sábado, 30 de novembro de 2024

NAUFRÁGIO Por JOSÉ CASADO

 

O julgamento histórico que Bolsonaro e aliados podem enfrentar por trama golpista

Provável denúncia contra o ex-presidente dará início a um caso que deve se arrastar para além de 2025 

Peço que leiam com atenção o texto que segue:

Naufrágio

Como foi o choque de Bolsonaro com os chefes do Exército e da Aeronáutica

Se as paredes do Palácio da Alvorada falassem… Como teimam em seguir silentes, a Polícia Federal foi à luta para reconstituir algumas das mais reservadas reuniões de Jair Bolsonaro, depois da derrota para Lula no domingo 30 de outubro. Conseguiu com depoimentos e acesso a farta documentação em texto, áudio e vídeo.

O primeiro encontro com chefes militares aconteceu na terça-feira nublada de 1º de novembro, recorda o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, então comandante da Aeronáutica. Ao seu lado na mesa  estavam os comandantes do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e da Marinha, almirante Almir Garnier Santos. Bolsonaro ficou entre o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e um civil, Bruno Bianco, chefe da Advocacia-Geral da União.

Primeiro presidente no cargo a perder a reeleição, Bolsonaro lembrava um náufrago impaciente com o resgate que nunca chegava. O chefe da Marinha e o ministro da Defesa eram reconhecidos entusiastas do salvamento pela insurreição nos quartéis, supostamente para manter o antigo capitão no poder, mas o Exército e a Aeronáutica não embarcavam. Bolsonaro provocou sobre a tese de fraude eleitoral.

“Não houve fraude”, respondeu o brigadeiro Baptista Júnior. Citou o relatório da comissão das Forças Armadas criada por Bolsonaro para “fiscalizar” as urnas eletrônicas: “Em todos os testes realizados (no primeiro turno) não se constatou qualquer irregularidade”. Freire Gomes acrescentou: “Aliás, como o senhor sabe…”.

Todos na mesa sabiam da ordem para não divulgar o relatório atestando a regularidade da votação antes do segundo turno eleitoral. O comandante do Exército sugeriu “acalmar” o país. Bolsonaro, então, perguntou ao advogado-geral o que poderia ser feito para contestar o resultado das urnas. Bianco foi objetivo: diante das evidências de integridade do processo, não havia “alternativa jurídica” para protesto.

Uma semana depois, Bolsonaro mandou chamar Mario Fernandes, general da reserva na função de secretário presidencial. Radical na defesa de um golpe de Estado, Fernandes falou sobre o acampamento diante do Quartel-General do Exército, em Brasília, e relatou contatos com o Comando de Operações Especiais. Estava com dois textos impressos. Um era uma carta ao comandante do Exército: “Contamos com... “Contamos com um Evento Disparador, como no passado!”, dizia. “É agora ou nunca mais, COMANDANTE, temos que agir!” Outro era o rascunho de um plano com o título “Punhal Verde Amarelo”,  com procedimentos para o golpe e detalhes sobre prisão, sequestro e triplo assassinato — dos eleitos Lula e seu vice, Geraldo Alckmin, e do juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Era quarta-feira 9 de novembro. Pouco antes, um grupo de manifestantes organizado por Fernandes ouviu Bolsonaro no jardim do Alvorada: “Estamos vivendo um momento crucial”, ele disse. “Uma encruzilhada ro no jardim do Alvorada: “Estamos vivendo um momento crucial”, ele disse. “Uma encruzilhada, um destino que o povo tem que tomar. Quem decide o meu futuro, pra onde eu vou, são vocês! Quem decide pra onde vai (sic) as Forças Armadas são vocês!”

Três dias depois, no sábado, 12 de novembro, o plano foi “aprovado” em reunião na casa de Walter Braga Netto, general da reserva e candidato a vice-presidente derrotado. O ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, detalhou as conversas em delação premiada.

Em dezembro, Bolsonaro fez seguidas reuniões com chefes militares para apresentar rascunhos de decretos sobre “estado de sítio”, “estado de defesa” e “garantia da lei e da ordem”. Almir Garnier, comandante da Marinha, sempre dizia estar “à disposição” com tropas e tanques. O general Freire Gomes repetia: “O Exército não participaria”. O brigadeiro Baptista Júnior insistia: “Não há qualquer hipótese de o senhor permanecer no poder quando terminar o mandato”. Num desses encontros, na biblioteca do Alvorada, o comandante do Exército falou sobre os riscos de “responsabilização penal” de Bolsonaro. Subiu o tom, advertindo que, se tentasse um golpe, “teria de prender o presidente da República”.

Não adiantou. Antes do Natal, o ministro da Defesa chamou os comandantes. Recebeu-os com um papel, dizendo ser a minuta de decreto presidencial “para conhecimento e revisão”. O brigadeiro Baptista Júnior exasperou-se: “Esse documento prevê que o presidente eleito não assuma? Se é assim, não admito sequer receber esse documento”. O náufrago continuaria impaciente. Sem resgate.

O general Freire Gomes também disse que não admitia “a possibilidade de analisar” o papel. O ministro Paulo Sérgio não respondeu, o almirante Garnier continuou calado. O brigadeiro saiu da sala.

O náufrago continuaria impaciente. Sem resgate.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/naufragio

domingo, 24 de novembro de 2024

RUBENS PONTES FALECE COM QUASE 102 ANOS, LUCIDO E PRODUTIVO

Comemorando os 101 anos com a Família

Em Vitoria


Por THEODIANO BASTOS

Faleceu no dia 22/11/24 RUBENS DA SILVA PONTES, meu melhor amigo e mestre. Um poço de sabedoria. Que senso de humor ele tinha, como escrevia com elegância incomparável.  

Vejam o livro PASSOS, SALTOS & QUEDAS https://anyflip.com/nmcl/vrsu

“Com grande pesar, comunico aos amigos o falecimento do nosso caro amigo jornalista, publicitário e escritor Rubens da Silva Pontes, ocorrido ontem em Capim Branco, na Grande BH. Teve quatro filhos, no primeiro casamento, três vivos, cinco netos e sete bisnetos.  

Dr. Rubens, como era carinhosamente chamado, queria ser advogado, mas foi atraído pelo jornalismo, desde o início do curso de Direito na UFMG.

Começou no Diário de Minas e atuou em todos os jornais de BH. Levado pelo saudoso José Vaz, foi produtor de programas destacados como O Céu é o Limite. Foi assessor especial do governador Magalhães Pinto durante o Golpe Militar de 64, diretor comercial da Itacolomi e da TV Belo Horizonte, adquirida pela Globo.

Atuou em Vitória e em Brasília, onde tinha a Agência Planalto e no Ministério da Cultura.

De volta a Minas, promovemos um encontro saudoso, com cerca de 30 amigos publicitários, em 2018, no restaurante do Minas 1. Rubens Pontes era uma pessoa especial, gostava de pescar, cozinhar e escrever poemas.

Morreu aos 102 anos, sempre escrevendo no computador. 

Comuniquei ao Grupo Veteranos da Amizade que reúne publicitários e jornalistas. Vários profissionais lamentaram a morte do caro Rubens Pontes.

Homenagem do amigo e companheiro profissional de Rubens. Hamilton Gangana,” diz a viúva Márcia Maria Dias Barbosa.

 


sábado, 23 de novembro de 2024

PGR só deve apresentar denúncia contra Bolsonaro em fevereiro

 

Por THEODIANO BASTOS

Eventual prisão de Bolsonaro não depende de indiciamento, mas das evidências, diz professor de Direito

Embora com grande repercussão, o indiciamento é um ato simbólico e o processo deve andar com cautela, diz o advogado João Pedro Pádua, professor de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF).

"Bolsonaro pode ser preso, mas não por ser indiciado. Sua prisão dependeria das evidências coletadas ao longo de dois anos de investigações, não do ato de indiciamento em si", afirma.

Conspiração dentro do Planalto empurra trama golpista para o colo de Bolsonaro

A descoberta do plano - que previa os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes - contribui para o indiciamento do ex-presidente e de mais 36 pessoas

Relatório de 800 páginas exige análise minuciosa das provas e da participação de cada um dos 37 indiciados pela PF na tentativa de golpe

Na Presidência da República, Jair Bolsonaro confrontou instituições, lançou dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral e radicalizou o discurso, especialmente contra o Supremo Tribunal Federal (STF)...

Padre está entre os indiciados pela PF na investigação do golpe de Estado José Eduardo de Oliveira e Silva foi identificado pela PF como participante de uma reunião que ocorreu em 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/11/6994500-pgr-so-deve-apresentar-denuncia-contra-indiciados-pela-pf-em-fevereiro.html#google_vignette E https://veja.abril.com.br/politica/conspiracao-dentro-do-planalto-empurra-trama-golpista-para-o-colo-de-bolsonaro

 


quinta-feira, 21 de novembro de 2024

PF INDICIA BOLSONARO E OS GENERAIS AUGUSTO HELENO E BRAGA NETTO POR PLANO DE GOLPE

 


Por THEODIANO BASTOS

Augusto Heleno, Braga Netto e Valdemar Costa Neto também foram indiciados; ; inquérito foi finalizado nesta quinta-feira (21) e enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF)

A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que investiga tentativa de golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, em que Bolsonaro saiu derrotado.

Ex-comandantes do Exército e Aeronáutica revelaram à PF que Bolsonaro apresentou plano de golpe; veja os depoimentos

Além do ex-presidente, a PF concluiu que houve indícios de crime de mais 36 pessoas. O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre elas, ex-ministros do governo, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Defesa); o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ); e o ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara.

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente, tenente-coronel Mauro Cid, também foi indiciado. O militar, delator do caso, presta depoimento nesta quinta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esse ponto foi considerado o último para finalização do caso.

O inquérito concluído abrange o envolvimento nos atos de 8 de janeiro, tramas golpistas durante as eleições presidenciais de 2022, bem como o plano para assassinar o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o então vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD) e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

A CNN tenta contato com as defesas dos indiciados citados.

Veja quem são os indiciados:

1.  Ailton Gonçalves Moraes Barros

2.  Alexandre Castilho Bitencourt da Silva

3.  Alexandre Rodrigues Ramagem

4.  Almir Garnier Santos

5.  Amauri Feres Saad

6.  Anderson Gustavo Torres

7.  Anderson Lima de Moura

8.  Angelo Martins Denicoli

9.  Augusto Heleno Ribeiro Pereira

10.             Bernardo Romao Correa Netto

11.             Carlos Cesar Moretzsohn Rocha

12.             Carlos Giovani Delevati Pasini

13.             Cleverson Ney Magalhães

14.             Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira

15.             Fabrício Moreira de Bastos

16.             Filipe Garcia Martins

17.             Fernando Cerimedo

18.             Giancarlo Gomes Rodrigues

19.             Guilherme Marques de Almeida

20.             Hélio Ferreira Lima

21.             Jair Messias Bolsonaro

22.             José Eduardo de Oliveira e Silva

23.             Laercio Vergilio

24.             Marcelo Bormevet

25.             Marcelo Costa Câmara

26.             Mario Fernandes

27.             Mauro Cesar Barbosa Cid

28.             Nilton Diniz Rodrigues

29.             Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho

30.             Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira

31.             Rafael Martins de Oliveira

32.             Ronald Ferreira de Araujo Junior

33.             Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros

34.             Tércio Arnaud Tomaz

35.             Valdemar Costa Neto

36.             Walter Souza Braga Netto

37.             Wladimir Matos Soares

Os 37 foram indiciados pelos crimes de:

  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • organização criminos e Plano de assassinato 

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/11/21/pf-golpe.ghtml  E https://www.bbc.com/portuguese/articles/c7047je4j88o

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

BOLSONARO, O CERCO SE FECHA

 

Por THEODIANO BASTOS

Punhal Verde Amarelo era um plano para matar

a ser executado pelo ‘Kids pretos’ um grupo de elite do Exército.

A investigação aponta que todo o plano constava em um documento elaborado por Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro, e integrante dos “kids pretos”.

O arquivo, inicialmente denominado “Fox_2017.docx”, continha “um verdadeiro planejamento com características terroristas, no qual constam descritos todos os dados necessários para a execução de uma operação de alto risco”, segundo a decisão de Alexandre de Moraes, relator do caso.

Plano para matar Lula, Alckmin e Moraes foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF

Walter Souza Braga Netto é um militar da reserva e político brasileiro, filiado ao Partido Liberal. Foi ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, de 2020 a 2021, e ministro da Defesa, de 2021 a 2022, durante o governo Jair Bolsonaro. 

E aí Jair Messias Bolsonaro, Ex-presidente da República, será indiciado

Já estão em prisão preventiva:

  • Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro, e integrante dos “kids pretos”
  • Hélio Ferreira Lima, natural do Rio de Janeiro (RJ), tenente-coronel do Exército Brasileiro e integrante dos “kids pretos”;
  • Rafael Martins de Oliveira, major do Exército Brasileiro, conhecido como JOE, com formação em forças especiais e integrante dos “kids pretos”;
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo, major Exército Brasileiro, mestre em Ciências Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército Brasileiro e integrante dos “kids pretos”;
  • Wladimir Matos Soares, policial federal

SAIBA MAIS EM: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/11/plano-para-matar-lula-alckmin-e-moraes-foi-discutido-na-casa-de-braga-netto-diz-pf.shtml - https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/11/6991667-pf-faz-operacao-contra-militares-que-tinham-plano-de-matar-lula-alckmin-e-moraes.html E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pf-plano-cogitou-uso-de-veneno-para-matar-lula/

terça-feira, 19 de novembro de 2024

PLANO PARA MATAR LULA, ALCKMIN E MORAES

 

Por THEODIANO BASTOS

PF faz operação contra militares que tinham plano de matar Lula, Alckmin e Moraes

Mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, onde fica a sede das Forças Especiais, em Brasília, no Rio de Janeiro e no Amazonas

PF: plano cogitou uso de veneno para matar Lula

Polícia Federal fez operação, nesta terça-feira (19), contra grupo que também planejou matar Alckmin e Moraes

Leticia Martinscolaboração para a CNNLuísa MartinsTeo CuryElijonas Maiada CNN , São Paulo

A Polícia Federal (PF) realizou, nesta terça-feira (19), uma operação contra uma organização criminosa que teria sido responsável por planejar os assassinatos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

A decisão de Moraes, que embasou a operação, cita que a investigação descobriu um plano de envenenar o presidente eleito após a eleição de 2022.

PF: aparato militar foi usado para planejar morte de Lula

  • General preso pela PF tinha cargo especial no gabinete de Pazuello; veja salário

General preso pela PF tinha cargo especial no gabinete de Pazuello

Mauro Cid sabia de plano para matar Lula, dizem fontes

“Para execução do presidente Lula, o documento descreve, considerando sua vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais, a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico”, diz o documento.

O planejamento, que seria executado em dezembro de 2022, segundo o documento obtido pela CNN, revela que o vice-presidente Geraldo Alckmin também era alvo do grupo de militares das Forças Especiais (FE), conhecidos como “kids pretos”, que visava um golpe de Estado para impedir a posse do governo eleito naquele ano.

O documento elaborado por Mario Fernandes, general da reserva e ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro, e integrante dos “kids pretos”, contendo o plano para executar Lula, Alckmin e Moraes, indica que o petista era chamado de “Jeca” pelos investigados.

Já Geraldo Alckmin tinha o codinome de “Joca”. Alexandre de Moraes era chamado de “professora”.

A operação

Os agentes da PF cumpriram cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão, e 15 medidas cautelares.

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/11/6991667-pf-faz-operacao-contra-militares-que-tinham-plano-de-matar-lula-alckmin-e-moraes.html E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/pf-plano-cogitou-uso-de-veneno-para-matar-lula/

 

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

HOMEM QUE EMPLODIU A BOMBA ERA DO PL DE SANTA CATARINA

 


Por THEODIANO BASTOS 

Duas explosões aconteceram na noite de quarta-feira (13/11) nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, deixando uma pessoa morta.

Um boletim de ocorrência da Polícia Civil do Distrito Federal identifica o homem que morreu como Francisco Wanderley Luiz.

Ele disputou a eleição de 2020 na cidade de Rio do Sul, em Santa Catarina, pelo Partido Liberal (PL), mas não conseguiu número de votos suficientes para ser eleito vereador.

Nas urnas, ele se identificou como Tiü França. Um perfil no Facebook com esse nome, que não está mais disponível, mostrava uma foto dele dentro do STF e o texto: "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro) ou não sabem o tamanho das presas ou é burrice mesmo."

O que se sabe até o momento

William Bonner também era alvo de homem que tentou explodir STFO homem suspeito de ter feito as explosões na Praça do Três Poderes, na última quarta-feira (13), teria realizado uma série de publicações nas redes sociais momentos antes do ocorrido. Além disso, Francisco Wanderley Luiz, conhecido como Tiü França, fazia críticas a políticos e jornalistas, dentre eles William Bonner. 

Suspeito teria realizado uma série de publicações nas redes sociais momentos antes do ocorrido

Por volta de 19h30, houve uma primeira explosão em um carro que estava num estacionamento entre o STF e o Anexo IV da Câmara dos Deputados.

No porta-malas do veículo, foram encontrados fogos de artifício e tijolos. O carro estava registrado no nome de Wanderley Luiz.

A Raposa

Cerca de vinte segundos depois, uma outra explosão ocorreu na Praça dos Três Poderes — que fica entre o STF, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.

Segundo a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, Wanderley Luiz tentou entrar no STF, mas não conseguiu.

De acordo com as investigações e relatos de testemunhas, o homem tentou entrar no STF, jogou explosivos na marquise do edifício e mostrou que tinha artefatos presos ao corpo.

Um segurança do STF disse à Polícia Civil que Wanderley Luiz estava com uma mochila, de onde tirou uma blusa, que foi jogada na estátua que fica em frente ao Supremo.

Quando o segurança tentou se aproximar, o homem abriu a camisa e mostrou algo semelhante a um relógio digital, que parecia estar acoplado a uma bomba. Na sequência, ele lançou alguns artefatos, deitou-se no chão, acionou um explosivo e o colocou na nuca.

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/colunistas/mariana-morais/2024/11/6988339-william-bonner-tambem-era-alvo-de-homem-que-tentou-explodir-stf.html https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2024/11/14/homem-deitou-no-chao-acendeu-artefato-e-aguardou-explosao-relata-vigilante-do-stf-em-depoimento-a-policia.ghtml  -

https://www.bbc.com/portuguese/articles/c36pzy8px12o