Por Theodiano Bastos
“Tiro e facada, quando não mata elege” disse Fernando
Gabeira e por isso seu grande eleitor foi Adélio Bispo
de Oliveira ao tentar mata-lo com uma facada no dia 06/09/2018 em Juiz
de Fora. Sobreviveu porque não era o seu dia.
Acamado,
não participou dos debates, quando enfrentaria seus adversários e certamente o
resultado seria outro e foi eleito ao chegar no segundo turno contra Fernando Hadad,
o candidato de Lula, candidato de porta de cadeia. Aí
a maioria o elegeu para que o lulopetismo que havia saqueado e quebrado o
Brasil retornasse ao poder.
Mas ao chegar ao poder emergiu das profundezas o lado
sombrio do presidente.
Teve
57.797.847
votos quando se elegeu no segundo turno, mas não tem mais.
“Votos se teve, não se tem” dizia com
sabedoria Tancredo Neves.
E hoje conta
apenas com uns 25% de apoiadores fanáticos e para não cair, se alia ao que há
de mais podre no Congresso.
Com sua atuação desastrada na condução contra a
pandemina do Covid-19, desafiando a tudo e a todos, não usa máscara e até levou
sua filhinha a um evento político quando nem ele e nem ela usavam máscaras, abraçando
apoiadores e pegando na mão de um e outro.
Assim, calça como uma luva no presidente Jair Messias
Bolsonaro o texto que segue:
O PIOR
INIMIGO ESTÁ DENTRO DE NÓS
É O SEGUNDO EU DE TODOS NÓS
Theodiano Bastos
(Conteúdo do livro
“O TRIUNFO DAS IDEIAS” do mesmo autor.
A causa do rompimento de Jung com Freud teve
origem no conteúdo do livro “O EU E O INCONSCIENTE”, editora Vozes, no qual
C.G. Jung consegue provar que o inconsciente tem autonomia e consegue levar uma
pessoa a cometer atos contrários a seu consciente, enquanto Freud afirmava que
o inconsciente não tem esse poder.
ESPÍRITO DO
ENGANO religioso ou a sombra, o segundo eu de todos nós da psicanálise.
O Pai Nosso, a
única oração que Cristo nos deixou, tem no seu final algo muito profundo:
Pai nosso que
estás nos céus, santificado seja o Vosso nome.
Venha a nós o
Vosso Reino.
Seja feita a
Vossa vontade, assim na Terra como no Céu.
O pão nosso de
cada dia nos dai hoje.
Perdoai as
nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
E não nos deixeis cair em tentação, mas
livrai-nos do mal.
Cabe
perguntar: de onde vem essa tentação?
— É de dentro
de nós mesmo, quando o inconsciente arrebata do consciente, pois infelizmente
não se tem um antivírus para impedir que esse Mal se manifeste e aí as
tragédias acontecem... Leiam o que segue:
"Quem se
propõe a escrever artigos e crônicas para a vida efêmera de um jornal, revista
ou mesmo em livros, às vezes se pergunta: Vale mesmo a pena o esforço de
escrever num país com tão poucos leitores, o pouco apreço e a incômoda sensação
de que a literatura não tem mais a importância social que já teve no passado e
a perda do glamour junto à mídia?”
Lendo o
interessante livro do teólogo e psicanalista Rubem Alves, "O Retorno
Eterno", encontrei um alento. Diz ele em uma de suas crônicas: "O
escritor não é alguém que vê coisas que ninguém mais vê. O que ele faz é
simplesmente iluminar com os seus olhos aquilo que todos vêem sem se dar conta
disso... E o que espera é que as pessoas tenham aquela experiência a que os
filósofos Zen dão o nome de "satori"; a abertura de um terceiro olho,
para que o mundo já conhecido seja de novo conhecido como nunca foi".
A psicanalista
e terapeuta brasileira Rosilane Josej Perelberg, professora de psiquiatria em
Londres, alerta em sua entrevista no Jornal do Brasil, como o sexo afeta a vida
das famílias e suas implicações sobre doenças mentais em seus membros.
Isso vem a
propósito de dramas familiares conhecidos na vida. Alguns tendo como pivô a
mulher com o perfil destrutivo, popularmente conhecida como mulher “tomba-homem",
isto é, que atrai os homens com risinhos nervosos, tendo como objetivo secreto
e compulsivo destruí-los. "Engraçado, disse-me uma delas confidencialmente
no consultório: Homem nenhum nunca me fez mal e, no entanto, odeio os homens".
Esse mal também atinge alguns homens que odeiam as mulheres, sem que nenhuma
delas lhes tenham feito algum mal, são os misóginos, os que têm desprezo ou
aversão às mulheres, ao casamento e a compromissos sérios com as mulheres.
Homens e mulheres com
esses problemas deveriam ter a humildade de procurar um psicoterapeuta e
resolver seus conflitos interiores, no mais comum das vezes fruto da
desagregação familiar e seus traumas na vida da criança. Tudo isso tem origem
no relacionamento entre os pais, no seio familiar, na usina psíquica que é a
família. Freud já alertava: Quando um homem e uma mulher se relacionam na
intimidade, não é um relacionamento entre duas pessoas, mas na verdade entre
seis, pois cada um leva dentro de si o pai e a mãe, as influências recebidas no
relacionamento entre os pais. É esse conflito mal resolvido que dá origem ao
"segundo eu", ou seja a sombra, o lado negativo da personalidade de
cada um de nós. O inimigo dentro de nós. “O pior inimigo está dentro de nós
mesmos”.
Se a mulher teve um pai tirânico, que dominava a mãe sadicamente,
que nunca assistiu no lar uma cena de amor, ternura e carinho entre os pais,
certamente terá um relacionamento conflituoso e compulsivo com o sexo oposto,
fruto do conflito interior mal resolvido, porquanto o pai é o primeiro homem na
vida de uma mulher. E pelo complexo de Eletra ela se apega ao pai e no íntimo
costuma ser rival da mãe. Já no caso do homem, de acordo com o complexo de Édipo, ele se apega à mãe e no fundo é um
rival do pai. É da natureza humana, queira-se ou não.
É um ato de compaixão e sabedoria aceitarmos as fraquezas
e as enfermidades da alma de nossos pais, lamentando o relacionamento
conflituoso que tiveram e deram origens às neuroses dos filhos. "Os males
que a mente causa, a mente cura", diz Karen Horney. A visão cristã
diz que o homem nasce com o pecado original. Isso não significa que o homem é
inevitavelmente mau, mas que tem de lutar contra o mal dentro de si.
Devemos sempre lembrar, daí a necessidade dos
que sofreram na infância procurarem o socorro psicoterápico, pois o conflito
interior não resolvido, é como um vírus no computador que alguém contagia com o
objetivo de causar danos, tão logo seja acessado o arquivo ou dado para
desencadear uma seqüência destrutiva guardada na memória do equipamento. Assim
também na mente humana. Está tudo arquivado na memória inconsciente e tão logo
surja algum acontecimento ou mesmo vaga referência ao trauma vivido, é disparado
das profundezas do inconsciente uma seqüência incontrolável e compulsiva de
reações que a consciência não consegue evitar ou controlar.
Sobre a conexão entre a psiquiatria e a
psicanálise, diz o Prof. Guy Briole, da Universidade de Paris e membro da Associação
Mundial de Psicanálise, alerta: “a medicação não resolve o problema da idéia
fixa alucinatória de perseguição que o paciente vivencia. Somos contra a
posição ‘tome o remédio e cala-te’ e defendemos o posicionamento ‘tome o
medicamento para sofrer menos e fale’, ressalva. Os psiquiatras não escutam os
doentes. ‘Hoje em dia eles falam mais que os próprios pacientes”.
Enfim, os psicanalistas somente ajudam a
pessoa a encontrar as respostas que estão nelas mesmas.
Esse
texto está na Internet no Blog O
PERISCÓPIO (theodianobastos.blogspot.com.br)