campanha para as eleições de 2014, de ser contra o programa de distribuição de renda criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, provável candidato ao Planalto pelo PSDB, Aécio convocou uma entrevista coletiva logo após a presidente Dilma Rousseff e Lula atacarem o governo do PSDB no evento de comemoração dos dez anos do Bolsa Família, realizado em Brasília.
A proposta do senador tucano altera a lei que trata da assistência social e vincula o Bolsa Família ao Fundo Nacional de Assistência Social, com recursos garantidos da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS).
“A partir da aprovação desse projeto, o Bolsa Família deixa de ser um programa de um governo ou de um partido político e passa a ser uma política de Estado”, afirmou Aécio.
Integrantes da base parlamentar governista criticaram a proposta. “O programa já está consolidado há 10 anos. No lugar dele, eu estaria apresentando um projeto que representasse avanços”, disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).
Fernando Henrique deveria ser lembrado
Aécio, por sua vez, também afirmou ontem que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deveria ser homenageado na comemoração dos dez anos.
– Quem deveria, na minha avaliação, ser homenageado era o ex-presidente Fernando Henrique que iniciou os programas de transferência de renda — disse ele.
O senador tucano prometeu apresentar, em breve, outra proposta que garanta que os pais de família que conseguirem emprego de carteira assinada possam receber ainda, depois disso e por seis meses, os benefícios do programa. “O grande temor das famílias que recebem o Bolsa Família e se reíntroduzem no mercado de trabalho é, depois, eventualmente, perderem o emprego e terem dificuldade de serem recadastradas”, afirmou.
O senador admitiu que a medida serve para tentar eliminar o discurso dos governistas segundo o qual a oposição pretende acabar com o programa que beneficia milhões de brasileiros.
“A maior homenagem é tirar o tormento, a angústia das pessoas, que toda véspera de eleição são atemorizadas pela leviandade de alguns que acham que seus adversários irão, em determinado momento, acabar com o programa”, afirmou o senador.
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/bolsa-familia/page/2/