Por Theodiano Bastos*
Luís Viana,
nascido em Casa Nova, 30 de novembro de 1846 —e
faleceu dentro de um navio no Oceano
Atlântico, em
6 de julho de 1920) Filho
de José Manuel Viana e Inês Ribeiro Viana, diplomou-se em direito pela Faculdade
de Direito do Recife em
ano 1870. Foi nomeado promotor de Justiça em Xique-Xique. Em 1881
foi transferido para Santa
Cristina do Pinhal,
depois para Viamão, no Rio Grande do Sul, retornando pouco tempo depois à Bahia, na
função de juiz, em Mata de
São João, e
depois na capital, onde chegou a ser Conselheiro (atual Desembargador) do Tribunal de Apelação, do qual foi
Presidente.
Na
política participou da constituinte estadual republicana, como Senador
Provincial, presidindo a casa. Foi eleito governador, e depois afastou-se da
vida pública, à qual retornou em 1911, elegendo-se Senador da República, em
1911. Constitui-se
um caso raro de personalidade que exerceu os três poderes, em graus variados:
Judiciário, Legislativo e Executivo.[carece de fontes]
Foi pai
do também governador da Bahia, Luís
Viana Filho.
Morreu a bordo do navio "Limburgia", em viagem à Europa.
Conselheiro
Luís Viana
Luís
Viana herdou do seu antecessor a administração daquele que hoje é considerado
um grande acontecimento que o Estado já presenciou em nossa História: a Guerra de Canudos, onde, a partir deste desastroso episódio
fratricida, grandes lições foram colhidas, principalmente a necessidade da
integração do interior do nosso País e da reformulação da doutrina militar
terrestre.
Entretanto,
as forças estaduais - assim como as primeiras federais enviadas para
combater Antônio
Conselheiro -
foram fragorosamente derrotadas. Por conta deste insucesso, a imprensa local
chegou a acusar o governador de monarquista - o que agravava ainda mais a
necessidade de resposta dos poderes públicos, ao suposto levante civil
sertanejo. Fonte: https://pt.wikipedia.org/
A SAGA DE SILVESTRE NOMINANDO LOPES
São
Francisco do Conde
é recanto de belezas, história e muita cultura,
terceiro município do Recôncavo baiano, guarda um grande patrimônio do Brasil
Colonial. A cidade é rica em sobrados, igrejas e engenhos, construídos durante
a administração portuguesa no país. A arquitetura imponente é um convite para
um passeio ao século XVI, relembrando e mantendo viva uma parte importante da
história do Brasil, onde fica a Refinaria de Mataripe. Possui seis capelas,
duas igrejas e dois conventos. Engenhos que existiram: do Meio, Engenho S. Gonçalo,
Lapa Cabana, Mataripe, S. Paulo, ...
Através da Central de
Informação do Registro Civil – CRC NACIONAL e da Associação Nacional dos Registrados de Pessoas Naturais do Brasil –
ARPEN - BR, chegamos ao Cartório de São Francisco do Conde e pagando R$ 74,76
de custas consegui a certidão de óbito de Silvestre Nominando Lopes dando como
falecido em 26/07/1930, tendo como declarante seu filho mais velho Manoel da
Luz Lopes e que foi sepultado em Mataripe/Ba e mais nada e assim não
conseguimos saber sua data de nascimento e com quantos anos faleceu e
descobrimos que LUIZ VIANA foi dono do Engenho de Mataripe/Ba e tinha
como seu capataz, administrador na época,
o meu avô materno SILVESTRE
NOMINANDO LOPES,
conhecido
como Veveco, um cafuzo, filho de negro com índia Tupinambá, com mais de 1,80m de
altura, muito forte e fama de homem destemido, de sangue no olho e que foi
casado com Maria da Silva Lopes, com quem teve 21 filhos, sobrevivendo 17.
“Imperava em São Francisco do Conde naquela época
uma política porca e violenta. Tinha um chefe político chamado Gabriel que
tinha costume de mandar pegar os desafetos, colocar um funil no ânus e encher a
barriga do infeliz com água e sal grosso para desmoralizar o infeliz, que
ficava com cólicas e violenta diarreia por alguns dias”. Certa vez um compadre
de papai se refugiou lá em casa para não sofrer a violência e seu Veveco mandou
recado para o Gabriel que a pessoa estava em sua casa e que viesse pegá-lo. Ele
tinha fama de homem que “tinha sangue no olho”, valente e também era da
confiança do dono do engenho que morava em Paris.
Claro que o mandachuva não foi, ficou desmoralizado, mas trabalhou junto aos chefes em Salvador até que ele foi destituído, perseguido e sem receber nenhum direito, nenhuma indenização do tempo que gerenciou o engenho e tantos lucros deu para o proprietário. Era assim o Brasil daquela época...O chefe político agia coordenado com o Vicente Porciúncula de Vila de São Francisco do Conde e tinha muito prestígio com os poderosos em Salvador. E por isso toda a família foi morar numa favela em Salvador,
Claro que o mandachuva não foi, ficou desmoralizado, mas trabalhou junto aos chefes em Salvador até que ele foi destituído, perseguido e sem receber nenhum direito, nenhuma indenização do tempo que gerenciou o engenho e tantos lucros deu para o proprietário. Era assim o Brasil daquela época...O chefe político agia coordenado com o Vicente Porciúncula de Vila de São Francisco do Conde e tinha muito prestígio com os poderosos em Salvador. E por isso toda a família foi morar numa favela em Salvador,
IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, fotos do sobrado e capela no Engenho de Mataripe localizado em São Francisco do Conde, recôncavo baiano:
Ruína do sobrado
Capela
Só foi possível resgatar
tudo isso graças à memória fantástica de Estefânia, (tia Iazinha) esposa de
Melquíedes (tio Quidú), a quem presto homenagem.
Quando
tinha apenas 11 anos, fui a Carmosina quando conheci tios: Manoel da Luz, José,
Melquíedes (Quidú) e as tias: Conceição, Maria de São Pedro, Antônia (Toninha)
e Mathilde (Tidinha) e Rosalva que morava numa chácara no Cabula, mas de propriedade de um português, patrício
de seu esposa, Barbosa. Os outros moravam na Carmosina, um morro com escadaria
de barro, escorregadia quando chovia, perto da Av. Heitor Dias, por onde passavam
os bondes da Calçada, Cabula e Retiro, sem pavimentação, lama quando chovia e
muita poeira quando fazia Sol, onde corria à céu
aberto o Rio das Tripas. Tia Tidinha me
tinha como o filho que não teve.
Luiz
Viana Filho, que também foi governador da Bahia batizou minha irmã Therezinha e
o conheci quando criança quando às vezes ficava na fazenda Mamão, perto de Candeias,
onde moramos e fomos visita-la num carro de boi com a estrada encamaçada. Minha
mãe foi pedir ajuda para que meu pai médico, conseguisse ser contratado pela
Refinaria de Mataripe e não conseguiu.
Cheguei
a conhecer o local onde ficava o Engenho de Mataripe, e vi o cais do canal onde
ficavam os saveiros para transportar o
açúcar para o porto de Salvado. O engenho e o sobrado com dois pavimentos onde
moravam nossos avós e os filhos, não
mais existia.
Quando
a Família morava no sobrado em Mataripe usavam o saveiro do Engenho Sempre Viva
registrado capitania dos Portos de Salvador sob nº 1699 e era o mais animado e
melhor decorado e toda essa mordomia acabou quando Veveco foi posto para fora
sem nenhuma indenização porque peitou o chefe político quando quis fazer a
barbaridade contra um seu compadre: introduzir um funil no ânus para
introduzir uma salmoura de sal grosso que produzia cólicas e uma diarreia violenta.
Minha
mão Theodora, ao se casar em 1935 pediu para retirar o Lopes de seu sobrenome e
colocar o Silva da mãe e outra irmã, Rosalva, também ao se casar retirou o
Lopes de seu sobrenome e colocou Oliveira “por o Lopes dava azar...”
Minha
mãe Theodora da Silvas Bastos foi casada com Ostiano Cerqueira Bastos, médico e faleceu aos 39 anos da Doença de Chagas deixando na orfandade sete filhos, seis filhos e uma filha,
Therezinha, quando eu nem tinha completado 12 anos e o irmão mais novo,
Orígenes Horácio ficou com apenas oito meses e fomos criados por uma tia que
deixou o convento onde estava por 24 anos. * Theodiano Bastos é neto de Silvestre
Nominando Lopes