sábado, 22 de dezembro de 2018

OPERAÇÃO LAVA TOGA


Por que nenhum juiz que tenha saído da linha foi pego pela Lava Jato até hoje?


Políticos de peso, do Executivo e do Legislativo, já foram investigados, indiciados, denunciados, tornados réus, condenados, presos.

Do ex-presidente da República ao ex-presidente da Câmara.
Contudo, nenhum membro do Judiciário foi implicado.

Nem na Lava Jato, nem em outras investigações — com raríssimas exceções.

Você acha que magistrados são todos puros?
Que nenhum togado cometeu ilícitos?

Veja o seguinte caso, sem relação com a Lava Jato, mas envolvendo um magistrado :

Em maio, a revista Crusoé revelou que o ministro Dias Toffoli, que hoje preside o STF, recebia uma mesada de R$ 100 mil da mulher — dona de um escritório de advocacia que disputa causas milionárias nas altas cortes de Brasília.

O banco por onde passava o dinheiro considerou as transações suspeitas.

E o que aconteceu? Nada .

O ministro teve de se explicar? Nenhuma palavra até hoje .

Foi aberta alguma apuração sobre o caso? Zero.

Há vários outros exemplos. A verdade é que avançar com as investigações sobre o Judiciário é um tabu. E as razões já são conhecidas. Nós conhecemos.

Agora existe uma chance única de começar a limpeza do Judiciário .

Pode ser o início da Lava Toga. Não podemos perdê-la.
A pauta de reformas deve sofrer ataques de todos os lados. E como num ritual de exorcismo, as figuras arrancadas do poder seguem se debatendo, fazendo cara feia e muito barulho.

Para piorar, nem sempre as notícias chegam até você com a transparência necessária. Informações são manipuladas nas entranhas da internet por grupos de interesse que parecem mais interessados em confundir do que explicar.
Boatos e fake news tomaram conta das redes sociais. Tudo parece confuso, nebuloso. Nós procuramos dissipar essa cortina de fumaça com O Antagonista.
Temos muito orgulho desse trabalho, acessível a todos que buscam um conteúdo rápido e preciso. Só que a conjuntura atual exige algo além.

Acesso a informação confiável é o primeiro passo para ter sucesso na vida. Mais do que nunca…Você precisa de um jornalismo capaz de explicar com clareza e profundidade a confusão política, econômica e social que vivemos.
Você precisa de um conteúdo jornalístico que o deixe realmente bem informado…Você precisa de conhecimento para tomar as melhores decisões nos negócios e preparar o futuro da sua família…

Temos uma chance única de começar a abrir a caixa preta do Judiciário. E fazer a tão necessária limpeza.
Pode ser a Operação Lava Toga.
Inspirada na Lava Jato. Uma delação de peso pode mostrar as provas. Como fortunas pagas a advogados e parentes de altos juízes.
O delator sabe de tudo. Não podemos perder essa chance de continuar depurando o funcionamento das instituições no Brasil.
Afinal……você acredita que o país é outro com a vitória do Bolsonaro? …você acredita que o PT está morto e enterrado?
…você acha que o Lula é uma página completamente virada? Se a resposta na sua mente é “não”, e isso o preocupa…
… você não está sozinho. Fundado por Diogo Mainardi e Mario Sabino, O Antagonista sempre teve por missão confrontar e desmascarar os maus políticos deste país.

Você sabe. O Brasil está se destruindo de dentro para fora há décadas. A corrupção está entranhada nos 3 Poderes, espalhada por todo o país. Uma espécie de decadência moral permeia toda a máquina pública e as instituições da República. As velhas forças políticas seguem agarradas ao poder.
“É um erro confundir o petismo com o PT. O petismo é muito mais danoso e muito mais antigo que o PT. Há pelo menos sete décadas ele atrofia o pensamento nacional. Há pelo menos sete décadas ele condena o país ao atraso.”
Verdade seja dita: A eleição mais conturbada desde a redemocratização passou, mas o clima de indefinição e apreensão segue no ar. A única certeza é que a temperatura política não vai baixar em 2019. 
https://www.oantagonista.com/


sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

QUEM PAGA OS ADVOGADOS DE LULA?



A chance da Lava Toga
O ANTAGONISTA 21.12.18
A reportagem de capa da Crusoé é sobre a Lava Toga, que pode ser desencadeada pelos depoimentos de Orlando Diniz, da Federação do Comércio do Rio de Janeiro - Fecomércio/RJ.
Escritórios ligados a pelo menos dois ministros do STJ receberam mais de 13 milhões de reais da entidade, no período em que ela protagonizou uma guerra de liminares no tribunal.
Há mais operações obscuras e pendentes de investigação no rol de desembolsos.
A banca que agora defende Lula, de Roberto Teixeira e Cristiano Zanin, amealhou nada menos que 38 milhões de reais para um contrato destinado a obter uma “solução política” nos tribunais – e incluiu até a intermediação de um doleiro.
QUEM PAGA OS ADVOGADOS DE LULA?
Um doleiro na Lava Toga
A Lava Jato indaga sobre os advogados de Lula, diz a Crusoé.
Os investigadores descobriram que Orlando Diniz contratou o escritório de Cristiano Zanin porque queria uma solução “política” para um de seus pleitos, conforme depoimento de assessores da Fecomércio.
De início, Diniz bancou a empreitada com dinheiro próprio. Para isso, levantou 1 milhão de reais em cash e levou o dinheiro até São Paulo com a ajuda de um doleiro. Como o valor foi insuficiente, ele passou a recorrer ao caixa da Fecomércio.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

TOFFOLI SUSPENDE LIMINAR DE MARCO AURÉLIO

Felizmente o Ministro Toffoli está surpreendendo no exercício da presidência do STF, com as decisões que vem tomando.  

Toffoli suspende liminar de Marco Aurélio, garantindo continuidade do golpe

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, suspendeu no início da noite desta quarta-feira, 19, a decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello que havia revogado as prisões de todos os réus condenados em segunda instância, exceto aqueles presos preventivamente. Toffoli atendeu a um recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o entendimento de Marco Aurélio.

A liminar ficará suspensa, sem efeitos, até que o plenário do STF julgue Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) que questionam a possibilidade de prisões de réus condenados em segunda instância. Na última segunda-feira, 17, Toffoli marcou a análise do tema para o dia 10 de abril de 2019.
 “Essa decisão tem como precípua finalidade evitar grave lesão à ordem e à segurança públicas, como bem demonstrou a Procuradoria-Geral da República ao consignar na inicial que a decisão objeto de questionamento “terá o efeito de permitir a soltura, talvez irreversível, de milhares de presos com condenação proferida por Tribunal. Segundo dados do CNJ, tal medida liminar poderá ensejar a soltura de 169 mil presos no país”. https://blogdacidadania.com.br



Se fosse cumprida a vontade do ministro Marco Aurélio (STF), o Brasil estabeleceria mais um triste recorde: o maior “saidão de Natal” da História, com a liberação de mais de 169.000 criminosos já cumprindo pena. Equivale a dois Maracanãs lotados de bandidos. E o pior é que, perante a lei, não resta dúvida da culpa dos condenados em segunda instância, cujos recursos pendentes podem não alterar suas penas.
Recursos a condenações de segunda instância são apenas formais e raramente alteram a dosimetria da pena fixada nos tribunais.
Toffoli na berlinda Marco Aurélio azedou de vez o ambiente no STF: o ministros zelam pelo respeito ao colegiado. É a base da segurança jurídica.
Vários ministros reclamaram também da descortesia ao ministro Dias Toffoli, que já havia agendado o julgamento desse assunto para abril.
A aposta da decisão de Marco Aurélio, adotada a poucas horas do início do recesso, era garantir Natal e o Ano Novo fora da cadeia. https://diariodopoder.com.br/ 20/12/18

Golpe e contragolpe

O Antagonista 20.12.18 O golpe de Marco Aurélio Mello, assim como o golpe do plantonista do TRF-4, pode acabar atrapalhando o plano para soltar Lula.
“Ao se rebaixar ao papel de um carcereiro voluntarioso”, diz a Folha de S. Paulo, “Marco Aurélio conseguiu contrariar até colegas que, como ele, discordam da prisão de condenados em segunda instância.”
 

sábado, 15 de dezembro de 2018

LAVAGEM CEREBRAL NAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS



É preciso questionar as “verdades absolutas” do politicamente correto. E buscar a verdade por trás delas

Caro leitor,
Você acha que a escola deve formar cidadãos?
Seja qual for sua resposta, por favor, leia o texto a seguir:

“Chutando por baixo, nove de dez professores preocupados em ‘formar cidadãos críticos’ querem despejar propaganda ideológica sobre os pobres alunos. Confundem cidadania com votar na esquerda. A missão autoimposta de formar cidadãos os libera para doutrinar em vez de ensinar.”

O trecho faz parte de um artigo que já está fazendo barulho.

Ele foi escrito por Leandro Narloch, o autor da série de best-sellers “Guia Politicamente Incorreto”.
O texto vai bater, é claro, na doutrinação nas escolas — qualquer que seja ela.
Vai bater, é claro, nas ideias apresentadas como “verdades absolutas” pelos diferentes operadores do politicamente correto.
E os professores muitas vezes assumem esse papel.
O que o texto de Narloch busca é a verdade sobre o assunto. Por meio do livre pensar.
É leitura para quem quer fugir das armadilhas do politicamente correto. Para quem persegue a verdade. Para quem está vigilante. E, no Brasil, precisamos estar vigilante todo o tempo.
Depois será tarde para você se dar conta que não conhecia toda a verdade. Por isso, enquanto a imprensa dorme no ponto, cabe a você estar atento:
1) Assuma o controle. Político diz uma coisa e faz outra, você tem de ser mais crítico e selecionar ativamente suas fontes de informação;
2) Tenha acesso ao conhecimento. Ele está um passo adiante da notícia e só alguns são capazes de oferecê-lo;
3) Apoie família e amigos. Apenas com uma interpretação independente dos fatos teremos indivíduos aptos para escolher os melhores caminhos.
Apesar de a vigilância ser indispensável neste momento, o que a imprensa anda fazendo por você?
 Não nos referimos aos embates televisivos, à cobertura da agenda dos candidatos nem aos números das pesquisas divulgados à exaustão.
Nos referimos à função primordial do jornalista de se manter vigilante. À vocação de denunciar o que estiver errado, doa a quem doer.
Millôr Fernandes tinha uma excelente definição para isso:
“Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados.”
No momento mais decisivo da história da República, a imprensa NÃO está vigilante como deveria.
Pelo fato de que quase todos os políticos mentem — e omitem —, sempre se deve desconfiar deles. E os mais desconfiados deveriam ser os jornalistas.
Mas, analisando a imprensa brasileira de hoje, chegamos à conclusão que a balança pende bem mais para o lado dos poderosos do que para o lado dos inconformados.
Não se iluda.
A engrenagem continuará girando para esmagar a verdade. https://www.oantagonista.com/ 15/12/18

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

RIO: ESQUEMA RACHID






Os saques da assessora petista
As contas ligadas a Elisângela Barbieri, assessora do petista André Ceciliano, movimentaram 44,8 milhões de reais entre janeiro de 2011 e maio de 2017, por meio de uma agência do Itaú em Paracambi, na Baixada Fluminense.
Atualmente, porém, ela recebe 5 mil reais de salário, em valores líquidos, diz O Globo.
“O volume de saques em espécie de Elisângela e seu marido, Carlos Alberto Dolavale, também alertou o Coaf: 1,4 milhão de reais em 185 operações, uma média de 7.600 reais por saque. O órgão de controle registrou algumas movimentações específicas, como o saque de 110 mil reais feito pela assessora do presidente da Alerj em 16 de setembro de 2014. Ao banco, ela disse que compraria um imóvel.” https://www.oantagonista.com/ 29/01/19

 

Políticos da Assembleia do Rio movimentaram R$740 milhões


A movimentação financeira “suspeita” de políticos e ex-deputados estaduais do Rio de Janeiro soma mais de R$ 740 milhões. É o que aponta relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), do Ministério da Fazenda, que andou monitorando a Assembleia Legislativa do Estado. O número 1 entre os suspeitos, Jorge Picciani movimentou R$478 milhões, sendo R$26 milhões nas próprias contas.

Políticos do MDB, partido de Picciani e do filho Rafael (que movimentou R$9,3 milhões), são responsáveis por R$553 milhões suspeitos.
 

Flávio Bolsonaro diz que depósitos fracionados são dinheiro vivo recebido em venda de apartamento
Senador eleito pelo PSL-RJ afirmou também, em entrevistas à Rede Record e à RedeTV!, que o pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário da Caixa se refere a esse imóvel. Relatório do Coaf aponta movimentações atípicas em sua conta.
Por G1 — Brasília  20/01/2019 

Flávio Bolsonaro fala sobre pagamento de R$ 1 milhão de título bancário da Caixa
O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou em duas entrevistas exibidas na noite deste domingo (20), à Rede Record e à RedeTV!, que o pagamento de R$ 1 milhão de um título bancário da Caixa Econômica é referente a um apartamento que ele comprou na planta.
No sábado (19), o Jornal Nacional mostrou que, em relatório sobre movimentações atípicas de Flávio Bolsonaro, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) destacou o pagamento no valor de R$ 1.016.839 de um título bancário da Caixa. O Coaf não identificou o favorecido, nem a data, e nenhum outro detalhe.
Nas entrevistas deste domingo, Flávio Bolsonaro disse que a Caixa quitou a dívida dele com a construtora e que ele passou, então, a dever à Caixa. Disse ainda que vendeu o mesmo imóvel logo depois e que recebeu parte do valor em dinheiro vivo.
Flávio Bolsonaro alega que depositou o dinheiro na conta dele, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), em 48 envelopes de R$ 2 mil, porque era o local onde ele trabalhava e que o valor era o limite para cada depósito no caixa automático.
Na sexta-feira (18), o Jornal Nacional mostrou que o relatório do Coaf apontou como atípico o fracionamento de depósitos na conta de Flávio Bolsonaro no período de um mês. O relatório diz que o fracionamento desperta suspeita de ocultação de origem do dinheiro.
Ao senador, não foi perguntado, e por isso ele não respondeu, por que optou por fazer 48 depósitos de R$ 2 mil, com diferença de minutos em cada operação, em vez de depositar a totalidade do que recebeu em espécie de uma vez só na agência bancária em que tem conta.
"Eu não tenho nada a esconder de ninguém. Esse apartamento aqui foi pago direitinho, bonitinho. Estou mostrando a vocês qual é a origem. Tem origem, não é origem ilícita, não. Não tem origem em terceiros. Por que aparece dessa forma? Porque esse dinheiro, que era um dinheiro meu, era depositado na minha própria conta. E como tem que ser de dois em dois mil reais, [...] foi feito dessa forma", afirmou à Record.
"Não tem mistério nenhum, está tudo declarado, justificado no papel. Está tudo declarado ao Fisco [Receita Federal], está declarado na escritura. Se fosse algo ilícito, você acha que estava na minha conta? Não tem dinheiro ilícito na minha mão", afirmou.
Pagamento de R$ 1 milhão
Com relação ao pagamento do título na Caixa, Flávio disse: "É um apartamento que comprei na planta. Quando você compra um apartamento na planta, o financiamento fica com a construtora e quando sai o habite-se, quando a Caixa pode fazer o financiamento, o que você faz? Você busca a Caixa, que tem juro menor. A Caixa vai e paga a sua dívida com a construtora, eu deixo de ser devedor da construtora e passo a ser o devedor da Caixa".
"Quem fez a operação foi a Caixa Econômica, não foi dinheiro meu. Então, está explicado. Eu não tenho nada a ver. A Caixa Econômica Federal quita o restante do financiamento que eu tinha com a construtora e eu passo, não mais à construtora, passo a dever à Caixa Econômica. Só isso. A Caixa pagou esse valor, não foi eu que paguei. Eles pagam minha dívida e eu passo a ser devedor da Caixa", acrescentou.
Flávio Bolsonaro exibiu um papel que, segundo ele, é um documento da Caixa que comprova o que ele disse. O senador eleito disse, porém, que não mostraria o conteúdo do papel porque quer, primeiro, entregá-lo às autoridades, acrescentando que "o foro adequado para discutir isso não é a imprensa".
Flávio Bolsonaro disse também que não fica com parte do dinheiro que os funcionários recebem. Segundo o Coaf, os funcionários do gabinete de Flávio transferiam dinheiro ao ex-motorista dele Fabrício Queiroz em datas que coincidem com as datas de pagamento da Alerj, o que pode indicar, segundo os investigadores, tentativa de ocultação do real dono do dinheiro.
"No meu gabinete, no meu gabinete não! E se eu soubesse de alguém que tivesse cometendo isso, eu era o primeiro a denunciar e mandar prender. Porque todo mundo sabe, quem me conhece, quem me acompanha no dia a dia, sabe que não tem sacanagem comigo. Se eu quisesse dinheiro, eu não tinha aceitado algumas ofertas, tranquilas, de doação eleitoral pra minha campanha, bonitinhas, de empresários queriam ajudar ao Brasil. Recusei milhões de doações de campanha. Não quero, e digo mais: em alguns períodos no meu gabinete, cargos ficaram vagos. Se eu tivesse intuito de ganhar dinheiro com isso, acha que eu ia deixar cargo vago?"
  André Ceciliano, do PT, com 49,3 milhões, encabeça a lista do esquema rachid na ALERG, onde Flávio Bolsonaro figura em 17º lugar com R$ 1,2 milhõs.
 
Sérgio Moro tem pela frente uma missão espinhosa: por em prática a carta branca que recebeu do presidente Jair Bolsonaro: "É liberdade total pra trabalhar pelo Brasil",  ao ter de apurar os fatos do Coaf com as  movimentações suspeitas de servidores de 22 deputados da Alerj, entre os quais Flávio Bolsonaro.


O episódio lança luz sobre um esquema operado por parlamentares, o “esquema rachid”, em que funcionários de gabinetes são instados a devolver uma parte do salário que recebem como contrapartida à própria contratação.


Relatório do Coaf apontou operações bancárias suspeitas de 74 servidores e ex-servidores da Alerj, além de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, informa o G1.



São movimentações milionárias de pessoas que trabalham ou trabalharam em 22 gabinetes de deputados estaduais do Rio – entre eles, alguns que não foram alvo da Operação Furna da Onça.


O relatório do Coaf foi produzido no âmbito da operação Furna da Onça, para investigar movimentações atípicas nas contas de nomes ligados à Alerj. As irregularidades descobertas serão investigadas.

André Ceciliano, do PT é o parlamentar com maior volume de movimentações atípicas, envolvendo quatro auxiliares e somando R$ 49,3 milhões. Em seguida aparece Paulo Ramos (PDT), que teria movimentado R$ 30,3 milhões. 

Segundo o MPF, nem todos os nomes citados no relatório do Coaf foram incluídos nas suas apurações porque nem todas as movimentações são necessariamente ilícitas.



André Ceciliano, do PT, 49,3 milhões - Paulo Ramos, PDT, 30,3 milhões  - Márcio Pacheco, PSC, 25,3 - Lúcio Martins, PDT, 18,5 - Dr. Deodato, DEN, 13,3 - Carlos Minc, PSB, 16,0 – Flávio Bolsonaro, PSL,  aparece em 17º lugar 1,2 milhões    
 
Flávio Bolsonaro foi eleito Senador pelo Rio de Janeiro com  4.380.418 (31,36% dos votos válidos) e agora é suspeito de praticar   O ‘Rachid’ que é crime previsto no artigo 316 do Código Penal por exigir, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, vantagem indevida.  E também infringiu o artigo 71, que prevê crime continuado que prevê ação de improbidade administrativa,  condenada nas penas do art. 12, III, da Lei 8.429/92, no que se inclui a suspensão dos direitos políticos. Uma pena.

Vejam o que diz Janaina:
 ‘Alguns hábitos não são naturais’
Josias de Souza, 12/12/18 

Num instante em que a família Bolsonaro evita tratar do caso Coaf em suas badaladas redes sociais, a correligionária Janaina Paschoal (PSC), deputada estadual eleita em São Paulo, fez uma longa reflexão sobre o tema no Twitter. Criticou os parlamentares que contratam assessores sob a condição de que devolvam parte do salário para o dono do gabinete. "Precisamos entender que alguns hábitos não são naturais, não fazem parte… Ou nunca sairemos desse lamaçal!", ela escreveu.

As observações de Janaina chegam num instante em que se encontra sob suspeição a folha salarial do gabinete de Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Pelo menos nove assessores do filho mais velho de Jair Bolsonaro realizaram — no dia do pagamento do salário ou em datas próximas— depósitos na conta de Fabrício Queiroz, que era o motorista do parlamentar. Relatório do Coaf revelou que Fabrício movimentou de forma suspeita R$ 1,2 milhão em um ano. Desse total, pelo menos R$ 24 mil foram para a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Janaína dedicou 18 posts ao tema. Contou: "Muito antes do relatório do Coaf, que vem sendo largamente discutido, o funcionário responsável pela Corregedoria da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) montou um curso para os deputados eleitos, com o objetivo de alertá-los de alguns problemas que podem enfrentar na futura gestão." Um desses problemas é justamente a apropriação pelo parlamentar de nacos dos salários dos assessores.

Nas palavras de Janaina, "não raras vezes, o parlamentar contrata pessoas que sequer comparecem para trabalhar, pois o fim é apenas obter o salário de volta!" Advogada, ela teve o cuidado de não citar nomes. "Quero deixar muito claro que não estou falando nem de A, nem de B. Quero deixar bem claro que estou falando do Brasil que queremos ter!" Ficou claro também que, sem citar Flávio Bolsonaro, foi no caso dele que Janaina se inspirou para dizer o que pensa sobre a matéria.

Prestes a assumir o seu primeiro mandato eletivo, Janaina defendeu a criação de mecanismos que estimulem os assessores que têm os salários mordidos a denunciarem a prática. "O funcionário precisa ser acolhido em seu relato! Claro que precisará provar o alegado, mas se for tratado como bandido, não vai denunciar nunca! Qualquer manual de compliance ensina isso!".

Noutro trecho, Janaina referiu-se especificamente à investigação sobre a Assembleia do Rio. Estimulou a delação: "Uma movimentação estranha, como toda a imprensa vem dizendo (responsavelmente), não implica ilicitude. Mas se os investigadores quiserem mesmo chegar a algum lugar, precisam dar alguma garantia aos assessores, para que eles falem…"

Mais adiante, ela acrescentou: "Esse tipo de prática, não importa a pessoa, não importa o partido, precisa ser coibida", anotou Janaina. "A lógica da contratação precisa ser a capacidade do contratado e não a disponibilidade em dividir seus ganhos com o chefe."