Estamos
vivenciando a “A era dos extremos”, um desafio enorme para se construir uma
terceira via em meio à polarização entre Lula e Bolsonaro.
100% Moro
O PSL tenta atrair Sergio Moro para 2022.
Joice Hasselmann disse à Folha de S. Paulo que “o PSL raiz é o
único de fato que defende 100% a agenda do Moro. O governo por diversas vezes
boicotou a agenda do ministro, como no caso do Coaf”.
Até agora, segundo ela, Sergio Moro não manifestou interesse em se
filiar a um partido, mas “o PSL estará de braços abertos se ele decidir trilhar
esse caminho”.
Júnior Bozzella concordou:
“Se
o país tivesse possibilidade de ver o Moro filiado a algum partido político,
com certeza a gente faria todo esforço do mundo para que fosse neste PSL, que
sempre sinalizou e fez gestos em direção aos ideais e pautas que ele sustenta.”
https://www.oantagonista.com/ 25/11/19
Na
última eleição municipal de 2016, pela primeira vez, o PT ficou sem prefeituras
no Grande ABCD, o tal do cinturão vermelho e não venceu em nenhuma das grandes
capitais, apenas em Rio Branco no Acre.
O PT despencou para o décimo-quinto
lugar entre os partidos com mais prefeitos nas grandes cidades do país. Perdeu
do PHS, mas empatou com o PMN.
Em
busca do centro perdido
“Há espaço para o centro com Bolsonaro
e Lula dominando a cena política?” A pergunta foi feita por O Globo a Fernando
Henrique Cardoso, Rodrigo Maia, Mauro Paulino, Paulo Hartung e Carlos
Melo. IDADE
Mauro Paulino, do Datafolha, opinou: “O
clima de polarização divide o eleitorado brasileiro em três terços diante das
duas principais lideranças políticas: os pró-Lula, os pró-Bolsonaro e os
eleitores-pêndulo, que não são tão fiéis a esses personagens quanto seus
entusiastas, mas também não os rejeitam como seus detratores.” O pêndulo, por
enquanto, só tem de escolher entre pró-presidiário e anti-presidiário; e o
centro, na maioria das vezes, é pró-presidiário, porque foi cúmplice dele.
É preciso um rosto que deixe muito claro a que veio. Apenas
abraçar uma agenda reformista não transformará um candidato em um nome de
centro.”
Para superar os DEVOTOS DE LULA X DEVOTOS DE BOLSONARO
Em sua entrevista ao Correio
Braziliense, Joice Hasselmann foi questionada se vê risco de o governo de Jair
Bolsonaro se desfazer. Ela respondeu:
“Claramente, sim. Quantas vezes estive
no Palácio e o Paulo Guedes me falou: ‘Não aguento mais. Vou embora’. Ou o
presidente faz o reequilíbrio emocional urgente ou as pessoas vão embora. O
ministro mais novo que chegou, o Luiz Eduardo Ramos (da Secretaria-Geral da
Presidência da República), falou ‘Joice, eu perdi o brilho nos olhos’. Ele
acabou de chegar. Ninguém consegue aplicar aquilo que pode para ajudar o
presidente. Só o Paulo Guedes e o Sergio Moro têm essa possibilidade porque sem
eles há grandes chances de o governo sucumbir.”
Leiam a íntegra da entrevista ao
Correio Brazileiense:
Joice Hasselmann dispara: ''Bolsonaro age como vereador''
Após deixar a liderança do governo, deputada do
PSL critica a postura mercurial do presidente e o núcleo duro do Planalto
Correio Braziense, Bernardo Bittar - 24/11/2019
Rompida com Jair Bolsonaro há cerca de um mês, a deputada
de primeiro mandato Joice Hasselmann (PSL-SP) e ex-líder do governo no
Congresso, agora, descreve o presidente da República que tanto defendeu como
alguém que não está à altura do cargo que ocupa. “Ele é o homem mais importante
do país. Mas, às vezes, tem agido como se fosse um vereador. Quando pega o
telefone para dizer ao deputado: ‘vem aqui que vou te dar um carguinho para
você votar no meu filho na lista de líderes’. Caramba! É para negociar o cargo
de líder de um partido, uma coisa pequena quando se compara com um presidente
da República eleito com 57 milhões de votos”.
Alvo de ataques nas redes sociais após a família presidencial levar a público
brigas que antes ficavam restritas aos bastidores do primeiro escalão, ela tem
o também deputado Eduardo Bolsonaro (SP), que ainda não pôde deixar o PSL para
não perder o mandato, como um dos principais desafetos. “Nunca tive carinho ou
amizade pelo Eduardo, nunca houve essa aproximação. Prezo pelo diálogo e
descobri muito cedo que ele não cumpre a palavra. Não consigo respeitar alguém
que não cumpre a palavra”.
Às vésperas do fim do ano, Joice não faz mistério sobre sua meta para 2020 —
quer comandar a principal cidade do país e se coloca como pré-candidata do PSL
à prefeitura da capital paulista. Mulher mais bem votada de São Paulo, diz ter
sofrido provocações machistas e trabalha para se livrar do estigma de elitista.
“Quero vencer a eleição com a ajuda de todos. Não vou ser a prefeita de elite,
aquela que fica preocupada com as mazelas da classe A. A prefeita, ou pensa no
município como um todo, ou não está preparada”.
Com
as articulações do Aliança Pelo Brasil, o PSL é quem mais perde aliados. A
senhora fica no partido, mas como vai ser daqui pra frente?
Para nós, o PSL é dividido em Nutella e raiz. Os Nutella não concordam com
divergência, não gostam muito do processo democrático, mas gostam da imposição.
O grupo que é PSL de verdade optou pela democracia. Não pode haver uma ditadura
interna dentro do partido, que é o que se tentou fazer, inclusive com a troca
do líder (referindo-se à retirada do Delegado Waldir (GO), que foi substituído
por Eduardo Bolsonaro, eleito por São Paulo). Para o PSL raiz, seria uma bênção
que alguns saíssem. Há pessoas fazendo campanha para outro partido dentro do
PSL. O próprio líder, o deputado Eduardo Bolsonaro, faz campanha. Isso é uma
indignidade. Se está descontente, vá embora. Dizem que o problema é a regra
eleitoral e, sim, ela existe porque o país é uma democracia. Senão, vira
ditadura. Não há que se falar em “onda Bolsonaro”. Eu tive mais de um milhão de
votos. Os outros também tiveram seus votos. Nós ajudamos o presidente a se
eleger.
Ficou
algum ressentimento depois das mudanças? A senhora saiu da liderança do
governo, houve desavenças com o Eduardo Bolsonaro...
A gente só tem ressentimento com quem tem sentimento. Nunca tive carinho ou amizade
pelo Eduardo. Prezo pelo diálogo e descobri muito cedo que ele não cumpre a
palavra. Não consigo respeitar alguém que não cumpre a palavra. Aliás, essa
questão de não cumprir palavra é uma marca deles (referindo-se aos filhos de
Bolsonaro). Isso recai sobre o
presidente?
Com o presidente eu não fiquei ressentida, fiquei triste. Ele afastou todas as
pessoas que realmente gostavam dele, quem trabalhava pelo Brasil de verdade,
pessoas que largaram suas vidas para fazer campanhas para ele. Todo mundo que
se dedicou foi limado. Especialmente os que tinham capacidade de discordar. Não
nasci Bolsonaro. Quando comecei a apoiar essa ideia, ele foi à minha casa,
pediu para eu entrar no partido dele. Não existe uma dependência, não tenho
cordão umbilical com ele.
O
posicionamento de olhar para frente envolve a disputa pela prefeitura de São
Paulo?
O projeto inicial do partido é “Joice prefeita de São Paulo”. Mas há uma série
de pleitos legítimos para fazer prefeitos, governadores e, quiçá, um presidente
da República em 2022. A gente precisa entregar ao Brasil o que prometemos: um
presidente liberal, com diálogo, que ouvisse todos, ainda que discorde de
alguns; e não foi bem isso que a gente entregou. Houve um curto-circuito do que
prometemos e do que entregamos. Espero que a coisa se corrija nos próximos três
anos.
O PSL tem mais dinheiro em caixa. Vai receber R$ 1 bilhão de Fundo
Partidário e Fundo Eleitoral. Na eleição passada, vocês tinham o orçamento mais
enxuto...
Foi enxutíssimo. Minha campanha e a do Major Olímpio (senador do PSL de São
Paulo) foram as mais baratas do Brasil. Pouco dinheiro, coisa de centavinho.
Pensava: gente, se eu com R$ 100 mil faço uma campanha forte, imagina esse povo
com R$ 2 milhões, R$ 3 milhões. Gastei R$ 100 mil do Fundo Partidário, mas teve
gente que doou trabalho e eu coloquei um pouquinho de dinheiro, mas nem
precisei usar.
A
senhora acha que o PSL se desvirtuou? Temos as candidaturas laranja, o
presidente da República deixando o partido, confusões pelos cargos...
É uma estupidez dividir o único partido 100% fechado com o presidente. E quem
dividiu? O presidente e o filho. O Planalto tinha 53 votos cativos na Câmara.
Se o presidente falasse que vermelho era azul, todos ali votariam a favor. Por
uma vaidade, porque o menino não ia conseguir uma embaixada (Eduardo Bolsonaro
foi indicado pelo pai como embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Mas a
iniciativa não foi adiante), eles conseguiram rachar o partido. Quantos
políticos entrariam numa guerra para ter 53 deputados alinhados? A única base
que o governo tinha acabou. Mas o PSL não se desvirtuou. Quem se desvirtuou foi
o PSL Nutella, que está de saída rumo ao partido da fakelândia.
Insisto
nas candidaturas laranjas. Isso recai sobre o partido?
Em mim, não recai absolutamente nada. Sou a prova viva de que a mulher pode
fazer um grande volume de votos. Não acredito na teoria de candidaturas
laranjas. Mas supondo que realmente isso tenha existido, precisamos perguntar
quem foi a laranja, de onde saiu o dinheiro e a quem beneficiou. Siga o rastro
do dinheiro. A investigação precisa acontecer e, se aconteceu, as pessoas têm
de ser punidas. Acho incoerente o Marcelo Álvaro (ministro do Turismo) ser
denunciado por isso e permanecer ministro. É incoerente o presidente falar
desse assunto (em ataques ao PSL depois das brigas internas no partido) quando
o denunciado é ministro dele. Essa conta não fecha. O PSL vai mostrar que sem a
turma da tarja-preta, que queria criar uma ditadura interna, será o partido
mais transparente do Brasil.
A
senhora fala de tarja-preta, ditadura, em um contexto que envolve o presidente
e seus filhos. Bolsonaro tem atitudes autoritárias?
Muitas. Esse é um ponto de conflito entre nós. Sempre tive a liberdade de falar
tudo o que eu queria com o presidente. Conheci o Jair quando ele ia às
manifestações em que a gente lotava ruas em São Paulo, contra a Dilma, e ele
chegava de chinelão Rider e bermuda. Ficava lá embaixo e ninguém sabia quem ele
era. Eu tinha a liberdade de dizer: está errado. Cheguei a dizer que, se ele
continuasse seguindo esse caminho, ele acabaria como o Fernando Collor
(ex-presidente da República cujo fim do mandato ocorreu após um processo de
impeachment). Isso foi gravado. Falei: cara, me ajuda a te ajudar. E isso no
segundo mês de governo, quando começou aquela confusão do Gustavo Bebianno
(ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República). Mandei uma
mensagem dizendo: se você não sabe fazer essas coisas, deixa que eu faço. Nunca
escondi do presidente que ele tem atitudes impróprias. Às vezes o presidente
mandava piadinhas de outros políticos, memes, coisas que eu achava de mau
gosto. Eu respondia: amigo, vamos lá, cresce. Chegou ao ponto de a gente se
bloquear no WhatsApp. Ele é muito turrão.
Alguém
incentiva esse posicionamento?
Todo mundo ao redor dele, dos filhos aos assessores. Especialmente os
assessores colocados pelos filhos, o que é chamado por aí de gabinete do ódio.
São pessoas com acesso ao presidente que despacham diretamente com ele.
Acompanham reuniões, ficam ali o tempo todo sugerindo informações, disparam
coisas na lista de transmissão do presidente, às vezes atacam políticos. O
presidente tem uma mania de distorcer informações e fica zangado quando alguém
pensa diferente.
Sobre
listas de transmissão, ataques a adversários e fake news, há quem culpe o
partido...
A campanha do presidente teve dois núcleos para tratar das redes sociais. Um,
feito com as redes do PSL com a ajuda de quem tinha perfis com muitos
seguidores. O outro, coordenado pelo Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de
Janeiro), ninguém chegava perto. O Carlos tinha senhas, comandava o núcleo e
conversava com as pessoas envolvidas lá.
Os
ataques do partido e dos filhos do presidente alcançaram a senhora. Como isso a
afetou?
Havia um desejo enorme de tentar me agredir, mas ninguém conseguia, porque eu
entregava tudo o que o governo precisava. A estratégia adotada foi tentar,
depois da campanha, colar em mim a pecha de que eu trocaria o Bolsonaro pelo
Doria. Mas fiz a campanha do Doria autorizada pelo Bolsonaro. “Entre de
cabeça”, ele disse, aproveitando para xingar o senador (Major Olímpio), que
estava apoiando o adversário do Doria, o Márcio França (PSB). O presidente da
República, que ainda era candidato, me autorizou. Querem queimar todo mundo que
pode ser uma pedra no sapato dele. O Sérgio Moro (ministro da Justiça) é um
exemplo. A população gostaria de vê-lo presidente e, agora, ele está deixado de
lado. O Doria falou “quem sabe, um dia”, e tornou-se inimigo mortal do clã. Criou-se
uma narrativa que foi se intensificando. Quando aconteceu de eu deixar a
liderança do governo, abriram a porteira: espalharam um dossiê falso, colocaram
minha cabeça em uma foto com o corpo de uma prostituta. Retribuíram tudo o que
eu fiz pelo governo desse jeito. O que me assombra é o presidente não ter pulso
para colocar ordem nisso ou compactuar. As duas coisas são assustadoras.
O
presidente não tem pulso?
Ele é o homem mais importante do país. Mas, às vezes, tem agido como se fosse
um vereador. Quando pega o telefone para dizer ao deputado “vem aqui que vou te
dar um carguinho para você votar no meu filho na lista de líderes”, apequena o
cargo. Caramba! Negociar o cargo de líder de um partido, uma coisa pequena para
um presidente da República eleito com 57 milhões de votos. Quando essa pequenez
acontece, fico entristecida. Se Bolsonaro não consegue botar ordem nos filhos,
é um problema. Se compactua, o problema é maior ainda.
A
senhora foi uma das mulheres mais poderosas do Congresso. Enxergava machismo?
O primeiro ataque de machismo partiu da família Bolsonaro. Logo comigo, que
sempre disse que os movimentos feministas são um exagero. Nunca sofri machismo
no Congresso. Cheguei lá com um bando de marmanjo, gente que está na política
há décadas, e ninguém ousou. Um líder poderoso no Congresso chegou a falar, em
uma entrevista, que as pessoas tinham medo de mim. Aí, justamente pelas mãos do
homem que eu defendi, disse para as mulheres: “eles não são machistas, eles são
machões. É outra coisa”. Mas eu me enganei nesse quesito. Espero que ainda haja
correção, pelo bem do Brasil. Quero que esse governo dê certo.
BRIGADA DIGITAL: MAVS – Núcleos de Militância em Ambientes VirtuaisPor
Theodiano Bastos
A exemplo do PT quando estava no poder, também no
governo Bolsonaro estamos vendo a existência de um esquema semelhante montado
pelo Carlos Bolsonaro e agora se sabe também com a participação de Felipe Martins,
assessor especial, “contratado para o aconselhamento do chefe de Estado sobre
temas internacionais e hoje um dos mais influentes do grupoque gravita em torno dos presidente.”
Ele montou o esquema na sala 315 do Palácio do
Planalto, denominado um “gabinete do ódio”, segundo reportagem intitulada “O
Professor do Chanceler” de Veja de 06/11/19.
“Graças à sua teia de relações com blogueiros,
youtubers e editores de sites prontos para o tiroteio nas redes sociais, ele
cumpre a função extra de manter viva a cruzada conservadora entre a militância
de extrema direita, que é quase uma seita de fanáticos”, conclui a jornalista
Denise Chrispim Marin, autora da reportagem.
GUERRILHA DIGITAL DO PT
Durante os 21 anos da ditadura militar, em todos os
órgãos dos ministérios, empresas públicas, governos estaduais etc. tinham
membros das Comunidades de Informações e Segurança como olheiros. Pois bem, a
República Sindical do lulopetismo montou algo semelhante com o aparelhamento de
todos os órgãos públicos e das empresas estatais. Criaram
Brigadas de Combate na internet, com asMAVS
– Núcleos de Militância em Ambientes Virtuais,para controle e
vigilância do que circula nas redes sociais, com blogueiros chapa-branca, como
parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil. A
revista VEJA de 16/05/12 mostrou como a coisa funciona: Uso de robô, como
funciona: o robô passa a gerenciar o perfil que repetirá mensagens
automaticamente. O programador informa ao robô a palavra ou termo eu deve ser
pesquisado. O perfil robotizado passa, então, a retuitar mensagens de outros
usuários que contenham o texto escolhido. Encerrada a missão, outro termo de
busca é substituído. Resultado: Em cerca de três horas, o perfil retuitou 105
mensagens de outras contas que continham o texto, continua explicando VEJA. Uma
média de dezesseis tuítes a cada trinta minutos. O limite foi estabelecido pelo
robô para driblar a vigilância do Twitter, que estabelece o número máximo de
vinte mensagens a cada trinta minutos. Já o
perfil robotizado de perfis peões. Em geral esses perfis não apresentam nenhuma informação
sobre seus proprietários, como nome, foto ou descrições. Como ocorre a fraude,
continua VEJA: Um perfil peão publica várias vezes tuítes repetindo os mesmos
links e hashtags e em único dia, dezesseis tuítes semelhantes com o hashtag. A
ação é transferida para outro perfil — e assim sucessivamente. E pelas regras do
Twiter é proibido “Contas em série”. Embora possuam poucos seguidores, os
perfis peões conseguem fazer com que seus tuítes cheguem a um grande número de
usuários. Isso aconteceporque uma rede
de seguidores poderosa retuíta as mensagens dessas contas.Em pouco tempo alcançam 23.800 seguidores.
“Toffoli vai construindo seu universo pessoal de poder”
Fernando Gabeira diz que um “monstro”
foi gerado pela democracia brasileira:
“É o Big Toffoli navegando pelas contas
de todo mundo, conhecendo os segredos financeiros que ele mesmo impede de serem
investigados adequadamente. Como é possível o país conviver com essa
barbaridade? Mesmo os aliados de Toffoli deveriam temer essa concentração de
poder. Nos últimos tempos, aproximou-se de Bolsonaro para salvar a pele do
filho senador. Mas, no passado, foi um funcionário do PT, um assessor de José
Dirceu.
Acho que tanto o PT como Bolsonaro
deveriam temer Toffoli. A quem servirá com esse acesso ilimitado aos dados
pessoais e empresariais? (…)
Lula precisou de Toffoli. Bolsonaro
também. Mas eles ignoram, talvez, que Toffoli seja muito mais do que um simples
auxiliar para encrencas. Diante da vulnerabilidade dos líderes populistas que
polarizam o Brasil, ele vai construindo seu universo pessoal de poder.” https://www.oantagonista.com/
18/11/19
A eleição municipal no próximo ano talvez mostre o rosto do possível
candidato do Centro. Na eleição municipal de 2016 o PT perdeu 60% dos votos,
perdeu em todas as capitais e cidades de grande porte e a maior cidade que
venceu foi Araraquara...
“Mesmo
aqueles que não nutrem pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o mais
pálido apreço reconhecem que sua saída da prisão mexeu com o tabuleiro político
brasileiro. Embora hoje não tenha condições legais de se candidatar a nenhum
cargo, o petista é, de maneira inconteste, o grande líder da esquerda no país,
capaz de galvanizar a fatia do eleitorado que se identifica com tal corrente do
pensamento. Exatamente por isso, foram bastante preocupantes os primeiros
discursos proferidos pelo ex-metalúrgico depois de ter saído da cadeia.
Distante do “Lulinha Paz e Amor” e das diretrizes de seu primeiro mandato, o
ex-presidente atacou a política econômica do governo de Jair Bolsonaro, muito
bem conduzida pelo ministro Paulo Guedes, e fez acenos ao combalido Movimento
Sem Terra, em uma tentativa de estimular sua militância mais fiel. O
posicionamento não deixou dúvidas de como Lula deverá se comportar daqui para a
frente: ele será o anti-Bolsonaro.
Trata-se
de um jogo de ganho mútuo para os opostos. Símbolo de uma renovada extrema direita
brasileira, o ex-capitão é um dos que mais se beneficiarão diante do atual
cenário. Com quase um ano de mandato, muitos de seus eleitores já começavam a
se perguntar se os arroubos do presidente da República não representavam um
perigo à democracia. Sua capacidade de produzir crises sem motivo e
turbulências desnecessárias também já vinha decepcionando uma parcela da
população que sabia da inexperiência de Bolsonaro no Executivo antes da
campanha, mas confiou que ele adquirisse maturidade no cargo (ou que seus
auxiliares conseguiriam domá-lo). No entanto, com a perspectiva de um retorno
da esquerda ao poder, o eleitorado que colocou Bolsonaro no Planalto fica mais
suscetível a tapar o nariz e seguir ao seu lado.
Afinal de
contas, essa parcela da população tem fresca na memória a pior recessão
econômica da história e os monumentais casos de corrupção provocados pelas
administrações petistas.
Na
dinâmica da polarização entre direita e esquerda, o centro agora está vazio. O
vácuo, porém, não está na ausência de nomes, e sim talvez no excesso deles.
Uns mais à direita, outros mais à
esquerda, existem muitos pretendentes a ocupar essa fatia do espectro político
— João Doria, Luciano Huck, João Amoêdo, Ciro Gomes, Wilson Witzel.
Contudo,
nenhum deles conta ainda com estatura eleitoral suficiente para canalizar e
seduzir os brasileiros que não estão satisfeitos com a limitação política da
dobradinha Lula x Bolsonaro. Faltam discurso, organização nas redes sociais e
identificação com a população que se sente perdida diante da beligerância atual
— e, por isso, não representada. Nesta edição, uma reportagem de VEJA destrincha
as dificuldades do centro para romper a polarização que tomou conta do país e
as estratégias que alguns desses aspirantes estão seguindo a fim de chegar lá.
Boa leitura.” https://veja.abril.com.br/
Em busca do centro perdido
“Há espaço para o centro com Bolsonaro e Lula
dominando a cena política?” A pergunta foi feita por O Globo a Fernando
Henrique Cardoso, Rodrigo Maia, Mauro Paulino, Paulo Hartung e Carlos Melo. IDADE
Mauro Paulino, do Datafolha, opinou: “O clima de
polarização divide o eleitorado brasileiro em três terços diante das duas
principais lideranças políticas: os pró-Lula, os pró-Bolsonaro e os
eleitores-pêndulo, que não são tão fiéis a esses personagens quanto seus
entusiastas, mas também não os rejeitam como seus detratores.” O pêndulo, por
enquanto, só tem de escolher entre pró-presidiário e anti-presidiário; e o
centro, na maioria das vezes, é pró-presidiário, porque foi cúmplice dele.
Falta um rosto
O centro só vai existir quando surgir um nome popular capaz de
encarná-lo. Foi o que disse Carlos Melo, em O Globo:
“Em 2018, o centro foi visto como fisiológico e acabou pulverizado em
candidaturas pequenas. Em um momento como o atual, este centro não pode
simplesmente ser um meio-termo entre direita e esquerda. É preciso firmar uma
tese original e, mais do que isso, ter expressão política. Diante de dois
atores com personalidade tão forte como Bolsonaro e Lula, o centro também
precisa de alguém que seja contundente, o que não significa sair xingando todo
mundo. É preciso um rosto que deixe muito claro a que veio. Apenas abraçar uma
agenda reformista não transformará um candidato em um nome de centro.” https://www.oantagonista.com/ 17/11/19
A Lava Jato como a gente conhecia não
existe mais.
O STF detonou a Lava Jato com o fim da prisão em
segunda instância e o congelamento das investigações movidas com dados do COAF
e o Congresso, com a união do PT e o Centrão, deu sua ajuda ao votar a Lei 13.869 de 05/09/19 que dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade;
altera a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de
julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de 4
de julho de 1994; e revoga a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, e
dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
Janaina: “Só Alcolumbre tem
poder para conter o presidente do STF”
Janaina Paschoal disse o seguinte sobre
Dias Toffoli ter negado pedido de Augusto Aras para revogar decisão sobre dados
sigilosos:
“Hoje, só Davi Alcolumbre tem poder
para conter o Presidente do STF. A solicitação de informações de forma coletiva
e sem indícios concretos de ilícitos fere as garantias individuais. Os
Ministros do Supremo não são eleitos, o Presidente do Senado sim, inclusive por
seus pares.”
E acrescentou:
“Infelizmente, o Presidente do STF vem
numa crescente de ações questionáveis. Temos uma ordem constitucional, que
precisa ser cumprida. Venho falando, há algum tempo, precisamos que Davi
Alcolumbre honre o fato de tantos Senadores terem abdicado em seu benefício!” https://www.oantagonista.com/ 16/11/19